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História Lifeless - Capítulo 1- New Home.


Escrita por: Usagi17 e cecifrazier

Notas do Autor


Hey brotinhos sz
Ceci e eu estamos deixando mais um capítulo pra vocês, esperamos que apreciem (com modera...cof).

Boa leitura sz

Capítulo 2 - Capítulo 1- New Home.


Fanfic / Fanfiction Lifeless - Capítulo 1- New Home.

Era um tipo de humanoide, parecia-se muito com uma cabra mas andava ereto. Seus globos oculares eram amarelados e seus olhos vermelhos como os dela, aquela "coisa" usava um suéter preto com uma listra vermelha em torno. Ele aproximava-se devagar, porém, ao menos tempo de forma ameaçadora.

— Você é um humano? — Indagou. Talvez Chara nunca fosse esquecer aquela voz que lhe causou pânico. — Que tipo de humano pularia nesse inferno?

A menina tentou se afastar, mas a perna latejou de uma forma tão dolorosa que praticamente vômitou uma quantidade estranha de sangue e o resto de nutrientes que ainda existiam em seu corpo.

Viu aquela coisa se afastar e então acabou sentindo o corpo tremer, por quê morrer doía tanto?


— Minha nossa! Você tá morrendo! — Ele exclamou. Não parecia saber muito bem o que fazer. — Vem, vou tentar te ajudar.


Chara novamente entrou em pânico ao ver aquela criatura se aproximar, reprimiu um grito quando ele a pegou no colo e começou a andar de forma apressada por um caminho escuro.


Não via muita coisa, apenas sentia o corpo chacoalhar conforme aquela coisa andava. Não soube bem quanto tempo se passou, mas quando finalmente pararam, Chara ouviu o som de uma porta se abrindo e então ergueu o rosto com dificuldade e quase se jogou no chão ao ver mais duas "coisas-cabra", um deles era gigante e tinha uma barba loira com alguns pequenos fios pretos, a outra tinha olhos castanho claros e os cílios longos cobriam olhos aparentemente gentis.

Viu os lábios dos dois "coisas-cabra" mexerem-se rapidamente, mas não entendeu bem o som. A coisa com olhos castanhos a pegou no colo e levou-a para um quarto, onde pegou uma maleta e passou a fazer um curativo em sua perna.

— Qual seu nome? — Conseguiu ouvi-la perguntar.

A menina a observou por alguns minutinhos e abaixou a cabeça, ela não queria dizer.


— Te acolhi em minha casa, o mínimo que pode fazer é dizer seu nome. — Ela disse um pouco impaciente. — Há uma guerra na superfície, não? Você tem muita sorte por termos deixado um humano entrar.


Chara encolheu-se mais ainda, então mostrou o pano ensanguentado e abaixou a cabeça.


— Mama.


— Sua mãe morreu? — Suspirou ao ver a criança assentir com os olhos marejados. Ela puxou Chara para mais perto e encostou a cabeça da mesma em seu peito, acariciando as madeixas castanhas. — Posso te criar como minha filha, há tempos Asriel queria um irmão.

A "cabra" soltou uma risada baixa ao ver o olhar confuso da criança.

— Asriel é quem te trouxe. Meu nome é Toriel e meu marido se chama Asgore. — Ela fez Chara se deitar e voltou a fazer o curativo. — Eu só queria saber seu nome.


— Cha-ra. — Disse entre silabas e teve de bater palminhas para separar ambas, a menina encarou a mais velha e abriu um sorrisinho.


Além de sua mãe, aquela foi a primeira vez que alguém lhe fez carinho e a tratou como alguém e não como "algo", a mocinha lambeu o sangue que sujava sua mão e sentiu a mais velha puxar levemente sua orelha, fazendo a pequena rir bem baixinho, quase como um sussurro.


— Certo, Chara. — Toriel levantou-se enquanto segurava a maleta. — Descanse, sim? Vou preparar algo para você comer.

A menina assentiu e viu Toriel sair do quarto.


O que era "descansar"? Chara nem sabia direito o que significava aquela palavra, então ficou deitada, olhando para o teto e contando as pequenas estrelinhas vermelhas que foram coladas de forma um tanto grosseira.

Ela sabia contar até dez, então sempre que chegava no dez, era só começar tudo de novo!


                              —x♡x—

Algumas horas se passaram, Chara incrivelmente acabou adormecendo naquela cama um tanto desconfortável, porém, tudo o que a fizesse dormir seria perfeito. Levantou-se, sua perna ainda doía e seu corpo todo estava dolorido. Tentou andar até a porta, mancando até encostar-se na parede. Olhou pela fresta e percebeu um certo movimento do lado de fora, ela ficou relutante se saía ou não, afinal, ainda estava muito assustada com tudo o que acontecera.

Devagarzinho, Chara abriu a porta e andou sorrateiramente pelo corredor. Viu, pelo o que deduziu, Asriel sentado no chão da sala desenhando algo.


— Quer ver o desenho que eu fiz? — Ele perguntou, desviando o olhar para o corredor e sorrindo torto ao ver a criança. — É você quase morrendo.


Ela sorriu e sentou um pouquinho afastada de Asriel, mas ainda sim perto suficiente para ver a ilustração.

Ela apontou para a folha com a expressão interrogativa.


— Já disse, é você quase morrendo. — Ele pegou um giz de cera vermelho e começou a fazer rabiscos circulares sobre o que parecia ser Chara. — Mas, então...você não fala? Mamãe disse que seu nome é Chara e que você não tem ninguém, isso significa que você vai morar comigo.


A menina tombou o rosto para o lado e puxou levemente o nariz do monstro, logo o viu se afastar com a expressão confusa e um tanto irritada, entretanto, Chara riu baixinho.

Uma das "coisa-cabra" entrou na sala, era o que tinha barba. Ele aproximou-se de Chara e se ajoelhou, afim de enxergar melhor aquele rostinho novo.


— Qual o seu nome? — Ele perguntou de forma séria.


Chara o encarou e abriu um sorrisão, então pegou a folha de Asriel e mostrou ao mais velho.


— Morrendo!


— É, você tava morrendo. — Asgore revirou os olhos. —  Agora, dá pra me dizer seu nome?


Asriel pegou uma folha em branco, escreveu "Chara" com o giz azul e mostrou para ela.


— É só falar.


— .... — Chara observou o papel por alguns instantes e tentou se esconder atrás de Asriel, aquele 'grandão' dava medo! — ... Cha-ra.


A menina inflou uma das bochechas e colocou o desenho onde estava, então bocejou e coçou levemente as pálpebras.


— As-ri-el. — Ela apontou para o monstro a sua frente e sorriu, contente consigo mesma por ter aprendido uma nova palavra.


— Isso, Asriel é meu nome. — Ele sorriu, um sorriso tão insignificante que mal poderia ser percebido. — Boa garota.


Asriel passou a mão na cabeça de Chara.


— Ela deve estar com fome. — Asgore levantou-se e viu o filho ajuda-la a fazer o mesmo. — Vamos, sua mãe fez o jantar. 


Chara seguiu Asriel sem nem hesitar, estava com tanta foma que sentia seu estômago quase derreter!

Quando chegaram na cozinha, Chara sentou na cadeira em que Asriel lhe colocou e observou atentamente o jeito que ele sentava, logo tentando ajeitar a postura da mesma forma.


— Gosta de comer o que, garoto?


A menina inflou as bochechas ao perceber que Asgore falava consigo, então ela cruzou os braços de forma um tanto pirracenta.


— ...Menina. — Ela murmurou apontando pra si mesma.


— Oh, minha nossa. — Asgora arqueou as sobrancelhas. — É, Asriel, você terá uma companhia feminina além de sua mãe a partir de agora.


— Fe...mi..n.. — Chara o olhou com a expressão confusa e então abaixou a cabeça.


Nossa! Eles sabiam tantas palavras esquisitas que as vezes, Chara sentia-se como uma estrangeira em um país novo. A menina olhou para Toriel que lhe deu um prato e logo serviu una fatia tão grande de torta que a mocinha arregalou os olhos, arrancando uma risada baixa da mais velha.

Chara deu um sorriso sem graça e então abaixou a cabeça olhando para o garfo com a expressão confusa. Ela nunca pôde comer com talheres, nunca sentou em frente a uma mesa para lanchar, então não tinha a menor ideia do que fazer.


— É assim, ó. — Asriel abriu um sorriso, tocando na mão da mesma e tirando um pedaço de torta com o garfo da própria. — É só tirar os pedaços e colocar na boca.


Ele pegou um pedaço da sua torta com o garfo e pôs na boca, começando a mastigar.


— Só faz o que eu fizer. — Disse, de boca cheia.


Chara assentiu e pegou o garfo, com muita dificuldade, ela retirou um pedacinho de torta e pôs na boca.


— Só faz... como fizer? — Ela murmurou confusa, falando de boca cheia.


— Sim! — Asriel exclamou, mas acabou deixando um pouco de torta cair. Quando viu Chara rir baixinho, começou a rir também.


— Ei, parem de falar de boca cheia! — Toriel franziu as sobrancelhas, pegando um pano e limpando a boca de seu filho. — Para de ensinar maus modos pra ela, Asriel.


Chara sorriu ao sentir um carinho no topo da cabeça, então olhou para cima e viu Asgore cortando a torta e pegando um pedaço com as mãos.


— Asriel 'sinou. — Ela apontou pro garfo e inflou as bochechas.


— Ah, perdão. — Asgora soltou uma risada nasal e sentou-se ao lado de sua esposa.


— Querida, você quis dizer "ensinou"? — Toriel sorriu para ela e a viu assentir rapidamente com a cabeça. — Como eu sempre quis ser professora, vou te ensinar a falar corretamente.


Chara sorriu, suas bochechas estavam até mesmo doendo de tanto fazer isso.

O medo que tinha antes sumiu tão rápido que, se alguém lhe dissesse para ter medo de "coisas-cabra", ela daria risadas altas.

Com muito cuidado, ela pegou seu garfo e comeu outro pedacinho de torta, arregalou os olhos ao perceber que não tinha dito a palavrinha mais importante do mundo!


— Oblig...Obri...gada. — Ela murmurou após engolir dessa vez.


— Não precisa agradecer, sim? — Toriel sorriu e afagou os cabelos de Chara. — Quando terminar, pode ir brincar com Asriel, tenho certeza que serão melhores amigos.



Notas Finais


Gostaram? Comente!
Não esqueçam o favorito, isso enche os autores de determinação ♡

~Beijinhos com flores de maracujá da Usagi-chan~

E um abraço trevoso da CeciFrazier sz


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