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História Liar - Síncope


Escrita por: ShinEunri

Capítulo 5 - Síncope


Fanfic / Fanfiction Liar - Síncope

Acordo num quarto branco. Ai, não, de novo isso? Vejo que estava conectada ao soro e à uma máquina que media meus batimentos cardíacos, detestava aquilo... a porta se abre e a minha mãe entra no quarto com uma caneca de café nas mãos.

— Graças a Deus, você acordou! — Ela se aproxima rapidamente, colocando a caneca numa mesinha ao lado. — Como se sente? Dói em algum lugar?

— Uh? Não... — Ela coloca a mão na minha testa para medir a minha temperatura como se aquilo servisse de algo. — Cadê a Jia? Ela estava comigo... eu estava no show! Não acredito que perdi o final!

Começo a choramingar baixinho e a lamentar o meu azar.

— O que? Você se importa mais com aquele show do que com a sua saúde?! Você podia ter morrido, sabia? Que Deus te livre e guarde... — Ela faz o sinal da cruz. — Eu estava aqui preocupada esse tempo todo e você acorda falando dessas besteiras!

— Omma, não é besteira nenhuma, ok? Você sabe o quanto eu queria isso? Sabe tudo o que eu fiz pra conseguir, uh? Não, claro que não! — Digo cruzando os braços irritada. — E isso porque você não se importa... não dá a mínima para o que eu penso.

Minha mãe olha para a máquina com um misto de preocupação e irritação e vê meus batimentos se alterarem.

Acalme-se, Iseul... — Ela diz entredentes, após respirar fundo. — Eu vou chamar o médico. Quando você estiver melhor a gente conversa sobre isso...

Ela me lança um olhar significativo e eu viro a cara. Ouço a porta se fechando e confirmo que estava sozinha, antes de bater os pés na cama, me debatendo de frustração. Eu não acredito que perdi o show! Não acredito! Grrrrr.

A máquina ao meu lado ficou louca, mas eu estava mais louca ainda com aquilo. Cara, que merda, eu tinha que ter um piripaque justo no meio do show? Justo durante Blood, Sweet & Tears? Justo na parte do Hobi?! Ok, eu sabia que o Hoseok tinha potencial pra me matar a qualquer momento, mas não acreditava que isso seria literal e tão... rápido.

Começo a rir que nem idiota, ao lembrar que pelo menos ele tinha me visto cair, com a cara que ele fez na minha direção... Ou eu estava ficando louca?

O médico entra com a minha mãe e os dois me vêem rindo sozinha.

— Olá, Eun Iseul — ele diz de sobrancelhas franzidas e baixa os olhos para uma ficha que trazia nas mãos.

— Ela vai ficar bem, doutor? — Minha mãe pergunta me observando rir como se eu fosse louca.

— Acredito que sim — ele diz ao se aproximar de mim. — Iseul, você se lembra do que aconteceu antes de você ser trazida pra cá?

— Sim... eu estava no melhor show da minha vida — digo com um suspiro, ao relembrar. — Então, me empolguei durante a apresentação e desmaiei. E agora estou aqui... posso ir pra casa me lamentar por ter perdido o resto do show?

— Ainda não... tenho que ter certeza de que você está em condições pra isso — ele começa a fazer suas checagens de rotina, verificando meu coração, minha pressão e o de sempre. — Você teve uma síncope e foi trazida pelos paramédicos do local.

— Hum... há quanto tempo eu estou aqui?

— Duas horas — ele diz terminando de me checar.

— Achei que tinha sido mais... então, tudo certo? Eu já posso ir agora?

— Bem, sua pressão não voltou ao normal... mas não há arritmia — ele diz, tirando o estetoscópio dos ouvidos e colocando no pescoço novamente. — Então, pra ter certeza, você vai passar a noite aqui em observação e vou marcar um eletrocardiograma pra amanhã de manhã junto com mais alguns exames.

— Droga... — Sussurro e reviro os olhos, respirando fundo. — Mas eu já estou muito bem, olhe pra mim! Eu não quero dormir aqui, eu quero ir pra casa...

— Mas, você precisa descansar por hoje, evitando emoções fortes e aqui teremos um melhor controle sobre isso... se eu te liberar e acontecer alguma coisa, você vai acabar aqui de novo, assim que sair daqui... na melhor das hipóteses.

— Eu sei... então, vou ter que tentar ser um zumbi e seguir as regras das minhas babás aqui, certo? — digo e minha mãe me dá um tapa no braço. — Ai!

— Mais respeito, garota! — Ela diz.

— Tudo bem, tudo bem — o médico ri. — Eu também tenho uma filha dessa idade, sei como é...

— Doutor... apanhar entra na categoria de fortes emoções? — Pergunto passando a mão no braço e lançando um olhar pra minha mãe.

— Creio que sim...

— Ah, que bom... ouviu, omma?

— Ora, deixe de bobagens, Iseul... se você apanhasse mesmo não estaria assim — minha mãe me fuzila com o olhar e então se vira para o médico com um sorriso instantaneamente gentil.

— Obrigada, doutor — ela diz se inclinando levemente. — Muito obrigada por cuidar da minha filha...

— Não precisa agradecer, é o meu trabalho — ele diz sorrindo e ajeitando os óculos. — Agora eu tenho que visitar outro paciente. Em alguns minutos uma enfermeira virá trazer seu jantar.

Faço careta, mas ele já tinha se virado pra sair.

— Doutor? — Pergunto quando ele estava perto da porta e ele para.

— Sim?

— O senhor sabe onde está meu celular?

— Ah, sim... seus pertences estão na gaveta.

— Ah, sim... seus pertences estão na gaveta.

— Obrigada! — Sorrio.

— Cuidem-se, boa noite — Ele também sorri.

— Boa noite — dizemos sorrindo.

Ele sai e minha mãe me encara e eu me viro de lado para pegar o celular, a ignorando.

Havia 3 ligações e 7 mensagens da Jia. Começo a responder as mensagens rapidamente. Pelo menos eu teria com quem falar enquanto eu estava naquele lugar desagradável e relembrar os melhores momentos com a Jia seria ótimo do mesmo jeito.


Notas Finais


Aqui está, amoras!
Espero que gostem desse também e vou tentar postar o próximo capítulo o mais rápido que puder, assim q eu o terminar.
Beijinhos e até a próxima 💙😘


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