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História Life Of The Party - " Tomografia "


Escrita por: Gamantile

Notas do Autor


Espero que estejam gostando. Nos próximos capítulos vou colocar como "Capa do Capítulo" imagens de como casa personagem se parece, e vou tentar manter o ritmo de um "cap" por semana.

Capítulo 2 - " Tomografia "


Fanfic / Fanfiction Life Of The Party - " Tomografia "

Não muitos minutos depois o ônibus chegou e a ruiva veio junto comigo, acabei pagando sua passagem, afinal ela não tinha nada com ela. Me prometi que na manhã seguinte iria com ela procurar suas coisas, "espero que ainda estejam lá", será uma droga se ela tiver que refazer todos seus documentos de novo. O trajeto até minha casa foi até tranquilo, ela sentou um banco a minha frente e pude observar seus cabelos ruivos e pensar sobre aquela noite nada comum, não para mim. Após uma hora mal percebida o ônibus parou no ponto de sempre em que desço, mas dessa vez com Estela junto comigo, me virei para ela que descia as escadas do transporte e sorri de canto. - Só mais alguns minutos e estaremos em minha casa, ai vai poder descansar.

- Espero não te causar problemas com seus pais.

- Ah, isso não vai ser um problema. Eu moro sozinho, bem eu tenho um gato, mas fora ele sou sozinho.

- Eles morreram?

Aquela pergunta me faz arregalar os olhos, nunca imaginei ninguém sendo tão direto sobre esse sunto, morte. Ri baixo e coloquei minhas mãos nos bolsos começando a curta caminhada até meu apartamento. -Não, estão bem vivos. Só sou emancipado, moro sozinho mas eles ainda me bancam. De certa forma.

A garota que seguia meu ritmo de caminhada com facilidade cruzou os braços e começou a me encarar, obviamente ela faria outra pergunta. Parecia uma criança.

-Então por que trabalha?

-Porque eu sou independente, ele me fazem um favor me bancando.

Ela ficou em silêncio o que me fez até olhar para o lado e me certificar se ela estava ali, ela estava. Depois dos cinco minutos rotineiros de caminhada chegamos ao meu prédio, peguei a chave em meu bolso e abri o portão dando passagem primeiro a ela que passou rapidamente indo em direção ao elevador.

- Qual o andar?

- Andar sete...- Disse apertei o botão para chamar o elevador e logo senti um leve tapa em meu ombro. - O que eu fiz?!

- Apertou o botão...- A ruiva me olhava com os olhos semicerrados parecendo que queria era me estapear por. - Eu ia apertar.

- Certo...você aperta o de dentro.

Ela definitivamente não era normal, estou começando a me sentir culpado por não insistir em ir a um médico, assim que o elevador desceu e suas portas se abriram ela entrou na minha frente apertou o botão do andar, ainda me olhando de forma como se quisesse me bater. Revirei olhos e me encostei na parede metálica. -E você, Estela. Qual sua história?

- Sou de Saturno.

- O que?! - Ela só podia estar tirando uma com minha cara, comecei a rir, afinal aquilo era engraçado. Saturno...aham...e eu vim de Netuno.

- Qual a graça? É verdade.

Ao ouvir ela dizer aquilo parei de rir e a olhei com uma de minhas sobrancelhas arqueadas e endireitei minha postura. - Tá brincando, né?

- Óbvio, bobão. Nenhum alienígena com o mínimo de inteligência se revelaria. E eu sou de...Chicago.

Ela não é normal, ok. Amanhã vou levar ela a um hospital e procurar a bolsa sozinho. As portas do elevador finalmente se abriram e sai, ela veio logo atrás. Meu apartamento fica duas portas a direita do elevador, nunca agradeci tanto por isso, já não aguento mais ficar em pé, abro a porta e indico para que ela entre e fecho novamente a porta. - Sinta-se em casa, tem comida na geladeira e pratos no armário. Precisa de algo?

- Uma toalha.

- Ah sim. O banheiro e ali...- Me afastei indo em direção ao pequeno corredor e apontei a porta branca. - Vou pegar a toalha... - Assim que entrei em meu quarto, soltei um suspiro, minha amada cama. Hoje você vai ser usada pela ruiva, me apressei em pegar a toalha e voltei para a sala não entrando ninguém nela. - Estela? Cadê você?

- Aqui!

A voz dela veio do banheiro e logo ouvi o barulho de água, fui a até a porta e bati levemente na mesma. -Estela, a toalha. -Ela abriu a porta apenas o necessário par pegar a tolha e a fechou novamente.

- Obrigada!

- E a cama vai estar arrumada para você, ok?

- Ok!

Balancei minha cabeça em negação e fui par ao quarto, juntando minhas meias e algumas blusas espalhadas peço chão. "Brandon, cara...acho que é você quem precisa de uma tomografia." Pensei e levei as roupas em minhas mãos para a lavanderia e joguei tudo dentro da máquina de lavar. Voltei para me quarto e terminei de arrumar os lençóis, assim que terminei peguei um dos travesseiros e fui para sala, me jogando no sofá. Senti meu celular ainda em meu bolso e o peguei, ajustei os despertador para às 8:00h e o deixei no chão, não muitos minutos depois senti meus olhos pesarem e apaguei.

Acordei apenas no dia seguinte, com uma dor de cabeça terrível, fui direto a cozinha tomar água e encontrei um pedaço de papel preso na porta da geladeira.

' Obrigada por me deixar passar a noite aqui, Bran. Até qualquer dia. Estela.

Brincadeira, meu número abaixo, caso queira me ligar.'

Balancei a cabeça e acabei rindo daquele pequeno bilhete, peguei minha água e voltei para o sofá. Peguei o bilhete e meu celular, aonde adicionei o número da ruiva. Mais tarde vou ligar para ela, saber se esta tudo bem...isso é, se ela tiver encontrado o celular. Aprovei minha "liberdade" e voltei a dormir, afinal, não tinha muito que fazer mesmo e esse era um dos meus últimos dias de paz, minhas aulas só voltariam na próxima segunda, mas os treinos voltariam amanhã. E eu ainda tinha que ajeitar todo meu equipamento...ah, só de pensar me dá sono. Virei de lado e voltei voltei a dormir.

 

Acordei novamente já eram 14h e eu estava faminto, tomei um banho demorado, afinal estava sem esse privilegio desde ontem. Vesti uma regata branca, uma bermuda e sai para comprar algo para comer, no caminho até o restaurante que há na esquina, aproveitei e liguei para ruiva...eu devia estar preocupado com ela, e deveria ter ligado de manhã, mas não sei, parecia que ela era apenas uma amiga e tinha dormido em casa.

- Alô?

- Oi, Estela. É o Brandon.

- Oii, Brandon. Tudo bem por ai?

- Eu é quem deveria perguntar isso, mas sim esta tudo bem. E com você? Achou sua bolsa?

- Sim, sai cedo e fui procurar ela, estava na calçada. Obrigada por ontem.

- Que isso...você me deve duas, não se esqueça. - Falei em tom de brincadeira e acabei rindo.-

- Tenho que ir agora...te ligo mais tarde.

Antes que eu pudesse responder ela desligou, devia estar ocupada. Guardei o celular e segui meu caminho. Estava morto de fome.

...

- Estela? Estela, está me ouvindo?

Revirei meus olhos, quando ele desistiria? Se continuar a esmurrar minha porta daquela maneira ela vai acabar quebrando ao meio, não que eu me importe já que é ele quem vai pagar. Escondi meu celular debaixo do colchão e fui até a porta a destrancando. - O que foi?

- O que foi?! Como assim o que foi? - Ele ainda estava gritando, revirei meus olhos mais uma vez, dei as costas e voltei a me sentar na beirada da cama. - Você passa a noite fora e não quer que eu fique preocupado?

- Você também passa as noites foras e eu não me importo. -Finalmente ele calou a boca, não por muito tempo mas pelo menos parou de gritar e se aproximou também sentando na beirada da cama.

- Eu sou seu pai, Estela. Sabe muito bem que passo a noite fora a...

Antes que ele pudesse completar aquela frase, que mais parecia um mantra de tanto que repetia, completei por ele. - A trabalho. Eu sei, mas também sei com o que trabalha...

- Não falaremos sobre isso. - Disse ríspido e se levantou indo em direção a porta.

- Não vai nem querer saber aonde passei a noite?

- Vai me dizer?

Sorri de canto em forma de deboche, claro que não diria e ele sabia disso. - Encoste a porta quando sair, por favor. Obrigada. - Ele nem me olhou e só saiu, antes de fechar a porta ele acrescentou.

- Tire essa blusa de frio, está fazendo 24°C.

"Ah, claro. E mostrar meus hematomas pra Deus e o mundo." Pensei e assim que ele saiu tirei o celular de debaixo do colchão, cogitei em ligar para Brandon novamente, mas acho que já incomodei ele demais por um dia. Me deitei dando as costas para a porta e olhando para a janela que me dava uma bela vista daquela tarde. Meus pensamentos voltaram instintivamente na noite anterior. Eu tinha acabado de sair da lanchonete do Bran, quando aquele...monstro apareceu, achei que realmente fosse morrer quando ele me fez bater a cabeça, cheguei a até a desejar por isso, não sei o que teria feito se Bran não tivesse aparecido. Provavelmente estaria morta, ou ainda jogada naquela construção.

Sei que pedir para ir pra casa dele não foi muito sensato, mas cara, quem salva alguém só pra depois machucar? É...ok, acho que minha lógica também falha aqui. Mas enfim, ele foi legal, tirando os roncos absurdos dele a noite foi razoável, claro que sai antes de acordar para que não visse meu rosto inchado de tanto chora, e porque se não quisesse contar o que tinha acontecido a meu pai, tinha que achar a maldita bolsa. Acabei achando ela jogada em dos cantos da construção, ir aquele lugar me deu arrepios, mas vamos deixar esses pensamentos de lado. Me levantei indo até a porta e a trancando de novo, peguei meus fones que estavam na mesa de madeira no canto do quarto e conectei em meu celular. E ainda nem tinha arrumado o quarto, há caixas por todos os lados, definitivamente é um saco se mudar. É legal na primeira vez, na quarta já fica chato, mas vigésima é quase como me dizer que vou ser arrastada para mais um planeta inexplorado e vou ter que combater todas as formas de vida hostis, é um saco.

Ainda mais a parte de ir para um escola nova, patricinhas novas, idiotas novos, sabichões...quer dizer, professores novos, tudo relativamente novo. Só espero conseguir me esconder dessa vez também, na minha última escola tudo foi bem tranquilo, eu estava começando a gostar de lá. Sem problemas, até tinha alguns professores legais, mas era tudo.

" Finalmente, agora se parece com meu quarto." Sorri olhando quarto lilás que agora estava com todos os meus posteres, fotos e luzinhas pendurados para todos os lados. Ainda faltam minhas estrelas fluorecentes, vou ver se consigo compra algumas amanhã, tirei meu celular do bolso para olhar a hora e nossa, arrumar o quarto de ocupou por três horas, o que foi bom afinal me distrai bastante. Agora só me resta aproveitar esses últimos dias de férias.

Uma mão em meu ombro e voz suave familiar me acordam e logo sinto o sol em meu rosto, acabo fazendo uma careta.

- Senhorita Ross? Senhorita, está na hora de se arrumar para escola.

Resmunguei e em protesto puxei meu minha coberta até meu rosto, o escondendo. - Eu não vou.

- Se não for hoje terá de ir amanhã, e será o centro das atenções mocinha. Pegará o pior lugar para se sentar, ser a única se apresentando para a sala...

- Ok, ok, Úrsula. Já me convenceu. - Só de ouvi ela falar em alguns dos meus piores pesadelos eu fiquei com dor no estômago, mas talvez seja fome.

- Ande menina, não pode se atrasar, o café-da-manhã está quase pronto.

Úrsula, maternal como sempre, apertou de leve minhas bochechas e levou sua figura morena e idosa para fora de meu quarto. Não demorei para me levantar e ir para o banho, em menos de quarenta minutos eu já me vestia. Assim que fiquei pronta peguei minha mochila e sai em direção a cozinha, não demorou muito para o ar fosse preenchido com o cheiro de café e pãezinhos frescos que Úrsula, a governanta devia ter mandado preparar. Tomei o café sozinha, meu pai devia estar em mais uma de suas insuportáveis reuniões de trabalho, e sai para a escola, a pé mesmo. A escola fica a no final da rua, o que é bom e ruim ao mesmo tempo, porque em dias de chuva não vou ter uma desculpa do tipo: 'é longe de mais pra ir de baixo dessa chuva', mas pelo menos chego rápido em casa.

Assim que sai pela porta coloquei meus fones e deixei que música toscasse aleatoriamente, acabou por tocar uma de minhas preferidas, e eu como de costume mexi meus lábios seguindo a letra.

 He says, "Oh, baby girl, you know we're gonna be legends

I'm a king and you're a queen

And we will stumble through heaven

If there's a light at the end, it's just the sun in your eyes

I know you wanna go to heaven, but you're human tonight"

 

Já estava no meio da rua, atravessando, quando senti alguém, segurar meu braço e me puxar para trás. Acabei caindo e batendo a cabeça no asfalto, junto de quem me puxou, e um de meus fones saiu do ouvido me deixando escutar a voz estridente e irritante da garota que olhava para frente tivesse alguém estivesse tentado pular de um prédio.

- TÁ MALUCO CARA?! SE NÃO VAI OLHAR POR ONDE ANDA, NÃO TIRA HABILITAÇÃO!

Acho que vou precisar daquela tomografia.


Notas Finais


Comentem suas opiniões, idéias para história, personagens, o que estão achando e tudo mais. Um beijo no coração e até sábado que vem!


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