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História Ligados pelo Destino - O Preço do Descuido


Escrita por: pleine_lune

Notas do Autor


Oi Amores, Capítulo devidamente acentuado!
Na imagem, Castiel, que agora mantem visual mais maduro sem perder a rebeldia!

Capítulo 25 - O Preço do Descuido


Fanfic / Fanfiction Ligados pelo Destino - O Preço do Descuido

Castiel e Alice haviam se aproximado bastante, sempre que sobrava um tempo no final de semana eles iam correr juntos no parque, ou saiam para comer pizza. Era sempre divertido, pois Alice era leve, tinha uma energia boa e por mais que estivesse visivelmente apaixonada por ele não se insinuava de forma alguma. Soube logo no primeiro dia em que saíram juntos que Castiel ainda amava outra pessoa e estava sofrendo com a separação, por isso não criava expectativas, apenas desfrutava da companhia do ruivo. “Quem sabe um dia” – pensava ela.

Castiel por sua vez havia mergulhado no trabalho, uma espécie de fuga para seus problemas e a única garota com quem saia era Alice porque se sentia livre com ela, não precisava mentir tentando provar que era um cara bem resolvido e pronto para um novo relacionamento. Ele não estava pronto, não sabia se um dia estaria e isso já começava a preocupar seu pai que o via agora sustentar um novo hábito adquirido: o cigarro.

Após uma daquelas longas conversas que, segundo o próprio Castiel, parecia mais uma palestra já que somente seu pai falava e ele fazia o papel de plateia atenta, prometeu para si mesmo que iria virar aquela página a qualquer preço mesmo que isso custasse se envolver com uma garota apaixonada por quem ele só nutria amizade. Muitos amores nascem de uma grande amizade, não era assim? Não foi assim com Sofia? Porque não poderia ser com Alice? Ela era uma garota cheia de qualidades e bonita!

Com este pensamento e munido de sua característica sinceridade quase agressiva, resolveu que conversaria com Alice ao final do expediente dela.

– Alice, ta a fim de sair pra comer alguma coisa? Quero conversar com você um assunto em especial.

– Claro que sim, saio em 5 minutos.

Chegando em um café onde já conheciam, após os pedidos ele segurou sua mão e olhou diretamente em seus olhos despertando a curiosidade da moça.

 – Nossa, você está tão formal! O que houve Cassy?

Ele jamais gostara de ser chamado assim “Cassy” era como sua mãe fazia quando queria mostrar-lhe que ele não passava de um adolescente metido a adulto na época do ginásio, mas, saindo da boca de Alice era tão carinhoso que ele permitia.

 – Talvez esteja um pouco mesmo - diz sorrindo – mas acho que o momento pede seriedade porque trata-se de nossas vidas.

– Nossas vidas? Como assim? – Perguntou sentindo aquele típico frio na barriga provocado pela ansiedade.

– Já te disse várias vezes o quanto gosto de sua companhia e o quanto você é uma garota especial. Sabe, eu pensei muito e realmente acho que já passou da hora de colocar uma pedra no passado e olhar pro meu presente e o meu presente é você Alice, é com você que tenho tido momentos felizes que me trazem novamente uma vontade enorme de sorrir sabe?  - Alice o olhava sem acreditar que estava ouvindo de fato tudo aquilo – Não serei um canalha mentiroso dizendo que estou perdidamente apaixonado por você pois você já conhece a verdade, mas o que estou dizendo é que quero tentar com você. Quero tentar ser novamente feliz e se tem alguém no mundo que pode me devolver a alegria, esse alguém é você. Então, o que me diz? Aceita ser minha namorada?

– Cassy eu... eu não imaginava que iria ouvir isso de você porque já havia entendido qual seria o meu lugar em sua vida, mas a única coisa que posso te dizer é que não se recusa algo que se deseja tanto. Eu sei que você não está apaixonado por mim e por isso só te peço que se perceber que cometeu um erro, por favor não pense duas vezes, seja franco comigo como está sendo agora, a coisa que mais prezo num relacionamento é a honestidade. Sejamos sempre francos um com o outro e somente assim teremos alguma chance.

A noite terminou no apartamento dela entre taças de vinho, roupas espalhadas pelo chão, sussurros, gemidos e suor dos corpos que se entregavam com intensidade e desejo. Ela realizava o desejo de possui-lo ao mesmo tempo em que se entregava por completo, ele agarrava-se a ela como quem agarra o bote que lhe é atirado ao mar quando não se tem mais forças para nadar.

 

xxx

 

Na casa de Nina, Lysandre andava como um louco de um lado para o outro dizendo frases interrompidas ecoisas sem sentido.

– Lysandre pelo amor de Deus diga alguma coisa! De preferência que faça sentido!

– Nina você não pode estar falando sério. Isso é uma brincadeira de mau gosto, confessa!

– Lys, acha que um filho é brincadeira de mau gosto?

– Ok, vamos nos acalmar certo? Venha, sente-se aqui do meu lado – dizia ele tentando manter o equilíbrio – Quantos meses?

– Tres meses Lys.

– TRES MESES NINA ???? gritou ele!

– O que você queria? – Disse ela quase chorando – estou te enviando mensagens, ligando pra você sem nunca conseguir contato a mais de um mês pra lhe contar da gravidez e você não me atende! Acha que seu mundo agora é Sofia? Não Lysandre, não é, VOCE VAI SER PAI ENTENDEU?

Lysandre sentia um misto de ódio e emoção ao mesmo tempo, era algo tão louco que ele não conseguia identificar e separar os sentimentos. Emoção porque sempre achou que o dia em que fosse pai iria dar o máximo de atenção e amor ao seu filho e isto seria uma forma de compensar todos os anos em que sentiu falta de um em sua vida, e ódio porque essa notícia tinha que estar vindo de Sofia e não de Nina. Mas e agora? O que ele iria fazer? Três meses era tempo demais pra pensar em algo como tirar a criança, também por mais que temesse o que Nina poderia ser capaz de fazer para atrapalhar sua vida, não sabia se teria de fato coragem de lhe propor uma coisa dessas. Então só havia um jeito.

– Nina, você vai fazer exatamente o que eu lhe dizer ok? – Ela apenas o olhava com certo temor como nunca havia sentido antes – Em primeiro lugar não conte isso a ninguém.

– Eu não contei

– Ótimo, em segundo lugar você vai trancar o curso que está fazendo por tempo indeterminado.

– Mas porque eu faria isso? O que diria pra Violete?

– Diga que está repensando sua vida e que escolheu o curso errado. Você vai fazer isto porque eu estou mandando e vai aguardar até que eu providencie algumas coisas que preciso. Voltarei dentro de alguns dias. Me aguarde ok?

 – Lys, você sabe que eu te amo não sabe? Sabe que podemos ser uma família agora e que você jamais terá dela o amor que eu tenho por você.

Lysandre a encostou na parede olhando dentro dos seus olhos falando devagar e pausadamente – Nina, não pense que esta criança irá mudar alguma coisa entre nós. Se você fez isto de propósito, e eu acho que fez, saiba que tudo o que conseguiu foi estragar sua juventude sendo mãe aos 18 anos. Porque a minha vida você não vai estragar.

Foi em direção a porta e antes de sair olhou para traz e disse-lhe mais uma vez:

– Não pense em fazer nada diferente do que eu lhe disse aqui você entendeu?

– Sim Lys, entendi – Respondeu ela de cabeça baixa quase que num sussurro.

Lysandre dirigia com a cabeça a mil. Um turbilhão de pensamentos e imagens se passava por sua cabeça com flashes de lembranças que iam e vinham: o primeiro dia em que convidou Nina para sair a 2 anos atrás, sua meiguice, recato e inocência que ele sem nenhum pudor tirara na primeira oportunidade que teve. Ela não era oferecida e promíscua como as outras, era bonita e delicada como uma porcelana e só tinha olhos para ele. Inexperiente, virgem, melhor assim, pois ele pode ensinar-lhe tudo o que lhe agradava em matéria de sexo e ela aprendeu rápido. Nestes dois anos ele a viu tornar-se uma mulher sem nunca perder sua doçura, não podia negar que sentia carinho por ela, mas seria incapaz de dar-lhe mais do que isto e desde o começo ele havia sido sincero, mas ela preferiu acreditar que o tempo o faria mudar de ideia e por isso se esmerava em agrada-lo de todas as formas possíveis. O tempo passou e seu sentimento por ela nunca passou de carinho e desejo. Aquele vazio ainda permanecia latente, até que ELA chegou. Sofia. O que Sofia iria dizer de tudo isto se soubesse? Terminaria com ele? Esse era um risco que ele não poderia correr. Mas não era tão simples, um filho não é algo simples e ele não iria abandona-la a própria sorte, era seu filho e ele também foi irresponsável. Mas já sabia o que fazer, precisaria apenas conversar com Leigh e pensar em uma boa desculpa para o que iria pedir.

 


Notas Finais


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