1. Spirit Fanfics >
  2. Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw >
  3. A sabedoria de uma Lufana

História Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw - A sabedoria de uma Lufana


Escrita por: CoracaoClandest

Notas do Autor


Um capítulo em homenagem a uma leitora...

Capítulo 20 - A sabedoria de uma Lufana


Fanfic / Fanfiction Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw - A sabedoria de uma Lufana

T. J. Potter -1976

Não precisava ser nenhum gênio para saber que Lilly Evans e Viollet Lovelace mal estavam se falando, desde a excursão noturna à Floresta Proibida. Como se não bastasse, para a surpresa de todos, na manhã seguinte à morte do unicórnio, Arthur Lovelace estava sentado à mesa da Corvinal contando sobre o rosto inchado, resultado, segundo ele, de suas aventuras amorosas nas masmorras sonserinas.

Por um segundo, Tiago achou que Sirius estuporaria Lovelace ali mesmo, em frente a todos os professores, mas Remo colocou a mão em seu ombro e, com um sussurrado “Ele não vale a pena”, seguiram andando. Tiago também queria acabar com ele, assim como Pedro e Remo, contudo, havia coisas mais importantes com que se incomodar.

Pedro ainda acordava assustado durante a noite e eles não tinham provas de que havia sido Arthur Lovelace a colocar a magia negra que quase os matara na floresta. Além disso, para acusar Arthur, teriam de assumir que estiveram na floresta à noite sem a supervisão de um professor. Talvez Lilly, Remo e Pedro conseguissem escapar do castigo sem grandes problemas, salvo um berrador da sra. Pettigrew, mas o mesmo não poderia ser dito sobre Tiago, Sirius e Viollet. Ele duvidava muito que a última conseguiria sair sem uma expulsão ou transferência e os dois primeiros já haviam se metido em muitas enrascadas nos últimos anos para saírem ilesos.

A última coisa que precisavam naquele momento era que Simon Lovelace fosse comunicado das excursões extracurriculares da filha.

O Mapa (que agora ficava sob a custódia de Sirius) não havia sido roubado novamente e a equipe de duelos da Grifinória seguia vencendo o torneio, o que talvez fossem os únicos fatos bons daquela semana. Viollet não fora aos encontros da equipe nos últimos dias, o que fora o bastante para Amico Carrow levantar a possibilidade de expulsão, levando à completa exasperação de Remo. Lilly, triste e distante, não dissera nada sobre o beijo. Talvez nem fosse importante o suficiente, Tiago não deveria estar pensando sobre isso, já tinha problemas demais, mas ele sentia sua falta. Irritar a garota Evans se tornara um passatempo incrivelmente divertido. Era isso ou admitir para si mesmo que começara a se acostumar com o sorriso inteligente e comentários mordazes da ruiva.

Além disso, não encontrara um apanhador funcional, consequentemente teria de fazer o papel no jogo contra a Lufa-Lufa no fim de semana. Ficaria sem o melhor artilheiro do time e, sendo honesto, não sabia se era bom o bastante para ganhar de Jane Shacklebolt, goleira da Lufa-Lufa e capitã do time. A garota encontrara com ele na noite anterior, depois dos treinos, causando surpresa e indignação inicialmente. Mas, ao contrário do esperado, ela não estava ali para espionar.

-Como está, Potter?

-O que faz aqui, Shacklebolt?

A garota suspirou.

-Vocês são mais parecidos com os sonserinos do que imaginam. –Jane revirou os olhos diante da carranca de Tiago. –Quero saber como está.

Era o último ano de Jane em Hogwarts, o terceiro como capitã do time de quadribol da Lufa-Lufa, alguns diziam que a garota já tinha propostas de grandes times quando saísse da escola depois de ganhar dois torneios para a sua casa. Tiago não a conhecia tanto, mas a respeitava.

-É o vestiário masculino, Shacklebolt.

-Não sabia que minha presença aqui feriria seu frágil ego masculino!

-Calma, garota! Nossa... achei que as pessoas da Lufa-Lufa fossem gentis.

-Às vezes, bondade tem mais haver com honestidade do que com gentileza.

-Ok, faz sentido. Isso quer dizer que não vai sair do vestiário masculino?

-Não me importo o suficiente, Potter. –A garota sentou ao seu lado com um maldito sorriso no rosto. – Nunca imaginei vê-lo cabisbaixo. Onde estão os seus cúmplices?

-Não são meus cúmplices.

Tiago se afastou, para pegar uma roupa limpa. Desde que se encontrara com Lilly na Sala Comunal de madrugada, sempre tomava um banho depois dos treinos de quadribol.

-Sei que ainda não arrumou um apanhador.

-Se está aqui para fazer pressão psicológica, escolheu o momento errado, Shacklebolt. E, francamente, não faz o seu tipo. -Tiago parou para encará-la. –O que faz aqui?

-Eu quero um jogo limpo, Tiago. Nós merecemos isso. Você é um bom capitão, não importa o que as pessoas digam. –Ela sabia dos comentários então. Que seria um massacre sem um apanhador. -Converse com a garota, enfrente isso com ela.

-Contra toda a casa? –Tiago notou que a veterana não chamou Viollet de “Blue”. –O time se negaria a subir nas vassouras.

- Você não pode acreditar no que as pessoas dizem e voa bem o bastante para saber que ela estava desmaiada quando caiu da vassoura! –Tiago arregalou os olhos. -Vamos lá... Não sou a melhor goleira à toa. Por Merlim, só um tolo não perceberia!

-Ela nunca contou o que aconteceu lá em cima.

-Arthur é irmão dela, Potter.

-Ele é um trasgo fantaseado de estudante. –Tiago grunhiu.

-Mas ainda é irmão dela. Fazemos coisas estranhas por nossa família... E por nossos amigos. –A voz da garota era suave e gentil. Tiago encarou seus olhos castanhos e inexplicavelmente encontrou compreensão. -Ela não deveria ser punida por isso.

-Ninguém acredita nela.

-Você é o Capitão e acredita. Aja como um!

-Por que está fazendo isso?

-Tudo por um bom jogo, garoto Potter. –Ela sorriu, retirando-se do vestiário.

Havia sabedoria na bondade, afinal.

Mas Viollet não iria escutá-lo, estando perdida em próprio mundo. Um mundo do qual Lilly, a melhor chance de Tiago se aproximar, aparentemente se retirara ou fora retirada por um tempo.

-O que acha, Tiago?

Remo, Sirius e Pedro estavam olhando para ele detidamente. Sentiu o rosto esquentar. Ajeitou os óculos por hábito.

-Acho que perdi alguma coisa. –Olhou para Sirius, esperando que risse, mas ele estava sério, incomodado, ao contrário de Pedro e Remo. Tiago estranhou. –O que há?

-Aniversário de Pedro. –Remo foi ao seu auxílio, antes de rir. –Está bastante distraído, Potter. Procurando alguma coisa?

De fato, Tiago olhava ao redor, procurando Lilly.

-O que acha de sairmos um pouco da linha? Beber, aproveitar, poderíamos até chamar Gideão se ele não fosse professor. Sinto falta dele e do Fábio como veteranos... –Pedro sorriu, animado, sussurrando para evitar os olhares curiosos no caminho para a aula Transfiguração, enquanto os amigos se dirigiam para Defesa Contra as Artes das Trevas. Viollet não estava por lá, Tiago percebeu, ao contrário de Lilly que seguia alguns passos a frente. –Não é só pelo meu aniversário. O ano mal começou e tanta coisa já aconteceu, daqui a pouco chegam as provas e os duelos vão ficar mais difíceis. Mal temos tempo para qualquer coisa com o mundo de tarefas que os professores passam. Acho que faria bem aproveitar um pouco... podemos chamar as garotas. Sirius pode chamar Pan também. Elas estão estranhas desde... vocês sabem... e isso é ruim, agora que elas estão com a gente.

-Desde quando elas estão com a gente? –Sirius resmungou, apesar de estar anormalmente quieto.

-Elas parecem não estar se falando, Pedro... –Tiago começou. –Nem falando conosco. Podemos fazer o que quiser, mas não acho que é o momento...

-Elas não estão nos ignorando... ontem Lilly me ajudou com a atividade de poções. Elas só estão... fechadas... eu acho.

-Desde quando Rabicho entende de mulheres?

-Desde que ele as quer no seu aniversário. –Tiago arregalou os olhos diante do comentário de Sirius. Não sabia o que estava acontecendo, mas conhecia o amigo o bastante para saber que ele estava muito irritado.

-Nosso menino cresceu, Sirius. Mas... sério... é por isso que é uma boa idéia, Tiago. Nunca deixamos de comemorar o aniversário de Pedro, não acho que devamos parar agora. E sobre as garotas... Elas parecem cansadas. Você sabe que eu normalmente não concordaria em envolver outras pessoas, mas acho que todos estamos precisando disso agora. São nossos últimos anos em Hogwarts. –Completou Remo. Ele estava sério. –E a Casa dos Gritos não é algo que possa ser compartilhado.

-Onde seria, então? –Questionou Tiago. Não podiam estar falando sério. –Não acho que as garotas iriam nos acompanhar a um lugar desconhecido assim. Não leve a mal, Pedro...

Pedro sorriu e deu de ombros. Parecia bem. Mais tranqüilo. Todos eles ficaram preocupados sobre como a noite se refletiria nele. Conversaram sobre, na última aula de Poções. Sirius fora obrigado a desenvolver uma casca dura ao longo dos anos. O mesmo aconteceu com Remo, apesar de sua natureza gentil. Pedro não era assim. Não que não tivesse as próprias marcas. Ele só não lidava com elas a base da força e da coragem como os outros faziam. 

Pedro era o garoto de sorriso fácil e pequenos olhos brilhantes, inteligentes, que fazia Tiago sorrir e bagunçar seus cabelos. Era o bastante. Ele sempre o protegeria.

-Não. Vamos mandar uma coruja avisando que precisamos conversar sobre Arthur.

-Ok. Nosso pequeno Rabicho merece uma festa. Talvez seja algo que precisamos. Como ele pode ter desaparecido da floresta sem deixar nenhum rastro? -Interveio Tiago.

-Ou deixou e os centauros não foram atrás dele. –Sirius deu de ombros. –Eles não pareciam estar muito dispostos a se envolver, só queriam tirar aquela coisa da floresta e nos usar para isso.

-Não é essa a questão! –Retomou Pedro. –A questão é aproveitarmos a noite.

-Impressão minha ou Rabicho está muito interessado? –Riu Potter, agarrando o amigo pelo pescoço. –Alguém está querendo ajuda para arrumar um par no baile de inverno?

-Me solta, Tiago. Eu não acho que alguma delas... Então, estamos certos. Que tal na Torre de Astronomia? –Sugeriu Pedro, mas Remo parecia ter algo em mente.

-Ainda acho que não é a melhor... –Tiago tentou intervir.

-Não. Nos Jardins de Hufflepuff. –Sugeriu Remo, com pretensa tranqüilidade, apesar do brilho estranho em seus olhos.

Todos se calaram. Sobrancelhas arqueadas, completamente surpresos. Aquele era um de seus segredos. Talvez o menor deles, já que estava escrito em “Hogwarts: uma história”, mas ainda assim um segredo.

-Mandamos uma coruja para cada uma, marcando encontro na frente da Estufa 4, uma hora depois do jogo, perto da estátua de Beedle, o Bardo.

-E se elas não forem? –Questionou Tiago, incrédulo.

-Seremos 4 marmanjos bebendo whisky de fogo, como sempre. –Pedro alargou o sorriso. –Tirando Sirius, é claro.

-É uma idéia... –Tiago deu de ombros. –Mas não acho que elas iriam aceitar, estariam quebrando mil regras e Lilly é a monitora da Grifinória. Viollet não pode se meter em mais confusão e tem o jogo contra a Lufa-Lufa amanhã.

-Talvez... um pouco de diversão possa fazer bem. –Sorriu Remo. Aquele sorriso cativante que fazia os professores acreditarem que ainda restava alguma pureza nos Marotos. –Principalmente depois do jogo de amanhã.

-Nem me fale. –Tiago resmungou. –Rudolf Pattinson definitivamente não está pronto, talvez se tivéssemos mais tempo...

-Tem falado com a garota Lovelace, Remo?

Lupim e Tiago olharam confuso para Sirius.

-Não... ela não tem falado com ninguém, pelo que entendi. Acho que ela pensa que a culpa do que aconteceu na floresta é dela.

-Qualquer um no lugar dela teria ido atrás de Arthur. Ele é irmão dela! –Tiago percebeu, lembrando mais uma vez da conversa com Jane. –Além disso, acho de verdade que ela teria feito qualquer coisa para nos proteger... Ela ficou ao lado de Sirius o tempo todo e tenho impressão de que salvou a minha vida. Ela não tem culpa.

-Eu gosto de Viollet, mas não teríamos entrado se não fosse por ela, Thiago. –Ponderou Pedro. –A garota atrai problemas. Ela colocou todos em risco. Inclusive Lilly e você.

-Eu sei... mas, mesmo assim, não é como se nunca tivéssemos feito algo imprudente antes.

Os rapazes ficaram em silêncio por alguns minutos.

-Então teremos nossa festa? –Insistiu Pedro.

Tiago riu da insistência de Pedro, enquanto Remo fitava Sirius.

-O que acha, Sirius?

-Não sei... Façam como preferirem.

-Sirius Black dizendo não a whisky de fogo e uns momentos com Pandora Sparrow? É isso mesmo?

-Não me irrita, Pedro...

-Precisamos disso. -Os olhos castanhos de Remo ficaram mais intensos, detendo Tiago e Sirius.

Tiago e Sirius suspiraram ao mesmo tempo, fazendo todos darem algumas boas risadas.

-Tudo bem, Aluado. Um lobisomem bêbado realmente vai levantar meu humor. –Resmungou Sirius.

-Amanhã, depois do jogo! –Gritou Pedro, enquanto corria para a aula.

-Ei, garoto... –Tiago gritou de volta, fazendo Pedro parar por um instante, o cabelo curto cor de palha caindo na testa. –Quer que convidemos mais alguém? Alguma garota do seu ano?

-Não, seremos só nós. –O rapaz se afastou com um sorriso, enquanto Tiago pensava quando Lilly e Viollet haviam se tornado parte daquele “nós”.

-Como você está? Sabe, depois de tudo... –Os olhos de Remo miravam a perna já curada de Tiago.

-Estou ótimo, Aluado. Vamos.


Notas Finais


E então? O que acharam? Qual a casa favorita de vcs? Bem... Esse foi um capítulo em homenagem a uma leitora... sobre os que falam da Lufa-Lufa, é necessário coragem e sabedoria para escolher a bondade em detrimento a outras qualidades... sigamos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...