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História Like Air - It's time to fly


Escrita por: adcstefania

Notas do Autor


Ai vai mais um capítulo para vocês!

Boa leitura.

Capítulo 7 - It's time to fly


 

duas semanas depois

 

O final do semestre estava me matando, e me deixando completamente ocupada. Eu não estava com tempo nem para respirar direito. A uma semana não vejo Lexa, ela teve que viajar para algum tipo de reunião de professores, em Nova Iorque. 

Eu estava em minha mesinha de estudos no meu quarto, eram quase meia noite. Minha dissertação deveria está pronta na segunda, e eu nem tinha iniciado, para ser sincera não sei nem por onde começar. Olhei pro calendário na torcida de que hoje ainda fosse Quarta, mas já era Sexta, então fiquei ainda mais nervosa. O Aniversário de Lexa era na Terça! Ai meu Deus! O que eu farei? Apoiei minha cabeça em cima do monte de livros, quando ouço meu celular tocando em algum lugar do meu quarto. Com um salto saio procurando-o em todos os lugares, acabo o achando debaixo da cama, "Ótimo lugar para guardar um celular Clarke" falei para eu mesma. 

- Alô? - Atendi sem olhar quem estava ligando, e meu coração acelerou ao ouvir aquela voz irreconhecível
- Ei pandinha, pode abrir a porta? - O QUE? Meu coração pulou fiquei ali parada - rápido antes que alguém me veja.
- O que você faz aqui? - Puxei-a para dentro do quarto trancando a porta logo em seguida. 
- Surpresa! Vim te ver. - Lexa parecia animada, e eu cem por cento nervosa. 
- Quando você voltou da viagem? Por que não me ligou? Eu teria ido à sua cas...
- Ei ei! Calma! Ninguém me viu chegando aqui. - Ela se aproximou de mim. - Senti sua falta. 
- Eu também senti. - Cruzei os braços - mas você não respondeu minha pergunta.
- Ah. Cheguei agora, e como sabia que você não poderia sair do dormitório essa hora, resolvi fazer uma surpresinha, não gostou?
- Claro que gostei sua boba. Mas é perigoso. Você é louca sabia? 
- Louca por você? Sim, isso eu já sei. - revirei os olhos e ela apenas riu em resposta.
- Preciso de ajuda. Estou ficando louca. - soltei o ar pesado
- Ajuda em que? 
- Com a minha dissertação. Não sei como começar! 
- Eu posso ajudar com sua dissertação, modéstia parte sou muito boa no que faço. - A morena me lançou uma piscadinha, e eu ruborizei com certeza.
- Pode começar a me ajudar amanhã então? É pra Segunda. 
- Posso. Pode ser na minha casa. - ela se aproximou mais um pouco de mim - Aliás, quero te sequestrar pra lá, agora mesmo. - sussurrou acariciando minha bochecha.
- E se alguém nos ver saindo? Não. não, muito arriscado. 
- Clarke, para de ser frouxa! - Me desafiou 
- Não sou frouxa! 
- Prove então. - Quando ela disse isso, puxei ela pela cintura com força trazendo seu corpo para colar ao meu, e comecei a beijá-la, um beijo quente e delicioso, pude sentir na sua pele que ela tinha ficado em um estado vulnerável, pedi passagem com a língua para poder ir de encontro a dela dentro de sua boca.
- Clarke...
- Shhhhh.
- Aqui não. - Ela me afastou, me deixando com o desejo de tê-la a flor da pele.  

[...]

Na manhã seguinte, acordei com Titus me lambendo, eu adorava aquele cachorro. Olhei ao redor e vi que Lexa já havia descido, fiz minha higiene matinal e desci as escadas direto pra cozinha. E lá estava a imagem da mulher mais linda do mundo, Lexa estava com um coque bagunçado e usava seus óculos de descanso, e estava vestida apenas por uma camiseta e uma calça jeans pouco surrada. Sorri com aquela cena.

- Bom dia. - Falei com a voz ainda sonolenta. 
- Bom dia pandinha, pronta pra aula particular?
- Que aula? - Perguntei confusa. 
- Pra sua dissertação. - Ela ergueu uma de suas sobrancelhas
- Ah sim, eu havia esquecido. - peguei uma xícara e coloquei um pouco de café - Estou pronta. 

Ok, há a percepção e a realidade. Percepção é a confluência destas duas correntes. Há a sensação, o que você sente, e a cognição, o que você sabe. 

Lexa iniciava sua explicação, e eu anotava tudo com atenção no meu caderno de notas. Titus estava deitado no meu colo, me pedindo carinho. Enquanto acariciava os pelos de Titus com uma mão, escrevia tudo que Lexa dizia com a outra. 

Pode apresentar o quadro com apenas a realidade, fatos sobre formação educacional, ou pode orientá-los da forma que pretende que seja entendido. Uma imagem ambígua leva-nos para uma multiplicidade de interpretações, em um nível de percepção. 

Precisa ter certeza. A sua dissertação é inequívoca. Transmita-lhe que é a única que merece isso, não basta dizer, "Eu fiz uma coisa", "Eu fiz ela com categoria". Diga-lhes antes o quanto sente sobre isso, tome notas disso e preencha os espaços em branco. Já viu alguma vez uma dessas fotografias que são compostas por duas imagens que estão bem combinadas que não consegue realmente dizer par qual delas está olhando? Não deixe que a sua dissertação seja assim, diga-lhes exatamente para qual eles estão olhando. Qualquer coisa a menos estará deixando uma brecha aberta, e lá se vai sua bolsa de estudo.

Lexa era tão inteligente e sabia exatamente o que falar sobre qualquer assunto, eu a admirava. Depois de sua explicação, resolvi voltar para o dormitório e trabalhar o resto do Sábado e do Domingo sozinha, me dedicar apenas nisso, e tentar formular uma boa dissertação. 

Me concentrar não seria uma missão tão impossível assim, escrever era a questão. Eu nunca fui boa com redação quando era necessário fazer, ou escrever algum artigo. A única coisa em que eu realmente era boa, era decorar os roteiros quando eu trabalhava na TV. 

[...]

Acordei com o despertador tocando e fazendo um barulho ensurdecedor, já era Segunda. E eu já estava nervosa, não para entregar a dissertação dessa vez, e sim por que amanhã é o aniversário de Lexa, e eu ainda tenho que providenciar o meu presente.

Depois que cheguei no Campus, fui direto para a biblioteca, Lexa havia dito que estaria lá e daria uma olhada no meu texto antes de ser entregue ao professor.

- Bom. Está realmente bom. - Ela falava enquanto lia. - É um bom começo, dê uma revisada no último parágrafo. Ele precisa ser um pouco mais claro.
- Okay. - Peguei o papel de volta e comecei a ler, revisando o que poderia ser melhorado. Mas não consegui me concentrar. 
Lexa estava escrevendo algum tipo de artigo, e tinha muitos livros abertos ao mesmo tempo na mesinha da biblioteca. Fiquei curiosa.
- Lexa?
- Sim? - Ela não tirou os olhos do que estava fazendo
- Qual é o assunto do seu artigo?
- Umas coisas chatas. 
- Que tipo de coisas chatas? 
- Isso é pro fórum da psiquiatria. - respondeu
- Tipo o que? - Lexa parecia concentrada e eu deveria estar atrapalhando, porém não me controlei. - Lexa? 
- Bem, é baseado na teoria da reversão da auto-negação.
- Nunca ouvi falar  disso. O que é a reversão da auto-negação? 
- Sabe o que é a negação, certo? - Ela agora me olhava curiosa.
- Sim. 
- É como, se negasse a você mesma algo por tempo suficiente, por qualquer razão auto-imposta, e no momento em que é confrontada com qualquer imposição esterna real, vai querer fazer voluntariamente aquilo que estava se esforçando tanto para não fazer. 
- Escreveu até isso aí? 
- Não. Vem cá, sente-se aqui. - ela levantou de sua cadeira, fastou seu material e indicou que eu sentasse sobre a mesa. 
- Pra que? 
- Porque vou te demonstrar a teoria, do que estou falando. 
- Está bem. - falei enquanto sentava sobre a mesa. 
- Lembra de que quando fazemos sexo, você está quase sempre muito silenciosa? - Ela disse baixinho, ficando no meio de minhas pernas. 
- Isso é um problema?
- Não. Eu só estava imaginando o porque, só isso. É tão silenciosa quando não tem que ser, vamos ver se consegue ser silenciosa quando tem absolutamente que ser. - quando ela disse isso, começou a abrir o zíper da minha calça jeans. 
- Está louca? Para! 
- Segure-se na mesa. Confie em mim, vai precisar disso. - Então ela penetrou dois dedos direto em mim, me deixando molhada instantaneamente. Tentando controlar os meus gemidos, segurei com força na mesa.
- Shhh, não vai querer que te escutem né? - Sussurrou em meu ouvido. A biblioteca estava um pouco vazia, e onde estávamos era um pouco distante de todos, tinha umas três prateleiras à nossa frente. 

Enquanto Lexa continuava o que estava fazendo, ouvimos alguém se aproximando. Ela se afastou de mim com rapidez. 
- Pronto, teste provado. - Me deu um beijo na testa, brincando que sua teoria estava certa. 
- Idiota! - Empurrei seu ombro de leve, e rimos juntas. - Agora tenho que ir pra aula. 
- Boa sorte.
- Obrigada. - Corri em direção a minha sala, a primeira aula já havia terminado, não percebi que tinha ficado na biblioteca com Lexa por bastante tempo. 

No resto do dia não pude deixar de pensar no aniversário de Lexa, e na surpresa que eu já tinha em mente. 
- Ei loirinha. - Octavia me tirou dos meus pensamentos
- Oi Octavia! 
- Amanhã teremos uma pesquisa para fazer com o grupo de estudo. Vai poder ir?
- Ah, amanhã? Amanhã, e-eu não posso. - gaguejei, que desculpa eu daria essa vez?
- Por que? 
- Tenho um trabalho pendente pra fazer. 
- Ah, tudo bem então. Nos vemos por aí. - ufa! ela pareceu acreditar em mim. 

Saí do campus, e fui resolver as coisinhas que faltava para a surpresa de Lexa. Passei em uma padaria e comprei um pequeno bolo confeitado, e comprei uma velinha para colocar em cima. Lexa não parecia ser uma pessoa de que comemorava seu aniversário com frequência, aliás, não parecia ser uma pessoa que gostava de fazer isso, era tão reservada com esse tipo de coisa. Eu não iria fazer uma festa, até por que as pessoas iriam estranhar uma aluna dando uma festa de aniversário para uma professora certo? Eu quero apenas comemorar sozinha com ela, e quero que ela saiba o quanto é importante para mim. 

Quando cheguei ao dormitório já era mais de 20h00, estava exausta. Tomei um banho e caí na cama, e sem demora, peguei no sono. 

[...]

- Fez o pedido? - Perguntei depois que Lexa soprou a velinha.
- Fiz! - Ela disse animada, mostrando um sorriso lindo. 
- Então, o que desejou? 
- Não posso contar! 
- Se apresse pois tenho uma surpresa para você. 
- Outra além desse bolo? - perguntou curiosa
- Sim, mas isto é uma surpresa ultra secreta, em um local secreto do governo. - Lexa me olhava intrigada, continuei - Repare que vou testar o princípio de Abigail para reduzir o medo.
- Isso é um castigo por aquilo ontem, na biblioteca? 
- De maneira nenhuma, senhorita Woods. O principio estabelece que o medo pode ser bastante reduzido pelo conhecimento do funcionamento interno daquilo que é temido. Tal como, se uma criança tem medo de monstros devemos levá-la para ver um filme de terror. Despois de ver como se fazer os monstros deixará de ter medo deles. - Lexa me olhava um pouco assustada agora - Acredite no que lhe digo, já vi isso acontecer. 
- Em que jornal isso foi publicado? 
- Em nenhum, Abigail é o nome da minha mãe. Inventei isso agora na verdade. 
- Muito bonito mocinha. 
- Ah, quase esquecia, você vai precisar colocar isso aqui! - Puxei do bolso uma pequena venda para cobrir seus olhos. 
- Porquê?
- Porque se você vir antes da hora pode tentar fugir. - Brinquei - E não queremos que isso aconteça, não é? Ok, feche os olhos. 

Sem falar nada, ela apenas fez o que eu pedi, me deixando vendá-la.
- Consegue ver alguma coisa? - Passei minha mão por frente do seu rosto 
- Não. 
- Vamos lá.

 

Quando tirei a venda dos seus olhos, Lexa ficou imóvel, olhando para o pequeno avião particular à sua frente. Estávamos em uma propriedade particular de um amigo da minha mãe, pedi emprestado seu avião para um pequeno passeio. 
- Tudo bem, co-piloto Woods, vamos começar a nossa lista de verificação. - Puxei ela pelo braço para nos aproximarmos do avião. 
- Que lista de verificação? 
- Vou te mostrar. Alí estão os pneus, tem que se certificar que todos estão corretamente cheios. E aqui, é a hélice, certifique de que é agradável e suave. - Peguei a mão de Lexa e fiz com que ela passasse-a por cima de hélice. - Sem cortes ou inchaços ou qualquer coisa assim. Verificado?
- Verificado. 
- Este aqui é motor. Está vendo se tem alguns esquilos mortos? 
- Esquilos mortos? - Lexa cruzou os braços e arregalou o olhos 
- Às vezes alguns animaizinhos gostam de rastejar lá para dentro e morar aí.  
- Ahhh. Não, nada de pequenos animais aqui. - Lexa olhava dentro do motor.
- Aqui é o tubo de Pitot. - Lexa estava parada olhando tudo aquilo, parecendo bastante assustada. - Lexa? 
- Oi? Como soletra isso? 
- P - i - t - o - t. Vem. Ele mede a pressão e a velocidade do ar. Precisa ter certeza de que está livre e desembaçado e nada está o bloqueando. 
- É, nada de esquilos mortos ai também. - Brincou a morena tentando manter sua calma.

Asas, flaps. Os flaps estão descendo. Deve certificar de que os flaps estão totalmente esticados. Eles fazem o avião ir mais devagar. Poderemos ter dificuldades ao pousar se não desaceleramos um pouco. Aqui está também o elevador, ele arremete o avião para cima e para baixo. 

- E este é o lugar do co-piloto! - corri e abrir a porta do avião para Lexa
- Legal. Terminamos? 
- Não quer ver os controles? É mais confortável do que parece, prometo. - Fiz um charme para que ela dissesse sim. 
- Ta bom, eu entro aí. - Disse se rendendo. 

Já dentro do pequeno avião, coloquei em Lexa fones de ouvido, e em mim também. 
- Ok, deixe-me voltar o interruptor da bomba de combustível e me certificar de que temos um fluxo de combustível positivo. 
- Para que precisamos de combustível, Clarke? 
- Pronta? - Olhei animada para a morena, que parecia não ter entendido ainda. 
- Pronta para o que? 
- Para a sua primeira lição de voo. 
- O que?! Agora? Não Não! 
- Confia na sua piloto? e na nossa verificação pré-voo? - Mordi o lábio animada. Peguei a mão de Lexa e depositei vários beijos carinhosos. 
- Ok.
- Foi um sim? 
- Sim. 
- Lá vamos nós. - Liguei o avião, e ouvimos a hélice pegar velocidade, fomos pela pista de voo até não sentir mais o chão abaixo dele. 

Lexa pareceu relaxar um pouco depois que estávamos no ar, mas não conseguiu soltar minha mão um só instante. Sobrevoamos um pouco baixo, e só ao redores da cidade. A morena parecia estar feliz, e só de ver a felicidade dela, meu esforço teria valido a pena. 

Já era noite, depois que chegamos a sua casa, deitamos na sua cama e ficamos olhando nos olhos uma da outra sem dizer uma só palavras, mas aquele silencio não no incomodava. Um pouco sonolenta fechei os olhos, não controlando-os. 
- Ei pandinha, já está dormindo? - Ouvi Lexa perguntar, mas não respondi nada. Continuou. - Esse foi o melhor aniversário da minha vida. Gosto tanto quando você está aqui. Eu te amo. 

Apesar de estar sonolenta demais para responder, ouvir aquelas palavras fez meu coração pular com tanta força, embocei um pequeno sorriso para ela, e senti um beijo delicado em minha testa. 

Eu também te amo Lexa.
 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, deixem seus comentários, quero saber!
Desculpem qualquer erro.

ps: aqui está o link da minha outra fanfic caso queiram dá uma olhada: https://spiritfanfics.com/historia/the-road-between-us-8329327
Bjs <3


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