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História Liar - At Work


Escrita por: MzSavelo

Capítulo 47 - At Work


O alarme do celular da Alex as despertou de um sono delicioso. Piper choramingou no pescoço da morena.
- Você já vai trabalhar?
- Sim, amor. - Alex alisou seus cabelos. - Daqui a pouco.
- Ah não. - Ela apertou a namorada em seus braços. - Eu não quero ficar aqui sozinha.
- Ué... - Alex deu risada. - Naquele dia você ficou, babe.
- Eu sei... Mas, eu quero ficar com você. Abraçadinha aqui. Eu te amo tanto. Quero ficar grudada em você pra sempre. - Piper mantinha os olhos fechados. Inspirava forte, o perfume que emanava da sua pele.
- Awn... Meu sonho, Pipes. Mas, tenho que trabalhar. Por que está tão sensível? - Alex deu risada.
- Eu não estou.
- Hum... Okay. - Alex foi se levantando.
Piper abriu os olhos, e fez um biquinho. - Não faz isso comigo, Pipes. - Alex lhe deu um selinho. A loura soltou uma risada travessa. - Ainda podemos tomar o café da manhã juntas.

Alex tomou banho rapidamente. Vestiu um jeans, uma blusa azul, e calçou uma sapatilha. Os cabelos estavam soltos, ela aplicou seu delineador. Pegou o óculos e as chaves. Piper a observava da cama.

- Você é tão linda, Al.
- Você que é. - Ela olhou pra Piper. - Vou comprar nosso café. Já volto!

Ela voltou depois de quinze minutos. As duas tomaram café despreocupadamente, trocando carinhos.

- Sua boca está suja de Nutella, Pipes. - Alex gargalhou. A loira esfregava os dedos  na boca. - Hm... Hoje nós iremos almoçar juntas novamente?
- Claro. Naquele mesmo restaurante, né?
- Sim.
- Tá bom. Estarei lá.

.....

- Eu estarei lá mais tarde. Não sei que horas ela chega. - Carol dizia na mesa do café.
- Ótimo. O que pretende dizer a ela? - Bill perguntou. Cal já havia saído da mesa.
- Direi a ela que deixe a Piper em paz. Que traga ela de volta pra casa, ou as consequências vão ser sérias.
- Carol, acha que vai ser fácil assim? A Piper fugiu com ela. Não brincaram quando disseram que se gostavam.
- Bill... É essa Alex, que está fazendo a cabeça da Piper.
- E se não for?
- Eu sei que é!
- Mas, já parou pra pensar que pode não ser? Não acha melhor conversarmos com elas? Você vai até essa moça hoje, diz a ela para que nos encontremos a noite em um restaurante. Melhor entrarmos em um consenso!
- Eu não acredito que você está dizendo isso. Não lembra do bilhete da Piper? Ela só irá voltar por contra própria, se a deixarmos namorar aquela mulher.
- Ela está apaixonada.
- Não. Minha filha não é lésbica! - Carol se exaltou.
- Repito. Ela está apaixonada. E é por uma mulher. Pensa bem... Não é tão anormal assim.
- Claro que é! Ela não era assim. Ela está sobre influência daquela... Alex.
- Certo. Então por que está tão preocupada? A Piper não é tola. Quando perceber que não é o que ela quer, ela irá se afastar.
- Não Bill! Eu não permitirei que ela fique com uma mulher.
- Olha o que fizemos com a nossa filha. Iríamos manda-la pra fora do país, contra sua vontade. E agora ela fugiu. Acha mesmo que estamos certos? Estamos perdendo a Piper. Nós a amamos. E se ela gosta daquela moça, temos que... respeitar.
- Nunca!
- Então, acho que vamos perde-la. Elas não vão desistir, Carol.
- Isso é o que vamos ver.

.....

Alex estava atendendo uma senhora muito simpática, ela procurava por vestidos. Carol entrou na loja naquele momento. Dispensou calmamente uma atendente que lhe ofereceu ajuda. Procurou a Alex com os olhos. Eram 11:37.

Ela andou por toda a loja, olhava atentamente. Até que viu a morena conversando com uma senhora, estava sorridente. Ela a fitou. Alex ainda não a tinha visto.

Assim que a senhora saiu de perto da morena Carol foi até ela. Quando ficaram frente a frente as emoções estavam a flor da pele. Alex a olhava com os olhos arregalados, estava nervosa, jamais esperou aquilo. Carol a olhava com raiva. Não gostava dela. Era uma mera vendedora. Suas vestimentas não lhe agradavam, nem o seu cabelo. Nem sua maquiagem, por mais simples que fosse. Mas ela era bonita, não negava aquilo. Porém não conseguia engolir o fato dela ter influenciado a Piper aquele ponto. Ela não era uma lésbica. Não entendia praticamente nada dessa situação. Por que as pessoas "viravam" aquilo?

- O que você está fazendo aqui? - Alex arriscou perguntar. Sem resposta, e bastante nervosa ela ajeitou os óculos no rosto. A mulher apenas a encarava.
- Como você pôde? A Piper... Ela fugiu de casa por sua culpa!
Alex respirava pesadamente.

- Eu disse que não iria desistir dela. E... Eu não forcei a Piper a fugir. Ela só não queria ter que ir pra Londres. - Olhou ao redor. - Não podemos ter essa conversa aqui!
Ela saiu andando para fora da loja. Carol a seguiu calada.

- Por que você não desapareceu? Nós... Os pais da Piper. Não permitimos que namore-a. Ela só tem 16 anos. Por que você não entende isso? Nós só queremos o melhor pra ela. E realmente não acredito que você seja o melhor.
Alex engoliu seco.

- Olha... A única coisa que eu sei, é que nos amamos. E eu jamais irei desistir da Piper. Nós duas queremos ficar juntas. E nós vamos ficar juntas!
- Onde ela está? - Carol estava se alterando.
- Ela está bem. Está comigo, na minha  casa.
- Você vai ter que deixa-la. Ela tem que voltar pra casa. Ela tem que voltar a estudar. Veja bem o que está fazendo com a vida dela.
- Eu jamais irei deixa-la. Pelo menos não até ela pedir isso. E mesmo assim... Eu não sei se conseguiria, pelo menos, não sem um ótimo motivo pra isso. - Alex se deixou sorrir. - E eu sei que ela está se prejudicando com tudo isso. Mas, a culpa não é minha. Vocês iam obriga-la a mudar de país somente para afasta-la de mim. Não pensaram nela ao decidir isso! Acha coerente?

- Olha aqui... Você irá se arrepender disso. Está me ouvindo?
- Me arrepender do que? De amar a sua filha mais do que a mim mesma? Eu faria tudo por ela. Eu daria a minha vida pela Piper. Talvez pareça exagero. Realmente. Faz muito pouco tempo que a conheço. - Alex olhou por chão. - Porém é o que eu sinto. Eu jamais quis prejudica-la.
- Mas é exatamente o que está fazendo!
- Eu não me arrependo de nada! Muito menos da fuga. Faria tudo de novo se fosse preciso. Você diz que eu não sou o melhor pra ela. E sim! Eu não posso dar a vida que ela está acostumada a ter. - Encarou a mulher boquiaberta na sua frente. - Mas, eu sei que posso faze-la feliz. Porque eu a amo!

Elas se encararam por mais um minuto.

- Argh. - Carol se afastou furiosa não esperou o sinal fechar e avançou pela rua. Um carro vinha em alta velocidade, Alex percebeu e correu até a Carol. A empurrou um pouco. O carro felizmente conseguiu desviar delas e frear rapidamente, causando um barulho que assustou a todos na rua. Algumas pessoas saíram do shopping para ver.

- Meu Deus! - Carol levou a mão até o peito.

- Desculpe-me. Você... avançou a rua do nada! - Três garotas saíram do carro. Uma delas se aproximou da Alex e da Carol. - Tudo bem?
- Sim. A... Culpa foi minha. - Carol disse pra garota.
- Okay. - As meninas voltaram a entrar no carro.

Carol e Alex se encararam e voltaram pra calçada. A patroa da morena veio até ela.

- Alex? Tudo bem?
- Sim. Está tudo bem. - Ela encarou a Carol. Fixaram o olhar.

- Obrigada. - Carol ainda olhava pra ela. Alex não soube o que responder, apenas acenou com a cabeça, e viu a mulher se afastar acenando para um táxi.

- O que aconteceu? - A patroa dela perguntou confusa.
- Ela atravessou sem olhar.
- Mas, quem era ela? Vi quando saíram da loja.
- An... Ela... É complicado! Resumindo, eu namoro a filha dela, e ela não gosta nem um pouco. Me desculpa, Vanessa. Eu não fazia idéia de que ela sabia onde eu trabalhava.
- Okay. Apenas vamos voltar ao trabalho. - A mulher sorriu, e elas voltaram pra loja.

- Hey Alex...
- Oi. - Alex sorriu pra colega de trabalho.
- Aquela mulher veio aqui ontem. - Sorriu. - Viu sua foto na plaquinha de funcionária do mês.
- Porra... Sério? - Elas sussurravam. A garota apenas fez que sim com a cabeça. - Valeu Hanna.
Ela sorriu.

- Então... Quem era? - Sorriu sem graça.
- Acho que posso dizer que é minha sogra. - Soltou uma risada fraca. - Mesmo ela odiando isso.
- Namora a filha dela?
- Sim. Eles iam separa-la de mim. Então, ela fugiu. Está comigo em casa.
- Wow... - Hanna arregalou os olhos. - Espero que dê tudo certo. Era aquela menina que te esperava sempre, alí na frente?
- É ela sim. - Alex sorriu.
- Ela é bonita. - Sorriu. -  Mas, não escondo meu desapontamento. - Foi se afastando. - Não perdi as esperanças daquela noite se repetir. - Falava baixinho.

- Ei vocês duas... - Vanessa as chamou. - Vamos parar com a conversinha, aí? - Tentou parecer brava. Mas, deu risada logo depois.
- Desculpa. - Hanna voltou pro balcão, piscando pra Alex.


Notas Finais


Não posso matar a Carol gente... :v
Sorry.


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