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História Liberdade - Mais uma história de amor - Capítulo 44


Escrita por: Alicesampaio

Notas do Autor


É que tal desse jeito.... então o gif mostra exatamente como
Amwwwwwwwwww amo esse casal

Lembrando nós temos um grupo de WhatsApp quem quiser é só chamar lá

Capítulo 44 - Capítulo 44


Fanfic / Fanfiction Liberdade - Mais uma história de amor - Capítulo 44

E o dia seguinte chegou. Encontrei um apartamento, no subúrbio de Nova York, não era nada grande e nem elegante, na verdade era mais parecido com uma caixa de fósforo, mas era o que meu dinheiro podia pagar e eu estava feliz em poder recomeçar.

Chaz e Carly fizeram a gentileza de me acompanhar e me doaram alguns móveis, fiquei muito agradecida.

- Sinto muito por isso. - Chaz tocou meu ombro. Sorri para ele.

- O apartamento não é tão ruim assim. - Brinquei, mas é claro que ele não estava falando sobre o apartamento.

- Não, na verdade é um lugar ótimo. - Ele entrou na brincadeira. - Eu sei que nunca fomos muito próximos, mas eu quero que saiba que se precisar de alguma coisa pode me ligar a qualquer hora do dia ou da noite. - Abracei ele, Carly estava na pequena sacada e me olhou sorrindo. 

- Você e a Carly são as melhores pessoas que eu conheci na vida, e são muito sortudos em terem um ao outro. - Quando eu disse, lembrei que eu também tinha alguém que cuidava de mim, mas que a vida se encarregou de tornar difícil que isso se estendesse por mais tempo.

- Ele ama você. - Fiquei surpresa. - Eu sei que não tem justificativa para o que aconteceu, mas o Justin ama você. - Balancei a cabeça incomodada. - Eu o conheço desde criança e sei que ele ama você de verdade, só é covarde demais para admitir.

- Você sabe que o tempo todo foi isso o que eu achei, mas agora eu percebi que na verdade era o que eu queria, e queria tanto que a a minha própria mente me enganava, me fazia acreditar que era recíproco. - Virei de costas tentando enxugar as lágrimas. - Ele ama demais a si próprio e acaba faltando amor para o resto. - Chaz tocou meu ombro.

- Você tem razão, mais isso foi até você aparecer na vida dele. - Virei na direção de Chaz. - Ele é um aprendiz Alice.

As palavras de Chaz ficaram ecoando na minha mente o resto do dia inteiro. Depois que eles se foram eu decidi tomar um banho e descansar, me sentia sobrecarregada demais, acabei dormindo.

No dia seguinte sai bem cedo e fui em busca de um emprego, não foi fácil mas logo consegui uma vaga no que eu faço de melhor, servi cafezinhos. Contei ao gerente que estava grávida, que era mãe solteira e precisava muito do emprego. Ele ficou sensibilizado e me aceitou em seu quadro de funcionários, fiquei muito feliz.

P.O.Vs JUSTIN

Odeio saber que terminou odeio encarar a solidão de não ter mais por quem me consertar, odeio não ter mais porque me consertar. Odeio a liberdade de poder ser eu mesmo, o tal livre arbítrio não me fazia feliz, mas ela sim, Alice sabia me fazer feliz.

Fazem apenas três dias que Alice se foi, e eu sinto como se não a visse a uma eternidade. Chaz me contou que ela alugou um apartamento e que apesar de fingir muito bem, não estava tão segura sobre sua decisão, ainda estava abatida e quando falava em meu nome acabava sempre tentando sufocar as lágrimas.

Eu ainda não decidi o que fazer em relação a Jenny, minha mãe tá sempre dando palpite, dizendo que eu tenho que assumir responsabilidades, e que preciso mostrar para Alice que eu amadureci se é que eu quero reconquistar ela. Depois do que eu ouvi ela dizer a Jenny, não faço ideia do que ela pensa sobre responsabilidade. Mas eu conheço minha pequena, ela queria machucar de volta.

Tento evitar a presença da Jenny esses dias, não estou com cabeça para seus jogos, ela me procura de dia no escritório a noite em meu quarto e tudo que eu faço é trancar a portar e ignorar seus chamados. 

Estava descendo as escadas, quando dei de cara com ela, bufei e passei direto, Jenny me seguiu até o estacionamento, chamando meu nome e pedindo que eu lhe desse atenção, contei até cem para não perder a cabeça, tudo o que eu não precisava nesse momento era disso. Estava indo a um jantar de negócios muito importante, não podia perder o foco , mas resolvi olhar para ela.

- Porque tá me ignorando? - Perguntou chorando, mas suas falsas lágrimas não me convencem.

- O que você quer Jenny? - Fui frio, não estava afim de conversa.

- Aonde você vai? – Eu sorri, na verdade eu gargalhei.

- Desde quando tenho que te dar satisfações da minha vida? – Perguntei com humor negro.

- Desde que eu espero um filho seu. – Como se eu me importasse.

- O fato de você esperar um filho meu não significa que vai me controlar! – Fui rude, e isso a fez baixar a crista.

- Você não pode falar assim comigo. – Fez manha.

- E porque não? Isso foi escolha sua, se não está satisfeita vai embora. – Eu já tinha perdido a paciência.

- Claro isso seria conveniente para você, não é mesmo? Você está louco para correr para os braços da Alice. Mas eu não vou permitir. – Não me contive e mais uma vez sorri.

- Como você consegue ser tão ridícula? - Ela me olhou magoada. - Eu não vou ficar com você, nem agora, nem nunca. – Virei as costas, entrei no carro e sai cantando pneu.

A noite foi péssima, eu mal consegui me concentrar no que era dito. Senti uma falta de ar terrível, era como se meus pulmões estivem comprimidos, só em lembrar que ela me deixou, e que eu vou voltar para casa e tudo que eu vou encontrar é a ausência dela. Alfredo, meu sócio Brasileiro notou que eu não estava bem, e com muita competência conseguiu conduzir a reunião e fechar negócio por mim, parecia que eu estava em um mundo paralelo, não conseguia me concentrar em nada. 

Na saída do restaurante enquanto eu agradecia pelo desempenho do Alfredo, avistei aquela figura pequena andando do outro lado da rua, vestida de garçonete. 

- Aconteceu alguma coisa cara? - Alfredo me tirou do transe.

- Eu preciso falar com a minha mulher. - Ele olhou na direção em que Alice estava.

- Cara de sorte você. Ela é linda. -Elogiou, sorri para ele. Apertei a mão de Alfredo e atravessei a rua, minha proximidade acabou assustando ela.

- Que porra você faz sozinha uma hora dessas na rua Alice? - Ela estava pálida do susto.

- Eu estava trabalhando, você me assustou. - Reclamou.

- Podia não ser eu. - Alertei ela.

- Eu sei me desculpa. - Fiquei surpreso. Ela pareceu perceber na hora que tinha sido doce demais, endureceu a postura.

- Você tá me seguindo? - Perguntou zangada.

- Não, claro que não. - Apontei para o restaurante do outro lado da rua. - Eu estava naquele restaurante quando vi você passar. - Ela respirou ainda zangada.

- Não devia deixar sua companhia esperando. - Deu um passo para frente, tentando passar por mim. Notei um lampejo de ciúmes e sorri.

- Não era um encontro baby, são negócios. - Ela tentou disfarçar o incomodo.

- Você não tem que me dá explicações, nós terminamos. - Me aproximei dela.

- Você terminou, eu não. - Ele ficou tensa, mas não disse nada até que peguei na sua mão. - Agora vamos, vou levar você para casa. - Alice puxou a mão da minha.

- De jeito nenhum, o ponto de ônibus é logo ali. - Revirei os olhos.

- Não vou deixar você sozinha uma hora dessas. - Ela balançou a cabeça. Mas acabou aceitando. Dirigi até o subúrbio e fiquei chocado quando ela pediu que eu a deixasse em frente a um prédio caindo aos pedaços. - Tá brincando né? - Ela me olhou curiosa. - Não pode está morando nesse lugar.

- E porque não? - Ela estava divertida.

- É velho e sujo. - De repente seu humor mudou.

- Essa é a minha nova casa Justin, é o que minhas economias podem pagar e eu estou muito feliz em ter um teto por menor, velho e sujo que seja. - Engoli seco.

- Eu entendo que não queira voltar pra casa, mas me deixa te dar um apartamento, no Upper West side. - Ela ficou ainda mais furiosa.

- É claro que não, você precisa parar de assumir responsabilidades comigo, você vai ter um filho com a Jenny gaste seu tempo se preocupando com ela e não tentando comprar meu perdão. - Ela abriu a porta e saiu, me deixando culpado.

Voltei na mesma hora todas as noites naquele ponto de ônibus, mas nem a sombra da Alice eu via.

O fim de semana chegou, eu não estava com animo para festas, mas também não queria ficar em casa tendo que lhe dar com as cobranças da minha mãe e os chiliques da Jenny. Acabei aceitando o convite dos caras e fui para a boate que costumamos frequentar. 

Tomei um baita susto quando eu vi Alice chegando com Chaz e Carly, ela se aproximou e cumprimentou todos, menos eu é claro, decidi que por hora ia ficar quieto.

Peguei uma dose de whisky e sentei numa poltrona virando todo o conteúdo de uma vez só.  Alice parecia muito relaxada e conversava animadamente com as pessoas até que decidiu dançar. Acompanhei todos os seus passos com os olhos, na verdade desde que ela chegou não me lembro de prestar atenção em outra coisa ou pessoa que não seja ela.

Ver Alice se exibindo estava me deixando louco de ciúme, ela sorria provocante e passava a mão no próprio corpo, seus quadris movimentavam-se numa leveza acompanhando o ritmo da musica, mas eu sabia que ela queria me enlouquecer e estava conseguindo. 

Ela estava incrivelmente linda com um vestido curto decotado que a deixava mais sexy. Eu quase não conseguia me controlar, meus olhos estavam fixos nela, e como se eu estivesse flutuando, levantei e caminhei em sua direção, Carly que dançava com Alice se afastou deixando o caminho livre para nós dois, mas antes que eu a alcançasse ela saiu da pista de dança, a frustração acabou me deixando zangado, segui Alice até a porta do banheiro e antes que ela entrasse eu puxei pelo seu braço fazendo seu corpo se aproximar do meu.

- Que merda você faz aqui? - Não era bem o que eu queria saber.

- Me larga. - Ela pediu furiosa. - Eu vim me divertir, como todos. - Ela levantou a sobrancelha. - Como você. – disse gritando de uma maneira acusadora.

- Não podia se divertir indo ao cinema com a Carly ou com o babaca que você chama de amigo. – Me referi ao Logan. Ela sorriu.

 – Porque não me deixa em paz? Eu não tenho que dar satisfação sempre que o encontrar por aí. – Falou seca se debatendo e dando solavanco em seus braços para que eu a soltasse.

- Você pode ter desistido de mim, mas eu não desisti de você Alice. - Ela me encarou por alguns segundos, até que tentou mais uma vez puxar o braço, mas eu não ia soltar.

- Que tipo de pessoa você pensa que eu sou? - Estreitei os olhos.

- Do tipo que fica aconteça o que acontecer. - Ela estremeceu.

- Você me traiu Justin. - Ela levantou a voz. - Eu cansei de ser masoquista, não acho que um dia chegue a me amar, e isso com você é um ciclo vicioso, se eu não te deixasse agora eu não ia nunca mais. - Ela puxou o braço com mais força dessa vez. - Será que dá pra me deixar em paz. - Neguei com a cabeça e a trouxe mais para perto de mim. Em um ato de desespero para evitar a proximidade, com a mão que estava livre Alice esmurrou meu peito, arranhou meu braço e eu senti uma puta ardência, acabei perdendo a paciência. 

 - JÁ CHEGA PORRA. – Gritei, sacudindo ela, mas a louca não parou de me agredir. Puxei ela mais para mim. Estava na hora de mostrar a Alice quem manda nessa porra.

Ficamos tão perto que eu não resistir. Olhei hipnotizado para sua boca e Puxei-a pela nuca selando nossos lábios. No inicio ela se debateu, mordeu meus lábios tentou me agredir ainda mais com as unhas, mas acabou cedendo.

"Há uns duzentos anos atrás, Benjamin Franklin disse a seguinte frase, "nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje", eu não tenho ideia porque a gente fica adiando as coisas, mas se eu tivesse que chutar diria que é por medo, medo do fracasso, medo da dor, medo da rejeição, às vezes o medo se trata apenas de tomar uma decisão, porque você sempre se pergunta, e se você estiver errado? E se você cometer um erro que não dar pra desfazer como eu cometi com Alice, seja lá do que a gente tenha medo, uma coisa é sempre verdade, com o tempo a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir."

 Eu me arrependo de não ter dito a Alice o quanto antes sobre meus sentimentos em relação a ela. Mas agora... Agora me parece ser tarde. Alice me afastou e deu um tapa em minha cara, me deixando ainda mais furioso. Segurei ela novamente pelos braços.

- Seu babaca, nunca mais se atreva a fazer isso. – Ela estava muito nervosa.

- Porque Alice? – Ela ficou pálida. - Eu mexo com seus sentimentos não é? – Sorri vendo o jeito como a deixo nervosa. Ela parecia escolher as palavras, de qualquer maneira não a deixei responder, tomei seus lábios novamente. - Diz olhando dentro dos meus olhos que você não sente mais nada por mim, que eu não causo nenhum efeito em você quando estou perto como agora. – Beijei seus lábios, sua respiração acelerou. – Vamos diga!

- O que você pretende com isso Justin? - Murmurou nervosa. - Ter-me aos seus pés, feito uma idiota enquanto você dorme com outra? –  Não sabia o que dizer. Alice começou a lagrimar e me senti culpado. Soltei, ela se afastou.

- Alice eu... – Tentei me desculpar mais uma vez, mas ela me interrompeu.

- Não fala nada, por favor. Eu vou superar isso, vou esquecer você, não vai ser tão difícil. – Ela é uma péssima mentirosa.

- Eu não acredito nisso, veja só o jeito que você fica quando chego perto. – Provoquei.

- Acredite ou não o problema é seu. – ela estava nervosa, e saiu batendo o pé, deixei que ela fosse, não ia insistir mais por hoje, quero ver até onde vai o orgulho dela.

P.O.Vs ALICE

"Sabe, quando eu era uma garotinha e acreditava em conto de fadas vivia fantasiando como minha vida seria... O Vestido branco o príncipe encantado que iria me carregar até o castelo...

Deitada na cama á noite de olhos fechados eu acreditava piamente em tudo... Mas ai você cresce e abre os olhos e o conto de fadas desaparece, a maioria das pessoas acaba então se dedicando a outras coisas, mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque quase todo mundo tem um tiquinho de fé e esperança que um dia vamos abrir os olhos e tudo o que sonhamos vai se tornar real. A Fé ao final do dia se torna uma coisa engraçada, ela aparece quando você menos se espera, é como se você percebesse em um dia qualquer que o conto de fadas é muito diferente dos seus sonhos, o castelo pode não ser bem um castelo e que não é tão importante ter um "Felizes para sempre" e sim um Feliz nesse exato momento."

Eu fui feliz ao lado dele, tive momentos inesquecíveis, e tudo passa em minha mente como um filme todas as noites antes de dormir. Eu amo Justin, amo como nunca amei ninguém, mas antes dele vem essa criança que eu estou esperando e que nem conheço e já sou capaz de sacrificar tudo.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Carly assim que voltei à boate.

- Eu não quero mais ficar um segundo nessa boate, vamos embora, por favor. – Pedi nervosa.

- Tudo bem, vou chamar o Chaz. – Carly foi  na direção de Chaz, meus olhos percorreram o local tentando localizar Justin, logo o avistei no bar virando um copo de Whisky, ele não me parecia nada bem. Eu sei que ele esta sofrendo embora sempre mostre o contrario.

Permaneci em silencio a viagem inteira, dói muito saber que o homem que eu amo esta longe de mim. Não importa o quanto algo nos machuca, às vezes se livrar dele dói mais.

Acordei bem cedo no dia seguinte, o tempo estava fechado, me agasalhei bem e sai para o trabalho. Desde que sai da casa do Justin eu tenho ignorado as ligações do Logan, não sei bem o motivo, na verdade eu só não quero ter que explicar pra mais alguém que eu fui traída, tou grávida, e surpresa, eu não sei quem é pai. Quando cheguei fui muito bem recebida pelos antigos funcionários e logo fui direcionada para uma mesa, e para a minha falta de sorte Logan estava nela.

- Logan! – Tentei parecer empolgada. 

- Me disseram que aqui trabalha a garçonete mais sexy do mundo, eu vim conferir de perto. – Ele se levantou e eu pulei em seu colo.

- Seu bobo, como me encontrou aqui? – Perguntei sentando de frente pra ele.

- Você tem ignorado minhas ligações, eu fiquei preocupado e decidi procurar a Carly para saber de você. - Abaixei a cabeça envergonhada. - Quando pretendia me contar tudo que esta acontecendo? – fiquei sem saber o que dizer.

- Desculpa. Eu ainda estou tentando organizar minha vida. – Disse tentando mostrar segurança.

- Alice, eu avisei você, esse cara é um canalha, mas se você me der uma chance eu... – O interrompi.

- Logan eu agradeço de verdade, você sempre foi um ótimo amigo. – Sorri sem graça.

- Mas eu quero ser mais que amigo! – Me senti um pouco incomodada.

- Eu não sei até que ponto Carly contou sobre mim, mas quero que escute de minha boca o motivo de eu ter deixado Justin. – Ele pareceu curioso.

- Sou todo ouvidos. – Eu temi, não sabia qual seria sua reação, mas eu precisava ser honesta sobre minhas condições.

- Justin vai ter um filho com Jenny, mas acho que disso você já sabe. – Ele concordou. – Mas a traição não foi o único motivo pelo qual eu o deixei, Logan eu estou grávida. - Logan entrou em choque.

- Grávida? – Ele mal conseguiu pronuncias tais palavras.

- Sim. Eu estou esperando um filho. – Minhas bochechas queimavam de vergonha por está me expondo.

- Então porque você o deixou? Ele não quis cumprir com suas responsabilidades com você é isso? Justin é pior do que pensei, eu realmente não esperava isso dele eu até cheguei pensar que ele realmente sentia alguma coisa por você, mas... – Logan não parava de falar estava muito nervoso, o interrompi.

- Justin não sabe que eu estou grávida! – Disse naturalmente.

- Como assim não sabe? – Franziu a testa. Decidi não contar a ele que Justin pode não ser o pai do meu filho, Logan e eu somos amigos, mas esse assunto é muito delicado e muito humilhante.

- Eu não contei para ele, eu pretendia contar, mas fui surpreendida com a gravidez da Jenny. Eu não espero que entenda, mas eu tomei a decisão de deixá-lo, e não quero que ele saiba que vou ter um filho. - Meus olhos já estavam marejados.

- Alice... – ele suspirou. – Eu sinto muito. Nem sei o que dizer, mas se depender de mim o Justin nunca vai saber. – Agradeci mentalmente. Algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto, Logan veio em minha direção e me abraçou forte e eu senti paz em seu abraço. Ele me olhou nos olhos.

- Eu estou aqui Alice, vou te amparar e te proteger de todo o mal. - Com o polegar ele enxugou minhas lágrimas. - Infelizmente eu não posso curar a ferida do teu coração, mas se você permitir eu posso provar que nem todos os homens são iguais a ele, se você me deixar, eu posso cuidar de você e do seu filho.– Fiquei sem palavras. Logan gosta tanto de mim que está disposto a cuidar do meu filho, o filho que pode ser do homem que ele odeia? Será que Justin faria isso se soubesse que esse filho pode ser do Zayn? Essa é uma pergunta que eu nunca vou saber a resposta. - Casa comigo Alice, deixa eu te proporcionar uma vida leve e feliz? - Entrei em choque.

- Logan eu nem sei o que dizer. – Fiquei sem graça. – Você me pegou de surpresa. Eu. – Sorri de nervosismo. – Caramba eu não sei o que dizer. Logan é rápido e muito insistente que chega a ser inconveniente às vezes.

- Diga que sim. – Neguei com a cabeça. - Tudo bem, não precisa responder agora, mas pensa com carinho, pensa nesse bebê que merece ter uma família. – Suas palavras me deixaram pensativa, meu filho merece ter uma família sim, um pai uma mãe, tudo o que eu não tive, mas não era com Logan que eu queria realizar esse sonho.

- Obrigada Logan por tudo, mas você não merece isso, não merece criar um filho que não é seu e não merece estar com uma mulher que sofre por outro. – Fui honesta, deixei o homem da minha vida por não querer que ele carregasse esse fardo, quando ele pode muito bem criar, educar e amar um filho legítimo seu com a Jenny, não vou ser tão egoísta e dar essa responsabilidade ao Logan.

- Eu não vou desisti de você Alice. - Ele usou as mesmas palavras que o Justin. - E você ainda vai mudar de ideia eu tenho certeza. – Logan tocou em minha barriga e deu um beijo em meu rosto.

Cumpri o meu horário de trabalho tranquilamente e fui para casa, eu estava exausta. Levei um baita susto quando avistei aquela figura máscula sentado na porta do meu prédio, estava muito frio e ele esquentava as mãos uma na outra. Me aproximei.

- Oi. – Disse Justin sem graça.

- O que faz aqui? - Perguntei no mesmo tom de voz que ele usou.

- Eu não sei. - Ele abaixou a cabeça, parecia meio perdido. - Só sai de casa e dirigi até aqui. - Meu coração acelerou.

- Nós terminamos Justin. - Ele olhou nos meus olhos. - Você torna as coisas muito difíceis para mim. - Ele levantou e andou na minha direção.

- Você ainda me ama? - Fechei os olhos, não conseguia encarar sua expressão, triste e solitária. Abri os olhos novamente e acabei soluçando. 

- Amo. - Ele sorriu triste. - Amo você cada dia mais, se é que é possível amar tanto assim. - Justin me puxou pela nuca e me beijou, foi tão intenso, cheio de paixão e loucura. Empurrei ele. - Para Justin, não faz isso, vai embora. - Ele me olhou magoado.

- Não posso ficar sem você, por favor. - Comecei a chorar muito, não sabia o que fazer. 

- Eu não posso te perdoar. - Ele passou a mão no cabelo, parecia nervoso, e sua paciência já tinha se esvaído. - Vai embora e não volta mais aqui.

- Não eu não vou. - Ele se aproximou mais uma vez e eu dei um passo para trás. 

- Não torne as coisas mais difíceis Justin. - Ele estava angustiado. - Para de me procurar.

- Eu não consigo porra! - Ele gritou, passou a mão na cabeça e respirou fundo. - Não peça isso porque eu não vou fazer. 

- Eu te dei tudo Justin o que você ainda quer de mim? - Estava muito frio, meus dentes já estavam batendo.

- Você não me deu tudo, não me deu o perdão. - Meu coração apertou, Justin olhou em meus, no mais profundo do meu ser, respirou fundo e parecia rendido. - Eu te amo Alice. - Não me lembro quantas vezes eu já idealizei ouvir essas palavras, não lembro como me senti quando sonhei com isso, mal lembro se alguma vez já ouvi isso de alguém, mas se um dia alguém já me disse, certamente foi irrelevante, certamente não me marcou, não como ele estava me marcando. 

Precisei de muitos minutos de silêncio, para recuperar a compostura, precisei relembrar o exercício de inspirar e soltar para não morrer sem oxigênio. Como ele conseguiu derrubar todos os muros que arduamente e diariamente eu tentava construir? São só três palavras com um poder inimaginável, mas porque dizê-las agora? Porque não quando eu mais ansiei? Juntei todas as minhas forças e encarei ele, Justin estava perdido.

- Como espera que eu responda? - Foi tudo o que consegui dizer. Justin se aproximou.

- Que tal, eu também te amo Justin. - Sorriu torto.

- As coisas não funcionam desse jeito. - Minha voz saiu sem um pingo de emoção. - Acha que dizer eu te amo vai me fazer esquecer tudo? Acha que vai solucionar nossos problemas? - Ele abaixou a cabeça. - E eu Justin? E os meus sentimentos não contam? Eu também estou sofrendo. - Ele me encarou magoado.

- O que eu disse não significa nada pra você? - Perguntou sem acreditar. 

- Você espera mesmo que depois de dizer que me ama tudo desapareça? Não é assim que funciona. - Justin fechou a cara.

- E como funciona então? - Ele tem pavio curto, sem dúvidas.

- Não sei, mas não é desse jeito. - Novas lágrimas caiam molhando meu rosto.

- E que tal desse jeito. - Ele me puxou pela nuca bruscamente e colou os lábios nos meus violentamente, não tive forças para afastá-lo, eu queria o beijo tanto quando ele. - Eu tou ficando louco, eu não como, não consigo me concentrar em nada não durmo, passo todo o maldito dia pensando em uma forma de ter você de volta, isso tá acabando comigo. - Continuei chorando baixinho. - Eu sei que você tá sofrendo, mas porra Alice eu também tou e acho que mereço outra chance porque eu te amo. - Ele tocou a testa. - Deus como é difícil lidar com isso. - Ele olhou em meus olhos. - Não aguento mais um dia se quer sem você. - Eu não consegui dizer uma só palavra, Justin me olhou por muitos minutos até que respirou fundo e virou as costa para mim, mas antes de entrar no carro disse. - Eu não vou ficar agarrado a dor só pra ter um pouco de você. - Sua voz tremeu. - Se é me esquecer que você quer, então eu estou me libertando. - Ele entrou no carro e cantou pneu, me deixando desolada e sozinha no frio.



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