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História Library Boys - Os Troféus


Escrita por: caratfeliz

Notas do Autor


Olá.

Capítulo 3 - Os Troféus


Fanfic / Fanfiction Library Boys - Os Troféus

- Junhui! O que é isso tudo? Você me disse que não dançava! – Minghao estava alterado.

- Você é curioso demais, Hao. – Junhui disse colocando a mão na cara. – Ok, ok, eu dançava, ta bom? Há muito tempo atrás, não faço mais isso.

- Mas olha todos esses troféus! Você deve ser muito bom!

- Eu era, mas eu não danço mais, eu guardo aí porque eu estou cansado disso. – Ele disse com um semblante um pouco triste e Minghao decidiu mudar de assunto e fazer alguma coisa sobre a bagunça que ele causou.

- Então você achou os figurinos?

- É, estão no quarto da minha mãe.

Minghao olhou os figurinos, mas, depois do que aconteceu, não estava conseguindo se concentrar em ter ideias para a dança. Tudo que ele conseguia pensar era em como gostaria de ver Junhui dançando ou, melhor, dançando ao seu lado, mas preferiu deixar a conversa para depois, pois no momento o amigo parecia muito abalado. Eles não trocaram quase nenhuma palavra e Minghao foi embora. Na hora do jantar, a mãe de Junhui percebeu que ele estava estranho.

- O que aconteceu, filho? – Ela disse e o garoto olhou para ela. – Você sempre fica brincando com a comida, mas hoje está comendo normal.

- Mãe... Porque o armário dos troféus estava destrancado?

- Desculpa, eu estava olhando ele e devo ter esquecido aberto. Eu não entendo porque você os deixa guardados lá.

- Eu não sei por que olha tanto para eles. O que tem de tão especial?

- Eles são especiais porque são seus. Seu pai também adorava eles.

- Meu pai não está mais aqui. Eu sei que você está pegando as coisas antigas dele que estavam no escritório. Porque você fica relembrando?

- Filho, eu sei que é difícil para você, mas as pessoas não são esquecidas assim.

Junhui não disse mais nada. Os dois terminaram de comer e foram dormir. No dia seguinte, Junhui foi para escola e tinha tanta coisa na cabeça que no automático foi parar em frente à janela por onde entrava na biblioteca.

-O que é o hábito.

- Falando sozinho? – Alguém disse atrás de si assustando–o. Ele olhou para trás e encontrou Wonwoo. – O que é isso? Vingança?

- Não foi intencional, mas você bem que mereceu. – Wonwoo disse rindo. – Eu estava explorando a escola à procura de algum lugar quieto para eu ler os meus livros, mas pelo jeito eu vou ter que sentar no chão ou na grama.

- Tentando evitar o refeitório, huh?

- Mais que tudo. Eu acho que eu sou mais antissocial do que eu imaginava.

- Dramático você. – Junhui riu.

- É, eu vou continuar procurando.

Wonwoo procurou em vão, pois o único lugar silencioso era a informática, mas o lugar era uma geladeira, Wonwoo sempre saía resfriado de lá. O único que conseguia ficar lá dentro por mais de uma hora era Jihoon, um garoto baixinho da sala de Junhui que sempre usava a mesma jaqueta de moletom preta, facilmente irritável e passava todo o tempo em frente a um computador, sem falar com quase ninguém. Ninguém sabia o que ele tanto fazia no computador, mas muitos acreditavam ser algo ilegal.

Então, depois de procurar em todos os lugares possíveis já era a hora da aula, então se dirigiu a sua sala. Wonwoo, diferente de Joshua, sentava na última cadeira perto da janela. Ele era do tipo que só prestando atenção no professor ou lendo um livro, entendia as matérias e tirava boas notas. Nesse caso, não conversar com ninguém era uma vantagem. O professor da sala de Wonwoo foi chamado pela coordenadora e os estudantes foram liberados para ir antes para o intervalo. Wonwoo não foi um dos estudantes que celebrou o acontecido, mas usou a oportunidade para talvez ter um pouco de paz. Mas isso ocorreu por dez minutos. Ele sentou na mesa mais afastada do refeitório sozinho com o seu livro trazido de casa. Entretanto, o intervalo chegou e junto deste o barulho. Depois de um tempo lendo a mesma página três vezes sem conseguir se concentrar, Wonwoo largou o livro na mesa com raiva a tempo de ver o trio barulhento andando na direção de sua mesa.

- Garoto dos livros! – Seokmin disse.

- Seokmin, o nome dele é Wonwoo, eu te disse ontem, mas você é ruim com nomes, hein? – Seungkwan disse sentando mais uma vez sem pedir permissão, sendo seguido pelos outros dois.

- Cadê o Joshua? – Wonwoo perguntou na esperança do amigo o salvar já que era da mesma sala que os barulhentos e, portanto, devia estar mais acostumado a eles.

- Ele é sempre o último a sair na sala, enquanto nós somos sempre os primeiros. Acho que ele já deve estar vindo. – Seokmin disse.

Joshua e Junhui apareceram no refeitório alguns segundos depois.

- Joshua! Aqui! – Seokmin gritou, nada discreto chamando a atenção de todo mundo, para garantir que os dois não inventassem de sentar em outro lugar.

Meio sem opções eles foram andando devagar até mesa e sentaram ao lado de Wonwoo. No mesmo momento três garotos passavam pela mesa.

- Cheolie! – Jeonghan gritou, abraçou o namorado e iniciou mais um momento de intimidade em público. Hansol e Mingyu que estava com Seungcheol também pararam perto da mesa.

- Olá, o que vocês dois estão fazendo? – Seungkwan disse irritado. – Nós somos invisíveis?

- Olá. – Mingyu disse enquanto Hansol só balançou a cabeça em uma espécie de reverência.

- Isso, assim que eu gosto. – Seungkwan disse. – Então, já conheceram nossos novos amigos?

Wonwoo e Joshua se entreolharam, não era necessárias palavras para expressar o quanto aquela frase havia sido bizarra. Enquanto Hansol parecia processar a pergunta, Mingyu desviou seu olhar apara Wonwoo.

- Jeon Wonwoo? O que está fazendo fora da biblioteca? – Ele disse, mas Wonwoo não pareceu expressar nenhuma emoção.

- Kim Mingyu, quanto tempo, não é? Apesar de eu ser da sua sala. – Ele sorriu fazendo o outro ficar irritado. – E parece que você ainda tem problema comigo. Por que isso mesmo?

- Ah, então eu tenho que te relembrar? Como você quebrou o meu nariz dois anos atrás? – Mingyu disse se sentando.

- E você ainda guarda rancor! Siga em frente! Já faz dois anos!

- Explica essa história direito. – Jeonghan disse, agora prestando atenção na pequena discussão que ocorria com Seungcheol o abraçando por trás.

- Eu ACIDENTALMENTE esbarrei nele.

- ESBARROU? Você caiu em cima de mim.

- Ta bom, ta bom, eu tropecei em alguma coisa no chão e caí.

- Caiu em cima de mim e eu estava segurando um livro, uma relíquia. Quando eu caí, a capa se soltou do livro e as páginas saíram voando pelo corredor sendo pisoteadas por milhões de estudantes. – Wonwoo disse.

- Que livro? – Joshua perguntou.

- Guerra e paz. – Wonwoo respondeu.

- Nossa. – Joshua disse colocando a mão sobre a boca e olhando para Mingyu com uma expressão de “coitadinho”.

- Não é problema meu se você fica andando por aí com objetos pré-históricos. – Mingyu disse e Joshua mudou sua expressão para “Ele não tem medo da morte”, mas Mingyu não pareceu perceber. – Não importa. Não era motivo para você me dar um soco tão forte que quebrou o meu nariz e, por isso, eu tive que ficar fora do time oficial de futebol por dois meses, logo na hora que eu tinha sido selecionado.

Todos olharam para Wonwoo surpresos, nunca o imaginariam fazendo isso.

- Foi reflexo, ta bom? Eu já pedi desculpas, fui suspenso e encontrei algum tempo depois outro exemplar do livro nunca loja antiga do centro, então nós não podemos esquecer o que aconteceu e seguir com nossas vidas? – Wonwoo disse calmo.

- Eu estou seguindo agora. Vamos Hansol! – Disse puxando o amigo em direção a mesa do time de futebol.

- Te vejo depois, Hannie. – Seungcheol disse dando mais um beijo em Jeonghan e seguindo os outros dois. Jeonghan voltou a se sentar. A presença dos três foi então substituída por outros três. Uma dessas presenças fez Junhui se lembrar do que aconteceu no dia anterior e Minghao, pelo que parece, não estava disposto a ajuda-lo.

- Junhui! – Ele disse. – Eu tenho uma coisa para te contar, ou melhor, o Soonyoung-hyung tem.

Junhui não estava gostando de como aquela conversa estava indo.

- Então, Junhui, Minghao me contou sobre a sua experiência com dança e como eu já estava querendo adicionar mais membros ao time, eu queria te convidar para entrar no clube de dança. – Soonyoung disse.

Junhui olhou irritado para Minghao e os dois começaram a aparentemente discutir em chinês. Ninguém entendeu nada, mas todos estavam prestando atenção. A discussão durou, mas do nada Junhui se levantou e se aproximou de Soonyoung.

- Obrigado pelo convite, mas eu já disse para o Minghao que eu não danço mais. – ele disse e então foi embora deixando para trás um Minghao triste e envergonhado e um monte de pessoas confusas.

- Se ele queria me assustar, ele deveria ter feito algo desse tipo. – Wonwoo disse para Joshua, mas todos ouviram.

- Eu nunca vi Junhui assim. – Joshua disse preocupado e o sinal tocou acabando com o clima tenso, cada um voltando para suas salas.

No final da aula, Wonwoo não tinha o que fazer na escola sem a biblioteca então decidiu ir para casa mais cedo mais uma vez. Mesmo assim, seus passos eram os mais lentos possíveis, desejando nunca chegar ao destino, o que era praticamente impossível já que morava a quatro quadras da escola. Entrou em casa e foi falar com sua mãe que estava na cozinha.

- Oi, filho. – Ela disse, o beijando na testa carinhosamente. – Chegou cedo hoje também.

- É, mãe.

- Jeon Wonwoo! – Uma voz disse atrás de si, demonstrando muita irritação. Seu pai tinha voltado para casa mais cedo. Ele se virou e se deparou com seu pai muito furioso segurando seus livros.

- Pai, você entrou no meu quarto de novo? Você sabe o que é privacidade?

– É com isso você tem gastado o dinheiro que eu te dou? Aquele que eu ganho com o meu trabalho árduo e que nós economizamos ao máximo? Acho que você não precisa de dinheiro então!

- São livros de sebo, pai, sabe, antigos, baratos... – Ele disse com a voz cansada de dar explicações. - Parabéns, parece que você encontrou mais uma coisa para brigar comigo! Você nunca ta satisfeito com nada do que eu faço, não é mesmo? Agora você reclama que eu leio demais?! Qual o seu problema?!

O pai que odiava ser contrariado em um ato de raiva jogou os livros no chão com força e como a maioria era antiga, ficaram praticamente destruídos.

- Pai, essa é a melhor definição de desperdício de dinheiro, sabia? – Ele disse com um sorriso debochado. – Porque não desconta em mim então como sempre? É mais barato!

O pai partiu para cima do filho. A mãe que não gostava de se intrometer na discussão dos dois se viu obrigada a interferir, abraçando o marido, o acalmando e o levando para a cozinha com ela.

Wonwoo cansado e ainda um pouco irritado foi então analisar o estado de seus preciosos livros abandonados no chão da sala.

- Só pode ser brincadeira! – Ele disse rindo, mesmo naquela situação nada engraçada, quando pegou uma das capas do chão e leu: “GUERRA E PAZ”.


Notas Finais


Gente vamos dar alguns troféus para o seventeen, votem kkkkkk


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