han jisung era um completo bobão. um bobão totalmente apaixonado por yang jeongin. ele era tão bobo, mas tão bobo, que acabava deixando jeongin bobinho também. no fim, os dois eram dois bobos apaixonados um pelo outro.
— jisung, para com isso agora! — jeongin largou seu potinho de sorvete com a colher dentro em cima da mesa da sorveteria, cruzando os braços e olhando para o namorado com uma expressão falsamente emburrada.
— parar com o que? te olhar? impossível, bebê. — o han deu aquele sorriso que só ele tinha, mostrando aqueles dentes perfeitinhos ao seu modo, enquanto apoiava o cotovelo na mesa e o queixo na palma da mão. continuou a encarar o menor.
— besta. — mesmo conhecendo jisung há bastante tempo, ainda se sentia envergonhado quando o mais velho o encarava daquele jeito, e mais ainda quando estavam em público. embora gostasse, suas bochechas ganhavam um tom fortemente avermelhado e sentia que iria explodir em uma combinação química inflamável de paixão e timidez.
o menor abaixou o olhar, ia voltar a tomar o sorvete se jisung não tivesse pegado uma de suas mãos antes.
— eu te amo, sabia? — acariciou a pele macia da mão de jeongin com o polegar — amo tudo em você; sua voz, seu sorriso bonitinho, seu cabelinho castanho, esse seu jeitinho tímido, tudo. — deixou um beijinho no dorso da mão alheia.
— para... eu vou chorar. — o yang ameaçou, porque era sentimental o bastante a ponto de realmente sentir vontade de chorar quando pensava no quanto amava seu namorado.
— amo o seu jeitinho chorão também! já te disse que você fica lindo até quando chora? — ele continuou, deixando uma risadinha gostosa escapar, que acabou contagiando jeongin também.
— sunggie, você não existe.
jisung riu fraquinho, voltando a prestar atenção em seu sorvete de menta com pedacinhos de chocolate.
— eu também te amo, muito. — o yang continuou, todo tímido e vermelhinho, recebendo em troca o precioso sorriso do han.
os dois terminaram de tomar seus sorvetes e ficaram conversando por mais alguns minutos sobre várias coisas aleatórias; desde a escola até a última temporada de rupaul.
— quer ir lá 'pra casa? — o maior ergueu uma sombrancelha, com um olhar sugestivo apenas para provocar jeongin.
— seus pais não vão se incomodar? — o yang perguntou.
— innie, eles gostam mais de você do que de mim! claro que não vão se incomodar.
— bobo. vamos.
os dois caminharam lado a lado pelas ruas até a casa do han. no caminho, que não era muito longo, cantaram, tagarelaram e deram as mãos. qualquer um que os visse saberia que eram um casal muito feliz.
jisung encarava jeongin e o achava tão radiante quanto o sol, até mais que ele, com aquelas roupas estilosas de adolescente alternativo; moon jeans, uma blusa preta com alguma estampa que não conseguia identificar e seu all star que usava pra tudo.
enquanto isso, jeongin encarava jisung e achava que o mais velho emanava confiança. se sentia seguro andando ao lado do namorado. além do mais, também pensava que o mais velho ficava incrível com aquela blusa alguns números maior que si e a calça estilo exército.
quando chegaram, jisung puxou as chaves do bolso e abriu a porta, encontrando seus pais sentados no sofá enquanto assistiam algum filme antigo ou algo assim. era domingo, então ambos estavam de folga e aproveitariam aquilo para descansar.
— oi, filho, já voltou? — perguntou a mãe.
— já, mãe, queria que eu ficasse mais, né? — jisung brincou. — trouxe jeongin.
— jeongin, querido, como você está? — os dois mais velhos sorriram em direção ao mais novo.
— bem, tia, obrigado. — sorriu, deixando a mostra suas covinhas fofas.
— ah, o garoto que salvou meu filho. jeongin, você é um anjo. — o senhor han se pronunciou, lembrando sempre de que, desde que jisung conheceu jeongin, suas notas e rendimento escolar melhoraram o bastante para que não repetisse de ano.
jeongin sabia que o namorado não gostava daquele assunto, pois, na época, estava passando por um momento difícil e seu pai não entendia aquilo até hoje. então resolveu dar um fim naquilo.
— ah, tio, eu posso ter dado um empurrãozinho, mas jisung se esforçou muito. — os dois mais velhos concordaram.
— nós vamos subir. — o loiro avisou, já se direcionando as escadas ainda segurando a mão do namorado.
— tá bom. juízo, viu? — a mãe advertiu.
os dois mais jovens riram, jeongin por vergonha e jisung apenas por achar a situação engraçada.
assim que chegaram ao quarto do loirinho, jisung foi direto fechar as cortinas para que tivessem um ambiente mais agradável para namorar. não que fossem fazer mais do que ficar deitados e trocando beijos. o mais novo ainda achava que não estava pronto para dar mais um passo na relação e o han o compreendia totalmente.
jeongin deixou sua mochilinha na cadeira da escrivaninha, logo tirando os sapatos para ir se deitar ao lado do amado. os dois ficaram coladinhos na cama de solteiro de jisung, o yang com a cabeça apoiada no peito do namorado.
— seu coração 'tá batendo forte. — o menor comentou, se abraçando ao tronco magrinho de jisung.
— é porque eu 'tô com você. — sua voz era calma, por incrível que pareça. qualquer um que escutasse o coração do loiro diria que ele estava nervoso, mas só era apaixonado pelo garotinho ao seu lado.
— você é tão boiola, amor. — jeongin riu, fazendo alguns desenhos aleatórios com os dedos pela camisa preta que o han usava.
— por você? sou.
os dois riram e passaram a se encarar. foi questão de segundos para que os lábios de ambos os garotos se encontrassem em um beijo lento e cheio de sentimentos, onde mataram toda a saudade que sentiam um da boca do outro. jeongin provando o gostinho refrescante de menta do sorvete que jisung tomou e o mais velho sentindo o gostinho azedinho do sorvete de morango que jeongin escolheu. era uma combinação incrível, no fim das contas.
terminaram o ósculo com alguns selinhos, jisung fez uma trilha deles até o pescoço do yang, aproveitando para se embriagar com o perfume docinho - porém nem um pouco enjoativo - do namorado. jeongin se arrepiou, deixando uma risadinha escapar.
e os dois passaram o resto da tarde assim; agarradinhos, trocando beijos apaixonados e carinhos.
porque jeongin nunca se cansaria de amar jisung e se derreter por ele, assim como jisung nunca se cansaria de amar jeongin e se derreter por ele.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.