1. Spirit Fanfics >
  2. Lição de casa - Kiribaku >
  3. Noite branca

História Lição de casa - Kiribaku - Noite branca


Escrita por: Mimi_imim

Notas do Autor


Gatilho:
Abuso infantil, violência doméstica.

Capítulo 12 - Noite branca


(20:15) 

Se sentaram à mesa, agradeceram pela comida — Fuyumi e Natsuo tinham feito o jantar — e começaram a comer e conversar. O menu era comida japonesa-abrasileirada: temaki, hot roll e sushi, tudo de shimeji, abobrinha, tomate seco, e alguns com a opção de cream cheese. No canto da mesa tinha uma caixinha pequena de madeira, sem nenhum ornamento especial.

 

Shouto olhava o celular, trocando mensagens com Midoriya: eles tinham se aproximado durante essa semana. Ele sentia seu rosto ficar quente ao trocar quaisquer mensagens com o verdinho.

Hawks também era viciado no celular, então volta e meia ficava espiando para a tela.

— Nada disso. Shouto, você já sabe a regra. Nem adianta fazer careta. E você, bebê, aqui em casa é proibido celular na mesa. Andem, todo mundo, desliguem o celular e coloquem aqui na caixinha — falou Touya.

Abriram a caixinha de madeira, desligaram os celulares e os colocaram lá dentro.

 

O jantar estava uma delícia, Natsuo e Fuyumi tinham se superado.

Hawks e Touya estavam muito felizes, seguravam as mãos e se faziam carícias, com alguns beijos esporádicos, como dois pombinhos apaixonados.

Enji ficava muito feliz em ver seu filho feliz, além de estar namorando um grande homem e grande herói, a quem Enji admirava reciprocamente. 

No meio da refeição Enji se levantou, e voltou depois de 5 minutos com uma garrafa de saquê e cervejas. Apenas Shouto era menor de idade, mas ele também não tinha interesse nenhum em beber.

Os adultos da mesa comemoraram, Hawks já se sentia em casa então mandou suas penas irem buscar os copos.

— Imagina nunca mais ter que levantar para buscar o controle remoto?! — falou Touya, fazendo todos rirem.

Começaram a beber, Enji fez um brinde ao casal e todos tomaram uma dose de saquê comemorativa. Depois disso, só cervejas.

O tempo ia passando, Endeavor ia contando histórias da infância dos meninos: quando Touya desenvolveu as chamas azuis, sua fase de rebelde (que se estendia até os dias atuais), quando caía jogando bola e sempre ia chorar para Natsuo, entre outras.

— Ele nunca me contou a história da cicatriz no pescoço dele, você pode resolver esse mistério para mim Endea-Enji? — falou, se corrigindo. Ia ser difícil usar o vocativo correto.

Todos abaixaram a cabeça, aquela não parecia ser uma história divertida, notando isso, Hawks logo tentou se corrigir:

— Deixa pra lá, gente, às vezes tem coisas que devem ficar no passado.

— Não, tudo bem, bebê. Eu vou te contar.

Então Touya contou resumidamente a história da mãe deles, e complementou:

— Na véspera dela ir embora, ela estava na cozinha fritando bolinhos de arroz. Estávamos todos sentados à mesa, esperando ela terminar o preparo do jantar. Eu me levantei, fui ao lado dela e peguei um dos bolinhos, voltando para a mesa parei no meio do caminho, mordi e comentei que estava faltando sal — os olhos de Touya expressavam dor, revivendo aquelas lembranças — e ela gritou que “nada do que ela fazia era bom o suficiente, que eu era um ingrato” e jogou a panela de óleo fervente em mim.

Hawks olhava consternado. Abraçou seu namorado com força. Ao mesmo tempo que preferiria ter ficado quieto e não insistido, ele também ficava feliz que Touya pudesse confiar um fardo desses, para que pudessem carregar e curar juntos.

— Tive uma reação instantânea de proteger o rosto com os braços, então o óleo queimou meus braços e pescoço, e escorreu pelo peito.

Hawks o abraçou mais forte.

Enji se sentia muito culpado, ele estava à mesa naquele dia, mas não teve tempo de fazer nada, não teve tempo sequer de se levantar quando Rei jogou a panela. Natsuo passou as costas nas mãos do pai, tentando consolá-lo.

 

Tentando quebrar o clima de enterro que tinha instaurado, Hawks falou — Então um brinde àquela mulher ter sumido da vida de vocês!

Isso eles podiam brindar!

— E um brinde a eu namorar o segundo cara mais gato da cidade — falou Touya.

— Como assim, por que eu sempre tenho que ser o número dois?

Todos riram, e estava implícito que Touya tinha aproveitado para se auto-intitular o cara mais gato da cidade — o que provavelmente não estava muito longe da verdade.

 

(21:30)

Ainda sentados à mesa, bebendo, e agora jogando cartas, Hawks falou:

— Ei gente, a regra do celular ainda tá de pé?

— Que vício, Keigo. Você precisa de férias do seu celular, sabia?

— Não, não é isso, Touy. As minhas penas estão alvoraçadas, eu estou com um mau pressentimento.

— Tá bom, vai. Você pode checar, mas nada de entrar nas redes sociais.

Hawks usou duas penas: uma para abrir a caixinha e outra para pegar seu celular.

— Você é muito preguiçoso — falou Touya, apertando as bochechas do seu namorado.

Hawks ligou o celular, arregalou os olhos em espanto e falou com a voz trêmula: 

— Pessoal, acho que vocês vão querer ver isso aqui:

 

513 MENSAGENS NÃO LIDAS

97 CHAMADAS PERDIDAS

 


Notas Finais


Tá-liberado-surtar-
Mas a pergunta que não quer calar é: quem REALMENTE é o #1 mais gato da cidade???
É muito difícil escolher.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...