1. Spirit Fanfics >
  2. Like The Sea >
  3. 1T: I Bet Made I

História Like The Sea - 1T: I Bet Made I


Escrita por: Annie_215

Notas do Autor


Oi gente!
Espero que gostem e boa leitura!
<3

Capítulo 5 - 1T: I Bet Made I


Fanfic / Fanfiction Like The Sea - 1T: I Bet Made I

 

"Don't challenge the waters.

For even the mildest tide

can destroy everything it touches."

 

A movimentação no navio estava calma. Ao longo do dia, Perseu ficou observando os piratas para se distrair. Ele se surpreendeu ao ver que os criminosos não agiam grotescamente uns com os outros, brigando ou ofendendo. Muito pelo contrário, a tripulação de Annabeth Chase parecia ser estranhamente pacífica entre si. Eles agiam com a seriedade de oficiais da marinha, mas com...algo mais. Familiaridade, humor, diversão.

Ou Perseu estava apenas alucinando e criando fantasias dentro de sua mente. Talvez os criminosos estivessem apenas fingindo se aturarem e na verdade se odiassem, ou odiassem sua capitã.

O sol se punha novamente, e o calor estava menos intenso do que no dia anterior. Os ingleses puderam andar livremente pela embarcação, mas Annabeth fora muito clara caso mais algum deles tentasse se impor contra os piratas ou especificamente contra ela.

“- Eu não gostaria de presenciar alguma morte no convés, mas não irei hesitar caso essa seja a única opção.”, dissera a loira.

Então, realmente assustados com as palavras da mulher, os oficiais da Coroa preferiram se manter juntos em um dos cantos do convés principal, tentando se distanciar ao máximo daqueles piratas singulares.

Ainda assim, Percy não tirava os olhos da capitã em nenhum momento. Quem observasse a cena de fora acharia que ele estava hipnotizado pela loira de olhos acinzentados.

O moreno percebeu que ela gostava de assumir o timão do navio. Ele contornou a extensão do corpo dela com o olhar, aquela postura relaxada, mas ao mesmo tempo alerta. O semblante de Annabeth era calmo, com seus olhos varrendo o deque, atentos a qualquer movimento.

- Barco á vista! – O grito do pirata que estava no alto do mastro ecoou no convés. A loira olhou imediatamente para o mar e deixou o timão de lado.

O moreno virou o rosto e avistou outro navio se aproximando. A embarcação era menor em comparação ao navio da marinha inglesa, mas não deixava de ser amedrontadora. As velas eram roxas e bandeira que se erguia em seu mastro era negra, com apenas uma caveira branca e desgastada marcada no meio.

Piratas, novamente.

Perseu Jackson mordeu a língua para não gritar a ordem de trazerem os canhões. Aquilo se tornara um hábito seu: sempre mandar disparar caso vissem algum navio pirata. Mas então se lembrou que não estava mais no comando de seu próprio barco. E que estava rendido por piratas também.

Todos olharam para o  navio que se aproximava mais a cada minuto. Os criminosos olharam para a sua líder, aguardando a sua ordem, já os homens da coroa estavam apreensivos.

- Você não vai fazer alguma coisa? – O capitão gritou, se irritando com a falta de atitude de Annabeth.

A loira se voltou para ele, e Perseu percebeu que aquele não era um bom momento para conversas. Os olhos dela denunciavam toda as suas emoções, com o cinza claro se transformando em nuvens escuras de tempestade. O que quer que fosse, parecia que o poder escondido dentro delas poderia afundar toda a frota londrina de uma só vez.

O capitão poderia não admitir, mas ficou assustado quando fitou aquelas íris.

- E o que sugere que eu faça, capitão? – A loira perguntou com a voz seca, detestando ser contestada.

- Use os canhões!

Todos no navio olhavam para os dois, esperando as próximas palavras.

Annabeth andou na direção do capitão e todos lhe deram passagem, inclusive os ingleses.

- Um pirata que possua honra nunca ataca outro pirata. Não dessa forma covarde. – Ela disse, ficando perto demais.  

Percy franziu o cenho. Um pirata que possua honra? Piratas não possuíam honra alguma, eles eram a escória dos oceanos e poluíam o mar com seus crimes. Definitivamente, não eram honrados.

A loira se virou de costas e andou para longe dele, se escorando na borda do navio e apenas esperando pela outra embarcação.

Quando o moreno ouviu as vozes graves e os gritos guturais que vinham do outro barco, ele percebeu que aqueles piratas eram muito diferentes dos que estavam no convés com ele.

Enquanto todos se deslumbravam com o outro navio, Annabeth se mantinha com a mesma expressão neutra. O capitão presumiu que ela conhecesse os piratas que em breve estariam ali. E ele estava certo em relação a isso.

Cordas penderam do outro barco, que logo já estava encostado no lado livre da embarcação inglesa. Piratas começaram a deslizar por elas e novos rostos apareceram no convés.

O deque começou a se encher.

Perseu se sentiu desconfortável com a penumbra que se alastrou por seu navio. Com duas outras embarcações em cada lado, a luz do sol poente tinha muito pouco espaço para se infiltrar, deixando apenas alguns raios de luz dispersos.

Os piratas de Annabeth se posicionaram ao lado dos homens de Perseu, que tentaram se distanciar mais ainda deles.

Percy olhou novamente para a loira, começando a se apavorar pela quantidade de homens desconhecidos que começavam a pisar no seu convés. A tripulação de Annabeth podiam ser considerada  angelical em comparação á outra.

Os outros piratas possuíam olhares insanos, com um aspecto mais bestial do que qualquer outro pirata que Perseu já vira. E ele sabia que, diferentemente da tripulação da loira, aqueles criminosos não seriam tão piedosos caso resolvessem atacá-los.

Uma das cordas balançou novamente, e uma figura que trajava uma belo manto roxo deslizou por ela. Seus pés se fixaram na madeira do deque, e finalmente Perseu percebeu que se tratava de outra mulher.

Ela tinha uma estranha semelhança com Annabeth: o mesmo olhar severo e enigmático, a mesma expressão dura, talvez um pouco irônica, e a mesma postura desafiadora. Seus cabelos eram escuros, e pele era um pouco bronzeada. Seus olhos eram negros como a mais escura das noites.

Percy olhou para o navio dos piratas desconhecidos e constatou que não sobrara nenhuma pessoa ali. Todos estavam no convés inglês. Três tripulações estavam no seu navio, sendo que duas delas eram compostas por piratas. Aquilo estava sendo um verdadeiro pesadelo.

Os piratas se encaravam como cachorros demarcando seu território. O moreno olhou novamente para Annabeth, e engoliu em seco ao ver que ela e a outra mulher se encaravam com uma intensidade ameaçadora.

- Vejam isso, homens! - A pirata desconhecida chamou. - Finalmente nos encontramos novamente, não é loirinha? – E riu. Seus tripulantes a acompanharam.

- Saia do meu navio. – Annabeth ignorou a fala anterior.

Percy resmungou. O navio era seu, não daquela loira. 

- Isso vai ser muito divertido... - Ele ouviu um dos piratas sussurrar.

A pirata que vestia o manto roxo não desmanchou o sorriso.

– Eu a deixo tão desconfortável assim? – Ela perguntou.

Dessa vez, foi a loira quem riu. O som pareceu o crocito mórbido de um corvo.

- Você? Eu não me permito sentir alguma coisa na sua presença. O que me deixa desconfortável é o cheiro de peixe podre que você exala. – Annabeth retrucou, fazendo seus piratas gargalharem.

A outra mulher se remexeu, seus homens estavam calados.

- Você acha que pode me insultar? Eu tenho que lembrá-la do que fiz com você na última vez em que agiu assim? – Ela cruzou os braços.

Todos ficaram em silêncio, as risadas sumiram e o único som se tornou o das ondas do mar batendo contra o casco do navio. Annabeth fechou a expressão e cerrou os punhos. Seus olhos ficaram ainda mais intimidadores, e algo faiscou dentro deles. Algo perigoso.

Perseu não acreditava muito nas lendas do mar, mas ali, ele pensou se existia um monstro marinho oculto em Annabeth Chase. Algo desesperado, nadando e rugindo dentro dela para que se libertasse. Uma sereia, um leviatã, o kraken...qualquer criatura assustadora e indomável.

A loira trancou a mandíbula e depois de alguns segundos, falou:

- O que você quer, Reyna?

A pirata com o manto sorriu maldosamente.

- O que você tomou de mim. – Ela respondeu, simplista.

Annabeth revirou os olhos.

- E o que, exatamente, eu tomei de você? – A loira inclinou a cabeça.

O capitão da marinha olhou em volta e notou que os piratas pareciam tensos, como se as próximas palavras que as duas piratas dissessem fossem definir o destino de todos na embarcação.

- Você sabe muito bem. – Reyna disse, cerrando os dentes. Ao que parecia, aquele era um assunto delicado.

A loira deu de ombros.

- Não é minha culpa.

- Você roubou tudo o que eu tinha, Annabeth! – A outra pirata gritou.

- Se você não consegue defender o seu navio, isso não é problema meu. E você sabe muito bem que o navio sempre pertenceu ao meu pai. – A loira retrucou e Percy ficou ainda mais confuso. - Você o tomou dele, e eu peguei de volta. Esse navio é meu por direito.

Era a primeira vez que Annabeth falava algo relacionado a sua família. O navio negro que estava preso ao seu barco pertencia a quem, afinal? 

Os olhos de Reyna reluziam de raiva. A morena parecia estar decidindo se a violência era uma opção válida, ou se continuava com a conversa. E então ela sorriu, aparentando ter tido uma ideia brilhante.

- Você quer falar de direitos, certo? - Ela piscou os olhos de forma inocente, como se estivesse falando com uma criança. - Então é meu direito querer decidir essa questão de uma vez por todas. Vamos aproveitar o nosso encontro e por um fim nisso. – Disse, e seus piratas se empertigaram, curiosos. – Eu a desafio para um duelo. Se você vencer, fica com o navio. Mas se eu vencer, levo-o junto com o da marinha como prêmio extra.

Percy congelou ao ouvir aquela frase. O seu navio estava em jogo? Não. O destino da sua embarcação não poderia estar sendo decidido por criminosos hostis. Não, não, não, não. O que aconteceria com eles se Annabeth perdesse? Seriam todos jogados no mar para morrer, seriam prisioneiros da tripulação de Reyna?

O moreno nem sabia como aquelas piratas decidiriam aquilo. Apostas em jogos de dados? Arriscar a sorte? Luta de espadas? 

Ele olhou para a loira, que se mantinha relaxada diante de toda a situação. Como se não fosse o seu navio que estava sendo apostado. 

Ele queria implorar para que Annabeth não aceitasse aquele desafio estúpido e sugerir que ela apenas encontrasse outra solução que não envolvesse apostas como aquela. Porém, ao notar o brilho selvagem e orgulhoso que passou pelo olhar da pirata, o capitão soube que nada do que ele pudesse fazer surtiria algum efeito.

- Eu aceito. – A loira disse, e Perseu Jackson quase desmaiou no convés.

 


Notas Finais


E a Reyna apareceu ;)
Percy tendo um ataque de nervos KSKSKSK
Espero que tenham gostado e desculpem se houve algum erro :(
COMENTEM PFV <3
bjs e até <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...