História Ligeiramente Grávidos - Capítulo 56

— Hunnie, vem cá. — Kyungsoo fez sinal com a mão, indicando que ele se deitasse ao seu lado. — Você não precisa se preocupar. — Acariciou os cabelos loiros, passando sua perna por cima do corpo do alfa, ficando mais próximo a ele.

— Eu sei, confio em você. — Sorriu de lado, depositando um beijo na testa do menor. 

— Mas tá se mordendo de ciúme. — Baek sorriu, meio cínico, se jogando do outro lado do moreno. 

— Cala a boca! — Sehun lhe mostrou o dedo do meio, recebendo um "ui, mas você tá brava é?" em resposta, arrancando uma risada baixa de Minseok, que mantinha-se sentado na poltrona próxima a janela. 

— A gente precisa de uma cama maior. — Chanyeol comentou, sentando-se nos pés da cama de casal. 

— Só se mandar fazer. Imagina que legal chegar em algum lugar e encomendar uma cama pra seis pessoas, ou melhor, sete. — Kai fez careta, imaginando a cara da pessoa ao imaginar para que a cama serviria. 

— Com coisa que eu vou dormir com esse bando de macho. Concordei em dormir com o Soo, vocês casquem fora daqui, não quero correr o risco de acordar e ver um de vocês agarrando ele. — Kris disse assim que entrou no quarto e viu que todos estavam enfiados ali. 

— Medo de apreciar a visão? — O Byun sorriu ladino, mas foi ignorado pelo alfa. 

— Vão logo, seus desocupados, amanhã quem acorda praticamente de madrugada sou eu. 

— Hm, tá com muita pressa de ficar sozinho numa cama com meu Soo, não tô te entendo... — Minseok resolveu provocar também, embora mantivesse um tom de brincadeira na voz. 

— Meu sonho de princesa. — Disse com ironia, girando os olhos, arrancando algumas risadas do beta e de Chanyeol.

— Nos grite se esse pervertido tentar te molestar. — Baekhyun brincou, dando um beijo nos lábios rosados antes de se levantar. 

— Boa noite, meu anjo. — Sehun sussurrou contra a pele de seu pescoço, depositando um beijinho singelo ali, fazendo-o se arrepiar.

— Boa noite, amor. — Fez uma carícia nos cabelos loiros, dando-lhe um selo demorado em seguida. 

Yifan bufou e se sentou na cama, murmurando que demoraria uma eternidade até que todos desejassem boa noite para o moreno, mas ninguém pareceu prestar atenção, mais interessados em ganhar beijinhos e afagos do ômega do que em escutar suas reclamações. 

Quando finalmente todos foram embora, Kyungsoo se ajeitou na cama, chegando para o lado, dando espaço para que o chinês se deitasse. Sentia seu rosto queimar e pedia aos céus que não ficasse vermelho, seria mais constrangedor ainda. Kris deu uma tossidinha e se deitou, se cobrindo com o lençol de solteiro que levara consigo. 

 — Eu não sei como isso funciona, será que se a gente der as mãos, ou sei lá. — Kyung disse baixinho, internamente morrendo de vergonha com aquele papo estranho. 

O loiro sorriu ao notar seu nervosismo, virando-se para ele, vendo seu rosto rubro afundado no travesseiro. 

— Posso colocar minha mão na sua barriga por um tempo, se você não se incomodar. — Propôs, vendo o menor morder os lábios enquanto parecia ponderar, concordando depois de alguns segundos. 

Esticou a mão esquerda, pousando-a sobre a pequena protuberância, logo sentindo uma sensação de formigamento em sua palma. A mão grande ocupava quase toda a barriga, causando uma sensação morna e reconfortante em Kyungsoo. 

— Obrigado, hyung, e desculpe novamente pelo incômodo. 

— Já falamos sobre isso, Kyung. Não é como se eu fosse morrer por ter que dormir aqui. — Sorriu pequeno. 

— Só não deixe de fazer nada por minha causa. Eu sei que você gosta de sair no final semana e quase nunca dorme em casa, não se prive disso. — Pediu, mantendo seu olhar no teto. 

— Tudo bem. — Concordou, vendo o silêncio tomar o quarto em seguida. — Posso perguntar uma coisa? — Disse, depois de um tempo, recebendo um olhar curioso por parte do menor. 

— Claro. 

— Como você sabia que gostava dos meninos? Digo, como você se sentia? — Perguntou meio sem graça, tentando não encará-lo enquanto falava. 

Kyungsoo, que foi pego de surpresa, ficou um tempo em silêncio, sem saber o que dizer.

— Bem, primeiro eu só senti desejo, pra ser sincero. — Disse baixo, sentindo as bochechas queimarem. — Eu fiquei meio desnorteado por sentir atração sexual por todos eles, mas o Luhan me explicou que o meu ômega precisava se sentir protegido durante a gravidez, e que os feromônios que eles exalavam mexiam com esse meu lado porque eu estava interessado e os via como potenciais parceiros. — Explicou, respirando fundo pra não ter uma síncope ou um ataque de vergonha. 

Não era muito íntimo do Wu, então se sentia um pouco acanhado em falar sobre coisas como aquelas, mas achava que era necessário, já que sabia que ele possivelmente estava passando por dificuldades ao descobrir mais sobre sua própria sexualidade.

— Mas como saber se é só atração sexual ou algo mais? — Forçou-se a perguntar, mesmo que já tivesse se arrependido mil vezes desde que fizera a pergunta inicial. 

— No meu primeiro mês aqui, eu também tive essa dúvida. Eu estava fragilizado e tive medo de confundir meus sentimentos, já que todos estavam sendo tão gentis e bons comigo. Eu sempre ouvi falar que não era possível se apaixonar por alguém tão rápido, mas, desde a primeira vez que eu beijei o Baek, eu sabia que gostava dele de verdade, e que não era uma coisa apenas carnal. 

— Vocês se conheciam há quanto tempo?

— Umas três semanas, ou menos que isso. Minha amizade com ele foi tão repentina. Nós nem éramos parecidos, mas conversávamos como se fossemos amigos de anos. Nós simplesmente nos demos bem, e gostávamos da presença um do outro, foi natural que as coisas se desenrolassem e seguissem o caminho que seguiram. Pra mim, beijar ele me pareceu algo certo, então eu simplesmente deixei acontecer.

— E os outros? Eu sei que o Sehun invadiu seu quarto no dia em que você contou da gravidez para tentar algo. Eu conheço aquele pivete há anos, vi o jeito que ele te olhava desde que você chegou.

Os olhos do ômega se arregalaram um pouco. Estava certo em supor que, apesar de parecer distante e ausente, Kris era o mais observador, e sabia de tudo que acontecia por ali. 

— Foi a mesma coisa, me pareceu certo demais beijar ele, tanto da primeira vez, quanto das outras que se seguiram. Me pareceu certo beijar todos eles, mesmo que meu subconsciente gritasse que era errado e que eu acabaria me machucando e machucando todos eles. 

— Mas você gosta deles? De todos eles?

— Sim. Eles são completamente diferentes, é verdade, mas são todos perfeitos pra mim. Parece loucura que em pouco mais de uma semana as coisas tenham mudado tanto, mas aconteceram mais coisas importantes e significativas pra mim nesses poucos dias, do que em todos os meus 20 anos de vida. 

Kris sorriu ao notar o brilho nos olhos negros e a maneira carinhosa como ele falava, sorrindo sem ao menos perceber.

— Eu não sei se sinto só atração sexual ou se estou apaixonado. Eu nunca tinha me sentindo atraído por um homem, e da mesma forma que aconteceu com você, tudo começou num momento em que ele estava frágil. Eu ofereci consolo, e continuo oferecendo um ombro amigo quando vejo que ele está magoado. — Explicou, já se sentindo um pouco mais confortável. — E se eu estiver confundindo as coisas? 

Kyungsoo podia notar claramente o leve tom de desespero e confusão presente na voz do mais velho. Suspirou, levando a mão até a do alfa, que mantinha-se em sua barriga, afagando-a de leve, como se dissesse que estava ali para ouvi-lo. 

— Eu acho, que antes de qualquer coisa, você deva fazer uma auto análise. Você está descobrindo uma possível bissexualidade, e isso pode ser mais assustador do que se descobrir homossexual. Você disse que nunca tinha sentido atração por outro homem, desculpe perguntar, e não precisa responder se não se sentir confortável, mas você sentiu desejo por outro homem depois disso? 

O alfa confirmou com a cabeça, apesar de se sentir impelido a não responder, ou mentir. Sabia que não era errado, e que não tinha motivo pra se envergonhar, mas era difícil falar sobre aquilo com alguém. 

— Sabe, eu acredito que quase ninguém é 100% hétero ou 100% homossexual. A sexualidade humana é complexa, e não podemos querer que ela seja preta ou branca, quando, na verdade, ela se estende por um longa escala de tons de cinza. Os bissexuais estão em algum ponto dessa escala, e cada um se encontra em um grau diferente. Na minha opinião, não é porque você se sente atraído por ambos os sexos, que vai sentir o mesmo tipo de atração ou em uma mesma intensidade pelos dois. 

Yifan ouvia tudo atentamente, tentando entender da melhor maneira possível o que o ômega falava, enquanto sentia os dedos macios percorrem seu braço em uma carícia suave, que o moreno parecia fazer sem ao menos perceber. 

— Talvez você se sinta mais atraído por mulheres, e só sentiu esse desejo por outro homem agora, porque nunca tinha tido oportunidade de ficar tão próximo de um. Não de uma maneira que não fosse completamente fraternal, como você via o Tao. — Explicou, ao ver que ele mencionaria o outro chinês. 

— Mas eu sempre tive colegas, e vivi durante anos com os meninos antes disso acontecer. 

— E você era tão íntimo com eles quanto é com essa pessoa?

— Não... — Disse meio incerto. — Na verdade, eu já convivia com essa pessoa há um tempo, mas nós nunca tínhamos ficado tão próximos. Nossa amizade cresceu muito depois que algumas coisas aconteceram, e foi depois disso que eu comecei a me sentir estranho. 

— Talvez essa experiência tenha despertado um lado seu que se mantinha adormecido, por isso você sentiu atração por outros caras depois disso. 

Kris sentia seu rosto queimar cada vez que o fato de ele estar desejando outro homem era dito em voz alta. 

— Não outros, só um. — Murmurou, fechando os olhos por alguns momentos, se perguntando porque tivera a brilhante ideia de iniciar aquele assunto. 

— Certo — deu um pequeno sorriso — você não precisa ficar com vergonha — acrescentou, levando sua mão até os cabelos loiros, os afagando de leve. 

— Não é como se fosse fácil. — Suspirou, voltando a abrir os olhos e encarar o moreno, que já estava bem mais próximo de si. 

— Voltando ao papo da auto análise, eu acredito que o melhor jeito de saber se você gosta dele ou não, é perguntando a si mesmo. 

— Como assim? — Perguntou, visivelmente confuso. 

— Tipo, se questione em quais momentos você pensa nele, e a respeito do que pensa. Se, atualmente, o que mais lhe chama atenção é a aparência, a conversa, ou a personalidade. Quando você ouve o nome dele, qual a primeira coisa que lhe vem em mente?

Esperou um tempo, vendo o maior fechar o os olhos novamente, fazendo uma expressão séria, como se estivesse se concentrando. 

— Você sente vontade de beijá-lo? — Perguntou, recebendo um aceno afirmativo, não sabia se proposital ou espontâneo. — Mas também sente vontade de abraçá-lo, fazer carinho, perguntar como foi o seu dia e saber se ele está bem?

— Sim. — Respondeu, depois de um tempo, sua voz agora mais suave, assim como suas feições. 

— Agora, você não precisa me responder — disse, imaginando que ele não se sentiria confortável em falar sobre o assunto — apenas pense sobre a resposta.

— Tudo bem.

— Você já quis transar com ele? Já ficou excitado pensando nele ou ao imaginar como seria se estivessem juntos? — Perguntou mais baixo, já que ele próprio se sentia constrangido em tocar no assunto, porém, achava importante que o mais velho analisasse se realmente desejava alguém do mesmo sexo ou apenas se sentia confortável com a presença dele.

Ficaram longos segundos em silêncio, e Kyungsoo logo notou a maneira como a respiração do alfa se alterava. Mordeu os próprios lábios ao imaginar sobre o que ele estava pensando. 

— Pronto?   Perguntou, após alguns minutos, depois do que achou ser tempo suficiente. Não estava nem um pouco a fim de que o alfa ficasse excitado bem ali ao seu lado, não mesmo. Engoliu em seco, vendo-o abrir os olhos lentamente, as pupilas um pouco dilatadas.

— Sim. Sabe, eu cheguei a uma conclusão, mas não sei se estou feliz com ela.

— Infelizmente, ainda não somos capazes de controlar nossos corpos e nossos sentimentos. Mas, acho que o mais importante agora, é você se perguntar se está disposto a contar para essa pessoa sobre isso. Você precisa se decidir se quer tentar algo, ou se vai manter isso apenas pra você. 

— Ele gosta de outro cara. — Disse baixo, desviando o olhar.

Kyungsoo mordeu os próprios lábios, a situação se complicava a cada segundo. Primeiro tinha Tao, e um possível coração partido, depois, as dúvidas de Kris sobre a descoberta de uma possível bissexualidade, além da incerteza se o que sentia se tratava apenas de algo físico ou  algo mais complexo. E agora, pra fechar com chave de ouro, descobrira que o alvo de seu interesse gostava de alguém. 

Suspirou, enrolando seus dedos nos cabelos descoloridos do mais velho. Queria dizer algo, queria falar que tudo ficaria bem, mas sabia que as coisas não eram tão fáceis assim. 

— Vamos dormir. Obrigado pela conversa, Soo, foi muito importante pra mim. — Sorriu pequeno, acariciando a barriga do menor com cuidado. 

Kyungsoo concordou e apagou a luz, se ajeitando de costas para o mais velho, que deitou-se de lado e o puxou para si, passando o braço pela sua cintura. Prendeu a respiração por alguns segundos, sentindo o corpo quente a poucos centímetros do seu, aquela eletricidade estranha passando por entre os corpos, mesmo que eles não estivessem em contato.

— Espero que esses bebês cresçam bastante e nasçam bem lindos e saudáveis para compensar toda a energia que estão sugando do Tio Kris. — Brincou, fazendo um afago na barriga do moreno, que riu baixo, tentando não se focar na proximidade entre seu corpo e o do alfa. 

Não que tenha dado certo, já que, pouco tempo depois, os dois estavam colados. Não sabia se tinha sido ele a chegar para trás, ou se fora Yifan que se aproximara, porém, ao sentir o calor do corpo grande contra o seu e a sensação de acolhimento e proteção, resolveu deixar pra lá, envolvendo a mão que estava em sua barriga com a sua, fechando os olhos em seguida. 

— Acorda bela adormecida. — Sentiu alguns beijos sendo deixados por seu corpo, e logo o cheiro cítrico de Baek entrou por suas narinas. Sorriu e tateou, procurando pelos fios macios do mais velho, acariciando-os de leve.

Abriu os olhos devagar e olhou pro lado, vendo que Yifan já tinha ido trabalhar. Suspirou ao se lembrar da conversa que tiveram, desejando que pudesse ajudá-lo com suas inseguranças.

— Bom dia! —  Disse baixo, escondendo seu rosto no pescoço do mais velho. 

— Melhor ainda se você vier tomar banho comigo. — Sorriu, puxando o corpo do moreno para cima do seu, fazendo-o se sentar em sua barriga. 

— Por que vai tomar banho uma hora dessas? — Perguntou, olhando para o pequeno relógio na mesinha, vendo que ainda eram sete e meia.

— Preciso ir com o Kris falar com o advogado do condomínio e tentar amenizar a indenização. — Suspirou, acariciando a cintura do outro ômega por debaixo da camiseta.

— Ele ainda não foi trabalhar?

— Foi, nós combinamos de nos encontrar as oito e meia. 

— Entendi. Vou tomar café primeiro, e não se anime muito, só vou tomar banho com você porque não pude dormir só de cueca e suei a noite toda. — Avisou, já prevendo os planos nada castos do ruivo, que fez um bico e uma carinha chateada. 

O resto da semana seguiu tranquilo, na medida do possível, mas foi só o sábado chegar que o Byun veio colocando as asinhas para fora.

— Baek, eu não acho que uma brincadeira com bebida seja uma boa ideia. 

— Relaxa, Soo. Até o Kris e o Suho vão participar. Vai ser bom pra gente se divertir e esquecer um pouco dos problemas. — O ruivo foi se aproximando sorrateiramente enquanto falava, até estar em frente ao mais novo, seu corpo a milímetros do dele. — Sem falar que você me prometeu. — Sorriu de lado e enlaçou a cintura do menor.

— Você sabe que foi golpe baixo me fazer prometer algo enquanto me chupava daquele jeito. — Kyung fez um biquinho e desviou da boca do mais velho, que tentava beijá-lo a todo custo.

— Sacanagem foi você não deixar eu te foder bem gostoso. — Sussurrou contra o pescoço branquinho, vendo a pele se eriçar. 

— Você estava atrasado pra tentar negociar sua dívida. — Ofegou, sentindo as mãos ladinas percorrem suas costas por dentro da blusa. — Sem falar que o Chanyeol estava te gritando há quase meia hora. 

— Você podia ter chamado ele pra participar. — Deixou suas mãos descerem até a bunda farta e a apertou com certa força, fazendo o moreno morder os lábios e apertar mais seus ombros. — Aposto que ele não reclamaria de te ver todo manhoso cavalgando no meu pau, gemendo desse jeito gostoso que só você sabe. 

— Baekkie... — O moreno sussurrou meio trêmulo, sentindo suas pernas um pouco bambas. Teve sua boca tomada pelo mais velho em um beijo intenso, seu corpo sendo puxado de encontro ao dele até que estivessem completamente colados.

— Vou buscar a pipoca e me sentar pra assistir essa pegação maravilhosa. — Tao disse alto, fazendo os dois se sobressaltarem. 

— Puta que pariu, que susto! — O Byun levou a mão ao coração, sentindo-o martelar contra seu peito. 

— Trouxe a bebida? — Sehun perguntou, entrando na cozinha e indo direto até o armário, pegando os copos de dose.

— Claro, querido. Whiskey da melhor qualidade, porque eu posso. — Jogou o cabelo e sacudiu a bolsa, fazendo as garrafas se chocaram de leve e o barulho de vidro ecoar pelo cômodo. 

— Os meninos já estão esperando na sala. — O alfa foi até Kyungsoo e selou seus lábios no dele.  

— Vamos logo que hoje eu quero ficar bem doida! — O chinês fez carão e foi em direção a sala, gritando por Kris com uma voz extremamente aguda e melosa.

— Não quero nem ver no que isso vai dar. — Kyung levou a mão até a testa e sacudiu a cabeça em negação. — Só aviso que não vou cuidar de gente bêbada. — Disse resoluto, seguindo para fora da cozinha. 

— Já contou pra ele o que ele vai ter que fazer já que não pode beber? — Sehun perguntou, sorrindo malicioso em seguida.

— Ainda não. Vou esperar estar na presença de testemunhas,  caso ele queira me estrangular.