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História Library Boys - Pensamentos


Escrita por: caratfeliz

Notas do Autor


Oi. Aviso: esse capítulo é o meu xodó espero que gostem.

Capítulo 5 - Pensamentos


Fanfic / Fanfiction Library Boys - Pensamentos

Joshua, desde que chegou na Coreia, nunca tinha levado um amigo em sua casa, até mesmo quando morava nos Estados Unidos, não tinha muito amigos e estes poucas vezes foram a sua casa. Então ficou relutante quando Seokmin lhe pedira para ir a sua casa. Não tinha medo de Seokmin ser inconveniente, muito menos sua família que ele amava demais, apesar das duas mulheres serem um pouco enxeridas. Eram muitas mudanças para suas habilidades sociais acompanharem. Mas decidiu não ficar pensando muito e aceitou a proposta. Trocou os números de telefone e passou seu endereço, deixando um Seokmin muito feliz. Aquele dia Joshua foi embora mais pensativo que o normal.

Wonwoo, por outro lado, já estava recuperado de seu mau humor no final do dia, depois de algumas horas de leitura solitária no banheiro masculino. Ele imaginou que agora a sua raiva de seu pai tinha diminuído, o que era bom, já que teria que aguenta-lo durante todo o fim de semana. Pelo padrão de chatice de seu pai era provável que este não fosse o incomodar pelos dias seguintes e, como agora não tinha mais a sua querida biblioteca, se sentiu feliz como todos os alunos, mas obviamente por motivos diferentes, quando percebeu que poderia passar o dia inteiro dentro de casa protegido da sociedade. Acreditava que sua paz fosse começar quando atravessasse o portão da escola, mas ainda não.

- Olá! – O garoto chinês amigo de Junhui disse e Wonwoo acordou de seus devaneios. Pelos acontecimentos e pela atitude inquieta do garoto, já imaginava o que ele queria. – Você é amigo do Junhui, não é?

Wonwoo pensou que deviam ser considerados amigos pelos outros, mas parou um minuto para refletir sobre isso, percebeu que não sabia nada sobre o chinês irritante. Não é como se compartilhasse seus segredos e problemas também com seus companheiros de biblioteca.

- Pode se dizer que sim. – Disse enfim quando percebeu que o outro garoto parecia inquieto olhando para os lados. – Procurando alguém?

- Sim. – O outro disse. – O Junhui, ele esta me ignorando com certeza, fugiu o dia todo. No intervalo eu o procurei por toda a escola, mas não o encontrei. Eu só queria pedir desculpa, ele deve estar bravo comigo.

Wonwoo achou absurda a ideia de Junhui com raiva de Minghao sendo que esse talvez criasse até um fã clube ou uma religião somente para adorá-lo, mas não disse nada.

- Por acaso você viu ele por aí? Eu achei que esperando na hora da saída, eu iria encontra-lo. – Minghao disse. Wonwoo como uma pessoa muito inteligente e observadora já imaginava onde ele estivesse. Ponderou por um tempo, mas não viu motivos para não leva-lo até Junhui.

- Quer que eu te mostre onde ele esta? – Perguntou por fim, recebendo um olhar de Minghao num misto de confusão e esperança. Balançou a cabeça, de repente, muito rápido, de maneira que assustou Wonwoo.

O chinês seguiu Wonwoo enquanto este andava com calma, completamente diferente do outro, passando por um lugar que não sabia nem que existia na escola. Um matagal um pouco mal cuidado e bem no canto embaixo de uma janela, um pessoa sentada na grama. Wonwoo viu Minghao correr imediatamente ao ver o amigo. Achou que ia ver uma cena emocionante que nem dos filmes, mas não foi bem isso que aconteceu. Minghao simplesmente começou a chutar o amigo. Aquele chinês era um pouco mais agressivo do que parecia.

- Seu filho da mãe! O que pensa que está fazendo, fugindo de mim! Quantos anos você tem?

Wonwoo então percebeu que havia sido enganado pela carinha fofa do mascote. Então em desespero saiu dali, afinal, ele não queria ser considerado cúmplice de homicídio.

- Ai, Minghao, você vai me matar! – Junhui disse, tentando segurar o outro pelos braços. Por sorte, o outro chinês também era muito forte e conseguia impedir os golpes. Aos poucos Minghao desistiu parar de tentar agredir o outro já que isso era errado e conversar civilizadamente. Então sentou no chão ao lado deste.

- Junhui, eu decidi que ia me desculpar com você por ter falado uma coisa pessoal sua sem a sua permissão, mas você fica fugindo o dia inteiro! Aí eu percebi que você não tem direito de ficar bravo comigo!

- Mas Minghao eu vim para cá exatamente para pensar sozinho sobre isso.

- Então o Joshua tinha razão. – Minghao disse, surpreendendo Junhui que preferiu não perguntar sobre a questão. – Então, chegou a alguma conclusão?

- Não. – Ele disse e o sorriso de Minghao se desmanchou e deu soco no braço de Junhui. – Ai, Hao! As coisas não se resolvem com violência!

Enquanto Junhui resmungava de dor, Minghao de repente teve uma ideia brilhante.

- Se pensar aqui não esta dando certo, vamos pensar de outra maneira. – Minghao disse isso, agarrou o braço de Junhui e saiu puxando ele para um lugar.

- Minghao? Pra onde está me levando? – Junhui perguntou, mas não obteve resposta.

Minghao então entrou com tudo em uma sala.  Junhui olhou em volta e percebeu onde estavam. Na sala de dança. Minghao andou até um canto da sala onde tinha uma caixa de som enquanto Junhui tentava entender o que estava acontecendo. Uma musica invadiu o ambiente e foi como se um choque elétrico atravessasse o corpo de Junhui. Ele tinha que admitir que teve que fazer um esforço considerável para não começar a bater o pé no ritmo. Minghao então se voltou para ele com um sorriso no rosto. Junhui ia perguntar o que era aquilo, mas foi interrompido.

- Não fala nada, se não eu te bato. – Ele disse ameaçador e então fechou os olhos, respirando devagar. – Junhui, agora nós vamos pensar com o corpo.

Junhui não pode evitar abrir um sorriso com aquilo. Minghao abriu os olhos de repente, o assustando.

- Se você pensou besteira, eu te bato.

- Acho que eu vou acabar apanhando de qualquer jeito, não é mesmo? – Junhui disse rindo.

Em um momento Minghao estava sorrindo para o comentário de Junhui em outro ele mudou completamente de expressão e era como se seus olhos tivessem ganhado um novo brilho. Junhui já tinha visto aquele brilho antes, Minghao estava entrando em seu modo de dança. Junhui nunca deixava se impressionar com as habilidades do garoto. Esse começou a se movimentar lentamente focando em cada parte do corpo, em cada movimento. Então em um desses movimento Minghao se colocou do lado de Junhui de frente para o espelho.

- Eu tentei força-lo a dançar, mas na verdade meus motivos eram egoístas, eu não quero que você dance em qualquer lugar, eu quero que dance comigo.

Aquela frase atingiu Junhui de uma maneira que nunca imaginaria. Minghao estava jogando sujo. Quando viu, Junhui já estava se movimentando no ritmo da melodia junto do outro chinês e de repente nem parecia que fazia anos que ele não fazia aquilo. Ele tinha se esquecido de como gostava de dançar e então percebeu como estava sendo sempre bobo e infantil, principalmente em relação a sua mãe e aos troféus. Os dois ficaram nisso até a música acabar e os dois já estavam bastante suados. Eles se sentaram no chão, encostados na parede da sala.

- Eu não aceitei bem a morte do meu pai. – Junhui disse quebrando o silêncio e Minghao o olhou interessado. – Quando eu era pequeno eu amava ver ele dançar, eu amava dançar, amava quando ele se orgulhava de me ver dançar e amava dançar com ele. Quando ele morreu, eu não quis mais dançar, achei então que eu sempre só dancei por causa dele, porque ele me pressionava e fiquei com raiva dele, mas agora eu me lembro como a dança era importante. Mas o problema é que dançar sozinho não tem a mínima graça.

Minghao já estava com os olhos marejados, então abraçou forte Junhui.

-Minghao, você esta me sufocando! – ele resmungou. Minghao o soltou e o olhou com seus olhos brilhantes.

-Então isso quer dizer que você vai entrar para o clube de dança? – Perguntou e esperou uma resposta, esperançoso.

- Vou pensar! – Junhui disse rindo debochado e fugindo dali, sendo seguido pelo outro chinês.

- Chega de pensar Junhui! Já pensou demais! – Ele gritou perseguindo o outro para fora dali. O obstáculo mais difícil Minghao já tinha superado. Agora era só insistir muito que sabia que Junhui iria ceder. Minghao só não era mais teimoso do que era curioso.

Joshua acordou no sábado um pouco mais ansioso que o normal. Seokmin avisou por mensagem que iria pela tarde. Joshua se impressionava com como tudo era muito natural para Seokmin. Sua avó ficou louca quando soube que iria receber visitas e se ele não impedisse, ela iria fazer uns dez bolos, alegando que ele podia estar com fome. Isso não ajudava Joshua que não podia ficar menos preocupado em como ser um anfitrião agradável, mas só ele não sabia que para ele não ser agradável teria que fazer um grande esforço.

Quando a campainha tocou, o coração de Joshua parecia que ia pular pela boca, mas mesmo assim foi o mais rápido possível atender, não era bom deixar os outros esperando.

- Olá, Joshua! Eu cheguei mais cedo! – Seokmin pronunciou, animado. Ele usava uma blusa gola polo amarela e era um pouco estranho vê-lo sem o uniforme. O mesmo aconteceu com Seokmin ao ver Joshua usando um casaco bege, só que junto de estranhamento veio uma sensação estranha no seu estômago. Como Seokmin ficou parado um tempo sem dizer nada, Joshua ficou sem graça.

- Não quer entrar?- Perguntou ao perceber que estavam parados que nem bobos na porta já fazia um tempo. E foi só entrar na sala que deram de cara com duas mulheres sorridentes.

- Querido, seja bem vindo! – A mãe Joshua disse a Seokmin que pareceu de repente acordar de seus pensamentos e sorrir.

- Meu deus, sua avó e sua mãe são tão bonitas, Joshua!- Ele disse sorrindo, Joshua riu, elas eram realmente muito bonitas.

- Meus deus, Joshua, esse seu amigo é um galanteador. – A avó disse rindo, fazendo Seokmin ficar sem graça. Então Joshua decidiu acabar com aquela situação constrangedora.

- Vamos estudar no meu quarto, Seokmin. – Ele disse segurando na mão de Seokmin e puxando ele para o segundo andar. Aquele ato, no entanto, fez com que Seokmin começasse a sentir um formigamento na mão.

O quarto de Joshua era muito claro, sem muitas coisas. Os materiais já estavam separados em uma mesa no canto do quarto onde Joshua se sentou e chamou o outro. Joshua começou a explicar algumas coisas na matéria da prova de história, auxiliado por Seokmin no vocabulário. Ao final, os dois começaram a fazer exercícios de revisão que tinham no caderno em silêncio. Incrivelmente, Seokmin não estava falando muito, mas, na verdade, o motivo de seu silêncio era a sensação estranha. Seokmin começou a achar que estava doente. Quando decidiu perguntar para o outro o que ele achava, viu que ele havia adormecido em cima de seu livro e ficou hipnotizado com a visão daquele menino dormindo tão sereno.

Ficou perdido um tempo até que sua mão se moveu inconscientemente tocando no cabelo macio de Joshua, mas rapidamente removeu a mão, com o coração batendo descompassado. Desesperado e sem entender o que estava acontecendo, levantou rápido já preparado para fugir dali, mas parou na porta ao perceber que aquela seria uma tremenda falta de educação. Ir embora sem se despedir? Então pegou um pedaço de papel, escreveu algo rápido e foi embora dando graças a Deus que não tinha ninguém mais na sala.

Mais tarde Joshua acordou e se assustou ao perceber que a cadeira ao seu lado estava vazia. Olhou em volta a procura de Seokmin, mas ele não estava mais ali. Já ia se levantar quando avistou em cima da mesa um bilhete em um pequeno pedaço de papel. Joshua riu consigo mesmo ao ler a mensagem engraçada em letra um pouco bagunçada: “OBRIGADA, TCHAU”.


Notas Finais


A sensação em relação a dança desse capítulo é o que eu sinto, pois eu faço dança desde de pequena e amo, me desculpem se ficou meio sem sentido.


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