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História Let Me Love You: The Worst Is Coming - Really crazy


Escrita por: Poxa_Camz_

Notas do Autor


Antes de qualquer coisa, dose_de_vOdka, obrigada por ter procurado e não desistido de achar minhas histórias outra vez. Aaaaah. Você é muito amorzinho.
JayBieberzito... tu é minha nenê. Socorrinho, garota fofaaa. EU NÃO MINTO QUANDO DIGO QUE JÁ TE AMO. É SÉRIO MESMO!

Aaaah. Estou planejando uma fanfic futura e espero que todas vocês que estão acompanhando essa ou Close Of The Danger gostem muito também.

Eeeeeee. Bem! Tá aí mais um capítulo para vocês, amoras minhas. Beijooos da Camz e até logo. 💜💜💜

Capítulo 7 - Really crazy


Boston, Massachusetts — 2018, 07:13min

Mason Yates PON

Ignoro as constantes chamadas da Savannah e continuo malhando para me livrar da merda da ressaca enquanto flashes da noite passada nublam meus pensamentos.

Eu lembro que depois de sair do restaurante, chegamos na casa dela e subimos para o quarto. Eu cai na cama, murmurando coisas sem sentido. Mas sei que em alguns momentos eu chamava por Aleh.

Depois só lembro de Savannah em cima de mim, tirando minhas roupas e tentando me beijar. Aleh estava certa todo esse tempo, afinal. Savannah não é mais aquela garota por quem eu fui loucamente apaixonado.

Estalo os ossos do meu pescoço, aumentando a velocidade da esteira e pensando como vou consertar uma merda que eu nem tive culpa de fazer.

A imagem de Connor agarrando Alessandra não foi nada agradável e isso permanece na minha cabeça desde a maldita hora que eu abri os olhos essa manhã.

Depois de quase uma hora, desligo o aparelho e desço limpando o suor do meu rosto com uma toalha. Vou até a cozinha e preparo uma vitamina, vendo meu celular tocar outra vez. Mas agora é Brianna.

—Pra você ter acordado cedo assim alguma coisa aconteceu. —atendo a ligação, me encostando a bancada.

—É, meu irmão que é sempre responsável apareceu por aqui ontem, curiosamente bêbado e com uma garota de caráter muito duvidoso grudada nele. —solto um suspiro longo, mantendo os ombros caídos.

—Eu juro que não era minha intenção Savannah aparecer aí.

—Sei que tem uma ótima explicação pra tudo que houve ontem, mas não é a mim que você deve isso.

—Eu explicaria as coisas pra Aleh se ela me desse a chance.

—Continue tentando até conseguir, Mason. Você é um homem crescido, não pode desistir antes de lutar. Nos vemos no almoço do papai?

—Sim, nos vemos.

—Até mais tarde, então. Eu amo você, maluco. —ela diz e desliga antes que eu possa responder.

Disco o número da Alessandra e chama diversas vezes antes de cair na caixa postal. É, ela está me ignorando deliberadamente, mas eu não estou surpreso. Eu sei bem o que pareceu quando cheguei bêbado e com Savannah à tira colo na casa do Justin ontem.

Eu preciso consertar as coisas, mas não faço ideia de como conseguir isso. Aleh agora está dando bola pro Connor e isso é ridículo considerando o que ela sente por mim. Ela está apenas perdendo tempo se acha que vai conseguir me esquecer ficando com ele. Eu preciso que ela me escute e me deixe explicar as coisas. Eu preciso que ela me dê uma chance de fazer tudo certo dessa vez.

Boston, Massachusetts — 2018, 11:31min

Justin Bieber PON

—Acha que meu pai vai gostar? —Brianna pergunta enquanto descemos do carro, atravessando o enorme jardim da mansão dos Yates.

A grama verde e bem cuidada, as esculturas de mármore polidas que enfeitam todo o espaço e a fonte de marfim com uma grande cascata está ligada e jorrando água. Brianna parece deslumbrada com tudo isso.

—Ele vai adorar, preta. Tenho certeza. —beijo sua cabeça enquanto paramos diante da porta de madeira negra e aço, tocando a campainha.

Mason abre a porta para nós e parece muito melhor do que ontem.

—Ah, pirralha! —ele abre os braços para Brianna, fazendo com que ela salte em direção a eles.

—Eu devia te socar por ser burro e cair em armadilhas baratas de certas cobras. —ela resmunga, fazendo ele rir.

—É errando que se aprende, não é o que dizem? —Mason solta ela e beija sua testa, colocando a mão por cima de sua barriga por um tempo. —Tá crescendo, hein? —ela assente com a cabeça e ele me encara, me abraçando e depois tocando na minha mão. —Olha meu herói aqui. —ele ri, fazendo graça.

—Sorte a sua ter um, né? —empurro ele de leve, vendo Brianna rir e negar com a cabeça.

—Mason, onde está o papai?

—Lá em cima, terminando de se arrumar. Sobe lá, ele está louco pra te ver. —ela me beija rapidamente e sobe as escadas animada, nos deixando sozinhos.

—E aí, se sente melhor? —pergunto a ele, caminhando até a sala de estar.

—Eu estou sóbrio, mas a realidade do que está acontecendo faz eu me sentir um grande idiota. —pego um copo e me sirvo um pouco de whisky.

—Idiota por que? Você não fez nada de errado.

—Idiota porque quando eu vi Aleh e Connor se pegando, eu soube exatamente como ela se sentiu quando cheguei com Savannah. Eu nunca ia querer fazer ela se sentir como se não significasse nada pra mim. —ele confessa e eu dou um suspiro, entendendo a situação dele.

—Você ama ela, cara. É isso que importa. Todo mundo erra com quem ama. O que você tem que fazer é correr atrás dela e ficar longe daquela tal de Savannah.

—É o que eu vou fazer, pode ter certeza disso.

—Eu conversei com Alfredo hoje de manhã. Eu tenho que pagar propinas aos policiais que facilitam à entrada das minhas drogas no país e o tráfico pelos estados.

—Geralmente o pagamento é efetuado no início de todo mês, quer fazer alguma alteração?

—Não, só pensei de eu ir em alguma dessas vezes. Eu gosto se ver a cara dos meus aliados de perto.

—Eu posso ir com você, se quiser.

—Vai ser bom ter o seu apoio. Mais pra frente eu quero cortar alguns laços. Essa coisa de se aliar pode causar problemas futuros.

—Você quem comanda a porra toda agora, Justin. Tem que fazer o que achar melhor. Sabe que meu pai e eu vamos te apoiar de qualquer forma. E o resto do pessoal também.

—Vocês são os melhores.

—Fiquei sabendo que quer tirar Scooter Braun da prisão domiciliar na casa dele em Chicago. Achei um interesse muito repentino.

—Scooter foi preso pra livrar minha pele, eu devo isso à ele. Além do mais, preciso de alguém que entenda de tecnologia monitorando o pessoal do Conselho. Eu não tenho tempo pra ficar ouvindo as gravações todos os dias e não posso deixar passar nada.

—Certo, então. Quando pretende ir até Illinois?

—Eu pedi à Aleh que falasse com o juiz que julgou o caso dele, como representante do Scooter. Ela entrou com um pedido de redução de pena e transferimento dele pra cá. Estamos esperando a autorização.

—Tomara que dê certo, ele foi pego em flagrante. Mas conhecendo a advogada envolvida no caso agora, sei que isso vai dar certo. —Mason fala e eu assinto com a cabeça, tendo certeza. Alessandra Thirlwall faz jus à fama que tem de melhor defensora dos foras da lei e vale cada centavo do valor absurdo que cobra. Mas é o que dizem. Se você é bom em algo, nunca faça de graça. E Aleh é excelente na área de defesa.

Mason liga a TV e assistimos à um dos jogos da Copa do Mundo, na Rússia. Vibramos juntos, torcendo para o Brasil e ficando loucos durante a partida enquanto esperamos pai e filha descerem para almoçar.

Boston, Massachusetts — 2018, 12:21min

Brianna Yates PON

Depois de duas batidas na porta, a voz grave de Cyrus me diz para entrar e assim que giro a maçaneta, sou tomada pela visão dele em frente à um enorme espelho enquanto tenta ajeitar uma gravata vermelha de cetim em seu pescoço.

Ao se virar e me ver, ele abre um sorriso enorme e eu corro para abraçá-lo.

—Oi, minha princesa. —ele me ergue no alto, rindo com a cabeça enterrada nos cachos do meu cabelo.

—Você está sempre tão lindo e elegante, papai. Eu amo esses ternos que usa. —comento, sentindo seus braços me colocarem no chão.

—Com tantas reuniões na empresa, eu acostumei a usa-los até mesmo em casa, nos finais de semana. —nos afastamos e Cyrus toca meu rosto, me observando com os olhos cheios de amor.

Seus cabelos que começam a ficar grisalhos, sua altura e o sorriso que ele exibe para mim fazem dele ainda mais encantador do que já é.

—Eu gosto assim, mamãe também devia gostar. —passo a mão pelo lenço no bolso do seu paletó e viro a cabeça, olhando a suíte onde estamos.

Há um porta-retrato na mesinha ao lado da cama onde Cyrus, mamãe e Mason sorriem para a foto. Meu irmão aparenta ter uns dez anos na imagem. Ela era mesmo linda.

—Eu trouxe isso para você. —sorrio tímida, entregando uma garrafa de vinho cara que Justin e eu compramos no caminho para cá, junto com uma camisa de ceda azul que eu achei em uma das lojas na cidade e a gravata que comprei no outro dia.

—Eu acho que quem deve ser mimada aqui é você, filha. Não eu. —ele ri, pegando as sacolas da minha mão. —Também trouxe algo para você de Detroit. Mason achou que era infantil demais, mas algo dentro de mim me disse que você iria adorar. —ele puxa uma caixa preta com um laço de cetim azul e me entrega, fazendo um sorriso bobo brotar no meu rosto.

Abrimos nossos presentes juntos e eu encaro o urso de pelúcia mais lindo que eu já ganhei, pegando ele em minhas mãos.

—Que lindo, pai. Eu adorei. —abraço ele, o vendo sorrir para a camisa.

—Tenho uma reunião importante na segunda e um negócio para fechar, vou usar a camisa e a gravata para darem sorte. —ele beija minha testa, me fazendo rir.

Arrumo a gravata em seu pescoço e deixo que seus braços me envolvam outra vez.

—Eu vejo uma bondade tão grande quando olho para você, Brianna. —ele passa algumas mexas do meu cabelo para trás da orelha. —O mundo não te merece.

—Acho que o mundo merece mais pessoas como eu, papai. O mundo não é mal, as pessoas é que são. E eu gosto de ser boa. —sorrio colocando minha mão por cima da dele.

Falando assim, nem parece que eu estou contando as horas para estar em um quarto de hotel arranhando a cara de uma piranha que está louca para abrir as pernas para o meu namorado.

—Eu amo você por isso. —ele beija minha testa e segura minha mão, me fazendo girar lentamente enquanto seus olhos me observam. —E sei que meu neto também vai amar, assim como o pai dele que é absolutamente louco por você. —assinto com a cabeça, ficando com vontade de chorar.

Eu sei que Justin me ama profundamente, vejo isso nos seus olhos toda vez que estão em mim e sinto isso mesmo que estejamos longe um do outro. Mas eu amo quando me dizem essas coisas, torna tudo ainda mais... real.

—Eu amo você, pai. Amo muito. —esfrego meu nariz em seu peito e depois sorrio. —Podemos descer? Estou com fome. —Cyrus balança a cabeça e saímos do quarto, descendo as escadas. O sigo para a sala de jantar e vejo os quatro lugares postos na extensa mesa de madeira.

—Justin, Mason, venham comer. —grito por eles, escutando seus berros por causa de uma partida de futebol.

—Vai menino Ney! —Justin grita empolgado.

—Esse povo do outro time acha que o menino Ney é saco de pancadas. Vamos ter que metralhar eles? Vamos. —Mason brinca, me fazendo rir baixinho.

Cyrus se senta na ponta com Mason na sua lateral direita e Justin e eu na sua lateral esquerda.

—O jogo está sendo incrível, vocês não têm ideia. O Brasil vai ganhar com certeza. —Mason fala começando a colocar a salada em seu prato.

—O Coutinho tem jogado bem demais. Puta merda! —Justin diz todo empolgado e eu corto grandes pedaços de frango e coloco bastante arroz.

—Estou torcendo pro Brasil também, a energia das pessoas daquele país é incrível.

—Mesmo estando na merda eles estão lá, torcendo pela seleção. Isso é foda. —Mason toma um gole de água e começa a comer. Meu Deus. Eu nunca vou saber como ele consegue comer todas essas coisas saudáveis.

—Nosso país não está em uma situação muito diferente com Trump na presidência. —meu pai comenta, claramente indignado.

—Esse homem é o demônio em forma de gente, saudades do Barack. —faço biquinho, olhando as horas no enorme relógio na parede.

O almoço segue com assuntos de todo tipo rolando na mesa. Meu pai pergunta a Mason sobre Aleh e a reação dele faz com que eu fique tão angustiada quanto antes.

Depois, Cyrus comenta muito por alto como tem ouvido falar que Justin está se saindo muito bem comandando o tráfico e que está orgulhoso.

Quando terminamos de comer, vamos para o jardim e ficamos longas horas falando sobre minha infância. Justin conta para o meu pai coisas que eu queria que nem ele soubesse, mas que seria inevitável já que somos melhores amigos desde pequenos.

Como por exemplo o fato de eu ter feito xixi na cama até os treze anos de idade. Aí, que horror.

—Ah, a pirralha que eu amo era Maria mijona, hein? —Mason me zoa e eu ergo o dedo do meio para ele.

—Se não quiser ficar sem esses dentes de ouro, eu sugiro que cale a boca maninho. —dou um sorriso falso para ele.

—Nó, ameaçou. —Justin ri de nós dois.

—Olha o seu tamanho, garota. Duvido conseguir acertar meu rosto com seu 1,60 de altura.

—Se fode, Mason. —cruzo os braços, irritada. Ele sabe que odeio que zoem meu tamanho. Ridículo.

—Mas você é pequena mesmo, filha. Parece um pontinho perto de nós três. —Cyrus diz dando um gole em sua cerveja.

—Obrigada, pai. Eu me sinto muito melhor agora. —nego com a cabeça, rindo dos três.

—Papai me disse que adoraria ver você e eu competindo pra ver quem pegaria mais mulheres. Você iria perder, sabe disso né?

—Perder pra você? Ah, me erra Mason. Você que ia perder a dignidade quando visse o tanto de garota na minha cama. Sua sorte é que além de eu ser do Justin, não sou do tipo que sai ficando por ficar. Se não estaria perdido. —jogo dois beijos na direção dele e meu celular vibra no meu colo. É uma mensagem da Scarlett avisando que está no portão lá fora, me esperando. —Amor, eu tenho que ir.

—Ir aonde?

—Dar um jeito naquela ninfeta do inferno que resolveu se encantar por você.

—Felícia? —ele franze a testa depois que beijo seus lábios e pego meu urso.

—Tem outra? Se tiver já fala de uma vez. —abraço Mason rapidamente e olho para Justin. —Não se preocupe, J. Scar vai me levar até o hotel onde marquei o encontro, vou ficar bem. Nos vemos em casa. —aceno para ele, vendo a expressão de quem não sabe o que fazer.

—Obrigada por tudo, papai. Foi um dia incrível. —abraço Cyrus, beijando ele no rosto.

—Obrigado eu, filha. Essa semana eu passo na casa do Justin para ver você. Podemos ir ao shopping qualquer dia desses.

—Certo, eu gosto dessa ideia. Vamos marcar. Até mais. —aceno para eles e dou a volta na casa, saindo pelos portões dourados.

—Pronta pra arrasar com aquela puta, amiga? —Scar pergunta quando entro no carro.

—Pode ter certeza que sim. —coloco o cinto e sorrio para Aleh e Rebecca, que está na frente no banco do passageiro. —Obrigada por estarem aqui, de verdade.

—Você faria o mesmo pela gente. —Aleh toca minha mão e eu assinto com a cabeça, fixando meus olhos na janela e observando o caminho.

Começa a anoitecer e no rádio toca "Black Widow" da Iggy Azalea com a Rita Ora. É uma ótima música, me deixa ainda mais animada do que eu já estou.

Quando Scar estaciona em frente ao hotel, descemos todas juntas e eu vou para a recepção, sendo olhada de cima abaixo pela recepcionista em seu terninho elegante.

Não deve ser todo dia que uma garota negra e usando uma camisa larga de homem, um jeans surrado e all star azul entra em um hotel de luxo como esse.

—No que eu posso ajudar a senhorita? —ela arruma uma das suas mexas ruivas e sorri falsamente para mim.

—São duas reservas, uma no nome de Justin Bieber e a outra no nome de Alessandra Thirlwall. Quartos 301 e 302.

—Uma garota acabou de subir para um desses quartos.

—Sim, eu sei. Apenas me dê as chaves por favor. —tiro o resto do dinheiro do bolso, jogando o bolinho na mesa da garota.

—Como a senhorita quiser, aqui estão. Tenha uma ótima estadia. —ela me entrega dois cartões e eu dou o mesmo sorrisinho falso, virando as costas e entregando uma das chaves para Aleh.

—Vocês lembram do que combinamos, certo? Vocês vão ficar no quarto ao lado, se algo der errado eu grito.

—Certo, Bri. Nós entendemos. —elas assentem enquanto caminhamos para o elevador.

As meninas seguram minhas mãos e sorriem, me encorajando. Quando as portas se abrem, saímos juntas no corredor e elas entram no quarto ao lado do meu. Passo o cartão na frente do dispositivo eletrônico e abro a porta, entrando na suíte e a encostando.

A luz do banheiro está acesa e eu vejo as coisas dela jogadas em cima da cama. Me sento na cadeira estofada que tem ao lado da porta e cruzo as pernas, esperando.

Quando a loira de olhos castanhos sai do banheiro usando apensas lingerie vermelha e um Robbie de cetim da mesma cor, seus olhos se arregalam ao me notarem e ela franze as sobrancelhas.

—Desculpa, fofa. Mas você está no quarto errado. —ela sorri alegre, provavelmente achando que vai mesmo dar para o meu Justin.

—Por que acha isso? —pergunto, me mantendo intacta.

—Eu estou esperando uma pessoa aqui e... Ele já deve estar chegando. Então você...

—Não faz mesmo ideia de quem eu seja, Felícia? —pergunto, me levantando devagar e caminhando em sua direção.

—Como sabe meu nome? —ela se assusta e dirige seus olhos para a bolsa do Louis Vuitton. Considerando que ela está metida com o tráfico, deve ter uma arma.

—Lembra quando Justin Bieber disse a você que ele tinha dona? —pergunto, pegando a bolsa dela e abrindo. —Você está olhando para ela nesse exato momento. —pego sua arma e tiro o pente, espalhando as balas pelo lençol de ceda. Ver filmes policiais serve de alguma coisa, afinal.

Felícia engole em seco, negando com a cabeça.

—Você é louca, garota. Tire as mãos das minhas coisas se não eu... —quando ela dá um passo na minha direção, eu atiro a bolsa na parede.

—Se não o quê? O que você vai fazer Felícia? Vai me bater? Então vem. —abro os braços, erguendo o queixo. —Você não gosta que mexam nas suas coisas e eu odeio que mexam com as minhas. Justin avisou você que tinha namorada, por que não deixou ele em paz?

—Eu não... —ela começa a dizer.

—Porque você é uma vadiazinha rica e mimada que está acostumada a ter tudo que quer, na hora que quer. Mas não é assim que as coisas são no meu mundo.

—O que você...

—Cala a sua boca que eu não terminei de falar sua biscate com falta de rôla na boceta! —grito, fazendo ela dar um pulinho de susto. —Eu vou te dar a chance de voltar pra casa apenas com arranhões no rosto, mas se eu sonhar que você sequer pensou em abrir essas pernas finas para o Justin outra vez eu juro que vou te mostrar quão louca eu posso ser, está me entendendo? —pergunto, olhando bem na sua cara de vagabunda.

—Eu vou embora daqui, não sou obrigada a ficar ouvindo essas merdas e ainda... —ela pega a bolsa do chão e as roupas. Quando vai passar por mim, agarro seu braço e dou um tapa forte em seu rosto, fazendo um estalo alto.

Ela coloca a mão no local exato e me olha, furiosa. Quando larga suas coisas na cama e vem para cima de mim, eu agarro seus cabelos e rolo com ela no chão, sentindo seus dedos finos me acertarem.

—Você não é tão sem sal quanto eu pensei que fosse. Confesso que estou surpresa. —ela diz e eu sinto minha boca ardendo, colocando um dedo no lábio e vendo que seu anel fez um corte ali. —É uma pena você achar que eu vou desistir de ter ele na minha cama assim, tão fácil.

—Sua cretina, eu vou matar você! —rolo com ela outra vez, ficando por cima do seu corpo e estapeando seu rosto várias vezes, usando minhas unhas para arranha-lo.

Sentindo um ódio que eu nunca tinha sentindo em toda minha vida, corro minhas mãos pelo meu corpo e pego a faca dentro do meu tênis, usando a lâmina para marcar o rosto dela.

Felícia grita e se debate feito maluca embaixo de mim enquanto afundo a faca na sua pele, da bochecha até o queixo.

As meninas entram no quarto e Scarlett parece pronta para atacar, mas se acalma quando me vê em cima da loira. Felícia tenta se levantar e eu solto meu peso todo em cima do seu corpo, lhe dando outro tapa para que ela sossegue.

—Presta bem atenção no que eu vou dizer agora, Felícia. Se você chegar perto do Justin outra vez, se mandar qualquer mensagem para o celular dele ou entrar em contato de alguma forma, vou cravar essa mesma faca no seu coração. Por ora vou me contentar com esses arranhões e esse corte no rosto que eu sei que você vai precisar usar muita maquiagem para esconder. Meu aviso está dado. —saio de cima dela, limpando o sangue em minha mão.

—Você vai pagar por isso, garota. Eu juro! Vou denunciar você pra polícia.

—Denuncia, denuncia mesmo. Juro que se fizer isso, antes deles me pegarem eu vou atrás de você e ponho fogo na sua casa com você dentro. Você é mulher pra mexer com homem comprometido, então seja mulher pra aguentar as consequências disso. —passo por cima dela e bato a porta, saindo para fora e soltando o ar de forma brusca.

As meninas gritam, me abraçando e rindo.

—Menina, até eu fiquei com medo de você. —Scar diz, me fazendo negar com a cabeça.

—Você foi incrível, garota! Que lado é esse seu que ninguém conhecia hein? —Aleh dá pulos enquanto caminhamos para o elevador.

—Nem eu conhecia esse meu lado meu.

—Vamos brindar essa surra bem dada assim que chegarmos na sua casa. —Rebecca diz e eu assinto com a cabeça, me sentindo elétrica.

Justin me disse uma vez que por mais bondosa que eu fosse, eu também tinha uma escuridão dentro de mim. Ele tinha razão. E, por algum motivo, eu estou feliz por isso.

Boston, Massachusetts — 2018, 20:32min

Justin Bieber PON

—Bryce LaCroix sempre teve problemas sérios de conduta e em acatar ordens, mas posso entender porque com você isso está pior. Ele sente inveja. —Cyrus diz se livrando das cinzas do seu charuto. —Você pode fazer o que achar melhor com esse garoto, Justin. Apenas seja discreto como sempre é.

—Em uma das gravações ele ameaçou Brianna, Cyrus. Qualquer um sabe o que eu sou capaz de fazer por ela. —sua postura relaxada muda de um segundo para o outro e ele fica tão tenso quanto eu quando ouvi Bryce falar sobre isso.

—Se esse moleque abusado encostar na minha filha, eu vingo ela junto com você. —ele diz sério e eu assinto com a cabeça, apertando sua mão.

—Eu só queria deixar você a par do que está acontecendo. Tenho que ir pra casa agora, Brianna já deve ter chegado.

—Certo, qualquer coisa que precisarem sabe que devem me procurar. Até depois, Justin. Cuide da minha filha. —balanço a cabeça e saio fechando a porta e tirando a chave do meu carro do bolso.

Mason saiu há quase uma hora, disse que iria até a casa da Aleh conversar com ela. Espero que ele tenha tido sorte dessa vez, eu realmente quero que os dois deem certo porque vejo que ele a ama. E eu sei bem como é estar nessa situação e achar que perdeu de vez a garota da sua vida.

Dou a partida no carro e saio cantando pneu, seguindo para casa. Torço para que Brianna já tenha chegado, odeio pensar nela correndo qualquer tipo de perigo. Embora as únicas preocupações de Felícia sejam suas unhas ou o cabelo, sei que ela anda armada. Pensar que Scar e as meninas foram com ela nesse encontro maluco me deixa mais tranquilo.

Assim que passo pelos portões da garagem e entro no elevador, sinto minha cabeça doer de tanta preocupação e coisas pra fazer.

A cozinha está vazia e as luzes da sala apagadas. Subo as escadas e encontro Brianna deitada na cama, lendo um livro qualquer. Ela sorri ao erguer os olhos e me ver caminhando na sua direção e eu franzo a testa, notando um curativo no canto da sua boca.

—Foi Felícia quem fez isso?

—Foi, mas a cara dela ficou bem pior. Eu juro.

—Scar não precisou intervir?

—Se precisasse, seria pra salvar a vida daquela ninfeta. Não a minha. —ela fecha o livro e eu me deito na cama, a puxando para os meus braços.

—Posso confessar uma coisa? —pergunto, começando a massagear seu couro cabeludo.

—Humm. Pode.

—Eu amo ver você assim, toda mordida de ciúmes e comprando briga por minha causa. —sinto o sorriso dela e beijo sua testa.

—Você é o meu namorado e eu te amo. Estranho seria se eu, sendo como eu sou, não reagisse dessa forma. —ela me aperta e esfrega seu rosto em meu peito.

—Fé nas malucas. —comento, fazendo Brianna rir. Ela me agarra pelo pescoço e eu caio por cima do seu corpo, apoiando o peso do meu nos braços.

—Lembra do que eu te prometi ontem? —seu joelho toca suavemente meu membro escondido dentro da calça e eu assinto com a cabeça, tirando sua camiseta e mordendo a alça do seu sutiã, deixando minha mão deslizar para o meio das suas pernas.

—Você é uma garota de palavra, gosto disso. —Brianna morde o lábio e depois eu a beijo, apagando a luz do abajur e tirando minha camisa.

...

Brianna com 3 meses

Os enjoos que eu tive a ilusão de terem ido embora de uma vez, voltaram dois dias depois de eu completar três meses de gravidez, o que é horrível. Eu não tenho conseguido ficar mais do que uma hora com o rosto longe da privada.

Justin tem feito de tudo para me ajudar. Ele liga para Pattie ou pesquisa na internet formas de cortar ânsias de vômito ou só diminuí-las. É um amor de ser humano, comigo pelo menos. Sempre foi.

Pattie e eu temos nos falado bastante ao longo dos dias e eu descobri que meu pai e ela também. Eles ficam horas conversando pelo celular e parece que em um fim de semana desses ele vai para Baltimore só para vê-la. Meu plano realmente funcionou. É empolgante pensar nela como minha madrasta. Tudo está... perfeito.

Brianna com 4 meses

Minha barriga tem crescido gradativamente conforme os dias vão se passando e é incrível como eu já sinto o bebê se mexendo, mesmo que sejam movimentos bem leves.

A dor nas costas se torna mais intensa a cada semana e eu mal consigo dormir. Há noites que eu me sinto muito agitada e quero passar a madrugada inteira transando com o Justin, que acha isso uma maravilha. E há outras que o pequeno ser dentro de mim simplesmente não deixa, basta eu me deitar para que ele comece a se remexer.

Justin está cada vez mais encantado e protetor comigo, o que obviamente derrete meu coração. Eu sempre amei o cuidado que ele tem com o meu bem estar, mesmo que seja um pouco exagerado às vezes. E nós dois estamos igualmente ansiosos para descobrir o sexo.

Brianna com 5 meses

—Então é uma menina? —Justin pergunta com um sorriso enorme cobrindo os dois cantos do seu rosto.

—Sim, é uma garotinha. Estão vendo aqui? —a doutora Martin passa o aparelho outra vez por cima da minha barriga, no mesmo lugar. —Ela está deitada agora, mas é uma menina com certeza. —sinto as lágrimas de emoção escorrendo pelo meu rosto e encaro Justin pulando feito criança e vindo segurar minha mão, chorando junto comigo.

—É uma menina, preta. Uma menina! Dá pra acreditar? Nossa Avalanna. —ele fica beijando cada uma das minhas lágrimas e eu assinto com a cabeça, olhando para a tela do computadorzinho.

—Aí meu Deus, J. Isso é real. Você e eu aqui, com a nossa bebê. —ele assente com a cabeça, com o rosto tão vermelho que parece que vai explodir.

—É a nossa vida, amor. Está dando tudo certo, nós merecemos isso. —ele me beija suavemente nos lábios e eu aperto meus olhos, sentindo meu peito arder de tanta felicidade. Eu não quero que isso acabe, não quero que esse sentimento passe nunca.  



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