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História Liberdade Condicional - Dramione - Elfo


Escrita por: Smel

Notas do Autor


Ebaaaaa!
Passando para postar o cap da semana!
Espero que gostem!

Capítulo 27 - Elfo


Hermione 

Eu ainda estava sob o efeito da poção polissuco, notei ao passar em frente a um espelho perto da escada, enquanto eu seguia o elfo até o andar de cima.

— Onde o senhor Harry Potter gostaria de ir? – O elfo perguntou para mim. 

— Eu gostaria de ver o Scorpius, por favor. E de conversar com ele. A sós. 

— O senhor não veio aqui saber sobre o caso dos objetos das trevas, não é? O Elfo sabe! – Ele sussurrou. – Se o senhor tem algum interesse no menino Scorpius, o Elfo deve pedir para que o senhor o tire daqui. Minha ama faz muito mal à ele, muito mal! 

— É mesmo? – Estreitei os olhos, me abaixando para ficar na altura da pequena criatura que assentiu desesperadamente. – Me conte mais. Como você veio parar aqui? 

— O senhor Draco Malfoy me trouxe. Ele é meu amo e sempre foi bom para o menino Scorpius. Quando o Elfo viu a senhora Greengrass traindo o senhor Draco Malfoy, o Elfo contou para ele, contou sim, mas o senhor não acreditou até que viu com os seus próprios olhos. A senhora Greengrass traiu o senhor Draco Malfoy muitas vezes, muitas vezes. – Ele sussurrou, exaltado. – E então ela deixou que um dos capangas de Lucius Malfoy escondesse alguns objetos aqui no porão e armou uma emboscada para que Draco fosse preso e ela ficasse com todo o dinheiro dele, mas ele pediu divórcio um dia antes dos aurores chegarem. 

— Santo Deus! – Eu arfei. – Elfo, você tem certeza de tudo isso? 

— Sim! Elfo viu tudo! Viu sim! – Ele continuou assentindo. – A senhora Greengrass deixou a porta aberta para que o filho dos Dolohov deixasse uma adaga envenenada, um brinco cheio de magia das trevas e um castiçal que acende o fogo do diabo. Ela queria todo o dinheiro do meu senhor, mas ele foi mais inteligente e agora ela está se vingando dele. Ela vai pedir a guarda do menino Scorpius apenas para se vingar do senhor Draco Malfoy! Ela não gosta do menino Scorpius! Ela faz o Elfo bater nele! 

— Ah, meu Deus, Elfo! Isso é horrível! – Eu lamentei, passando a mão pelo meu próprio cabelo, percebendo que ele estava ficando comprido e encaracolado. – Droga! – Praguejei e o Elfo arregalou os olhos. 

— Você… Você não é o senhor Harry Potter! – Ele acusou. – Você é a senhora Hermione Granger! 

— Sim. Eu sou… Mas eu não poderia vir com o meu próprio corpo, porque Astória poderia me reconhecer. – Me expliquei, rapidamente. – Por favor, não conte para ninguém, ok? Eu só preciso ver o Scorpius. Eu… venho à pedido de Draco Malfoy para ver como o garoto está.

— Oh! – Ele arfou, surpreso e maravilhado. – É claro, é claro! Venha comigo, senhora. – Ele disse, sorridente. – O meu amo falava muito sobre você e o menino Scorpius também fala. 

— O Draco falava de mim? O que ele falava? – Franzi o cenho. 

— Que você é uma sabe tudo irritante. – Monstro riu encabulado, abrindo a porta. – Um dia o senhor Draco Malfoy estava lendo o jornal e descobriu que você seria uma auror e ele disse “é claro, ela é uma sabe tudo irritante, vai se dar muito bem no ministério”. Ele disse, sim! 

Eu sorri com isso, entrando na porta do quarto onde Scorpius dormia feito um anjinho, o que me fez abrir um sorriso. O Elfo fechou a porta atrás de nós enquanto eu me ajoelhava ao lado da cama do pequeno menino e notava que ele tinha cortes em seu braço. 

— O que houve com o braço dele? – Franzi o cenho. 

— Elfo sente muito, senhora. Elfo não queria. A senhora Astória mandou o Elfo castigá-lo por ele não querer contar o que houve no fim de semana na casa do senhor Malfoy. Ele não contou mesmo depois de apanhar com a vara, senhora. 

— Pobrezinho. – Passei minha mão pela sua cabeça carinhosamente e ele abriu os olhos, assustado, mas quando viu que era eu, abriu um sorrisão. 

— Tia Hermione! – Ele disse, se sentando em um pulo e agarrando o meu pescoço, me fazendo rir. – Você veio me ver! O meu pai veio também? 

— O seu pai não pode sair de Londres, querido. Mas ele pediu para eu dizer que ele o ama muito. Deixa eu te ver. – Respondi, me afastando e segurando em seu rostinho sorridente. – Você está lindo hoje, meu amor! 

— Obrigado. – Ele respondeu educadamente, com as bochechas coradas e em seguida apontou para as roupas de Harry que eu usava. – Suas roupas são engraçadas. 

— São, não são? – Eu sorri, o puxando para mais um abraço e beijando o seu rostinho. – Que bom te ver! Como estão as coisas por aqui? 

— Minha mãe quis saber tudo o que o meu pai me disse, mas eu não falei nada. – Ele disse, orgulhoso de sua lealdade. – E aí ela mandou o Elfo me bater, mas depois o Elfo cuidou de mim. Eu estou bem agora. E o meu pai? Ele sente a minha falta? 

— Muito, querido! Muito mesmo! – Respondi, sinceramente e dei mais um beijo estalado em seu rosto. – Mas não se preocupe. Logo nós daremos um jeito de tirar você daqui, eu prometo. 

— Mesmo? 

— Mesmo. – Sorri, acariciando seu cabelo. – Eu vou vir te ver mais vezes, também. Só para ver se você está bem, mas você não pode contar isso para ninguém, ok? 

— Nem para o meu pai? – Ele franziu o cenho e eu suspirei. 

— Deixe que eu conto para o seu pai na hora certa, tudo bem? – Ele assentiu e eu sorri. – Só quero que você saiba que você é muito amado. Seu pai te ama daqui até o infinito. 

— Eu também. – Ele sorriu e eu assenti, dando mais um abraço no pequeno corpo. 

— Eu preciso ir agora. Você vai ser um menino forte como você está sendo? 

— Sim! – Ele respondeu orgulhosamente e eu sorri, bagunçando o seu cabelo. 

— Muito bem! Eu preciso voltar para o trabalho, só vim ver como você está. Se cuide, meu bem. 

— Tá! – Ele sorriu e voltou para a cama, me deixando dar um beijo de boa noite em sua testa antes de sair do quarto ao lado do Elfo. Assim que ele fechou a porta eu cruzei os braços e ergui as sobrancelhas. 

— O que mais a senhora deseja? 

— Elfo, seja sincero. À quem pertence a sua lealdade? 

— Ao senhor Draco Malfoy, senhora. – Ele respondeu. – Foi ele quem me trouxe e ele me pediu para cuidar do Scorpius, mas eu não posso desobedecer às ordens da senhora Greengrass ou ela me expulsa e o menino Scorpius ficará sozinho com ela. 

— Já que é assim, eu venho pedir alguns favores em nome de Draco. – Eu sorri e ele assentiu. Eu peguei um pergaminho e uma pena de minha maleta e escrevi o meu endereço, entregando para ele. – Aqui está. Me mande cartas me contando sobre o Scorpius, ok? Quero saber de tudo o que acontece com ele. Mas não deixe que Astória descubra. – Ele assentiu e eu continuei. – Eu também precisarei que você permita a minha entrada aqui para vê-lo sem que a Astória saiba e também, se você puder, gostaria que você fosse ao tribunal depor à favor de Draco. 

— É claro, senhora. – Ele assentiu, animado e sorridente. – É claro! Elfo fará tudo isso com prazer! 

— Muito obrigada. Eu nem sei como te agradecer! – Eu sorri, e estendi minha mão para cumprimentá-lo. – Você está sendo um verdadeiro herói. Agora eu preciso voltar e fazer mais umas perguntinhas para a Astória. – Ergui o frasco com o resto da Polissuco e bebi de uma vez. 

O elfo me guiou até a sala onde ela estava sendo praticamente engolida pelos dois homens. Eu, no corpo de Harry, pigarreei e ela os afastou, com um sorriso sedutor de batom manchado. 

— Voltou?

— Só mais algumas perguntinhas. – Pedi e ela assentiu, com as mãos na cintura. – Você não gosta do garoto, gosta? 

— Ah… tanto faz. – Ela sacudiu os ombros e eu assenti. 

— Então por que não o deixa com o seu ex marido? 

— Porque ele encerrou a nossa conta conjunta e nos deixou sem um tostão. – Ela respondeu como se fosse óbvio. 

— Ele perdeu o dinheiro da família. Tudo o que ele tinha foi o dinheiro que ele conseguiu trabalhando. Não é uma quantia muito grande… 

— Mas ele me deixou sem nada. Quero tudo o que ele tem, mesmo que seja pouco. – Ela respondeu e eu suspirei. 

— Se ele te der o dinheiro, você dá o garoto à ele? 

— Não vejo porque não… O fedelho seria apenas mais um trabalho que eu teria, ele pode ficar com o pai, tanto faz pra mim. 

— Acho que eu já tenho tudo o que eu preciso. – Sorri, me encaminhando para a porta. – O Elfo me levará até a porta. Obrigado pela atenção. 

Eu segui a pequena criatura até a saída da casa e sorri. 

— Temos um trato, certo? – Cobrei e ele assentiu sorridente. 

— Sim, senhor… senhora… Elfo está confuso! 

Eu gargalhei disso e vi um vulto loiro correndo até a porta. 

— Scor, o que você está fazendo aqui? Ninguém pode nos ver, se lembra?

— A tia Hermione já foi? – Ele me olhou, confuso e eu ri disso. 

— Não, meu amor. Eu só estou fantasiada de outra pessoa para que a sua mãe não descubra. – Me ajoelhei e sorri, esperando que ele falasse. 

— Você pode entregar isso para o meu pai? – Ele me estendeu um papel com um desenho e eu sorri. – Eu fiz um desenho.

— É claro… O que você desenhou? – Perguntei e ele abriu um sorriso tímido, apontando. – Esse é ele… Eu… Essa é você… A Rose e o Huguinho. E esse é o gato que a gente vai ter! 

— A gente vai ter um gato, é? – Eu o encarei, sorrindo e ele assentiu. Aquilo me derreteu inteira e eu dei mais um beijo em sua bochecha. – Coisa mais linda! Vou entregar esse desenho para o seu pai! Ele vai adorar, tenho certeza! 

— Tia, quando você se casar com o meu pai, eu vou poder te chamar de mãe?

Eu deveria ter explicado que as coisas não eram tão simples assim, que talvez eu e o pai dele não namorássemos e nem nos casássemos, mas eu não consegui. Apenas baguncei seu cabelo, sentindo os meus olhos se encherem de lágrimas. 

— Você pode me chamar do que quiser, amor. Desde já! 

— Sério? – Ele abriu um sorrisão e me abraçou com força. – Eu amo você! 

— Eu também, querido. – Isso saiu de mim com uma normalidade que eu até estranhei. Mas era real. Eu já o amava como se fosse meu e eu faria tudo o que estivesse ao meu alcance para que ele ficasse bem, porque é isso que as mães fazem: cuidam de seus filhos, mesmo que eles não sejam sangue do seu sangue. Eu me afastei para olhar em seus olhinhos acinzentados, como os de seu pai e sorri. – Vai ficar tudo bem, ok? 

— Ok. – Ele assentiu. 

— Agora seja o meu garoto bonzinho e aguente firme. Eu volto pra te ver. 

Ele me deu mais um beijo na bochecha e correu para a escada, a caminho de seu quarto. Eu troquei um olhar com o Elfo e, enxuguei as lágrimas que cairam pelo meu rosto. 

— Cuide bem dele, tá? – Pedi, ainda emocionada e o elfo acenou avidamente. 

— Sim, senhora. O Elfo vai cuidar. Vai cuidar muito bem.

— Obrigada. Por tudo. – Eu acenei com a mão e aparatei no átrio do ministério, parando para comprar um café na lanchonete no caminho para a minha sala. Todos os que passavam por mim ainda me cumprimentavam como se eu fosse o Harry e aquilo me deu uma ideia genial. Do mal, mas genial. 

 


Notas Finais


O que será que ela vai aprontar???

Não deixem de comentar!
Até o próximo!


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