História Like A Fancy - Chapter Forty One

“Já faz tempo que eu não vejo seu rosto. Tento ser forte

Mas minhas forças estão se acabando

Não vai demorar para te ter do meu lado

Te abraçar, te provocar, apertar você e te falar

O que eu penso”

“Será o fim de Beyle Clark? A modelo de 21 anos foi vista entrando em uma clínica de reabilitação em Bervely Hills - Daily Mail”

“Beyle Clark, ex-namorada do cantor Justin Bieber, foi vista entrando em uma clínica de reabilitação nesta terça-feira - E! Online”

“A assessoria de imprensa da modelo afirma que está tudo bem com a it girl, que ela só precisa de um lugar em que possa descansar a mente. “Ultimamente ela tem estado triste, nervosa e muito preocupada. Ela não estava se alimentando direito e toda sua equipe estava se mobilizando para obriga-la a comer“, disse uma fonte próxima a modelo - Acess Hollywood”

Passei minha mão no rosto e fechei o notebook com força. As pessoas nem sabiam o que estava acontecendo na minha vida, mas mesmo assim estavam me bombardeando o quanto podiam. Os paparazzi não saiam da porta da clínica e alguns até subiam em árvores para me fotografar. Era incrível como eles não sabiam nem respeitar esse meu momento.

- Seu tempo com o computador acabou, srta. Clark - Susan, uma enfermeira da clínica, entrou no meu quarto.

- Tudo bem - suspirei, levantando-me da poltrona.

- Se você quiser passar um tempo lá fora por agora, pode. Mais tarde não será possível.

- Ok, Susan, eu vou daqui a pouco - ela sorriu e assentiu, colocou o computador de baixo do braço e saiu do quarto.

Eu tinha decidido que precisava ficar um tempo longe daquele mundo, tudo estava uma loucura e eu não queria ficar maluca por causa do meu trabalho. Porém, eu ainda não havia conseguido tirar aquele mundo da minha cabeça, porque sempre que eu podia, eu procurava saber o que estava acontecendo.

Depois do meu ataque histérico com Daniel, eu passei à noite toda chorando, assim que amanheceu arrumei minhas coisas, conversei com Hope e ela me trouxe a clínica. Ela e Daniel estavam em crise, minha amiga também concordou que foi horrível ele ter concordado com a minha mãe. Dan não costuma esconder as coisas de Hope, por isso eu acho que ela estava tão chateada. Eu não queria que os dois brigassem por minha causa. Me deitei na cama, de barriga para baixo e fechei meus olhos. Eu só queria que isso tudo passasse.

- Srta. Clark - Susan entrou novamente no quarto - Eu vim repassar sua agenda - abri meus olhos - Posso falar?

- Claro - assenti.

- Agora é o seu tempo livre, às 11:00hrs é seu horário com seu psicólogo, depois o almoço e às 14:00hrs a Hope virá.

- Ok - sorri fraco - Obrigada, Susan.

Ela assentiu e saiu do quarto. Havia dois dias que eu estava aqui. Susan e meu psicólogo, Dr. Michael, eram as duas pessoas mais próximas que eu tinha nessa clínica. Susan era negra, magra e linda. Era uma pessoa maravilhosa e me mostrou quem era assim que a vi, eu estava chorando muito e não queria fazer nada, ela gritou comigo e me deu um sermão tão grande que eu jamais irei esquecer.

(...)

- O mundo está uma loucura - ela passou a mão no cabelo, nervosa - Acho que vou matar todo tipo de jornalista que chegar perto de mim.

Dei risada.

- Eles são insuportáveis.

- Como está aqui?

- Até agora está bem - bufei - Mas ficar sem celular, é ruim - ela sorriu - É horrível, na verdade.

- Eu sei, ou melhor, eu não sei - rimos - Mas eu não posso fazer nada são regras da clínica.

- Eu sei - suspirei - Como minha mãe tá?

Eu não queria saber da minha mãe, mas também não queria que algo de ruim acontecesse com ela. Apesar de tudo, eu precisava conversar com ela quando tudo isso acabasse.

- Na medida do possível - Hope revirou os olhos. Ela estava odiando essa situação e eu também

- Ela gosta de mandar e isso me irrita.

- Claro, porque você também ama mandar.

- Não - ela cerrou os olhos pra mim - Eu não sou assim. Mas mudando de assunto, Taylor quer vir te visitar e eu não sei o que dizer, porque não é permitido.

- Pode deixar ela vir e fala com a Susan, acho que ela não vai ficar brava por isso.

Hope assentiu.

(...)

10 Dias Depois.

- Fico feliz de você parecer mais tranquila - Dr. Michael me cumprimentou com o mesmo sorriso de sempre. Pelo menos ele sempre parecia feliz.

- Estou, já consegui me livrar do mundo lá fora, não estou falando com ninguém, definitivamente - dei um sorriso falso.

- Isso é bom, daqui a cinco dias você volta ao caos e sentirá falta daqui - me sentei no sofá a sua frente.

- Também acho, mas é bom me fazer de durona de vez em quando - ele sorriu ainda mais.

- Então, vamos ao assunto de hoje - ele juntou as mãos e ficou sério - Vamos falar dos seus relacionamentos - franzi o cenho - Com seus fãs ou haters e ex-namorado.

- Não to entendendo - balancei a cabeça.

- Ok, quero te mostrar umas coisas - ele pegou o tablet na mesinha de vidro à sua frente - E você vai me contar como você se sente sobre isso. Tudo bem?

- Tudo - assenti.

Ele me entregou o tablet, era um vídeo, assim que apertei play, me arrependi. Ali havia todas as ofensas que eu buscava estar longe, o que todas as pessoas falavam sobre mim e eu apenas fechava meus olhos e passava por cima para não ter que lidar com aquilo. 

- Ainda continuo sem entender - falei assim que o vídeo acabou.

- Quero saber como você se sente sobre isto - apontou para o tablet.

Mordi meu lábio, nervosa.

- Olha, acho que isso não é um assunto legal para...

- Beyle, se você quer mesmo se desligar de tudo o que te prejudica, se você quer ser mesmo independente e não ter mais que se importar com isso, com esse tipo de tratamento que as pessoas fazem com você, você tem que me dizer como se sente sobre isto.

- Eu... eu... - merda, a última coisa que eu queria era falar sobre aquelas pessoas - Acho que já superei isso.

- Fingir que não existe, não é realmente superar.

- Isso é mais fácil! - minha voz aumentou de tom sem que eu percebesse, aquela conversa estava mesmo me deixando nervosa. Dr. Michael fez cara feia pra mim - Ok - respirei fundo - Me sinto péssima, parece que as pessoas que eu consigo alcançar não são suficientes, eu preciso dessas que falam mal de mim, que me chamam de vadia, preciso dessas que a cada post que eu faço no meu Instagram desejam minha morte, preciso dessas que toda vez que eu entro no Twitter me falam que o mundo seria um melhor lugar se eu estivesse morta, preciso da atenção dessas pessoas - respirei fundo mais uma vez, eu queria chorar - Preciso que elas gostem de mim, preciso que elas vejam que eu não sou tão ruim, que eu não sou perfeita, mas que eu não faço nada intencional para prejudicá-las. Será que dá pra elas verem isso?

Eu já estava soluçando, não consegui aguentar. Era mais de 4 anos guardando aquilo pra mim mesma, tentando sufocar uma dor, um medo que eu nem sabia onde estavam e nem como acabar com eles, só sabia que eu precisava esconde-los o mais fundo que eu podia.

- Eu só queria que elas me entendessem e que elas não ficassem brava comigo. Quero pedir por favor que não fiquem chateadas. Eu tento agradar a todos, mas é impossível - tossi um pouco e tentei conter as lágrimas, Dr. Michael me entregou um lenço - E é por isso que eu finjo que não vejo nada disso - apontei para o meu rosto - Porque sempre que me permito ver, me sinto horrível, sinto que não sou suficiente, que eu não tento o tanto que eu deveria tentar...

- Você é incrível, Beyle. E só de você chorar, de você mostrar algum sentimento por esses comentários mostra o quão sentimental e verdadeira você é consigo mesma. Isso é maravilhoso - dei um sorriso fraco - Você está certa em não ficar atrás dessas informações, mas está errada quando as vê e se abala com isso. Esses comentários não deveriam te abalar. Eles simplesmente deveriam te mostrar que você é humana e que você não é perfeita e que graças a Deus você não agrada todo mundo - dei risada - Você precisa se ver desse modo e que se algumas pessoas falam que você merece morrer isso te mostra que algumas pessoas são ruins e invejosas e que o dobro dessas pessoas te amam ou nem ligam para sua existência. Então, essas pessoas ruins não importam pra ninguém.

Sorri.

- Vou trabalhar nisso.

- E eu quero ver os resultados - sorri para ele.

- Você disse que tinha umas coisas? Era só isso? Você só queria me fazer chorar mesmo?

- Não, temos que tratar do seu ex também.

- Qual ex? 

- O famoso - dei uma risada fraca e me sentei mais confortável no sofá.

- O que vamos falar sobre ele?

- Eu tenho outra coisa pra te mostrar.

- É? - ele pegou o tablet e mexeu em algumas coisas e me entregou com mais um vídeo.

- Hoje estamos cheio dos vídeos - falei sarcástica, mas sem maldade.

Dei play no vídeo, franzi o cenho assim que vi Justin no palco, o vídeo tinha legenda, porque a gritaria era tanta que mal dava pra entender o que ele estava falando. Meu coração estava tão acelerado por estar vendo ele novamente, mesmo que fosse na tela de um tablet.

- Hoje eu queria pedir pra que vocês orassem pelo meu amor - minha respiração ficou desregular, eu estava me sentindo mole - Ela não está bem, eu tenho tentado contato, mas ela está internada - Justin soluçou. Meu coração afundou no meu peito quando escutei aquilo, ele estava preocupado comigo - Mas ela está bem, está se recuperando e quero que orem por ela, de verdade. Eu amo você, Beyle, amo muito, baby bey.

Então ele começou a cantar So sick, do Ne-Yo. Eu já estava chorando, claro. Justin era a pessoa mais especial que eu tinha e a ÚLTIMA coisa que eu queria é que ele sofresse por isso. Eu o queria bem, mas primeiro tinha que ficar bem para ir atrás dele.

- Onde você arrumou esse vídeo? - perguntei, limpando minhas lágrimas.

- Foi em um show, todo mundo só sabe falar sobre isso agora. Hoje você não fez sua busca matinal sobre você? - tentei me acalmar e limpando as lágrimas que ainda insistiam em cair.

- Não, já tem uns três dias que eu não procuro nada.

- Isso é bom, quer dizer que você está se livrando disso e está sabendo encarar o problema - sorri, não muito feliz em saber que Justin estava triste.
E eu estou tão cheio de músicas de amor Tão cansado de lágrimas Tão acabado, com o desejo de que você estivesse aqui

“Eu estou tão cheio de músicas de amor,

Tão triste e lento

Então por que eu não consigo desligar o rádio?”

(...)

- Então, o que você de bom faz aqui? - Taylor perguntou tomando um pouco do seu chá gelado.
Em dois dias eu sairia da clínica. Agora estava tudo bem, meu psicólogo era bom, sabia extrair todas as minhas frustrações e tristezas, até as mais profundas. Eu me sentia preparada para enfrentar o mundo, para enfrentar qualquer um que me dissesse o que fazer. Eu só queria ser eu mesma, com toda a sinceridade que eu podia mostrar. Eu me sentia forte e eu já não me sentia assim há muito tempo.

- Eu leio - ela sorriu, revirando os olhos, era típico eu fazer aquilo - Malho, também toco piano. Tem um piano em uma das salas, sabia?

- Eu vi quando entrei. Fico feliz que você esteja praticando, quando eu lançar meu álbum, você vai tocar piano em um dos meus shows.

- Claro - ri - Só falta um pouco de coragem.

- Ah, qual é? Você já fez isso muitas vezes, sei que ficamos nervosas, sempre. Mas você sabe que pode fazer isso.

- É, vamos ver - dei de ombros.

- O que vamos fazer no seu aniversário? - perguntou, dando um gritinho, animada.

- Eu não sei ainda, não sei se quero fazer alguma coisa - ela fez careta.

- Claro que você vai! Você vai fazer 21 anos, Bey. Temos que comemorar - revirei os olhos e dei risada. Ela encheria meu saco, até que eu dissesse sim a ela.

- Tá bom - suspirei - Vou pensar em algo.

- Se eu fosse você, faria a maior festa que Hollywood já viu, seria para marcar a minha volta.

- Vou pensar, já falei. Talvez eu faça uma festa mesmo - ela bateu palmas, animada.

- Vai ser maravilhoso!

(...)

E eu enfim tinha saído daquela clínica. Os paparazzi estavam loucos atrás de mim e eu meio que estava tentando não me importar com aquilo. No dia em que sai, havia helicópteros sobrevoando monha casa e eram paparazzi. Não me surpreendi, porque as vezes eles faziam aquilo. Kylie estava comigo e Khloé havia me visitado mais cedo. Havia apenas três dias que eu tinha saído, então era tudo muito recente ainda.

- Como está as maquiagens? Vi algumas fotos no Instagram e vi os lançamentos quero tudo - ela sorriu e ficou vermelha. Kylie era muito vergonhosa, mesmo que as pessoas não pensassem isso.

- Eu trouxe pra você, tá no carro.

- O que? - dei um gritinho - Que bom! Vou usar na minha festa, amei o Dead Of Knight e o KyMajesty. Você é tão criativa com esses nomes - rimos.

- Mas não é fácil - ela revirou os olhos como sempre faz - Eu fico super ansiosa com esses lançamentos, pensando o que as pessoas vão achar.

- Sei como é - balancei a cabeça levemente - As pessoas sabem ser cruéis.

- E como sabem - ela arregalou os olhos - E como está os preparativos para festa?

- Você vai nas duas, não vai? - fiz cara de piedade.

- Claro, vai ser a festa mais badalada de Los Angeles - sorri, revirando os olhos.

- Mas ainda está uma bagunça. Hope está cuidando dos preparativos pra mim, mas ainda estou definindo algumas coisas - ela fez um sinal de positivo de leve com a cabeça - A festa que vou fazer só para os mais próximos está ok, porque não são muitas pessoas, no máximo umas 20. Mas a outra - respirei fundo - Não sei como vou fazer.

- É, é barra fazer festas assim, mas é ótimo ser o centro das atenções.

- Ah, claro - gargalhamos.

- Vai ter algum convidado especial nessa festa? - franzi o cenho.

- Oi?

- Não se faça de boba, Bey.

- Não entendi sua pergunta.

- O Justin vai? - mordi o lábio inferior.

- Hã, não sei - respirei fundo, de repente o ar parecia ter acabado - Eu o convidei, mas não tenho certeza se ele vai aparecer.

(...)

1 semana depois.

Minha festa particular estava rolando. Estavam na minha casa. Havia no máximo 30 pessoas, só as mais próximas mesmo. Eu não queria chamar muita atenção, apenas com a festa que faria daqui dois dias, mas não deu muito certo. Tive que colocar tendas no quintal do fundo, para os paparazzi não conseguirem muitas coisas. O helicóptero havia sobrevoado aqui o dia todo, eu não conseguia me livrar deles. Mas pelo menos tudo estava ocorrendo bem.

- Parabéns, Bey - Khloe gritou no meu ouvido, ela estava um pouco alterada, mas por enquanto estava se controlando.

- Obrigada, KoKo.

- A festa está maravilhosa - Kendall também me abraçou - A propósito joyeux anniversaire.

Sorri.

- Merci, madame - rimos. Estávamos tentando aprender a falar francês. Então sempre que nos víamos, conversávamos alguma coisa em francês.

- Fiquei sabendo que alguém estava ficando mais velha, eu não podia perder isso.

- Zayn! - gritei e corri em sua direção. O abracei dando pulinhos de alegria - Não acredito que você veio.

- Acredite, eu o forcei - o soltei e abracei Gigi.

- Que bom. Eu estava com tanta saudades de vocês - abracei os dois mais uma vez.

- Seu presente está com sua assistente.

- Obrigada. Estou muito feliz que vocês vieram.

- Eu também. Eu não lembro de ver tantos carros naquela garagem, acho que vou ter que dar uma voltinha em uma daquelas Ferraris.

- Pode escolher estão com Kendall e Kylie o pessoal. Acredite, elas são milionárias - falei baixinho e eles riram.

- Aposto que sim, as reconheci daquele reality show, como é mesmo - Zayn franziu o cenho - Ah, Keeping up with the Kardashians.

Revirei os olhos sorrindo.

- Boa noite, pessoal - Taylor falou no microfone e todos gritaram. Claro que ela se certificou de ajudar Hope em toda organização da festa. Eu não podia reclamar de nada.

A decoração era toda em preto e branco, que por sinal eram uma das minhas cores preferidas. Haviam todas as bebidas variadas e bartenders, garçonetes e todo um buffet de comida sofisticada. Mas também colocaram fast-food, simplesmente porque eu era viciada em McDonalds. Haviam mesas bem decoradas para as pessoas sentarem, sofás e pufs. Meu jardim estava todo decorado com luzes de natal e haviam lustres nas tendas. Na área das comidas estava tudo muito iluminado, mas no resto, o ambiente não tinha muita luz, para dar um ar mais sensual, eu acho. Havia uma pista de dança, com luzes e Dj, que ficava perto do palco, onde Taylor fazia um discurso, como sempre.

- Eu quero que a mulher mais sexy daqui, aquela de preto com uma bebida na mão, venha até aqui - sorri, envergonhada. Taylor era mestre em me envergonhar.

Eu estava com um look todo preto, pra variar. Estava com um vestido preto de seda, bem fininho, parecia até uma camisola, mas eu precisava ser sexy. Qual é, era meu aniversário de 22 anos! Estava de scarpin também preto, meu vestido era bem curtinho, mas eu não me importava. Meu cabelo estava solto, e eu estava usando brincos pequenos de diamantes que a própria Taylor havia me dado e uma chocker também de diamantes. Minha maquiagem era bem discreta, apenas o batom destacava. Era o Mari Jo K, da Kylie. Os batons dela, eram maravilhosos.

- Nunca vi mulher mais sexy - Taylor repetiu e revirei os olhos - Então galera, todo mundo sabe que essa velha aqui está fazendo 22 anos, então precisamos cantar parabéns pra ela. Todos levantando as taças de champanhe e 1, 2, 3.

Então todos começaram a cantar parabéns pra mim. Fiz snap e uma dancinha, claro. Mas eu ainda não havia me acostumado a não bater palmas quando cantam parabéns e eu sempre bato e parei de me importar, porque eu sempre pagava mico por causa disso. Quase todos estavam fazendo snap, Hope subiu no palco com um bolo. Fiz meu pedido e soprei as velas. E todos gritaram sem parar. Taylor começou a cantar 22, porque eu a implorei que cantasse essa musica manjada. Ri e cantei algumas vezes com ela. Depois Wiz Kalifa subiu ao palco e começou a fazer seu show. Claro que as meninas tinham contratado um rapper. Depois de ficar um pouco no palco com ele, vi Hope me chamando na entrada da pista de dança, cumprimentei algumas pessoas pelo caminho, até chegar a ela. Ela me abraçou e falou no meu ouvido:

- Ele está aqui - minhas pernas no mesmo estante bombearam. Me separei dela.

- Onde? - perguntei. Eu mal conseguia pensar. Achei que ele não viria nunca.

Ela apontou para onde Lil Za, Major e Jhonny estavam. A encarei, depois balancei um pouco a cabeça.

- Fica calma - ela segurou minha mão, rindo - Você precisa ver a sua cara quando o vê, parece uma adolescente apaixonada.

- Vai se ferrar, Hope.

- Olha aí, até sua mão está gelada.

Soltei a minha mão da dela.

- Vou até lá.

- Vai com calma e espera entrar em um quarto até você arrancar a roupa pra ele.

Não consegui não rir, mostrei o dedo pra ela e fui até ele. Justin estava de costas pra mim, então não tinha me visto ainda. Coloquei a mão em seu ombro e sorri.

- Oi, pessoal - eu estava nervosa pra caralho, parecia que eu iria conhece-lo naquele momento. Seu corpo ficou rígido no mesmo instante, eu queria morrer ali. Por que eu tinha que estar tão nervosa.

- Hey, Bey - Lil Za me abraçou, depois me desejou feliz aniversário, eu estava com saudades dele. Falei com todos e encarei Justin. Ele foi o único que não falou nada.

- Oi - falei pra ele. Justin simplesmente me abraçou e ficamos assim um bom tempo. Eu estava com muita vontade de chorar e sabia que se eu falasse qualquer coisa, iria desabar. Era só que eu estava com tantas saudades que o sentimento não cabia dentro de mim.

- Você quase me matou do coração, nunca mais faça isso comigo - me separei dele, mas ele entrelaçou nossos dedos.

- Eu estava com saudades - sorri fraco, com os olhos cheios de lágrimas e beijei o rosto dele.

Ficamos parados, apenas olhando um para o outro, parecia que o mundo inteiro havia desaparecido e existia apenas nós dois.

- Beyleeeeeee - Matheus gritou no microfone, me assustando. Me virei para o palco, ainda segurando a mão de Justin. Passei a mão no canto dos meus olhos para que qualquer vestígio de lágrimas sumirem. - Venha aqui! Já!

Matheus já estava alterado o bastante, eu sabia que se não fosse lá ele continuaria o show de horrores. Dei de ombros para Justin e soltei sua mão, pressionei minhas duas mãos. Fui até o palco, nervosa. Matheus podia ter esperado mais um pouco.

- Você está muito gostosa hoje, meu Deus - todos gargalharam - Como seu ex-namorado e melhor amigo - algumas pessoas o vaiaram outras gritaram. Agora eu queria gargalhar da cara dele. Matheus estava fora de si - Sei que mereço escutar sua voz hoje, cantando - fiz que não com a cabeça - Anda - falou todo enrolado, ele estava muito bêbado - Não me faça implorar.

- Eu não quero - ri - Você é doido.

Ele começou a gritar e agitar os braços:

- Canta! Canta! Canta! - e todos começaram a gritar. Olhei pra Taylor e ela apontou a para o microfone e fez cara feia. Tomei o objeto da mão de Matheus.

- Tudo bem, tudo bem, mas só uma música - todos gritaram. Fui até o Dj e falei a melodia que ele tinha que colocar pra tocar.

Então os primeiros toques de Halo da Beyonce começaram a tocar. Matheus ficou perto de mim e me abraçou pelos ombros, ri dele, mas comecei a cantar. Eu amava aquela música. Olhei pra onde Justin estava e ele havia sumido, franzi o cenho mas continuei a cantar. Kylie e Tyga, Gigi e Zayn estavam dançando juntos o que era fofo e de dar inveja. Terminei de cantar a música e todos gritaram, Matheus ainda continuava no palco.

- Mais uma, mais uma! - todos a começaram a gritar, comecei a ficar ansiosa, queria saber onde Justin estava.

- Eu não consigo, gente - Matheus tomou o microfone da minha mão.

- Mentirosa! - ele gritou, fazendo todos rirem e alguns tamparem os ouvidos - Mas tudo bem, você já fez seu showzinho particular hoje - ele segurou meu rosto com força e me deu um selinho - Vá se divertir, vadia - e deu um tapinha na minha bunda, fiz cara feia - Dj solta o som.

Assim que desci do palco comecei a procurar por Justin. Mas eu não o achava. Ele só podia estar com Kendall ou com os meninos e ele não estava com nenhum dos dois. Bufei e fui até Hope.

- Não consigo achar o Justin - murmurei.

- Acabei de vê-lo na cozinha, acho que estava saindo.

- Saindo pra onde? - perguntei, assustada.

- Indo embora, Bey. Ele estava falando com aquele Lil Za na cozinha, não parecia feliz. Não prestei muita atenção, na verdade.

Fui o mais rápido que pude até a cozinha, mas Justin não estava lá, caminhei pela casa para ver se o encontrava, fui primeiro nos banheiros do andar de baixo, mas não o encontrei. Fui até a sala de estar e ele estava lá, se despedindo de Hailey e Madison. Revirei os olhos. Hailey tinha vindo com Kendall e eu resolvi não falar nada, sempre estaríamos perto uma da outra, já que tínhamos o mesmo ciclo de amigos.

- Justin - o chamei. Ele se virou e fez cara feia, Hailey e Madison passaram por mim e Madison me deu um beijo no rosto, sorri pra ela e fui até ele - Onde você está indo?

- Embora - ele falou, como se fosse a coisa mais simples. Nós nem tínhamos conversado.

- O quê? - balancei a cabeça, confusa - Por quê?

Ele não me respondeu, apenas ficou de cara feia. Caramba, eu não estava entendendo nada.

- Você pode me responder? - perguntei.

- Eu to cansado e tenho que viajar amanhã cedo, então é melhor eu ir.

- Sem se despedir?

- Beyle, eu só estava indo, depois te ligaria.

- Eu ficaria muito chateada.

- Mas depois você me perdoaria - revirei os olhos, ele estava começando a me estressar.

- Tudo bem, tchau! - falei e fui um pouco grossa, mas não me importei. Virei as costas e subi as escadas, eu já tinha me cansado dessa festa. Escutei Justin falando para os meninos "podem ir, agorinha eu vou” e escutei seus passos apressados subindo as escadas.

- Bey, - ele me chamou, virei no corredor e entrei no meu quarto, mas deixei a porta aberta - Beyle, qual é, vai ficar irritadinha agora?

Ele entrou no quarto e parecia grilado de verdade. Tirei minha chocker e revirei os olhos.

- Você não estava indo embora? Do nada você resolveu ir embora - ele ia se manifestar, mas aumentei o tom da minha voz - E não venha me falar que você tem uma viagem amanhã que eu não caio nessa.

- Mas é a verdade.

- Aí, Justin - me virei para ele - Então vai embora.

Comecei a tirar meus brincos e prendi meu cabelo em um coque frouxo. Tirei os saltos e coloquei no closet. Ele sentou-se na beirada da minha cama e ficou me olhando. Fui até a porta do quarto e a fechei, iria trocar de roupa.

- Você e aquele cara agora se beijam?

- Que? - me virei para ele. Justin estava de cara fechada e eu sabia que ele não iria repetir a pergunta. Comecei a rir compulsivamente - Você tá falando do Matheus? Ah pelo amor de Deus, ele tá bêbado.

- Desde quando isso é desculpa?

- Fala sério, Justin, tem dó!

- Eu vim aqui pra ver você, pra ficar com você e chego aqui e vejo uma cena daquelas. Sério mesmo, Beyle, eu vou quebrar aquele cara.

Gargalhei.

- Eu não to acreditando que você tá com ciúmes do Matheus - me aproximei dele e o empurrei na cama, fazendo o se deitar, sentei no colo ele e vi sua respiração ficar mais rápida - Eu e o Matheus somos só amigos - abaixei até o seu ouvido - Relaxa. Você ainda vai ficar?

Ele balançou a cabeça.

- Eu sempre fico.

Continua...