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História Liberdade Condicional - Dramione - Julgamento de Emergência


Escrita por: Smel

Notas do Autor


Oieee! Como vcs estão?

Espero que gostem do cap de hoje!

Capítulo 45 - Julgamento de Emergência


Harry 

O Ministério da Magia inteiro estava, de fato, uma tremenda loucura. Tinha tanta gente andando pra lá e para cá por todos os corredores que eu, desviando de todo mundo, demorei quase vinte minutos para chegar em minha sala. Um absurdo. 

Eu tinha marcado uma reunião com a juíza do caso de Malfoy e com o Ministro da Magia dali a dez minutos, então a única coisa que tive tempo de fazer foi organizar a minha mesa e deixar todo o processo dele aberto, com todos os depoimentos e denúncias para discutirmos sobre, antes que eles batessem na porta, me fazendo suspirar nervosamente. Eu tinha que conseguir tirar Draco de lá, ou então Hermione ficaria louca! 

— Podem entrar! – Gritei, sentando-me em minha cadeira. Estendi a mão para o Ministro, que a apertou cordialmente e cumprimentei com um beijo no rosto. 

— Como está, filho? – Kingsley perguntou educadamente e eu forcei um sorriso. 

— Bem, bem, embora muito cansado. Chamei vocês para esta reunião porque um de nossos aurores prendeu Draco Malfoy de novo, e mais uma vez, injustamente. 

— Ah, Merlin! – Mafalda massageou as próprias têmporas, exausta. – Eu não acredito nisso! 

— Caramba, isso é sério? – Ministro passou as mãos pela careca, suspirando. – Realmente, não dá pra acreditar! 

— Já é a terceira vez que ele é preso injustamente e sem provas concretas e isso pode nos causar problemas, sabem? Ele não pode ter tanto conhecimento assim de leis, mas Hermione tem e eles estão juntos agora… Eles poderiam nos processar, e se fizessem isso, com certeza, ganhariam, a final, nós estamos acusando-o de ter cometido crimes gravíssimos.. 

— Mas Hermione não nos processaria por isso, processaria? – Mafalda perguntou, preocupada. – Ela não ficaria contra nós. 

— É claro que não! – Ministro respondeu, tamborilando os dedos na mesa. – Ela está do nosso lado há anos.

— Acredito que não, mesmo. – Respondi, derrotado. – Mas não é esse o ponto, entendem? 

— E qual é o ponto? – Hopkirk perguntou, confusa e eu suspirei, apoiando os meus cotovelos na mesa.

— Hermione já fez muito para o mundo bruxo e para o ministério durante todos esses anos. – Expliquei didaticamente e eles concordaram balançando suas cabeças. – Não estou dizendo isso por ser amigo dela, mas vocês não acham que é errado deixá-la desamparada em um momento como este, depois de tudo o que ela contribuiu para nós? O namorado dela está preso e, ao que tudo indica, ele é inocente de suas acusações. Todos os depoimentos comprovam isso e não há provas contra ele. 

— Sim, sim… Hermione sempre foi uma exímia funcionária para nós. E de fato tudo nesse processo indica que ele é inocente – Kingsley concordou, olhando para os papéis espalhados em minha mesma. – Mas o que você está sugerindo? Que nós simplesmente o libertemos? Você sabe que não podemos fazer isso sem um julgamento.

— É claro. Leis são leis… Mas podemos fazer um julgamento de emergência como forma de nos retratar com o Malfoy. 

— Julgamento de emergência? – Mafalda perguntou, assustada. – Mas não fazemos um desses há anos! 

— Já está na hora de voltarmos a fazer! A fila de casos à serem julgados está imensa! Seria bom se nos livraremos dos que os réus parecem ser inocentes, como o de Malfoy!

— Não é uma má idéia. – Kingsley considerou. – E Hermione merece isso, depois de tudo. Podemos ver a possibilidade. O que você acha? – Ele trocou um olhar questionador para Mafalda que assentiu em concordância, ainda com a testa franzida. – ah, não seja tão difícil. Não precisa ser amanhã, assim teremos tempo de organizar tudo e deixar alguns membros da suprema corte a par de toda a situação. Vejamos… Cinco dias está bom? 

— Me parece ótimo. – Respondi. – Assim teremos tempo de convocar testemunhas de todos os casos e rever os depoimentos. Eu só gostaria de pedir um favor. Não comentem nada com a Hermione. Ela passou por emoções fortes e, se se envolver nesse processo, é capaz de entrar em colapso nervoso. 

— Claro, claro… Isso faz todo sentido, até porque ela já fez bem mais do que poderia para ajudá-lo. – Ele assentiu. 

— Ela quer ser membra da Suprema Corte. Está tentando impressionar vocês e vocês sabem como ela é… 

— Ela sempre impressiona. – Hopkirk sorriu gentilmente e eu assenti, orgulhosos de minha melhor amiga.

— Bom, então estamos definidos. – O Ministro sentenciou e Mafalda suspirou, assentindo. Ela, como juíza, teria muito trabalho nestes cinco dias. – Vamos manter tudo isso em sigilo e em cinco dias faremos esse julgamento que acontecerá com os cinco membros principais da suprema corte, a juíza Hopkirk, nós dois e as testemunhas sob Veritaserum. 

— Ótimo! – Esfreguei minhas mãos, ansioso. – Obrigado, ministro.

— Por nada, filho. Sempre ao dispor. 

— Até mais, Sr. Potter. – Mafalda sorriu e se levantou, caminhando ao lado de Kingsley para a porta. Assim que eles saíram, eu soltei um suspiro aliviado e comecei a analisar as fichas dos prisioneiros recapturados e a acrescentar a última fuga aos seus prontuários. Era um trabalho chato, mas necessário. Quando acabei, fui para o Quartel General saber novidades sobre os esquadrões que ainda buscavam foragidos pela floresta. Encontrei com um de meus soldados, que deu um sorriso cansado.

— E então, Robert? Em que pé estamos? 

— Prendemos dez fugitivos e três dos sequestradores. Dois destes criminosos delataram o Sr. Wilbor, guarda principal de Azkaban, que torturava os detentos, como o mentor do sequestro, mas ainda não o encontramos. Ao que me consta, ele quer se vingar da Srta. Granger pela denúncia. 

— Peça para que haja uma troca de esquadrões para que os atuais possam descansar. – Suspirei. – Esses caras vão dar trabalho. 

— Vão sim. Aquela floresta é traiçoeira e eles conhecem o território muito bem. Nossos soldados estão tendo que ter vigilância constante. 

— Eles precisam voltar para o quartel, comer algo e dormir um pouco. Mande os esquadrões D, F, P, Q, R, S, T para fazerem a busca noturna. – Pedi e ele assentiu.

— Sim, senhor, farei isso agora mesmo! 

— Obrigado! – Assenti e voltei para a minha sala, para ver quem eu intimaria para depor, de acordo com o que Hermione tinha escrito no processo. Tudo estava muito organizado e completo e aquilo era tão típico dela que me fez sorrir. 

Naquele dia fiquei trabalhando até mais tarde, deixando tudo pronto enquanto não tinha notícias sobre a busca dos aurores. Quando anoiteceu, eu aparatei em Azkaban para fazer uma visita rápida ao Malfoy. No caminho, passei na cozinha e preparei um prato de sopa de carne, com bastante pão e suco de abóbora. Se eu não poderia tirá-lo de lá, iria garantir que ele ao menos fizesse uma refeição decente. Ele estava sentado, em um canto de sua cela, com os cotovelos apoiados nos joelhos e ergueu a cabeça para mim assim que me viu chegar ao lado de um guarda, que destrancou sua cela. 

Eu entrei e estendi a bandeja para ele, que a pegou e colocou no chão ao seu lado. Ele pegou um pedaço de pão e o comeu. 

— Obrigado, Potter. 

— Não foi nada. – Forcei um sorriso, apontando para o espaço ao seu lado. – Posso me sentar? 

Ele encolheu os ombros e eu me sentei. 

— Trago boas notícias. – Anunciei e ele me encarou, cético. – Consegui para você um julgamento de emergência que ocorrerá em cinco dias. 

— Sério? – Ele arregalou os olhos e quando eu assenti, ele esfregou as mãos em seu rosto, com um suspiro aliviado. – Graças à Merlin! A Hermione já sabe? 

— Não. E eu não pretendo contar. – Disse de primeira e ele franziu o cenho. – Ela tirou uns dias de folga para descansar e se souber desse julgamento ela vai querer trabalhar. Faz anos que ela não tira férias e passou por muita coisa. Ela precisa de um pouco de descanso. Por favor, quando ela vier amanhã, não fale para ela. 

— Certo. – Ele suspirou. – Faz sentido, não quero que ela fique doente por trabalhar demais depois de um trauma de um sequestro. 

— Obrigado. – Assenti. 

— E Scorpius? 

— Está na Toca. Hermione está lá também, vou garantir que ela fique lá com as crianças e com a Sra. Weasley, assim ela não precisará se preocupar com nada e terá quem cuide dela e ajude com as crianças até você voltar. 

— Hum. – Ele mordeu os lábios, tornando sua boca uma linha fina. – Certo, ótimo.

— Qual o problema? – Franzi o cenho. 

— Nada, Potter. 

— Malfoy, o que há de errado com a Hermione ficar na toca? – Pressionei e ele bufou. 

— Ela está lá com o ex dela enquanto eu estou aqui, de mãos atadas. Preso, sem poder nada para mantê-la por perto! Isso é frustrante! 

— O Rony está com a namorada lá. – Comentei, sem entender porque estava tentando tranquilizá-lo. – E Hermione ficará no quarto de Gina. Não vai acontecer nada entre os dois. 

— Espero. – Ele encolheu os ombros. 

— Esteja preparado e descansado. Em cinco dias você passará uma tarde respondendo as perguntas de cinco jurados e da juíza Hopkirk. Mantenha a cabeça no lugar. – Me levantei, passando as mãos na calça para tirar a sujeira. – Eu preciso ir, tenho poucas horas para descansar antes de fazer o meu plantão amanhã. Vou para a Toca. Se precisar de algo, mande me chamar. 

— Obrigado, Potter. – Ele disse e eu assenti. – Por tudo! 

— Certo. Nos vemos em breve. 

*****

Hermione 

Acordei meio atordoada com o barulho no quarto e abri os olhos, vendo que Scorpius e Rose estavam sentados na cama de Gina onde eu dormia, já em seus pijamas. Rose penteava os cabelos e Scorpius abriu um sorrisão, apontando para mim.. 

— Olha Rosinha, ela acordou! 

Rose engatinhou, colocando o seu rosto bem perto do meu, para me encarar.

— Bom dia Bela Adormecida! 

Eu ri disso e belisquei seu nariz. 

— Bom dia princesa! Como foi no lago? Se divertiram? 

— Sim! O meu pai ensinou Scorpius a nadar. Eu já sabia, então ele me deixou ficar sem a bóia! 

— Isso é ótimo, filha! O seu pai nada muito bem! E você, Scor? Gostou de nadar? 

— Sim, mas eu ainda não tirei a bóia. 

— Não tem problema, querido! Nas próximas vezes você tenta ir sem. 

— É! O tio Harry disse que a gente vai dormir aqui, é verdade? A gente pode dormir com você? 

— Vamos ver… – Eu sorri, me sentando. – Vocês já jantaram?

— Ainda não. A tá todo mundo tomando banho pra comer. – Rose respondeu tranquilamente e a porta do quarto se abriu para que minha melhor amiga entrasse. 

— Você já acordou! – Ela sorriu. – Que bom! Hoje o Harry irá ter plantão no ministério então você vai dormir comigo. 

— Vocês são bem teimosos, sabia? – Abri um sorriso preguiçoso e ela encolheu os ombros, nem se importando com o que eu falava. Apontei para um envelope em suas mãos. – O que você tem aí?

— Ah, chegou para você. Deve ser o exame de sangue do St. Mungos que você fez, acho bom você abrir e, se for algo realmente grave eu te levo lá agora mesmo para iniciar o tratamento. – Ela estendeu o papel para mim e eu me estiquei para pegá-lo com um sorriso tranquilizador no rosto.

— Não há de ser nada. – Encolhi os ombros rasgando o envelope sem nem ver o que estava fazendo. – Deve ser só uma descompensação pelo nível de adrenalina… 

Eu desviei meus olhos para o envelope e senti um arrepio de medo passar pela minha espinha. Dentre os vários números e nomes de componentes sanguíneos que eu não entendia direito o que significava, havia um que acendeu um alerta em minha cabeça: o Hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana. 

Prendendo o ar de nervosismo, me apressei para ler as considerações finais do exame, apenas confirmar a suspeita que eu tinha em minha cabeça. 

 


Notas Finais


E aí, meu povo?

Gostaram?

Comentem!
Beijos e até o próximo!!!


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