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História Liberté: Sangue do meu sangue - Doloroso Destino


Escrita por: Alexiel_LaRoux

Notas do Autor


Olá gente.

Bom tem ficado um pouco complicado manter atualizações em datas certinhas, mas estamos aqui com mais um capítulo e vamos que vamos.

Obrigada por cada um dos lindos comentários que eu recebi no capitulo passado, os estou respondendo aos poucos, mas já os li com muito carinho e adorei cada um deles. Obrigada também a quem lê em silencio, meus fantasminhas queridos, vocês tb são uns amores de estarem acompanhando, espero que um dia quebrem o silencio e digam um oi.

Sem mais delongas vamos começar com a sofrencia.
Boa leitura.

**************
PS: A capa do capitulo de hoje foi um verdadeiro parto (bem irônica a comparação, logo nessa fic ne) para encontrar. Esse é o recorte da página de um doujinshi. Procurei a autoria dele, mas infelizmente as buscas não resultaram em algo conclusivo, então os créditos são totalmente ao autor. Foi a melhor representação do capitulo que poderia encontrar já que todas as outras artes não tinham as cores que uso na fic.

Capítulo 6 - Doloroso Destino


Fanfic / Fanfiction Liberté: Sangue do meu sangue - Doloroso Destino

Os pingos de chuva caiam pesadamente sobre o abrigo improvisado que fizeram naquele beco depois de terem fugido praticamente o dia inteiro. Camus estava encolhido nos braços de Milo e temia que a chuva engrossasse mais e os ensopasse. A noite também já estava alta no céu e devido ao espaço mínimo que dividiam no corredor de um prédio para outro, mal poderiam deitar. O ruivo abraçou mais forte o namorado vendo que o mesmo já tremia de frio, aquela era mais uma das capacidades extraordinárias de Camus, tinha uma resistência gigantesca ao frio e não foram poucas as veze em que, mesmo na neve, Milo o pegou sem sequer usar um casaco dizendo que não sentia absolutamente nada do frio...

- Milo, o dinheiro que temos não dá pagarmos um carro que nos leve até a vila mais próxima?

- Infelizmente não tem como fazermos isso Camus. Você viu, eles já emitiram um alerta sobre o seu desaparecimento e sua foto está espalhada por todos os meios de transporte da Vila. Eles te descobriam, não sei como a minha imagem saiu ilesa disso tudo e ainda mão colocaram um cartaz de procurado com a minha cara ao lado da sua. Além do mais, você é de menor, não podemos viajar por causa disso também.

- E o que faremos então? – Camus dizia se encostando mais ainda em Milo, sabia como o namorado era muito mais sensível ao frio e que sua resistência entre os dois era a maior de todas para ambientes como aquele.

- No centro da Vila não podemos ficar, você seria pego rapidamente. – Milo pensava- Temos de achar um lugar onde não nos conheçam tão bem quanto aqui. Um lugar para onde ninguém queira ir.

- O único lugar que vem a minha mente é a zona que fica nos arredores da Vila. - Camus dizia pensativo.

- Você se refere a favela? – Milo encarou os olhos avermelhados do namorado em um sobressalto.-  Não, eu não te levaria para um lugar como aquele, ainda mais esperando nosso filho! É muito violento, perigoso e todo pior tipo de gente vive ali.

- É justamente por isso que não vão nos encontrar lá. Ninguém gosta daquela região, é um lugar esquecido pelo mundo que só serve como lixão para toda tecnologia obsoleta nesse nosso tempo. – Camus bocejava cansado, a gravidez o deixava incrivelmente sonolento. – Encontramos um canto, criamos um abrigo e aí decidimos o que faremos. Se tivermos de brigar por um lugar para viver, nos brigaremos, eu sou forte ninguém vai se meter a besta conosco.

- Eu sei que você é forte, o nariz do valentão do orfanato também sabe muito bem, lembra quantas cirurgias ele teve de fazer para reconstruí-lo? Mas você não pode esquecer que está esperando um filho, não podemos abusar de sua força, sou eu quem tem de te defender!

- Nós temos de nos defender Milo. Somos uma família e família cuida um do outro.

- Você tem razão Camus. E um dia nos três seremos felizes, viveremos em paz. Leve o tempo que levar. Agora tente descansar meu amor, amanhã nos temos uma longa viagem para fazer.

Os dois recostaram-se melhor e acabaram cochilando ali até que um novo dia surgisse em suas vidas.

****

Algumas semanas haviam se passado desde a fuga dos dois e as dificuldades não aliviavam nem um pouco aos jovens. A região para que tiveram de partir, aos arredores da cidade, era o que poderia ser chamado de submundo. Grupos se digladiavam por território enquanto os moradores locais, pessoas que trabalhavam nos mais simples e humildes cargos impostos pela modernização, ficavam em meio ao fogo cruzado morando no que restava das construções anteriores a grande guerra. Era realmente uma área perigosa e nada agradável para dois jovens como Camus e Milo, ainda mais na situação em que o ruivo se encontrava.

O pouco dinheiro que tinham estava se esvaindo com as necessidades dos dois. Haviam encontrado abrigo em uma velha loja de eletrônicos abandonada, onde corriam o risco de serem expulsos a qualquer instante pela gangue que tomava conta do local. Parecia que o mundo havia parado naquele lugar e que toda a evolução tecnológica, científica, alcançada pela humanidade não havia chegado ali. Era uma selva onde os mais fortes sobreviviam.

A gravidez de Camus começava a avançar a olhos vistos e graças as roupas que Afrodite lhe havia feito, ele conseguia esconder bem isso, ou teria um problema a mais para enfrentar. Não foram poucos os que implicavam com eles por causa da relação dos dois. Se todo o avanço do mundo havia acontecido, a mentalidade humana, mesmo depois de uma guerra, ainda não havia avançado tanto. Quando foram descobertos pelos locais como um casal, as piadinhas e ataques não haviam cessado e isso tornava a situação ainda mais irritante.

Naquele dia Milo havia conseguido um pouco de dinheiro com a venda de alguns componentes eletrônicos que garimpara no lixão próximo de onde viviam e o vendido a um preço irrisório, mas que serviria para comprar alguma comida para eles. Já não tinham algo substancial para comer a quase uma semana e no alto de seus quatro, quase cinco, meses de gestação, para Camus isso era um perigo no desenvolvimento do bebe. Ainda tinham que lidar com a grande preocupação de onde conseguiriam dinheiro para o parto do ruivo. Eles se encontravam em desespero, mas Milo sempre bancava o forte tentando não preocupar seu amado e guardando uma pequena reserva para esse fim, o nascimento de seu filho. 

Adentraram o pequeno cômodo que haviam feito de abrigo carregando as pouquíssimas coisas que tinham comprado. Camus se sentia extremamente cansado com a distância que percorreram procurando coisas mais baratas para comprarem. Ao finalmente avistarem a moradia improvisada dos dois Milo teve de amparar Camus, que quase caiu com o fraquejar das pernas, pelos suto do estado do pequeno lar dos dois.

Todas as poucas coisas que possuíam estavam reviradas, algumas roupas rasgadas ou cobertas de fétida urina, algo extremamente cruel de se fazer. Tudo se encontrava no mais completo caos e eles não acreditavam no que viam escrito em letras enormes em uma das paredes do abrigo dos dois. Em letras grandes e de tinta ainda fresca a frase “desapareçam aberrações malditas” era circundada por outras tão homofobias, que faziam o estomago deles reviverem. Camus não vomitou porque não tinha absolutamente nada no estomago, mas as lágrimas verteram desenfreadas de seus olhos, a gravidez o deixava tão emocional, que nem mesmo disfarçar seus sentimentos em sua antiga máscara de frieza era capaz. Eram palavras de baixíssimo calão e ameaças que realmente meteram medo nos dois.

O ruivo encostou em uma das paredes e Milo correu até um dos cantos do lugar buscando desesperadamente por algo ali. Revirava tudo, no mais completo desespero e seus olhos já começavam a marejar de dor e ódio. Foi então que Camus se assustou com o forte soco que seu companheiro deu na parede.

-Malditos infelizes. Eu mato quem fez isso eu juro que mato! – Ele esbravejava andando de um lado para outro como um bicho furioso e acuado.

- Milo... – Camus o olhava desolado e com medo da reação do companheiro.

- Eles roubaram Camus, eles roubaram tudo!

- O que eles roubaram Milo? – Ele dizia com medo da resposta de seu amado.

- O dinheiro que eu estava guardando para pagar o seu parto. Levaram tudo o que eu juntei nesses dois meses. O que o Afrodite havia me dado também, era pouco, mas já era o começo. – Milo afastava o cabelo do rosto visivelmente muito tenso – Inferno! O que eu vou fazer agora... – Camus se deixou cair arrastando pela parede, até se sentar no chão e levar as mãos ao ventre, vertendo lagrimas. Sempre bancou o forte, mas a gestação o estava deixando frágil, a dor daquela situação da miséria em que estavam vivendo nos últimos tempos. – Ah Camus, não faz isso, nós vamos dar um jeito.

- É tudo culpa minha Milo! Eu que realmente sou uma aberração, eu nunca deveria ter me envolvido com você, assim não estaria passando por tudo isso. Nós não estaríamos passando por tudo isso! Eu não estaria com um filho prestes a pôr nessa porcaria de mundo sem nenhum futuro pela frente. Talvez eu até mesmo já tivesse morrido naquele maldito laboratório em uma das experiências comigo.

Milo sentou ao lado de seu companheiro e ele recostou a cabeça em seu ombro. O loiro observava a situação em eu o lugar onde viviam se encontrava com ódio. Aquilo não era culpa de Camus, mesmo que ele não estivesse esperando um filho e mesmo que não tivesse sido uma cobaia, eles ainda seriam vítimas ali, pois não era pelo estado de Camus que sofriam aqueles ataques. Eram atacados porque se amavam e a ignorância humana era incapaz de aceitar que o amor dos dois era legitimo, unicamente por serem do mesmo sexo.

- A culpa disso tudo não é sua, meu anjo, a culpa disso e da ignorância humana. Independentemente do que você é ou o que fizeram com você, eu te amaria do mesmo jeito e nós sofreríamos preconceito. Esse mundo evoluiu, mas as mentes insanas que não concebem o nosso amor não. – Ele tocou a barriga, já pronunciada, do namorado com carinho e abriu um sorriso triste. – Pensa nele, se ficar nervoso ele vai sentir.

- Milo... – Camus ia dizer algo quando desencostou do namorado levando as duas mãos a barriga e sorriu de leve com o que havia acabado de sentir pela primeira vez. Buscou pela mão de Milo, erguendo a bata e revelando a barriga, guiando a palma grande do amado sobre a mesma.- Sente – sorria bobo esquecendo um pouco sua dor. – Ele mexeu, eu senti nosso menininho mexendo.

- Deixa eu sentir melhor. –Milo abria um sorriso gigantesco se concentrando em seu tato, até que sentiu um forte movimento na barriga do ruivo de seu filhinho se mexendo. – Eu senti, ele se mexeu forte.

- Ele sentiu o outro pai perto dele. – Sorriu, aqueles momentos lhes davam esperança de lutar, lutar por aquele filho. – Acho que ele está nos lembrando do porque temos que lutar Milo.

- Sim Camus, é por ele que temos e vamos vencer. Por nossa família.

Sorriu e se abaixou beijando com muito carinho a barriga do ruivo. Não eram poucas as vezes que ele se via acariciando o ventre do companheiro, como um verdadeiro pai bobo de primeira viagem. Quando Milo se descobriu amando Camus, jamais imaginou que poderia viver aquilo com ele

 – Já pensou em um nome pro nosso pequeno, Camus? – Perguntava ainda acariciando a barriga do namorado e tentando esquecer o que acabaram de viver.

- Eu pensei que você ia querer escolher Milo. – Camus dizia com ar de curiosidade para o companheiro.

- Não, você o está gerando, você tem a maior parte do trabalho eu sou só um espectador bobo, esperando para um dia sentir esse pequeno finalmente em meus braços e ama-lo ao seu lado. – Sorriu – Dessa vez quero que você escolha o nome do nosso primeiro filho.

- Dessa vez? Não me diga que você vai querer ter mais filhos Milo!

- Mas é claro que vou! Já que você pode gerar frutos nossos, eu vou querer ter uma família enorme! – Dizia se permitindo sonhar em meio ao caos – Nós vamos crescer na vida um dia, essa miséria em que vivemos vai ser temporária e esse bebê bem aqui, vai ser só a abertura para o caminho de felicidade que ainda iremos viver. Quero ter, no mínimo, três filhos com você e adotar mais um ou dois. Fazer com que outras crianças não passem o que a gente passou no orfanato. Quero uma família Camus, aquela que não tive, e quero ter com você.

- Bobo sonhador. Amo isso em você -  Camus sorriu, dessa vez feliz com os planos futuros de seu parceiro. Recostou novamente a cabeça no ombro de Milo e suspirou – Hyoga.

- Como?

- O nome desse bebe, ele vai se chamar Hyoga. E eu espero que ele se pareça com você. – Camus dizia se deitando no colo de Milo bocejando cansado.

- Hyoga... gostei do nome e tomara que ele tenha a sua personalidade, meu amor. Agora descansa Camus. Quando você acordar nós vamos arrumar nossas coisas e sair daqui. Não posso te deixar correndo perigo esperando o nosso filho.

E assim eles fizeram, dormiram aquela noite abraçados e tentando esquecer a dor de toda a rejeição e preconceito que haviam vivido naquele dia. O amanhecer chegou, e como sempre era Camus o primeiro a acordar e preparar tudo para a sua mudança dali. Não fazia ideia de para onde poderiam ir, do que seria o futuro dos dois. Sentia tanto ódio que as vezes queria socar tudo que via pela frente, mas ao olhar Milo dormindo, de pensar em quanto ele tentava ser forte pelos dois, suspirou profundamente tirando essa ideia da mente.

Parou diante da janela, com vidro quebrado, de onde viva e tocou de leve em seu ventre enquanto observava o lado de fora e pensava nos rumos de sua vida em meio a aquele cenário cinzento e feio em que agora vivia. Aquilo tudo era definitivamente assustador.  Não se sentia uma pessoa frágil que precisava de proteção. O tempo em que viveu no orfanato, em que conheceu o mundo, o ensinaram a se tornar alguém forte e decidido, muitas vezes se sentia até mesmo frio demais para com os outros, mas fora ensinado e condicionado a não sentir e só conseguiu fazer isso quando se tratava de Milo, quando se tratava daquele pequeno ser em seu ventre. Somente os dois eram capazes de fazer Camus vivenciar o mais puro dos sentimentos, e somente eles lhe permitiam ser frágil. Era somente nos braços de Milo que podia dar vazão ao que realmente era.

Mas quem ele era, o que haviam feito com ele e como ele vivenciava o mundo, era mínimo agora. Seus olhos vermelhos devassavam o ambiente do lado de fora, as ruas sujas da vista para aquele beco, lhe faziam sentir medo, medo pelo que viria no futuro. Passou a mão sobre a barriga olhando para a mesma e suspirou profundamente.

- O que vai ser de você sendo criado nesse mundo... como farei para você vir a esse mundo, meu filho?

Conversava com o pequeno ser em seu ventre, como tinha acabado se habituando a fazer nos últimos tempos, aquilo era um alivio aos momentos de tensão e quando tinha a chance de se aliviar em pensamentos solitários. Por mais que Milo dissesse que conseguiria o dinheiro para arrumarem um médico que fizesse o nascimento do pequeno, Camus sabia que isso não passava de um sonho de seu amado na atual situação. O ruivo tocava sua barriga pensado que no momento em que aquele bebe estivesse pronto, ele teria de dar sua vida pela que carregava em seu ventre.

Era macabra a ideia, mas, se um milagre não acontecesse e eles não tivessem o dinheiro necessário na hora do parto, assim que Camus sentisse as dores do momento, morreria para ter aquele filho, pediria que seu amado o arrancasse de dentro de si. Isso era cruel e não sabia como teria coragem de pedir tal sacrifício ao seu amado, mas era necessário.

 Uma lagrima correu de seus olhos ao imaginar a ideia de que poderia jamais ver o rosto daquela criança, mas ela daria forças a Milo, ela seria a vida de seu amado quando viesse ao mundo, a vida e a força para que os dois pudessem seguir sozinhos quando o ruivo partisse. Camus já havia aceitado o seu destino e a inviabilidade de dar à luz a aquele menino de forma natural. Afinal, nenhum humano e seus experimentos tinham a capacidade de imitar em total a genialidade e perfeição da própria natureza, a qual iam tanto contra.

Distraído em seus pensamentos ele notou uma movimentação anormal do lado de fora. Limpou as lagrimas e se atentou mais ao que estava acontecendo. Os olhos do ruivo, serraram-se por um momento e ele sentiu raiva da cena que presenciou. Um grupo de três rapazes, alguns dos encrenqueiros que viviam a implicar com ele e Milo, agrediam aos empurrões uma pessoa e a mesma parecia muito confuso em meio aos socos e chutes, como se não soubesse para onde seguir. Camus olhou para Milo, que ainda dormia, e mordiscou o lábio contrariado com o que ia fazer.

Saindo de sua casa, rapidamente ele chegou até os agressores e percebeu mais claramente que eles agrediam a um jovem rapaz de compilação frágil e delicada, pouco mais jovem que ele, com cabelos medianos e lisos em um tom claro de castanho. Ele parecia completamente apavorado e sem saber que rumo tomar com as ofensas e agressões que sofria. No exato momento em que o ruivo chegou, o garoto já era seguro por um dos agressores e tinha os bolsos revirados antes de ser socado com força nas costelas.

- Por que vocês não mechem com algum do seu tamanho, oh babacas? – O ruivo se enchia de coragem e fechava a expressão, encarando os três em um ato de loucura. Em seu estado não devia fazer aquilo, mas já estava cansado da injustiça daqueles idiotas e poria fim nisso.

 - Olha se não é a bichinha! – Um deles dizia de modo irônico, sendo seguido pela risada dos outros. – Cadê a outra aberração, não vai se esconder atrás dele dessa vez não, mulherzinha?

- Vocês estão mexendo com a pessoa errada, é melhor deixarem o menino em paz. – Camus dizia já de punhos cerrados e com ódio pelo que o haviam chamado. Desde o início da gestação fora assim, mesmo ele sempre tão calmo, estava explodindo com qualquer coisa.

- Ou o que bichinha? Vai nos bater? Acho bom começar a tentar agora. Duvido que consiga algo sem seu macho para te defender! – ele se virava para os outros e esfregava os punhos pronto para agredir Camus e logo pegava algo no chão. – Cuidem do moleque e livrem nossa área desse invalido, eu vou acabar com a bichinha ruiva.

O que parecia ser o líder deles avançou para cima de Camus com o pedaço de madeira em mãos. O taco improvisado seguiu em seu arco de ataque, como em câmera lenta para os olhos de Camus, que somente em um erguer da mão esquerda, o segurou a quase um palmo de seu rosto com uma força descomunal. O jovem agressor, observou aquilo abismado e ainda tentou puxar o pedaço de madeira com força para um novo golpe, mas não conseguiu. Com uma agilidade fora do comum, com a outra mão livre, Camus puxou o braço do agressor, o segurando com força e o torcendo para trás. Um estalo do osso se partindo e o grito do agressor ressoando alto no beco, fez os outros dois que estavam prontos para auxiliarem seu líder param imediatamente.

- Vocês vão continuar mexendo com o menino? – Ele dizia com ódio e puxando o braço do jovem que sentia uma dor excruciante, gemendo alto. – Vão deixar ele, eu e meu namorado em paz, ou vou ter de arrebentar com cada um de vocês até não sobrar nenhum osso inteiro?

- Camus!

Milo chegava naquele momento e não gostava nem um pouco de ver o namorado metido naquela briga no seu estado. Com a distração, o ruivo soltou o jovem agressor que estava sobre sua custodia e esse, assim como os outros, correram dali o mais rápido possível. Estavam em pânico com a força de Camus e com a raiva que o ruivo descontou nos mesmos. O menino que antes era agredido, estava encolhido no chão totalmente perdido.

- Você está louco de se meter em uma briga no seu estado, estava pensado no que? – Milo brigava com o namorado preocupado - Porque não me avisou que eu tinha vindo ajudar?

- Isso não importa agora Milo. – Ele dizia e ia até o garoto, se abaixando perto dele e percebendo que o mesmo sangrava pelo canto da boca. – Você está bem? Eles já foram pra... Aiiii!

Camus dizia antes de sentir uma fisgada forte no ventre, levando a mão para a barriga e gemendo alto com expressão de dor.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Bj e até o próximo cap!


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