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História Lição de casa - Kiribaku - Um velho conhecido


Escrita por: Mimi_imim

Notas do Autor


Gente, eu perdi uma pessoa importante para mim ontem.
Por mais que eu adore escrever e me distrair, acho que vai demorar um pouco pra ficar bom o que eu tenho planejado.
Sendo assim, vou postar os capítulos que tenho prontos, do resto, aguentem comigo e liguem o sininho pra acompanhar as atualizações.
Beijos de luz, boa leitura.

GATILHO: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, ABUSO INFANTIL

Capítulo 11 - Um velho conhecido


(19:00)

Shouto estava em casa, terminando de tomar banho e se arrumar para conhecer o namorado de seu irmão. Todos estavam em casa, todos exceto sua mãe, claro.

Sua mãe havia fugido de casa com uma amante quando Shouto tinha apenas 6 anos. Ela era uma mulher fria, que jogou água escaldante em seu rosto porque ele estava chorando e ela “estava com dor de cabeça de ouvir seus gritos”.

A verdade é que todos estavam melhores sem ela, que era cruel demais, nunca teve uma gota de sentimento materno e só fazia filhos para poder usar como chantagem contra Enji. Quando teve o “filho perfeito” Shouto, tentava ao máximo usá-lo para machucar o pai, mal sabendo ela que ele tinha desistido da ideia de um filho “meio-a-meio” à partir do momento que conheceu o amor real: o amor de um pai por seu filho.

É verdade que no começo Enji era um cara bruto, muito chucro, com arestas duras e cheias de rebarbas. Mas devido à necessidade, suas arestas foram sendo aparadas e polidas. Devido à Rei ser uma psicopata, era ele quem cuidava das necessidades físicas e emocionais dos filhos. Ele também provia pela casa, trabalhando no seu emprego de herói nos turnos noturnos, para poder passar os dias com eles. Depois do incidente com Shouto, contratou uma babá que ficaria na casa com as crianças todas as vezes que Enji tivesse que sair.

Foi um alívio quando ela desapareceu, deixando um bilhete para Enji cujo único intuito era tentar quebrar seu coração — detalhou tudo sobre a traição — além de adicionar uma foto explícita na cama dele, dela e da amante, uma mulher forte, de pele cinza, com cabelo claro e mexas azuis — e que agora iria ser feliz longe dele e livre daquelas crianças. A verdade é que ele ficou aliviado, não precisaria mais dividir um teto — havia anos que já não dividiam a mesma cama — com uma psicopata daquelas, sempre com medo de quando ela chegava perto demais de seus filhos.

 

(19:40)

— Ei maninho, tô gato? Isso eu sempre tô mesmo, mas me diz aí, o que achou da roupa? — perguntou seu irmão mais velho.

Touya era um homem alto, magro, de cabelos brancos espetados e olhos turquesa, com algumas cicatrizes de queimaduras pelo corpo — espalhadas principalmente na região dos braços, mas tinha também uma que se estendia desde o meio do peitoral até o pescoço, terminando perto da orelha esquerda. Usava muitos piercings na orelha — do tipo argola — e um piercing no nariz.

Também gostava de usar muitos acessórios, hoje estava com 4 anéis de prata e uma corrente comprida com um pingente de lua crescente e um choker preto. Usava uma bermuda preta com um tênis bordô de cano médio, correntes penduradas na lateral do shorts, e uma camiseta vermelha, justa, com as mangas com duas dobras — essa era a linguagem universal dos bissexuais, como eles se identificavam nas ruas.

— Você está vestido igual a todos os dias, Touya — falou impassível Shouto.

— Ou seja, eu estou mesmo lindo — falou e pôs a língua para fora, terminando de arrumar o cabelo no espelho.

Passou seu perfume favorito, Chanel, que só usava em ocasiões especiais.

Não estava nervoso, como seria de se esperar, estava sim muito empolgado para ver a reação de seu coroa.

Chegou na sala e foi logo perguntando:

— E aí, pai, tá pronto?

— Estou um pouco nervoso filho, mas estou muito empolgado para ver quem colocou um sorriso nesse seu rosto de punk rebelde.

Os quatro irmãos entendiam o quanto seu pai tinha sofrido para criá-los, e mesmo que fosse um pai muito atencioso, ainda era um homem de seu tempo, com muitos preconceitos enraizados. Por isso foi um choque quando ele aceitou bem a notícia de que Touya era bissexual. Talvez passar por uma experiência de quase-morte, como aquela luta contra o noumu, tenha feito ele entender as coisas realmente importantes da vida, e como a sexualidade dos outros era… irrelevante.

 

(20:00)

Todos estavam sentados no sofá da sala, esperando ansiosos. Enji andava de um lado para o outro.

A campainha tocou, Touya foi abrir.

Uma voz conhecida falou:

— Desculpa se eu tô muito suado, eu cheguei muito cedo e fiquei rondando o prédio para chegar na hora — e deu um risinho descontraído.

Os olhos de Endeavor se esbugalharam quando ele viu Hawks se inclinando para beijar Touya.

— E aí número um, tudo bem? — falou abraçado à cintura de Touya.

— Hawks! Seu dissimulado, eu não acredito nisso! Eu até fui falar com você e você fez a egípcia fingindo que não sabia de nada — exclamou Enji, ainda chocado.

— Desculpa — falou coçando a cabeça — mas a gente realmente queria ver a sua reação juntos — disse rindo.

Hawks cumprimentou a todos, Fuyumi e Natsuo estavam com os olhinhos brilhando, mal acreditando que o grande Hawks ia jantar na casa deles. Não, pera. O GRANDE HAWKS ERA CUNHADO DELES!

 


Notas Finais


Eu idolatro esse ship.
O que vocês tão achando da Rei psicótica? Eu a-m-o Enji daddy bonzinho


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