Aurora Grace.
Chicago, Illinois.
12:21 p.m, 18/10/2015.
Eu termino de vestir a blusa na Celeste, quando Justin bate na porta do quarto mais uma vez. Digo que ele pode entrar, e então ele carrega minha amiga no colo e a coloca na cadeira de rodas no andar de baixo. Eu estou chateada com ele mais uma vez, e é porque Justin anda mentindo para mim. É claro que ele nega, mas eu sei que nada do que ele disse é verdade.
— Quer almoçar agora? - pergunto para ela, que assente. Celeste tinha acordado faz pouco menos de meia hora.
Depois de um mês, ela começaria a usar muletas, e só depois uma bota ortopédica. Não sei como ela vai aguentar ficar tanto tempo sem trabalhar, porque Celeste adora ficar no hospital.
Sinto a presença de Justin atrás de mim enquanto preparo o almoço da minha amiga. Suspiro baixo quando ele coloca suas duas mãos na minha cintura, e prendo a respiração por alguns segundos quando nossos corpos estão finalmente colados.
— Odeio quando você fica irritada comigo.
— Eu tenho razão dessa vez, não tenho? - digo no mesmo tom mexendo na panela.
— Não, você não tem. Eu já disse onde estava ontem e hoje de manhã.
— Quando eu liguei pra lá, me disseram que você não estava em casa. - bufo e Justin apoia o queixo no meu ombro.
— Eu fui fazer um caminhada, já disse. Assim como hoje de manhã. Nós podemos ficar juntos agora, não era o que você queria ontem?
Ele aperta com um pouco mais de força a minha pele, e eu resmungo remexendo o quadril, tentando me afastar para pegar um prato. Celeste iria comer um delicioso espaguete à bolonhesa.
— Eu gostaria mesmo de acreditar que você está falando a verdade, mas tudo me cheira a mentira.
— E o que diabos você quer eu faça?
Viro-me para ele, e encaro suas órbitas carameladas.
— Me diga a verdade. Não custa nada me dizer onde você estava. - eu não me importava mesmo em saber onde ele tinha ido, eu só queria que Justin fosse honesto, porque eu sabia que ele tinha mentido. - Então me prometa que você está falando a verdade, olhando nos meus olhos.
— Eu não menti, tá legal? - esbraveja baixo desviando o olhar.
— Justin…?
— Eu prometo. Estou falando a verdade. Não menti para você. - diz dessa vez me encarando.
Assinto e me viro para a panela, despejando o espaguete no prato. Eu ainda estava desconfiada, mas se Justin prometeu, então estava falando a verdade, certo? Certo.
Nós ficamos conversando na sala enquanto Celeste comia, e do nada, Justin sugere que eu e ele fôssemos para Paris. Hoje.
— Você é louco. - rio baixo e ele me olha com um sorriso de lado e uma sobrancelha arqueada. - Celeste. Ela precisa de mim.
— Não preciso não. - diz ao meu lado. - Meu querido amigo Martin pode me ajudar. Não é, Martin? - questiona em um tom ameaçador.
— Ah, claro.
— Ele vai te dar banho, então? - debocho.
— Cale a boca e vá arrumar sua mala. Pare de usar meu acidente como empecilho para viajar com Justin. - revira os olhos. - Prefiro vocês transando em Paris do que em um quarto ao lado do meu.
Justin gargalha alto, e eu fico séria enquanto coro violentamente. Meu amigo me olha vermelho, e eu sinto Justin recompondo sua postura.
— Eu também prefiro, Celeste. Deve ser horrível escutar gemido alheio.
— Cala a boca, Justin. - resmungo dando um soco na perna dele.
— Adoro tirar uma com a tua cara, baixinha. - caçoa me puxando para um abraço. - Mas e aí, você vai ou não?
— Só vou porque você insistiu demais. - respondo. - Tipo, demais mesmo. Então não posso negar.
Bieber disse que nós passaríamos apenas três dias lá, mas eu acabei levando roupa demais. Antes de irmos para o jatinho, ele arrumou as coisas dele e ligou para Scooter avisando para onde iríamos. Eu diria que essa viagem repentina foi a forma que Justin achou para fugir do seu empresário patético.
Chegamos lá perto das cinco horas, e já estava escuro. Nós colocamos nossas malas no quarto do hotel e ficamos por lá, sem saber o que fazer a essa hora da tarde.
— O que você quer fazer agora? - questiono sentada na beirada da cama. Justin me encara com um sorriso malicioso no canto da boca, e eu logo nego. - Sem ser transar, claro.
— Vai mesmo passar uma semana sem transar comigo? - diz incrédulo. - Você sabe a última vez que nós fodemos? Faz tipo, um mês.
— Não, não faz um mês. E não, eu não irei passar uma semana sem transar com você. Nós temos lindos lugares para aproveitar lá fora, e não seria conveniente passarmos essa noite na cama.
— É claro que é conveniente. - diz ficando na minha frente. - Jovens como nós fazem isso nos quartos de Paris. - sussurra abrindo minhas pernas e se encaixando ali.
— Jovens como nós? - repito com uma gargalhada fraca. Justin está por cima de mim enquanto eu estou deitada na cama.
— É, jovens como nós. Qual é, Grace. Vamos lá.
— Eu sei que você não está tão necessitado assim, anda, levanta daí. - bufo empurrando seu peitoral, mas Justin se aproxima e fica próximo ao meu rosto.
— Podemos foder do jeito que você gosta hoje. - murmurou roçando seus lábios nos meus.
— Não. - respondo usando todo o meu autocontrole. Eu choco nossos lábios por uma fração de segundos, e saio de baixo dele.
Justin bufa enquanto está deitado na cama de bruços, e então eu o convenço a ir em algum restaurante daqui. Eu não queria pedir serviço de quarto. Nós decidimos ir à pé, sem táxi, porque ele me mostraria e me explicaria cada lugar que nós passássemos. Justin vestia uma blusa de mangas longas branca, uma calça jeans rasgada e um tênis preto. Já eu, vestia uma blusa preta e uma jaqueta de couro por cima, com uma calça jeans e um tênis da mesma cor. Não tinha muita gente quando saímos do hotel, tipo paparazzi, então seguimos nosso caminho tranquilos. Justin ofereceu o braço para mim, e eu enlacei o meu no dele.
No caminho, nós passamos pela Praça da Concórdia, que tinha um Obelisco e uma fonte maravilhosa. A praça estava bem iluminada pelos postes das ruas. Justin me disse que aqui várias pessoas tinham sido guilhotinadas em episódios marcantes da história francesa, incluindo a família real. O som de um violino nos chama a atenção, e tem um homem há poucos metros a nossa frente tocando um. Ele é cego, aparentemente, e tem cerca de três pessoas o ouvindo. Justin deixa cem dólares no chapéu do chão, e volta para me abraçar enquanto nós escutamos o homem tocar Unsteady. Meus olhos estão fechados, e eu consigo ouvir bem as batidas do coração dele, está agitada demais para quem está parado.
A música acaba, e nós voltamos a seguir nosso caminho. Ao nosso lado tem o gigantesco Jardins das Tulherias, mas nós não caminhamos por lá. Justin disse que estava tarde e era melhor irmos direto para o restaurante. Ele apenas falou que o jardim foi criado para decorar o entorno do palácio das Tulherias.
— Eu gosto de pesquisar sobre as coisas dos lugares que eu visito. - ele diz.
L’Avenue é o nome do restaurante. Justin disse que já esteve aqui, mas com a sua antiga namorada.
Nós ficamos em uma mesa no centro, o que tinha atraído o olhar de muita gente dali. As cadeiras são almofadadas, e em veludo vermelho, enquanto as mesas são cobertas por um pano branco. Não demora para alguém vir nos atender, e eu acabo pedindo a mesa coisa que ele.
— Essa viagem foi para fugir do Scooter, não é? Ele estava voltando para Chicago hoje.
— Não. Eu queria mesmo viajar com você para Paris. Não ligo para Scooter. - responde simples tomando um gole da sua água.
— Ah… Você já pensou sobre?
— Não.
— Seu prazo é até o nosso último dia aqui. - reforço.
— Eu sei. Ainda tenho três dias para pensar.
O garçom nos interrompe, e nosso jantar é servido.
Enquanto comemos, Justin decide saber mais sobre mim, o que definitivamente não era algo que eu esperava.
— Eu não queria ser médica desde criança. Eu queria ser uma bailarina. - respondo e ele ri. - Decidi fazer medicina na minha adolescência. E você, se não fosse cantor seria o que?
— Arquiteto. Eu gosto de desenhar e projetar coisas.
— Sério?
— Uhum. Eu já li um livro todo sobre cálculos e coisas do tipo.
— Não tinha nada melhor pra fazer não? Um livro sobre cálculos? - nego devagar e Justin gargalha.
— Tenho gostos peculiares.
— Percebe-se. Gostar de livros de cálculos e de constelações são gostos realmente peculiares.
— Gosta de que tipo de livros? Romance?
— Qualquer livro que me derem e eu gostar do enredo, eu leio. Romance, ficção cientifica, terror, qualquer coisa. Menos livros de cálculo. - enrugo o nariz.
Depois de muito papo furado, Justin descobre que dei meu primeiro beijo com quinze anos, e que em algum momento da minha adolescência eu já fui uma jovem rebelde. Tive meu primeiro namorado com dezesseis, e foi com ele que eu provei minha primeira bebida alcoólica. Termino minha segunda taça de vinho, e Justin não me deixa pedir mais uma, porque ele sabe o que acontece se eu passar de duas taças. Aurora Grace se embebeda com vinho. Que tipo de pessoa se embebeda com vinho? Eu.
— Raramente eu fico bêbada. - digo. - Mas quando eu fico, é uma coisa irritante e vergonhosa. Sério. Se eu passo vergonha sóbria, passo três vezes mais quando bebo.
— Só vinho te deixa assim?
— Uns bons copos de uísque fazem o mesmo efeito. - dou de ombros.
O jantar acaba, e eu noto que estou com uma vontade incessante de tomar vinho. Isso era perigoso. Quando Justin paga a conta, flashes do lado de fora chamam a minha atenção, e nós observamos algumas câmeras apontando para nós. Perco a vontade de voltar para o hotel quando lembro que teremos que ir à pé, mas Justin me puxa e enlaça nossos braços. Eu decido fazer o que ele sempre tinha me dito, e ignorei todos aqueles paparazzis com as câmeras atrás de nós.
— Que constelação nós temos agora?
— Hm… Eu não consigo encontrar nada, porque o céu está nublado demais. - diz entortando a boca. - Inclusive, se não andarmos rápido, iremos tomar um lindo banho de chuva.
Apressamos nossos passos, e felizmente ganhamos distância de todos aqueles caras chatos. Justin fazia graça enquanto nós atravessávamos as ruas, e eu acabei lembrando que fazia um tempo desde que ele fez a sua última brincadeira sem graça. Isso me confortava muito, porque eu odiava com todas as forças essas merdas.
Oito da noite e eu estava deitada na cama, passando os canais da televisão enquanto Justin terminava seu banho. Eu já estava devidamente vestida, tinha tomado banho quando chegamos do restaurante. O loiro saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, e com seus poucos cabelos molhadas. Alguns pingos de água escorriam por seu peitoral malhado, e eu tentei desviar meu olhar do seu corpo tatuado, mas era bem difícil. De costas para mim, Justin puxou a toalha e vestiu a cueca. Eu pude ver perfeitamente sua bunda branca e redonda. Os músculos dele estavam tensos, e a medida que Justin vestia sua calça moletom eles me chamavam a atenção.
— Elas me encontraram. - ele diz virando para mim. - Vou lá embaixo conversar com o pessoal.
— Se importa se eu não for? - questiono e ele me encara preocupado depois de vestir sua blusa. - Não estou me sentindo bem.
— O que você tem?
— Dores estomacais. - explico rindo. - Aquela comida não me fez muito bem.
Justin assente com um sorriso, e beija o topo da minha cabeça antes de sair do quarto. Enquanto ele não voltava, eu fiz uma chamada de vídeo com a Celeste. Antes de começar a perguntar sobre como ela e Martin estavam se virando, eu decido procurar alguma garrafa de vinho, o que aparentemente era muito difícil de encontrar. Mas eu achei. Pego um copo e encho com o líquido roxo.
— Martin te deu banho?
— Justin não te disse? - questiona surpresa e eu responde com um “o que?”. - Ele pagou um enfermeira pra ficar aqui até vocês voltarem.
— Não, ele não disse. - beberico minha bebida.
— Ela até que está sendo útil. Mas ronca demais. - revira os olhos.
Eu gargalho, e em dez minutos termino meu copo. No meio da conversa, Martin aparece na chamada, e ele estava apenas com uma bermuda leve, deixando seu peitoral à mostra. Eu nunca tinha visto meu amigo assim, e admito que a vista é bem agradável. Parece que ultimamente Cattell anda visitando uma academia, porque ele está com o abdômen definido e músculos um pouco maiores que o normal.
— Vocês já se beijaram, não é? - pergunto grogue e ouço a risada dela do outro lado.
— Aurora, larga esse vinho. Você já deve ter tomado uns quatro copos.
Seis com os do restaurante.
— Grace, nós não estamos aí pra te ajudar. - Martin avisa e eu nego rindo.
— Eu estou bem.
— Justin não vai te aguentar bêbada.
— Você gosta dela, né, Martin?
Eu comecei a ficar irritante, então ele me deu boa noite e foi para o quarto de hóspedes da minha casa. Celeste e eu ficamos conversando por mais meia hora, quando Justin finalmente chegou. Desligo, e quando olho para a garrafa, vejo que tomei quase tudo.
— Eu demorei porque.... Aurora? - eu não o vejo, mas posso perceber seu tom de voz preocupado.
Estou deitada perto da beirada da cama, totalmente esticada, enquanto o copo vazio está em cima da minha barriga e a garrafa no chão. Minha camisola de seda preta está curta, e deixa boa parte das minhas pernas nuas.
— De onde você tirou esse vinho? - pergunta pegando a garrafa e colocando em cima de alguma coisa.
Eu estou um pouco tonta.
— Não bebi muito, eu juro. - murmuro tentando levantar, mas acabando caindo no colchão, em cima do copo. - Aí!
— Jesus, Aurora! - Justin anda rápido até mim, e puxa o copo que eu estava em cima.
Minhas costas doem, e eu gemo em dor quando ele chega perto de mim. Bêbada, chata, manhosa e irritante. Era assim que eu ficava quando bebia.
— Não, eu já tomei banho! - grito negando quando ele tenta me pegar no colo.
— Toma de novo. - rebate e eu nego fazendo birra.
Justin me puxa pelos pés, fazendo com o que ele fique entre as minhas pernas. Aproveito quando Justin se aproxima, e abraço o pescoço dele. Minhas pernas rodeiam sua cintura, e quando ele levanta, eu pareço um bebê chimpanzé agarrado a sua mãe.
— Você é muito bonito. - cochicho no ouvido dele.
— Eu sei. - diz entrando no banheiro. - Anda, me solta e vai pro chuveiro.
— Eu não quero, por favor. - resmungo com a cabeça enfiada na curvatura do pescoço dele.
— Por que merda você tomou a garrafa de vinho toda?! - diz baixo, mas irritado.
— Você está chateado comigo? - pergunto com a voz embargada.
Justin bufa, e desiste de conversar comigo. Ele desenlaça meu braço e minhas pernas, e tira minha camisola me empurrando para o chuveiro. A água é morna, e ele me ensaboa enquanto converso besteiras sozinha.
— Você costuma beber até ficar bêbada do nada? - eu nego batendo o queixo e enrolada na toalha.
— Não sei. Estou com frio. Pode pegar uma roupa pra mim?
Ele me encara sério antes de ir fuçar minha mala. Justin pega apenas uma calcinha, e me faz vestir a mesma camisola de minutos atrás.
— Você pagou uma enfermeira para Celeste? - pergunto e ele assente, penteando meu cabelo molhado. - Aí! Passa a escova devagar, Justin!
— Para de ser fresca. E sim, eu paguei.
— Nós podemos transar agora se você quiser. - sugiro.
— Não com você desse jeito. E cala a boca. Já é a terceira vez que fala isso.
Eu vejo tudo turvo, mas consigo enxergar quando ele volta para o banheiro sem blusa para deixar a toalha lá. Quando Justin volta, eu estou do mesmo jeito de quando ele chegou no quarto, toda esticada no colchão. E ele faz exatamente a mesma coisa, me puxa pelos pés, mas dessa vez eu agi sem pensar, e o chutei, acertando bem em seu membro. Justin se afasta rápido, e eu levanto da cama eu um pulo, tombando e batendo na parede.
— Aí meu Deus, Justin! Me desculpa, me desculpa! Eu não queria machucar você. - nego de olhos fechados. Eu estava muito tonta.
— Você não me machucou. - diz sério, e depois ele gargalha. - Vou rir muito de você amanhã, Grace.
Ando rápido ele, e o abraço forte. Justin retribui, e alisa meus cabelos enquanto eu beijo sua tatuagem de cruz.
— Vamos, Justin, por favor. Eu quero muito transar com você agora.
— Eu gostaria muito de te ver implorando por sexo, mas sóbria. Dessa vez não, babe. Amanhã eu te acordo com sexo preguiçoso, que tal?
Bieber vai me empurrando devagar até a cama, e me deita lá enquanto puxa os lençóis.
— Sexo preguiçoso? - repito em um sussurro.
— É. E por favor, nunca mais beba mais de duas taças de vinho.
Bocejo, e então tudo está escuro quando Justin apaga as lâmpadas. Sinto o colchão afundando do lado dele, e fico levemente incomodada com a distância entre nós.
— Justin?
— O que foi?
— Eu gosto de você, sabia?
— Você já me disse. - responde com um suspiro. Eu passo um dos meus braços por cima do corpo dele, e nós estamos mais próximos agora.
— Tipo, muito mesmo.
— Eu também gosto de você, Grace. Muito mesmo.
Ele não pode me ver, mas eu estou com um sorriso fraco agora.
— Pode me dizer isso de novo amanhã? Sem nenhum álcool no sangue?
— Hmm… Eu acho que posso. Você me lembra se eu esquecer?
Justin não me responde, e no momento nós escutamos apenas nossas respirações reguladas.
— Justin, me desculpa. Não é culpa minha.
— O que?
— Eu não quero deixar você irritado. Não queria ser chata com você, me desculpa.
— Tá tudo bem, baixinha. De verdade. Você foi um pouquinho irritante, mas eu posso relevar.
— De verdade?
— De verdade.
Minhas pálpebras começam a pesar, mas eu não quero dormir. Eu queria ficar conversando com Justin. Por mais que o ambiente estivesse frio, eu senti uma onda de calor em todo o meu corpo. Saio debaixo de lençol. e vejo que Justin se mexe. Não consigo ver nitidamente o rosto dele, mas sinto seus olhos caramelados me olhando no escuro, e eles brilham numa intensidade tão bonita. Puxo minha camisola por cima, e eu estou apenas de calcinha agora.
— O que você está fazendo? - pergunta confuso. Eu afasto o cobertor do corpo de Justin, e fico por cima dele, me encaixando ali. Meus seios estão contra seu peitoral descoberto, e minha cabeça está encostada em seu ombro. - Aurora, eu já disse. Nós não vamos…
— Eu só quero um abraço. - respondo rápido. Os braços fortes dele me rodeiam, e eu inspiro seu perfume quando me sinto segura ali. - Você pode tirar sua calça, por favor?
— Por que?
— Por favor, Justin.
Ele faz o que eu peço, e tira a sua calça moletom comigo ainda em cima dele. Uma calcinha e uma cueca nos separa, mas eu não me incomodo. Tateio seu rosto com os meus dedos, e procuro seus lábios macios. Aproximo minha boca da sua, e eu puxo com leveza seu lábio inferior. Justin aproximou suas mãos na minha bunda, e eu não vi hora melhor para aprofundar o beijo. Minha boca estava com gosto de vinho, enquanto a de Justin com gosto de nada. Gosto de boca mesmo.
— Você pode me beijar quando quiser, Justin. - eu respondo roçando nossos lábios.
— Quando eu quiser mesmo? - destaca surpreso. - Na frente de qualquer pessoa?
— É. Você pode.
Justin respira fundo, e eu traço uma trilha de beijos do canto da boca dele até o pescoço. Me remexo procurando uma posição confortável para dormir em cima dele, e nossas intimidades acabam roçando uma outra.
— Nós estamos em uma posição perigosa. - Justin murmura.
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