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História Liberdade - Mais uma história de amor - Capítulo 46


Escrita por: Alicesampaio

Capítulo 46 - Capítulo 46


Depois que Chaz se foi, lutei para conseguir pregar o olho, eu me sentia uma idiota, mas ao mesmo tempo tinha medo da reação de Justin e do que ele poderia fazer comigo quando descobrisse o que eu lutei para esconder.

Carly entrou no quarto me viu chorando e deitou ao meu lado, ficamos abraçadas durante um bom tempo, uma consolando a outra.

- Ele não pode fazer isso comigo, ele não pode casar com ela Carly, ele não ama a Jenny, ele ama a mim. - Murmurei.

- Alice, por favor, não fica assim isso pode fazer mal para o bebê. – Ela respirou fundo. - Você fez sua escolha e a sua escolha levou Justin a fazer a dele.

- Como ele pode fazer isso comigo Carly? - Só de imaginar que Justin pode me esquecer e ser feliz com outra me machuca.

- Calma amiga, vai ficar tudo bem. – Carly me abraçou mais forte.

- Eu não aguento mais fingir que está tudo bem porque não tá! Minha vida está uma droga. - Aquela noite eu chorei até adormecer de tão cansada. Tive pesadelos terríveis e acordei com a ligação do Logan, Carly já não estava mais lá.

Assim que desliguei o telefone, fiz um esforço para levantar da cama e preparar meu café da manhã solitário. Surpreendi-me com a porta se abrindo e por ela passando a pessoa com a maior cara de pau do mundo.

- O que aconteceu com você ontem? Fiquei sabendo que foi hospitalizada. - Cruzei os braços.

- O que faz na minha casa a essa hora? E quem lhe deu a autorização de entrar sem bater? - Encarei Zayn que coçou a cabeça.

- Eu não preciso de autorização para entrar em nenhum lugar desse país. - Foi rude e grosso. - Agora responda a minha pergunta. - Eu ainda sentia medo dele, podem passar mil anos e eu ainda vou lembrar do que foi capaz de fazer comigo.

- Tive uma queda de pressão e desmaiei no meu trabalho. - Respondi cautelosamente.

- Não quero que trabalhe mais, se despeça. - Olhei-o indignada. Quem ele pensa que é?

- Quem lhe deu o direito de me dizer o que fazer? - Ele se aproximou ameaçadoramente. Meu corpo entrou em estado de alerta. - É obvio que não vou fazer isso. - Murmurei.

- Não gosto de mulheres teimosas, gosto menos ainda de mulheres que levantam a voz para mim. - Ele estava muito próximo, comecei a tremer. - Você vai fazer que o eu mando sem pestanejar. - Neguei. Zayn segurou meu rosto apertando muito meu maxilar. - Olhe bem para o meu rosto porque ele vai ser o único que vai ver por muito tempo se decidir ser teimosa e ir pelo caminho difícil. - Eu estava tremendo muito, mal conseguia ficar de pé, minhas pernas estavam bambas. 

- Tudo bem. - Concordei, a essa altura era o mais sensato a fazer, não queria ser mantida como refém desse maluco. Ele sorriu e se afastou.

- Você é inteligente Alice. - Ele olhou para pequena bancada que dividia a cozinha da sala onde o café da manhã estava servido e disse. - Eu quero um pouco disso. - Apontou para o café. Balancei a cabeça, nesse momento eu já tinha perdido a voz. Abri o armário e peguei outra xícara e servi de café com leite, depositei em frente ao homem que logo se sentou em um dos bancos. - Está delicioso. - Elogio. Eu estava parada feito uma estátua sem dizer e fazer absolutamente nada a não ser tremer. - Sente-se e tome café comigo. - Pediu. E como um robô me movi e sentei ao seu lado, servindo-me de café. - Relaxa Alice, eu só quero tomar café da manhã, não precisa ficar toda tensa. - Olhei para ele seria. Idiota. 

Fiz tudo o que ele pediu, passei geleia em suas torradas o servi diversas vezes de café, que por sinal todo gole que ele dava elogiava e dizia que eu seria uma ótima esposa, que nojo, eu nunca vou casar com esse cara, nem morta.

- Já faz muito tempo. - Ele murmurou, depositei a xícara no balcão e olhei para ele. - Faz muito tempo que não tenho companhia para o café da manhã. - Ele me encarou e eu sustentei seu olhar. - Esse gosto me trás boas recordações. - Zayn sorriu, mas não o sorriso macabro de sempre, foi um sorriso sincero. 

Depois daquela manhã assustadora, fui até o café e pedi dispensa do trabalho, não queria bater de frente com o Zayn. Ele voltou na manhã seguinte e na próxima e na próxima, todos as manhãs ele ia até meu apartamento e tomava café da manhã comigo, não conversávamos sobre nada, ele só chegava abrindo a porta com a chave extra que tinha, sabe Deus como conseguiu, sentava no banco e ficava me olhando preparar o café, comia e depois ia embora agradecendo. Virou rotina tanto que eu já arrumava a bancada para dois, estranho não? 

Desde que larguei o trabalho, minha vida tem se resumido em ler bons livros em casa e ler bons livros na biblioteca pública. Andei fazendo umas pesquisas sobre gravidez e me preparava para a chegada do meu bebê. Hoje eu estou completando cinco meses, e tinha uma consulta muito importante, assustei-me quando ouvi a porta do meu apartamento sendo aberta.

- Pensei que não ia aparecer hoje. - Estava me olhando no espelho quando Zayn apareceu por trás de mim no reflexo. Naquela manhã ele não apareceu para o café. 

- Tinha negócios pendentes, mas vim a tempo de levar você para a consulta. - Virei surpresa.

- Como você... - Ele não me deixou terminar.

- Eu sempre estou uma passo à frente Alice, não há nada sobre você que não seja do meu conhecimento. - Senti medo. Não gosto de ser encurralada desse jeito.

- Não precisa me acompanhar, posso fazer isso sozinha. - Seria o fim se alguém me visse com esse cara.

- Eu sei que sim, mas faço questão. - Ele me encarou ameaçadoramente. 

- Sabe que esse bebê pode não ser seu não é? - Zayn sorriu. - Eu estive com Justin mais de uma vez. - Era constrangedor falar sobre isso, mas de certa forma eu sentia que esse bebê é do Justin.

- É decepcionante não é? - Ele perguntou me encarando. - Saber que você espera um filho meu. - Abaixei a cabeça em silêncio. Passaram-se alguns segundo até que Zayn levantou a voz e disse. - Podemos ligar para o Justin nos acompanhar . - Olhei para ele sem entender. - Assim podemos tirar de uma vez por todas as dúvidas sobre a paternidade dessa criança. - Balancei a cabeça desesperada. 

- Não, o Justin não. - Ele sorriu debochado. - Ele não sabe do bebê, ele não sabe que eu estou grávida. - Zayn gargalhou.

- Ficou com medo de dizer a ele? Você é idiota ou o que? - Ele continuou rindo. - Acha mesmo que ele não sabe o que fizemos? - Olhei para Zayn assustada.

- Você... - Eu não conseguia pronunciar as palavras. Ele se aproximou.

- Eu mostrei tudo a ele Alice. - Meu coração disparou, lembrei-me que Rick gravava tudo naquele maldito dia. Eu nem sei direito o que senti. Toquei na minha barriga e meu bebê estava mexendo muito, como se soubesse que algo não estava bem. Me senti tonta e busquei apoio mas os braços de Zayn mais uma vez foi o que me amparou. - Não precisa ficar assim. - Eu estava tremendo tanto que meus lábios batiam um no outro.

- Como você pode? - Minha voz estava embargada. Meu Deus o Justin viu tudo, não é possível, porque ele não me disse? Lembrei das inúmeras vezes que tentei conversar com ele sobre o que aconteceu, Justin sempre evitou, agora eu entendo o porque, ele sabia de tudo, sabia de tudo e ainda assim ficou comigo. Comecei a chorar. 

- Não chora assim Alice, vai passar mal. - Zayn pedia. Olhei bem para o seu rosto.

- Você é um maldito desgraçado. - Ele pareceu surpreso com as minhas palavras. - Eu nunca vou te perdoar, nunca. - Minha voz estava muito embargada. - Sai da minha casa, mesmo sem forças eu levantei do sofá e fui até a porta. - Vai embora e nunca mais volta aqui. - Zayn abaixou a cabeça, pareceu magoado, mas eu não me importei. - Você é um monstro, mesmo que esse filho seja seu, eu jamais vou permitir que chegue perto. - Ele se aproximou. - Vai embora! - Eu o empurrei e ele segurou pelos meus braços.

- Tudo bem, eu vou. - Zayn se afastou. - Não vou levar em consideração o que me disse, sei que está nervosa e não quero que passe mal, por isso vou embora. - Ele me encarou. - Mas isso não acaba aqui. - Avisou.

- Vai pro inferno! - Bati a porta na cara dele. Não me aguentei em pé e despenquei chorando, pensei um milhão de vezes que tinha que manter a calma, o meu bebê não parava de mexer, mas a dor era tão forte que eu não conseguia controlar. 

Peguei o celular e disquei para Carly, mas ela devia estar ocupada, não atendeu. Lavei meu rosto e pequei minha bolsa, eu precisa falar com o Justin, ver ele, saber o porque nunca me contou. Eu queria seus braços em volta de mim, eu queria seu carinho nesse momento. Quero me sentir segura de novo.

Peguei um táxi e dei o endereço da casa de Justin ao motorista que me deixou em frente a grande casa, desci do carro e dei de cara com Lionel que assustado me olhou dos pés à cabeça.

- Eu preciso ver o Justin. - Foi tudo o que consegui dizer sem antes desabar em lágrimas.

- Ele não está. - Lionel parecia surpreso, olhou para minha barriga e meu rosto diversas vezes. - Você está bem? - Balancei a cabeça negando.

- Não, eu preciso vê-lo. - Chorando eu supliquei. - Por favor Lionel, me diga onde ele está. - O segurança tocou meu ombro e sorriu solidário. 

- Ele está na praça da próxima esquina. - Limpei as lágrimas e tentei sorrir. 

- Obrigada, muito obrigada. - Virei de costas e sai andando. Lionel me chamou algumas vezes mas eu não olhei para trás, eu só queria chegar até o Justin.

Mesmo com as pernas bambas eu caminhei até a praça. Do outro lado da rua eu avistei ele no carrinho de cachorro quente, sorri admirando o homem que eu amo. Decidida a ir até ele, andei atravessando a rua, mas parei no meio do caminho quando o vi se aproximar do banco onde a Jenny estava sentada sorrindo. Justin sentou ao seu lado e entregou a ela o cachorro quente sorrindo de volta. Travei no meio da rua, eles pareciam um casal de verdade e feliz.

Com uma dor enorme no coração desisti de falar com ele quando o vi acariciar a barriga dela. Não sei de onde veio, eu nem mesmo me toquei que estava parada feio uma boba no meio da rua, só ouvi o barulho ensurdecedor dos pneus queimando no asfalto.

Por muito pouco eu não fui atropelada, fiquei parada em choque a milímetros do carro, eu não conseguia gritar, falar , eu só conseguia chorar. Foi quando ouvi uma voz ao longe gritando comigo.

- Tá maluca moça? Eu podia ter te matado. – O motorista do carro gritava, ele estava nervoso.

- Me . Me desculpa! - Pedi gaguejando ainda saindo do transe. Quando olhei para frente outra vez, vi que Justin se aproximava, ele me olhou confuso, e em um ato de adrenalina saí correndo, eu não queria que ele me visse, só consegui pensar que esconder essa gravidez foi o melhor, Justin está feliz com a Jenny e com o filho que vão ter juntos. 

Dei a mão e entrei no taxi que passava, olhei Justin ficando para trás confuso. Me senti mal por ter sido burra e ter vindo correndo para ele. Eu não posso destruir esse pouco de felicidade que está tendo, não posso fazer isso quando eu sei o tanto que sofreu por mim, não posso ser egoísta com ele.

P.O.Vs JUSTIN
Jenny estava irritante hoje, ela definitivamente tirou o dia pra encher a porra do meu saco, não sei onde eu estava com a cabeça que aceitei trazer ela para fazer um passeio.

- Jenny, eu estou cansando de andar vamos para casa. – Pedi com tédio.

- Não, por favor, o dia está lindo. - Revirei os olhos. - Que tal comprar um cachorro quente para mim e nos sentarmos naquele banco enquanto eu como? Prometo que depois deixo você me levar de volta para casa. – Olhei para ela com tédio e concordei. Fui até o carrinho de cachorro quente e torci para que depois disso ele me deixasse em paz por um bom tempo.

- Não sei por que você insiste tanto com isso. – Entreguei seu pedido a ela que me olhou confusa.

- Isso o que? - Perguntou com uma voz doce.

- Essa aproximação. – Esclareci. Respirei fundo e a encarei – Porque você nunca desiste?

- Porque vamos ter um filho. – Respondeu sínica.

- Esse foi o meu maior erro. – Abaixei a cabeça. Eu não sei se consigo, olhar para essa criança, vai me fazer lembrar que eu perdi a mulher da minha vida.

- Eu não posso desistir de você porque eu te amo! – disse Jenny me fazendo olhar no fundo dos seus olhos. – Me dá sua mão. – Pediu, eu dei e então ela posicionou minha mão em sua barriga. – Sinta nosso filho Justin. - Eu entrei em uma espécie de transe quando senti o bebê mexendo, olhei para Jenny e não era mais ela quem está a ali sorrindo para mim, era Alice, minha Alice que carregava um filho meu, acabei sorrindo de volta mesmo sabendo que era um delírio.

Fui acordado dos meus desvanecidos quando escutei uma freada brusca na pista. Olhei para a rua e dei de cara com a Alice parada em choque, sua expressão era de susto. Nossos olhos se encontraram, e sem pensar duas vezes me levantei imediatamente e corri em sua direção.

- Justin aonde você vai? Ficou maluco? – Gritou Jenny. Quando estava atravessando a Rua Alice saiu correndo.

- Alice! – Eu gritei seu nome, mas ela entrou no taxi e se foi. Tinha um cara parado em frente ao carro, ele estava nervoso e gritando coisas sem sentindo para ela. Me aproximei e Jenny chegou logo atrás.

- O que aconteceu? – Perguntei ao homem nervoso.

- Aquela maluca estava parada no meio da rua. Eu podia ter matado ela. – O homem estava muito alterado. – A doida saiu correndo nem me deixou saber se estava tudo bem com ela e com a criança, um susto nessa proporção pode fazer mal para o bebê. – Bebê? Foi tudo o que eu consegui ouvir, olhei para o homem.

- Você disse Bebê? – Perguntei confuso.

- Aquela maluca está grávida. –  Eu entrei em choque, Alice está grávida? Como? Quando?

Não pensei em mais nada, Sai correndo por entre os carros até chegar onde estacionei o meu. Jenny gritou meu nome longe mas eu não lhe dei atenção, destravei o carro entrei, dei partida deixando ela para trás. Minha cabeça dava voltas. Alice estava saindo com alguém? Senti uma emoção me invadir só de pensar na possibilidade dessa criança ser minha.

No caminho eu comecei a lembrar de alguns momentos em que estivemos Juntos. Quando voltei de viagem notei que Alice estava diferente, será que já estava grávida? Ela não pode ter escondido de mim uma coisa tão importante. Uma mistura de sentimentos me invadiu eu não sabia se estava feliz ou muito irritado por ela ter sido egoísta a ponto de me esconder que espera um filho meu, é meu não é? Tem que ser meu! 

Cheguei em seu prédio, estacionei de qualquer jeito e subi as escadas de dois em dois degraus, cheguei na porta de seu apartamento e toquei a companhia, mas ninguém abriu, forcei a fechadura e a porta não estava trancada, entrei sem cerimônia.

Ela não estava na sala e nem na cozinha, caminhei até o quarto, abri a porta lentamente. Alice estava sentada na poltrona próximo a janela. O quarto estava escuro.

- Porque você não me contou? – Minha voz saiu baixa e sem emoção. Ela continuou calada, me aproximei dela e refiz a pergunta. – Porque você não me contou Alice? Responda. – Quase gritei. Ela virou e me encarou, seus olhos estavam marejados.

- Achei que você não precisava de mais um problema na sua vida. – Fiquei boquiaberto.

- Você não podia ter escondido uma coisa tão importante assim de mim, você não tinha o direito. - Acusei furioso, ela me olhou por alguns minutos sem dizer nada.

- Porque não me disse que sabia o que Zayn tinha feito comigo? – Olhei para ele sem entender. - Porque não me disse que viu Zayn me violentando. - Ela se levantou aproximando-se de mim. 

- Porque tá me perguntando isso agora? - No início eu não entendi, vi que ela estava em uma luta interna para me responder. Não podia ser o que estava pensando. 

- Esse bebê. - Ela não conseguia falar, estava chorando muito e eu tive que segurar a vontade de abraçá-la. - Pode não ser seu. - Olhei para ela sem saber o que dizer, fui pego de surpresa duas vezes hoje. Eu ainda não tinha assimilado a ideia de termos um filho juntos, como posso reagir diante disso? - Você estava viajando quando eu descobri, fiquei com medo do seu julgamento, tentei por vezes conversar com você sobre o que aconteceu, mas você nunca queria ouvir. - Virei de costas, não conseguia encarar-lá agora, eu estava sufocando. - Então eu descobri sobre a Jenny, e tudo se intensificou. - Ela tocou meu braço e eu me afastei ainda mais. - Você vai ter um filho com ela e eu, não sei nem quem é o pai do meu filho. - Virei encarando-a. 

- Você não tinha o direito de esconder isso. - Acusei. 

- Você queria que eu fizesse o que? - Olhei para a pequena barriga que ela exibia e me senti angustiado.

- Queria que fosse honesta, queria que confiasse em mim, queria que tivesse corrido para mim quando tudo ficou difícil. - Ela começou a chorar mais intensamente e tocou na barriga.

- Eu tive medo, não sabia como ia reagir, eu não queria perder você. - Sorri pelo nariz.

- Isso é hipocrisia da sua parte. - Me aproximei. - Acabou sem mim de qualquer jeito. - Ela abaixou a cabeça. 

- Eu sei. - Saiu em um fiasco de voz.

- Você me viu sofrendo e ainda assim continuou me torturando. – Eu estava me sentindo enganado, e pela primeira vez depois de muito tempo senti raiva da Alice. – Eu disse que te amava. – Olhei nos olhos dela. – Você tem ideia de quantas vezes eu disse isso na vida para uma mulher? - Ela pareceu arrependida. - Nós podíamos ter passado por isso juntos, podíamos ter decidido juntos. - Eu não conseguia olhar para ela. - Mas você tomou uma decisão que mudou o rumo das nossas vidas sozinha.

- Eu ia contar, eu juro que ia. - Ela murmurou.

- Você teve todas as oportunidades do mundo para me contar, não contou porque é covarde. – Eu sentia as lagrimas invadirem meus olhos. – Você tem razão, eu sabia do que tinha acontecido, ainda assim eu te amei porque sei que você é a pessoa que menos tem culpa . - Respirei fundo tentando conter a irá. - Você foi egoísta, não se importou em me machucar para não se sentir julgada ou ferida. 

- Você não está sendo justo comigo. - Eu sorri amargamente. - Foi difícil para mim, não sabe quantas vezes eu quis correr para você, mas não seria justo, eu sei que não foi a melhor decisão, talvez eu me arrependa mais tarde, mas tinha que ser feito. - Eu virei de costas. Respirei fundo mas a raiva não diminuía, acabei esmurrando a parede.

- Você só fez o que foi mais fácil para você. - Ela negou com a cabeça. 

- Não é verdade, te deixar, fingir não te amar o tanto que eu te amo foi a coisa mais difícil que já fiz na vida. - Eu sentia que minha cabeça ia explodir. Passei a mão nos cabelos e ela se aproximou, dei um passo para trás tentando manter a distância. - O que você teria feito? - Ela respirou fundo. - Se eu tivesse contado a você o que teria feito? - Sua pergunta me pegou desprevenido.

- Eu não sei. - Ela mordeu os lábios e sustentou meu olhar. - Mas, qualquer que fosse a decisão, nos tomaríamos juntos, depois de uma conversa ou talvez de uma discussão, mas tomaríamos juntos, eu conheceria os seus motivos e você os meus sentimentos. 

- Eu sinto muito. - Ela murmurou. Não consegui conter a mágoa, cheguei, mas perto dela e disse. 

– Eu amei você muito, mas estou farto de correr atrás. – Fui frio, e saí pela porta com um nó enorme na garganta. Entrei em meu carro e desabei, chorei feito um bebê. Eu não imaginava que a vida podia ser cruel com nós dois.

P.O.Vs ALICE

Eu não tirava dele o direito de estar zangado, magoado talvez. Eu fui egoísta, eu tive medo sim de ser julgada de perder o seu amor, mas de que adiantou isso tudo agora? Justin acabou me odiando. 

Passei o resto do dia sem sair do quarto, sem parar de chorar, eu sentia que já não tinha mais lágrimas e nem forças para continuar. 

- Amiga o que aconteceu aqui? – eu abracei Carly e chorei, chorei e chorei em seu ombro.

- Ele me odeia Carly, Justin me odeia. - Pronunciar as palavras doeu mais Ainda.

- Como assim amiga? - Carly não entendia.

- Ele descobriu tudo. – Eu mal conseguia falar.

- Chaz? – Perguntou. Limpei minhas lagrimas e tentei me acalmar para contar a ela tudo que aconteceu. Falar ajudou a tirar o nó preso, mas não aliviou e diminuiu a culpa de ter estragado tudo.

Passei a noite, mas horrível da minha vida, eu já tive noites ruins, mas como essa jamais, apesar dos erros de Justin, eu sabia, ou melhor, eu tinha certeza que ele me amava, mas agora eu o perdi, perdi o amor da minha vida. 

O sol já nascia lá fora e as minhas expectativas estavam todas fracassadas, me sentia perdida sem saber o que fazer e nem como agir.



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