A vida sempre nos surpreende de formas diferentes e, em alguns casos, violentamente. Estamos sempre sujeitos a errar e decepcionar os outros. Essa é a minha história.
Em algum mês do ano de 1997, um homem e uma mulher se conheceram. Eles eram totalmente diferentes um do outro mas, mesmo assim, tiveram uma relação e então, fui concebida.
Em Janeiro de 1998, uma garota magrela, porém saudável, de olhos escuros e quase sem cabelo veio ao mundo quebrar algumas regras. Há quem diga que quando o médico me tirou da barriga da minha mãe, purpurina se espalhou por toda a sala de cirurgia, anjos cantaram em volta do bebê ensanguentado e o cirurgião me segurou no alto igual o macaco segura o príncipe em O Rei Leão. O homem e a mulher que chamo de pais nunca estiveram juntos após meu nascimento, não informalmente. Há histórias das duas famílias para justificar a ausência deles, mas isso vai ficar pra depois.
Há 7 anos conheci a pessoa que bagunçou a minha vida, no bom sentido, se é que existe. Sempre fiquei me perguntando se era normal estar tão... desnorteada desse jeito, já que nunca havia sentido algo parecido. Com o passar dos anos eu fui percebendo o que aquilo realmente significava, Eu não estava apaixonada por um garoto. Eu não estava apaixonada por uma garota. Eu estava apaixonada por uma pessoa. Um pessoa extremamente complicada, anti-social, coração de pedra, difícil de lhe dar, sem muitas expressões faciais e, ao mesmo tempo, amável, sentimental, doce, prestativa, linda e com o sorriso mais encantador de todos.
Nunca me declarei a ela e acho que nunca irei. Meus sentimentos só foram revelados a uma pessoa em especial, um cara magrelo, meu melhor amigo, que estava passando pela mesma situação e eu não sabia...
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