1. Spirit Fanfics >
  2. Liberdade Condicional - Dramione >
  3. Melhores Amigas

História Liberdade Condicional - Dramione - Melhores Amigas


Escrita por: Smel

Notas do Autor


Oiii pessoal!!!

E aí? Como anda a quarentena de vocês?

Todos bem?

Aqui vai o capítulo, para se distraírem um pouquinho!

Capítulo 44 - Melhores Amigas


Hermione 

Eu não sentia falta da maioria das coisas do meu antigo casamento. Não sentia falta de dormir ao lado de Rony, nem de sua comida, nem das nossas discussões. Estávamos bem melhores e ainda éramos melhores amigos, então não perdemos um ao outro com o divórcio. Mas, no momento em que eu pisei nos jardins da Toca e todos os membros daquela família enorme vieram correndo até mim, eu senti um aperto no peito. Uma saudade de todos os fins de semana e todas as férias que eu passei lá desde os tempos de Hogwarts.

A família era enorme e sempre muito animada e, quando me dei conta de que eles não eram mais parte de minha família oficial, uma pontinha de tristeza atingiu o meu peito. Naquele instante eu me senti meio órfã. Harry apoiou sua mão em minha lombar, me empurrando suavemente para a entrada da toca e eu apenas caminhei, em modo automático, sem me dar conta do que viria a seguir. 

Assim que abri a porta de entrada, senti braços me rodearem em um forte abraço e logo reconheci o perfume floral. Era a minha melhor amiga. 

— Por Deus, Hermione! Eu fiquei tão preocupada! – Ela arfou, avaliando o meu rosto em busca de algum hematoma. – Você está bem? O que fizeram com você? 

— Estou bem, eu acho… – Respondi, tentando digerir o furacão que era Ginevra Weasley. 

— Querida, vamos deixá-la descansar um pouco antes do interrogatório. – Harry brincou. – Ela vai passar o dia aqui, vocês terão tempo para conversar. 

— Harry! – Gritei. – Você disse que só viríamos pegar as crianças! 

— Eu menti. – Ele deu um sorriso inocente e eu dei um tapa em seu braço. – Ai! 

— Eu. Te. Odeio. Harry. Potter. – Gritei, pontuando cada palavra com um tapa enquanto ele ria e gritava, tentando conter minhas mãos. Gina apenas ria de nós dois, mas se calou assim que a senhora Weasley entrou na sala. 

— Mas que gritaria é essa… Hermione! – Ela correu para me dar um abraço apertado que me fez sorrir ao abraçá-la de volta. – Pelas barbas de Merlin! Eu fiquei preocupada! Como você está? Bem? 

— Bem. – Dei um sorrisinho tímido. 

— Você comeu? – Ela perguntou e só naquele momento eu me lembrei que não tinha comido nada. Meu estômago respondeu por mim, roncando alto e fazendo todo mundo rir. – Já vi que está com fome. Vou fazer aquela torta que você adora. 

— Muito obrigada, senhora Weasley, mas não precisava se incomodar. – Sorri educadamente e ela respondeu com o seu sorriso maternal. 

— Bobagem, querida, bobagem… – Fez um gesto displicente com a mão e em seguida gritou na direção das escadas. – Desçam todos! A Hermione está aqui! 

Em poucos segundos, parecia que uma manada de mamutes estava descendo as escadarias da Toca. Todos os meus ex cunhados e suas esposas estavam lá, assim como Rony e Sam. Fleur foi a primeira a me abraçar, sendo seguida por Jorge, Gui e os outros. 

— Você nos deu um susto! – Angelina, esposa de Jorge, disse assim que me soltou, abrindo espaço para que Rony me abraçasse. 

— Você já encontrou o Malfoy? – Rony perguntou e eu senti uma pontada em meu estômago. Queria que Draco estivesse lá comigo, mas ele estava em Azkaban, preso injustamente. – Ele estava desesperado atrás de você!

— Já. – Respondi simplesmente, forçando um sorriso. 

— Então é verdade? – Jorge perguntou, debochado. – Você e o Malfoy? 

— Confesso que estou decepcionado, você já soube escolher melhor. – Gui zombou e eu fingi achar aquilo engraçado, apenas para não ser mal educada. 

— Vamos deixá-la respirar, crianças. – Molly intercedeu, ao perceber o meu desconforto. – A pobrezinha deve ter passado por poucas e boas.

— Com certeza. – Harry concordou, me abraçando pelos ombros. – Ela precisa de descanso. Gina, por que não leva Hermione para se sentar no jardim e ver as crianças brincando. Eu tenho que voltar para o ministério para conter o caos. 

— É claro. – Gina sorriu, entrelaçando os nossos braços. – Venha, Mione, vamos tomar um pouco de sol. 

Ela me carregou até um lugar na grama e conjurou uma toalha grande o suficiente para nós duas nos deitarmos. As crianças, que brincavam de pega-pega nem notaram a nossa presença. Por conta do calor, os meninos estavam sem camiseta e as meninas amarraram suas blusas, formando tops, o que me fez sorrir. Eles todos eram umas gracinhas.

— Nós não falamos nada para as crianças sobre o seu sumiço. – Ela comentou e eu assenti. – Eles acham que você e o Draco estavam juntos e que está tudo bem. 

— Obrigada. – Respondi, me deitando e fechando os olhos para protegê-los da claridade. 

— Como você está se sentindo? 

— Eu ainda não parei para pensar a respeito disso. – Disse, sinceramente. – Eu estou preocupada demais com o Draco em Azkaban para pensar em qualquer outra coisa. 

— Eu imagino. – Ela suspirou. – Sinto muito, amiga.

— Valeu. – Dei um sorrisinho e alguns segundos de silêncio depois, senti que alguém estava na frente do meu sol. Abri um olho só dando de cara com o meu pequeno loirinho, que não parecia muito contente. Seu rosto e seus ombros estavam bem vermelhinhos por causa do sol e eu achei aquilo adorável. Sorri para ele. – Oi, meu amor! Por que está com essa carinha? 

— Você não vai me abandonar, né? – Perguntou baixinho, me deixando confusa. Gina me encarou, tensa.

— Scor, que pergunta é essa?

— Você chegou e não me deu beijo. Minha outra mãe também fez isso quando soube o meu segredo. – Seus olhinhos estavam marejados e eu me sentei, segurando sua mão e guiando-o até que ele estivesse sentado em minhas pernas.

— Não vou abandonar você, querido. – Sorri da melhor forma que pude. – Só não quis atrapalhar sua brincadeira. Mas eu posso te dar vários beijinhos se você quiser. Aqui… – Beijei a pontinha do seu nariz. – Viu só? 

Em resposta, ele me deu um forte abraço e eu o abracei de volta, sem querer encostando em seus ombrinhos vermelhos. Ele deu um gemidinho de dor e eu me afastei. 

— Você passou protetor solar, Scor? 

— Que isso? – Ele perguntou, curioso e assustado. – Não briga comigo. Eu juro que não faço mais.

Eu segurei suas duas mãozinhas e dei um beijinho em cada uma.

— Protetor solar é um creme que você passa para que o sol não te queime e te deixe ardendo. 

— Existe? – Arregalou os olhos e eu gargalhei disso. 

— Existe. Assim que chegarmos em casa eu vou comprar um só pra você e te ensinar a usar, mas a Rose pode te ajudar. Eu já ensinei para ela várias vezes. – Sorri, observando suas queimaduras e torcendo os lábios. – Vamos ver o que a mamãe tem aqui na bolsa mágica para você.

Abri minha bolsa de contas e enfiei meu braço até encontrar minha necessaire de poções. Procurei por uma poção de queimaduras e ergui o frasco para olhar a validade.

— Aqui está. – Sorri, puxando a rolha sob o olhar atento de Scor e espalhando o líquido em seus ombros com cuidado. Fiz o mesmo em seu rosto e em suas costas e em seguida conjurei um guarda-sol. – Prontinho, lindo. Fique um pouco na sombra com a mamãe, já vai melhorar. 

— Ele é tão branquinho. – Gina sorriu, engatinhando até estar ao lado de Scor para brincar com ele. – Parece até o pai dele.

— Parece. – Eu dei um sorriso apaixonado, passando os meus dedos entre os fios finos de cabelo loiro. 

— Onde está o papai? – Scor perguntou e eu segurei um suspiro. 

— Ele precisou viajar à trabalho, mas logo estará de volta. Pediu para dizer que te ama muito. – Menti, explicando com muita calma e cuidado, Scor fez uma carinha triste e eu acariciei seu rosto. – Eu vou ficar com você, querido. E a Rose e o Hugo. 

— Ouvi meu nome. – Rose se aproximou, com as sobrancelhas erguidas em questionamento, me fazendo sorrir e puxá-la para um abraço apertado e um estalado beijo na bochecha. Ela logo se acomodou em meu colo e apontou para o Scor. – Ele vai ser meu irmão? 

— Vai. – Respondi, desembaraçando seus cabelos com a ponta de meus dedos e rindo ao ver sua careta de “para de fazer isso, mãe”. Ela pegou minha mão e a segurou, para que eu não mexesse mais em seu cabelo. 

— O Scor é legal. Mas se você ficar puxando o meu cabelo, você vai ser chata. – Ela brincou, com o seu sorriso sapeca.

— Tudo bem. Eu já parei. – Prendi a risada e notei que o Scor estava um pouco confuso com aquela interação. Ele provavelmente não tinha aquela relação com a Astória. – Você vai ser boazinha com o Scor e vai ajudá-lo a se adaptar na nova família? 

— Sim! – Ela respondeu, engatinhando para o lado do irmão e o abraçando de forma desajeitada. Scor sorriu, mas não retribuiu o abraço, apenas bagunçou os cabelos de Rose que se afastou. – Não faz isso, Scorzinho. Não gosto quando mexem no meu cabelo, me dá aflição. 

— Me desculpa. – Ele respondeu e ela estalou a língua, o confortando.

— Não precisa ficar triste. Eu ainda acho você legal. 

— Legal. – Ele voltou a abrir o sorriso. – Quer brincar de barraca? Mãe, você pode fazer uma barraca pra nós? 

— Vê na bolsa mágica! – Rose gritou, batendo palmas. A espertinha sabia que eu tinha uma cabana na bolsa e, em um instante eu a montei no jardim, com um floreio de varinha. Rose e Scor gritaram em comemoração e em seguida Rose colocou as mãozinhas ao redor da boca e gritou. – Gente! A minha mãe montou a barraca! Vem brincar! 

Todos os primos e agregados correram para dentro da tenda para brincar e foram seguidos por mim e por Gina, que entramos apenas para supervisionar a brincadeira. Uma hora depois, Molly nos chamou para almoçar, em uma grande mesa montada no jardim onde nos sentamos ao redor, depois que todos lavaram as mãos. 

A tarde, Rony, Gui, Angelina, Sam e Jorge levaram as crianças para nadar no lago e eu fui obrigada por Molly a ir para o quarto de Gina tirar um cochilo. Minha amiga, que também não havia dormido direito, se deitou ao meu lado na cama de casal e sorriu. 

— Posso fazer uma pergunta? 

— É claro. – Respondi, também sorrindo.  

— Você ama o Malfoy? – Perguntou e eu assenti com a cabeça, confirmando. – Achei lindo que o Scor te chamou de mãe. 

— O Scor é um doce. Ele é muito gentil e carinhoso, mas como a Astória era uma vaca com ele, ele desenvolveu problemas com abandono, o que o torna meio inseguro e carente com as pessoas, principalmente comigo. Acho que ele quer ter certeza de ter um amor de mãe, porque ele nunca teve… ele precisa disso para se sentir seguro. 

— Eu percebi. E você pretende assumir esse papel de mãe na vida dele? Pretende se casar com o Draco? 

— Um dia, sim. 

— E se der tudo errado e vocês se separarem? 

— Então eu me separarei de Draco, não de Scorpius. – Encolhi os ombros e ela sorriu. 

— Isso é lindo, Mione, o que você está fazendo por eles dois. Eu tenho orgulho de ser sua amiga. 

— Obrigada. – Sorri. – Eu digo o mesmo de você, você é a melhor. 

— Valeu. – Ela riu, abraçando o travesseiro e bocejando. – Vou dormir agora. Bom descanso! 

— Bom descanso! – Respondi, me virando para o outro lado e encarando a parede até o sono vir e tomar conta de mim.

 


Notas Finais


Não se esqueçam de comentar!!
Espero que todos estejam saudáveis!
Beijos e até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...