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História Ligados Pela Liberdade (Imagine Ten) - Fim de Semana (Parte 3)


Escrita por: Xuchittaprr

Notas do Autor


Última parte desse fds agitado.




Vou tentar postar mais um hoje, mas não prometo.

Capítulo 17 - Fim de Semana (Parte 3)


Chittaphon demorou alguns segundos para se localizar assim que acordou. Ele se cobriu melhor com o edredom, virando de lado. Percebeu então que estava no sofá da sala e um cheiro doce invadiu seu nariz. Ten se sentou, olhando ao redor. Não se lembrava de ter se coberto, mas se lembrava de ter deitado ali para tirar um cochilo, que por sinal acabou durando a noite toda.

Percebeu que a casa estava em ordem e as janelas fechadas. Ele desconfiou que S/n talvez tivesse feito isso, mas ainda não tinha certeza, não parecia algo que ela faria, até que levou o edredom até o nariz e sentiu um cheiro doce feminino. Só podia ser dela. 

-Ah, Pequena Sereia… Que fofa - Ele sorriu, vitorioso - Sabia que você não era uma megera.

Ten saiu do sofá, animado, e foi para o seu quarto, fazer suas higienes matinais. Como era domingo, ele tinha dado folga à sua cozinheira e pensou em comprar comida, mas depois de S/n ter sido gentil com ele, achou que talvez pudessem se dar bem e quem sabe até serem amigos, por isso teve a ideia de cozinhar e chamar ela para almoçar. Ele não sabia cozinhar, mas o Naver sempre fora seu aliado. 

Ten desceu as escadas pulando os degraus e foi até a cozinha. Abriu a geladeira e não fazia ideia do que cozinhar, então digitou no Naver ‘’comidas com abobrinha, carne, cenoura, ovo e cogumelo’’, que era o que tinha na geladeira, e decidiu fazer kimchijeon. Não sabia se ela ia gostar, mas era um prato tradicional, então provavelmente sim. Ele precisou ligar para Kun para pedir ajuda, pois só depois foi se lembrar que S/n era vegetariana e não sabia como fazer o prato sem carne, sendo que Kun só disse ‘’tira a carne’’. 

Depois que terminou, Ten foi até o quarto da garota. Ele bateu na porta e ninguém respondeu, então abriu e viu que ela não estava lá. ‘’Só pode estar na Batcaverna’’, ele pensou. Tinha apelidado seu escritório assim pois ela só ficava trancada lá e ele nunca sabia o que acontecia naquele lugar. 

Enquanto isso, a Lee estava em seu escritório. Várias decisões da empresa passavam pelas suas mãos, mas as principais eram as financeiras, o que lhe tomava muito tempo e atenção. Enquanto estava ali, se esqueceu completamente de Ten, até que ouviu batidas na porta. 

-Entra - Respondeu.

Mesmo sabendo que não tinha como ser outra pessoa, S/n ficou surpresa ao ver o garoto ali na porta. Respirou fundo, pois não estava a fim de se estressar. Ela desviou o olhar e voltou para a tela do computador. 

-O que foi? - Perguntou. Ten não conseguiu interpretá-la, coisa que o deixava frustrado, por mais que ainda não admitisse ou nem mesmo tivesse percebido. Mas isso não era problema para ele, já que sempre dava um jeito de contornar a situação - e as pessoas - com o seu jeito alegre e espontâneo.

-S/n, você quer almoçar? Eu fiz kimchijeon - Perguntou gentilmente.

-Não - Ela respondeu num tom seco, porém hesitante. No fundo ela queria, só estava sendo orgulhosa, e Ten percebeu isso.

-Ah, vamos - Ele sorriu - Ficou uma delícia. Vai ficar sem almoçar?

-Vou.

-Ok ok - Ele soltou a maçaneta da porta e entrou no escritório. A essa altura uma pessoa normal já teria cedido à sua simpatia, mas percebeu que teria que se empenhar um pouco mais se quisesse a amizade dela, ou pelo menos paz. S/n ficou olhando ele se aproximar, se perguntando o que ele estava fazendo, até que Ten parou na sua frente, a encarando com uma expressão séria - Olha, eu sei que temos nossas diferenças, mas nós dois precisamos nos dar bem. Acha que eu gosto de ficar nessa situação? Claro que não, mas só por isso não precisamos deixar ela ainda pior. 

Ela desviou o olhar e encarou o nada, pensativa. Era difícil aceitar, mas ele tinha razão. Ela também não queria continuar brigada com ele e não via mais sentido em continuar sendo orgulhosa, já que ele estava insistindo para ficarem bem. 

-Vamos, eu fiz sem carne para você - Ele pediu novamente, vendo que ela estava pensativa, quase cedendo. 

-Ok - A garota segurou um sorriso envergonhado e ele um vitorioso. Tinha conseguido dobrar ela, finalmente.

Os dois saíram do escritório e foram para a cozinha. Ten não tinha posto a mesa, então S/n pegou um prato do armário e tirou sua comida. 

-O cheiro está bom - Ela comentou, se sentando no balcão. 

-Se estiver ruim você não fala ok, eu sou sensível a críticas - Disse num tom divertido, mas era verdade. Quando ele era apenas um aluno de dança, se trancava no banheiro para chorar sempre que errava um passo ou quando não sentia que era bom o suficiente.

S/n experimentou a comida sem medo. Depois de morar cinco anos no ocidente e comer snacks que pareciam comida de cachorro, nada mais a assustava. 

Os dois estavam comendo silenciosamente. A comida não tinha ficado ruim, e a garota imaginou que Ten devia ser um ótimo cozinheiro. Mal sabia ela que ele tinha visto a receita no Naver e Kun tinha consertado depois. 

-Então… - Ele puxou assunto - Por que decidiu ser vegetariana?

-Pelos animais - Ela respondeu - Na faculdade eu conheci uma galera doida do curso de História que me obrigou a assistir um documentário. Eles também tentaram me convencer a ser marxista depois, mas daí já era demais. As pessoas mudam porém nem tanto, né.  - Disse com sarcasmo e Ten segurou o riso, percebendo que S/n também podia usar sua ironia para ser engraçada, e não apenas grosseira.

-Eu também pretendo parar de comer carne um dia, tanto pela não violência quanto pelo bem-estar fisiológico. Não é bom ter carne morta dentro de nós. 

-É… Você ia se dar bem com os malucos de História. Eles tinham esses papos de transcendência também.

-Imagino, mas é óbvio que você só deve ter ouvido o que o Donald Trump falava - Ele riu.

-Claro que não - Ela sorriu com sarcasmo - Tinha o Adam Smith também, pai da economia moderna.

-Preferia a hora que você estava tirando sarro do pāramitā. - Ten disse isso, mas na verdade preferia qualquer hora, já que estava gostando de conversar com ela.

-Que porra é essa?

- É o transcendente no budismo. Existem algumas práticas para transcender, e o vegetarianismo é considerado uma delas por algumas vertentes, como o Mahayana. 

S/n ficou encarando ele por um tempo, tentando entender tanto a sua frase quanto o próprio Ten. ‘’Que pessoa mais peculiar’’, pensou. 

-Você é budista? - Ela perguntou.

-Mais ou menos… Eu tento praticar alguns ensinamentos budistas e hindus, mas… - Ele suspirou frustrado, empurrando seu prato. Ele gostaria de se dedicar mais, mas sua força de vontade para isso falhava com ele - Enfim, e você? Tem alguma religião?

-Sou satanista - Disse com uma expressão séria e Ten ficou paralisado, encarando ela - Eu uso o tiro ao alvo como uma desculpa para ter licença das armas, já que preciso oferecer alguns sacrifícios às vezes, quando meu demônio protetor Abraxas pede, geralmente quando eu quero algo. 

Ten ainda não tinha se mexido na sua cadeira. Ele já tinha visto e ouvido muita coisa em sua vida, mas não podia acreditar naquilo, e pensou que isso talvez explicasse toda luxúria em volta dela.

-É brincadeira! - Ela começou a rir - Nossa, olha a sua cara! - S/n não se aguentava de rir e estava quase caindo da cadeira, enquanto Ten voltava ao normal - Juro, é brincadeira!

-Quem jura engana! - Ele sorriu, ficando vermelho, não sabia se de vergonha ou se de raiva - Eu já estava pensando em um contra feitiço caso você tentasse fazer algo contra mim!

-Nossa, você acreditou muito! Tinha que ver sua cara!

-Ok ok, não me culpe, você leva jeito para a seita. 

-Ah, é por isso que você ensinuou outro dia que eu tenho a energia ruim? -Perguntou se referindo à ‘’conversa’’ deles sobre fidelidade.

-Quando? 

-Quando veio falar para eu não sair dando por aí - Falou sarcasticamente.

-Em minha defesa, eu só disse que isso pode trazer energias ruins, e não que a sua é - Ten argumentou e ficou sério, encarando ela - De qualquer jeito, me desculpa por ter te irritado todos esses dias. Não foi minha intenção. Só quero que a gente conviva bem dentro do possível. 

-Tudo bem, eu entendo - S/n não queria confessar que sua visão sobre ele já tinha, de certa forma, sido influenciada pelos contos do seu irmão, e por isso não teve tanta paciência com ele. Mas agora, conversando com o Ten de verdade, percebeu que talvez ele pudesse ser legal - Me desculpa também. Menos pelo café. Eu não superei essa até agora.

-Podemos colocar a cafeteira no seu escritório, o que acha?

- Ten, eu estava sendo irônica.

-Você quem sabe. Eu coloco, se você lavar a louça - Disse com um sorriso brincalhão.

-Não se preocupe, já dei meu jeito - Ela tirou o prato dela e dele da mesa. Já que o garoto tinha cozinhado, achou justo ela - na verdade a máquina de lavar louça - lavar a louça do almoço, já que ele tinha dado folga aos empregados - Eu acho que eu preferia quando não nos falávamos. Você já está folgando comigo. Você tem que saber seus limites. 

- Ah Pequena Sereia, não fala assim - Ten riu, saindo da cozinha - Eu sou um amorzinho, vale à pena.


 


Notas Finais


Mais fofo que a s/n cobrindo o Ten só o Ten acordando e percebendo.


S/n satanista é meu novo conceito


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