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História Letters ( EXO - Baekhyun ) - Capítulo III


Escrita por: BabyBaekhyun

Capítulo 3 - Capítulo III


-O senhor não gostou de me ver? - me perguntou com um sorriso ladino, eu estava sem palavras, e ela notava muito bem o meu estado, e estava a se satisfazer com isso.

-Que tipo de pacto você fez? - respirei fundo descendo o último degrau, sem demora, a segurei pelo braço e a levantei com certa brutalidade.

-Eu… sou eu… porque não… - gaguejou com dificuldade, tentando se soltar de mim.

-Por quê você não a deixou em paz? Ela estava morta, e você…

-Eu fiz o que era preciso. - se soltou de mim com agressividade, me deixando perplexo.

Por quê era preciso? Tudo que eu mais queria… era que ela pudesse descansar… 

-Preciso? Você bebeu do meu sangue e resolveu fazer tudo isso por conta própria… - comentei com total desdém, eu não posso acreditar no que estava se passando. -Espero que esteja bem ciente do que lhe pode acontecer. - sussurrei voltando meu olhar para ela, a mesma já me encarava atentamente, e em questão de segundos, nossos olhares se encontraram.

Eu queria evitá-la, deixá-la no meu passado, mas era difícil, era quase impossível não trazê-la à tona na minha vida, e agora, isso pode piorar.

-Por quê ao invés de me ameaçar… não me beija? Por quê, não… faz o que quer comigo? - sua voz ecoava em minha mente com tão doce prazer, mas, ao mesmo tempo, todo meu ser nos repudia.

Ela se aproximava de mim calmamente, e quando foi o bastante para mim, segurei seus pulsos enquanto virava meu rosto para o lado, eu não queria ser beijado por ela… isso era errado… eu amava outra mulher… e... tudo que estava acontecendo, até agora… vejo que s/n, e a minha amada de tempos atrás, não poderiam ser as mesmas… se fossem, o que estava acontecendo com elas? E o que eu faria? Quem eu devia amar de verdade? Por quem eu sou amado… será… que eu sou mesmo amado?

Olhei de relance o pescoço dela e notei algo diferente, algo que só uma delas tinha em si… uma marca que só minha amada tinha, e que eu conhecia muito bem; Eu estava ficando angustiado com sua presença, de ambas as mulheres… eu queria apenas… acabar com nossas vidas.

Não éramos para estar onde estamos, nossas vidas não mereciam ser prolongadas por tanto tempo, principalmente a minha, o causador disso tudo...

-Eu quero lhe matar, mas infelizmente não posso. - fechei meus olhos a afastando de mim, tentando me recuperar desse “miraculoso” acontecimento, na qual a mulher que eu mais amava estava bem a minha frente.

-Infelizmente? Vejo que quer realmente me matar…

-Agora que está ciente, não ouse fazer nada pelas minhas costa, porque irei saber. - a ameacei sem nenhum remorso, afinal, eu já a matei uma vez, e poderia fazer novamente, no entanto, uma vida inocente estava em si. -E quando eu pôr as mãos em você…

-Vamos… me mostre seu monstro novamente, eu quero que faça justamente o que quer… - aumentou seu tom de voz, querendo me pressionar, eu estava totalmente abalado, pelo menos, por quem estava se apossando do corpo de Louise.

-Você chegou a me fazer acreditar na sua bondade, mas naquele dia, eu tive repulsa por você. - comentei subitamente, e ela não pareceu ligar, ainda mostrava um sorriso, o sorriso pelo qual me apaixonei.

Mas agora… vejo que em seu sorriso havia algo de maldade, diferente de s/n, só que na época eu estava tão cego por ela que não percebi; Escutei um barulho vindo do púlpito e me virei rapidamente, mas, não tinha nem sequer uma alma… estranho… e o pior disso, foi a energia sentida por mim… eu conhecia muito bem… o que estava se passando com minha s/n?

-Sabe… S/n diz que você… é alguém especial… - sussurrou chamando minha atenção, logo sinto sua mão em meu rosto, e nossos corpos estavam centímetros de distância.

-Vocês…

-Melhores amigas… - sorriu com perversidade, tentei me afastar dela, mas sem sucesso, o que estava acontecendo comigo? -Nós somos… bem próximas...

-O quê…?

Baekhyun Pov’s Off

S/n Pov's On

Fechei os portões da igreja, implorando para não me voltar para Byun, para não levantar meu rosto e olhá-lo nos olhos, porque... estranhamente de alguma forma, eu o sentia me observar de longe… eu sentia suas emoções intensamente em meu ser, porque agora? Eu tão indefesa, e ainda, sem estar ao alcance do único que pode me proteger e confortar.

-Mamãe, o papai está bem?

Olhei meu filho confusa por sua pergunta, era simples, sim... entretanto, pensando melhor… porque ele me dissera isso? Ele sentia o mesmo que eu? Ele sabia o que seu pai estava sentindo? Qual resposta poderia lhe dar?

-Mamãe, a senhora está bem? 

-Sim, sim meu filho, a mamãe está bem… e seu pai, também…

Eu estava mentindo mais uma vez para meu filho, assim como quando ele me perguntava onde estava seu pai, como ele era e coisas do tipo, eu ficava preocupada com meu pequeno, mas da minha boca só era proferido palavras como “Ele está bem”; Acho que irei mentir para meu filho incontáveis vezes, dizendo as mesmas três palavras e duas frases, “Ele está bem” e “Está tudo bem”, mesmo quando tudo ficar em ruínas… 

-S/n…

Escutei uma voz familiar me chamando, foi tão confortante e sem querer uma lágrima desceu pelo meu rosto, era ela a única que me entendia e a única que me ajudaria... dessa vez...

-Anne… - sussurrei seu nome me virando para si, comecei a andar calmamente até ela, que já me olhava com seu olhar preocupado, foi então, que eu não me aguentei. -Anne… ele… - a abracei recebendo o consolo da mesma, ela sabia o quão mal eu estava. -Ele está aqui.

-Mamãe… - escutei meu pequeno me chamar com seu tom de voz manhoso, eu não queria o deixar triste, eu sempre me mantive forte na medida do possível, porém, não consigo mais, Byun retirou toda minha força.

-Vem cá… sua mãe está bem… - escutei a voz do jovem aprendiz, ele tentava confortar meu filho e eu esperava muito que ele conseguisse, porque eu não correspondia aos meus atos.

-Por quê ela está chorando? - escutei meu filho perguntar baixinho, ele devia estar chorando também.

Sempre que eu pensava em Byun e olhava para esse pequeno indefeso, algo sempre me dizia que meu filho… nosso filho era diferente… assim como Byun… assim como seu pai... diferente dos demais.

-Ela só está…

-Triste? Mamãe e papai estão tristes… eu posso sentir. - meu filho interrompeu o jovem aprendiz de forma preocupante, eu temia por isso.

-Vamos… é melhor irmos, seu irmão nos avisou sobre o que está para acontecer, é melhor que você saiba… cautelosamente. - Anne comentou me induzindo a caminhar, para podermos sair daquele lugar o quanto antes.

Eu não queria sair dali, o que eu realmente queria era voltar a entrar naquela igreja e encontrar Byun, lhe perguntar o porquê de tudo isso, qual era o sentido da vida para ele, o que era… o amor para ele...

-O que ele sabe? Como… e quem… - sussurrei um pouco desentendida, meu irmão sabia de tudo por quem? -Foi o Byun… meu irmão sabia dele…

-Não o culpe, Byun pediu por isso…

-E porquê? - a perguntei sentindo um nervoso inimaginável, desde quando os dois eram amigos, e porque Byun não quis que eu soubesse?

Então, porque teve que contar justamente para meu irmão?

-Medo…

-Medo? Mas e eu? Eu estava desesperada… e…

-Ele não quer a machucar novamente...

-Machucar? - parei de caminhar e me deu vontade de desaparecer desse mundo, porém não podia, não posso deixar meu filho.

-Ele… ele leva em conta o seu ato de tirar sua vida, algo que ele não conseguiu evitar… ele…

-Ele se sente culpado? - interrompi Anne em um sopro de voz, eu estava angustiada, triste por ele estar levando a culpa para si, eu não queria isso, jamais pensei nisso.

-Sim… - concordou abaixando a cabeça calmamente, ela parecia estar bem afetada, será que ela ainda o amava?

Não posso julgar ou ter ciúmes, ela não tem culpa de nada...

Escutamos algo vindo do nosso lado esquerdo, e com isso voltamos a caminhar, agora, com certa pressa... todos estavam assustados com o que poderia acontecer, com o que estava para acontecer, afinal, eles devem saber sobre, menos eu... 

Chegamos em frente a residência de Byun, mesmo sem ele naquele lugar, eu guardava várias lembranças, e principalmente a última... sempre que eu olhava atentamente aquele lugar, vinha em minha mente o dia do acidente, minha quase morte... e Byun... que parecia dormir tranquilamente em seu sono profundo; E agora, a realidade o trouxe de volta, será que ele queria isso? De tudo que ele já passou, o que me dizia... poderia ser melhor para si deixar esse mundo cruel, que não o aceita do jeito que ele é, que não é capaz de entendê-lo.

As palavras de Anne, ainda estavam a cortar meu coração, e sem querer senti lágrimas descerem pelo meu rosto involuntariamente, vi todos entrando com certa pressa e medo, menos Anne, que estava do meu lado, e com isso me virei de costas para o grande portão.

-Eu não queria ser um peso… eu o amo tanto… que…

-Sabemos, e principalmente ele. - Anne suspirou pesado, tirando uma mecha de meu cabelo do rosto, logo limpando minhas lágrimas. -Por isso ele não quer a machucar novamente…

-Ele já está me machucando… eu não poder tê-lo ao meu lado, é pior do que seu monstro com seus atos… - abaixei meu olhar, fechando meus olhos, eu sentia algo estranho, e minha visão estava ficando turva. -Eu não…

-É melhor irmos… - Anne acariciou meu rosto delicadamente, o levantando devagar. -S/n… 

Escutei a mais velha sussurrar com um tanto de preocupação, e logo sinto meu corpo fraquejar, infelizmente os braços de meu amado não poderiam me segurar, ele não poderia me abraçar e ficar do meu lado... como sempre fez... 

-Mamãe! 

...Quebra de Tempo…

Acordei com um peso em cima de mim, olhei o que poderia ser, e sorri ao ver meu filho, ele estava dormindo tão serenamente, ele estava tão preocupado assim? A ponto de ficar comigo... esperando a minha melhora?

Olhei ao redor e notei uma sombra perto da porta, alguém deveria estar me observando, e como acordei, essa pessoa deve ter avisado a alguém... respirei fundo e me senti melhor que antes, a angústia tinha passado, claro que eu sabia que era por hora, porém, era bom ter um refrigério... 

-Onde você estava esse tempo todo? - perguntei pensando alto, voltando ao aparecimento repentino de Byun. 

-Mamãe, a senhora acordou... - escutei a voz de meu filho suavemente, me fazendo sorrir novamente, um sorriso que eu queria mostrar para Byun algum dia, um sorriso de felicidade, amor. -Está tudo bem? - me perguntou coçando seus olhinhos, ele estava bem sonolento ainda, apenas balancei a cabeça concordando com ele. -Papai disse que você ficaria bem... 

Meu coração começou a bater mais rápido, eu estava feliz com isso... sabendo que ele apareceu para me ver, e ainda falou com nosso filho... mas... contando que eu não estava ciente do que se passou e o que estaria por vir, me deixava mal...

-S/n, como se sente? - escutei a voz do meu irmão, logo o vejo na minha frente, e em segundos, sinto um carinho no topo de minha cabeça. 

Não queria olhar para a pessoa que estava me acariciando, até porque eu não conseguiria... no entanto, a expressão de meu irmão dizia tudo.

-Eu estou bem... - sussurrei sentindo um arrepio em mim, aquela carícia só podia vir das mãos de Byun, aquele arrepio... quem podia me proporcionar era só ele.

-Podemos lhe contar...

-Sim, por favor... - interrompi meu irmão um pouco ansiosa, eu estava tão perdida a ponto de esquecer que meu filho estava por perto.

-Leve nosso filho junto com você, deixe-nos a sós... - a voz de Byun era firme, e suas mãos deslizaram para meus ombros.

Só em Baekhyun ter dito tais palavras, meu coração parecia ter voltado ao doce ritmo de quando uma pessoa está apaixonada, amando novamente...

-Sim, senhor... 

Meu irmão concordou imediatamente, sem hesitar, e não demorou para ele pegar meu filho no colo cuidadosamente, o que eles queriam me dizer de tão importante assim? Não sei porque, mas... eu esqueci de algo? Olhei meu filho e ele estava mesmo com sono, ele não acordou quando seu tio o pegou no colo, sorri involuntariamente e repentinamente sinto Byun beijar minha testa, algo tão respeitoso e bom... 

Por quê eu estava com a sensação de ser esquecida... ou melhor, esquecer de tudo...

-Você não está bem... - Byun sussurrou centímetros de distância de minha testa. -Eu ficarei aqui... eu...

-Byun... senhor Byun... - sussurrei querendo chamar sua atenção, e logo sinto ele segurar minha mão de um jeito tão reconfortante. -Antes que me diga o que quer, tenho algo para lhe dar. - comentei com certa dificuldade enquanto ele se sentava na beirada da cama, tentei me levantar mais sem exito.

Ele notou e se apressou em me ajudar, e uma sensação incrivelmente boa surgiu, como na nossa noite de juras de amor... nós nos olhamos como na primeira vez, eu estava tímida e ele com seu olhar intimidador, Byun segurou minha cintura com uma de suas mãos e me apoiou firmemente, para que ele pudesse se aproximar mais de mim.

-Não era para me aproximar tanto de você... - o disse subitamente, fechando meus olhos, sentindo seus lábios quase tocando os meus.

-Não era para me afastar tanto de você... - retrucou em um sussurro, encostando sua testa na minha.

-Você precisa saber... o quanto ela lhe amava... - desviei nosso assunto, nossas trocas de olhares e carícias, para um assunto que deveria ser de sua importância, afinal, era ela na qual ele sempre esteve apaixonado.

Me afastei pouco a pouco de Byun, que me encarava confuso, e com sua ajuda me levantei da cama, ele sabia que eu estava um pouco debilitada e se pôs do meu lado; Segui em direção ao quadro em busca de algo, que talvez, nem ele sabia o que tinha escondido ali.

Segurei o braço de Byun com mais força quando fraquejei mais um pouco, porque eu estava assim? Isso era um grande incômodo, mas, se fosse por ele, eu não relutaria em passar por isso; Olhei para ele e dei um sorriso, queria mostrá-lo que estava tudo bem, no entanto, ele estava ciente do que estava acontecendo comigo, e o que me deixava mais assustada, era que ele poderia saber mais do que eu mesma.

-Pegue o quadro e vire-o para mim. - o pedi já que eu não alcançaria o mesmo, Byun pegou o quadro, entretanto ele estava bem receoso por me deixar sem nenhum apoio, sabendo do meu estado, acho que é mesmo arriscado me deixar assim. 

Peguei uma carta antiga, porém, dava para se ler... eu tinha lido assim que descobri ela, chorei e sorri... e espero que Byun entenda, assim como eu entendi... 

-Tome... - estendi meu braço para ele, que logo deixou o quadro de lado, o colocando encostado na parede, Byun não parecia gostar daquela situação, e isso me deixou triste.

Ele sabia disso? Ele já havia lido? O observei lendo a carta atentamente, pelo que parece... deve ser sua primeira vez lendo essa carta, no entanto, ele não demostrava nenhuma emoção, porquê?

Assim que ele terminou de ler, deu um longo suspiro, eu não sabia se ele iria dizer algo, mas, eu estava prestes a tomar a iniciativa.

-Me desculpe... eu acho que... - guaguejei quando ele se aproximou de mim, me olhando bem nos olhos. -Eu não sou o suficiente para você, eu...

-Eu não preciso saber o quanto ela me ama... eu quero saber... o quanto você me ama... 

 



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