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História Ligeiramente Grávidos - Capítulo 2


Escrita por: FreakUnicorn

Notas do Autor


Muito obrigada a todos que favoritaram e especialmente aos que dedicaram um minutinho de seu tempo para deixar um comentário.

Boa leitura e não se esqueçam de mandar um review para eu saber se estão gostando e se devo continuar. <3

Capítulo 2 - Capítulo 2


— Eu não acredito que eles te colocaram para fora! — O beta estava perplexo ao saber que o amigo havia sido expulso de casa.

— Eles só me deram duas opções: ou eu me casava, ou saía de casa.

— Mas por que queriam te casar logo agora? Você mal completou 20 anos, Soo! Ainda é novo demais para que eles se preocupem com isso.

Kyung desviou o olhar e mexeu as mãos em nervosismo, apertando seus dedos com certa força.

— Bem, é que é uma situação complicada...

— Você não precisa me falar sobre isso se não se sentir à vontade. — Sorriu gentilmente, afagando o rosto redondo do outro, que suspirou pesadamente e sentiu seus olhos lacrimejarem novamente.

— Eu fui burro, hyung. — O ômega disse com certa amargura. O chinês, que esperava calmamente o tempo do outro, pegou suas mãos, que já estavam vermelhas de tanto serem apertadas, e as puxou para si, segurando-as com firmeza, tentando lhe passar segurança. — Eu passei meu último cio com um alfa… — Continuou com a voz já embargada e o rosto ardendo de vergonha. — Eu pensei que ele me amava… Não acredito que me deixei levar assim.

As lágrimas já escorriam novamente e Lay tentava secá-las.

— Mas eles querem te obrigar a casar só por isso?

— Não. O problema é que eu engravidei, Xing. Eu engravidei da porra de um alfa que só queria me usar e que se livrou de mim o mais rápido possível quando meu cio terminou.

A boca do beta se abriu em surpresa. Agora as coisas começavam a fazer sentido. A família Do era muito conservadora e prezava por sua imagem exemplar. Com certeza não ficaram satisfeitos em saber que seu único filho ômega tinha engravidado sem estar marcado e que ainda havia sido rejeitado pelo pai da criança.

— Eles conseguiram um alfa mais velho, amigo do meu pai, que estava disposto a assumir o bebê e se casar comigo. Mas eu não consigo, hyung! Sinto nojo de mim mesmo só em pensar em estar com uma pessoa pela qual não sinto nada. Eu nem ao menos o conheço, e ele tem idade para ser meu pai! — A voz do ômega subia gradativamente e se tornara quase histérica. Podia sentir o tremor assolando seu corpo e seus olhos arderem a medida que mais lágrimas se espreitavam por eles. Um bolo se formava em sua garganta e seu peito parecia estar sendo esmagado por uma pressão absurda. Sentiu os braços firmes do beta o rodeando e o puxando par mais perto.

— Você não tem que se forçar a nada, Kyung, muito menos ficar pensando que foi burro por amar alguém e confiar nessa pessoa. Você pode ficar aqui o tempo que precisar.

— Eu não quero ser um incômodo.

— E não vai. — Percebeu que o moreno ia retrucar e o cortou. — Sem mas. Você acha que eu te deixaria na rua? Sem chance! Eu ainda sou seu hyung e você ainda é meu melhor amigo.

O ômega sentiu o choro vir com mais força e se aconchegou nos braços quentinhos do beta, sentindo o cheiro tão familiar que quase havia sido esquecido. Deixou suas lágrimas molharem a camisa cinza do outro à medida que seus dedos se afundavam em seu tecido, apertando-o com força. Perdeu a conta de quanto tempo ficou ali e acabou adormecendo em meio ao pranto, sendo acalentado pelo mais velho.

 

Quando acordou, Kyungsoo estava na cama de Yixing. Olhou para os lados a procura de algo que indicasse as horas, encontrando um relógio na mesinha ao lado. Se assustou ao ver que dormira por mais de 12 horas. Já passava das 10 da manhã e ele sentia seu estômago reclamar de fome. Ficou algum tempo indeciso se deveria ou não sair do quarto, não queria ser intrometido, mas tinha ficado todo o dia anterior sem comer e estava morrendo de fome. Esperou mais alguns minutos para ver se o amigo aparecia, mas acabou por se deixar vencer quando a dor em seu estômago aumentou drasticamente.

Desceu as escadas devagar, sentia-se um intruso por estar vagando pela casa de desconhecidos. Ouviu uma risada alta a esquerda e seguiu pelo corredor, chegando até a cozinha. Parou perto da porta e olhou com certo receio para seu interior, vendo o cara alto do dia anterior e outros dois que também presenciaram sua tentativa de fuga catastrófica. 

O detalhe era que o alfa platinado estava só de cueca. Uma minúscula e muito transparente cueca. O mesmo estava de costas e a visão já era agradável, de frente então, não queria nem imaginar. Não sabia o que fazer e se praguejou por ter saído do quarto. Já analisava se conseguiria voltar sem que os três o viessem quando um deles olhou para a porta.

— Bom dia. — O loiro cumprimentou-o com um sorriso pequeno. Assim que se pronunciou os outros dois olharam na mesma direção.

— Bom dia. — Respondeu baixo, tentando não gaguejar e passar vergonha — de novo — . Eles já deviam pensar que era louco, não queria piorar o veredito.

— O Lay foi até o mercado, disse que você precisaria de um almoço reforçado. — O ser praticamente pelado se pronunciou ao ver que o recém chegado continuava parado próximo a porta. 

Quando o mesmo se virou, os olhos do ômega se arregalaram. Nossa senhora, que homem é esse?! Pensou, enquanto dava uma analisada rápida, para logo em seguida desviar o olhar, sentindo o rosto esquentar.

— Vem, senta aqui com a gente, o Xiumin fez panquecas para o café. — Apontou para o mais baixo dos três, um beta de cabelos rosados e olhos felinos. Kyungsoo o achou parecido com um esquilo e sentiu vontade de apertar suas bochechas, mas preferiu não externar o pensamento. Andou meio trêmulo até a cadeira que havia sido puxada pelo outro e se sentou, agradecendo-o em seguida. Fazia um esforço enorme para não encarar o alfa, principalmente da cintura para baixo.

— Gostaria de me desculpar corretamente por ontem...

— Não tem problema. Como eu disse, sua reação foi normal, apesar de realmente ter me pego de surpresa. E a propósito, me chamo Chanyeol. — Sorriu de uma maneira fofa e bagunçou os cabelos escuros do menor, que sentiu as orelhas queimarem e o estômago vazio girar. 

— Sou o Minseok, mas pode me chamar de Xiumim. — O mais baixo estendeu sua mão para o moreno e abriu um sorriso caloroso, que automaticamente foi correspondido.

— Sehun. Prazer em conhecê-lo. — O loiro que o cumprimentara assim que chegou se apresentou.

— O prazer é meu. — Tentou sorrir cordialmente, embora tivesse certeza que o resultado fora algo parecido com uma careta. — Desculpem pelo incômodo e pelo mal-entendido de ontem.

— Não é incômodo nenhum. É sempre bom conhecer pessoas novas, Kyung. Posso te chamar de Kyung, né? —Minseok perguntou e foi logo se sentando ao lado do ômega, deixando sua mão se repousar na coxa alheia, num contato simples e sem más intenções.

— Claro. — Respondeu meio sem graça, fitando suas mãos e mordiscando seus lábios em nervosismo. Não estava acostumado com aquele tipo de contato, ainda mais vindo de um cara bonito como aquele. 

— Eu vou morder ele. Que coisa fofa!

— Sossega o facho, hyung, vai assustar o menino! — Sehun girou os olhos, enquanto jogava um pedaço de torrada na cabeça de Minseok, que fez um biquinho e ergueu o dedo do meio. 

— Pode se servir à vontade, não precisa ter vergonha. — Chanyeol, que ignorou a briga infantil dos outros dois, pegou um prato e talheres e colou em frente ao ômega, que o agradeceu com um pequeno sorriso.

Kyungsoo esqueceu a vergonha assim que colocou o primeiro pedaço de panqueca na boca. Assim que engoliu a primeira garfada percebeu o quanto estava com fome e disparou a comer com certa velocidade. Os outros continuaram com uma conversa paralela, evitando atrapalhar o moreno que parecia estar faminto.

— Acertei ao imaginar que acordaria com fome. — Yixing disse ao entrar na cozinha, colocando as sacolas que trazia consigo em uma bancada.

— Eu não comia nada desde ontem de manhã. — O Do justificou-se.

— Você não pode ficar tanto tempo sem comer, Soo! —  Repreendeu-o, mas suavizou a expressão ao ver a carinha triste que o outro fizera.

— Eu não tinha muito dinheiro. —  Sussurrou. — E nem para onde ir.

Os outros se comoveram com as palavras do menor, e logo Xiumin estava apertando ele contra si.

— Posso adotar ele? — Brincou, soltando uma risadinha baixa ao ver o olhar assustado do moreno. 

— Para de falar merda, Min! Pelo amor! — Sehun girou os olhos, sentindo vergonha alheia. 

— Falando nisso. — O chinês aproveitou a deixa. — O que vocês acham do Kyungsoo ficar aqui com a gente por um tempo? — Perguntou calmamente, fazendo o ômega se engasgar.

— Sério?! — Chanyeol e Xiumin perguntaram com entusiasmo.

— Gente, eu não quero atrapalhar, sério mesmo. Eu já falei para o Yixing que não é necessário.

Minseok fez um biquinho e Lay girou os olhos.

— E eu disse que não havia a menor probabilidade de eu deixar você sozinho por aí. Sem falar que os meninos não vão se importar, certo?

— Certo! — Os três responderam em uníssono. Afinal, Kyungsoo era um amigo próximo de Yixing e aparentemente estava passando por dificuldades. Nenhum deles seria egoísta o suficiente para negar ajuda em uma situação como aquelas. 

Kyungsoo olhou para eles e viu os sorrisos calorosos que lhe eram dirigidos. Não pôde impedir de se sentir feliz ao ver que haviam pessoas que se importavam consigo e queriam ajudar. Sorriu de lado, tentando virar o rosto corado para que não vissem que seus olhos estavam cheios de água. Maldita mania de querer chorar por causa de tudo! Devia ser culpa dos hormônios, só pode! Pensou contrariado.

— Tudo bem. Mas qualquer coisa me avisem, ok? Não quero que se sintam obrigados a nada.

Todos concordaram, ainda sorrindo para o menor.

— Agora que está tudo certo, pode voltar a comer. Você precisa se alimentar melhor de agora em diante. — Lay encheu o prato novamente e entregou-o ao mais novo.

— Por quê? — Sehun perguntou curioso.

O beta ia responder quando sentiu um cutucão em suas costelas. Virou-se para Kyungsoo e viu que o mesmo tentava sinalizar para que não falasse nada.

— Ah, é que o Soo está meio fraco, por causa do stress e tudo mais... — Tentou despistar. Olhou para Chanyeol e finalmente viu que o modo como este estava vestindo. Deu um peteleco na nuca do mesmo que o olhou assustado. — Mas é muito sem noção mesmo!  Vai vestir uma roupa, infeliz!

O mais alto fez um bico e saiu da cozinha contrariado. Quem mal tinha em tomar de café só de cueca? Eu, hein...

 


Notas Finais


Chanyeol todo saliente de cuequinha. -qqq

Espero que tenham gostado. Não se esqueçam de favoritar e deixar um comentário amorzinho.

Beijos de Luz ;*


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