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História Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw - Jardins Secretos de Hufflepuff


Escrita por: CoracaoClandest

Notas do Autor


Capítulo em homenagem ao meu Maroto favorito! Feliz aniversário, Almofadinhas!!

Capítulo 25 - Jardins Secretos de Hufflepuff


Fanfic / Fanfiction Lilly Evans e os Marotos em O Legado de Ravenclaw - Jardins Secretos de Hufflepuff


L. Evans – 1976
-O que é tudo isso? –A beleza do lugar deixou a garota atordoada. Em um instante estava com Pedro perto das Estufas e, no instante seguinte, atravessando um corredor subterrâneo e subindo para o jardim mais lindo que já havia visto.
Hogwarts era incrível, afinal!
Como aquilo poderia existir sem que as pessoas soubessem? Porque claramente não sabiam, salvo Pedro, Tiago, Remo, Sirius e aparentemente Viollet. Inclusive... a amiga estava sozinha com Sirius e Remo até eles chegarem? Como ela sabia daquele lugar?
Coube a Remo explicar:
-Sejam bem-vindas aos Jardins Secretos de Hufflepuff. –Pedro continuou puxando-a até que estivesse diante da toalha de piquenique. Inúmeras bebidas (alcoólicas, Lilly supôs) distribuídas, com biscoitos e bolos. Seus olhos encontraram os de Vi, que sorria discretamente. Algo no seu sorriso deixou Lilly confortável.
A amiga também parecia confusa.
A amizade ainda não havia voltado ao normal entre elas. Tantas coisas aconteceram que Lilly mal pode fazer algo com relação a isso. Talvez, por seus próprios motivos, cada uma se retirou para cuidar da própria dor e esqueceram que poderiam lidar com tudo aquilo juntas, como sempre haviam feito. 
Mesmo que Vi não contasse tudo, ao menos sempre soubera que poderia contar com Lilly. Mesmo que fossem Lilly e Viollet contra o mundo. 
Agora, uma parede invisível composta por todas as palavras não ditas parecia afastar as duas.
Desprendeu-se de Pedro e abraçou a amiga pelo pescoço.
Lilly não deixaria que ela fosse embora. Nunca. Era para isso que serviam melhores amigas: para te salvar de você mesmo. 
Havia algo de extremamente doce ali. Seus cabelos negros estavam úmidos, fosse pela chuva ou pelo banho depois do jogo. O corpo frágil, mas esbelto por entre seus braços, coberto por um moletom cinza enorme para ela. O velho cachecol azul envolto no pescoço. O cheiro de lavanda. Viu a amiga corar.
-Estou orgulhosa de você. –Comentou baixo, plantando um beijo estalado na bochecha da amiga. Não se viam desde o fim do jogo. Mais tarde, teriam muito sobre o que conversar.
-Não tem porque estar orgulhosa, Lilly. –Vi sussurrou e se contorceu, despertando a risada dos amigos, que acompanhavam a cena com interesse. “Amigos...” Lilly pensaria sobre isso depois.
-Merecemos uma explicação melhor do que “Bem-vindas ao jardim”. Achei que fossemos conversar sobre... –Estremeceu, como se a noite tivesse esfriado subitamente. –Sobre tudo...
-Podemos conversar se quiserem. –Foi Tiago que respondeu. –Mas pensamos que todos precisam de um descanso. 
-Vocês nos enganaram, então. –Acusou Lilly. Sentiu Tiago e Sirius ficarem momentaneamente imóveis, antes de sorrir. –Remo, devemos ser os piores monitores da escola.
-Não tenho culpa pelo que esses delinqüentes juvenis fazem. –Lupim sorriu dando de ombros. –É aniversário do nosso Pet, acho que podemos dar uma folga hoje, Srta. Evans?
Remo sorriu, confiante. O sorriso astuto e encantador de quem sabia exatamente o que fazer. Funcionava com os professores. 
O tempo parecia ter parado, aguardando a sua decisão. Sabia que Vi a acompanharia se fosse embora. Se sentia inquieta perto de Tiago, a imagem do beijo girando na sua mente quando menos esperava, mesclada com sua quase morte na Floresta Proibida. Respeitava o rapaz, tudo que ele havia feito por Vi. Até ele agir como um idiota brincando com ela. Estava irritada com ele. Na verdade, pretendia evitá-lo até... bem... saírem de Hogwarts. E o pior é que sabia que estar ali poderia ser desastroso, mas Pedro e Remo pareciam felizes e Sirius... esquisito. Por que Sirius estava esquisito? Olhou para Vi, que continuava a encará-la com seriedade. 
Lilly suspirou.
Queria ficar, admitiu para si mesma.
-Podemos ficar um pouco sem sermos expulsas. O que acha? –Vi confirmou com a cabeça, quando Lilly encostou a ponta dos seus dedos no dela. O velho sinal de que estava tudo bem.
Pedro a abraçou, enquanto Remo tirava os biscoitos que trouxera dos braços de Lilly. 
-Se soubesse que era seu aniversário, teria preparado algo.
-Está tudo bem, comemoramos mais ou menos assim todo ano. –Apresentou Pedro, com orgulho. –Fizemos um piquenique trouxa dessa vez. 
-Fico feliz, você merece tudo de melhor no mundo. –Lilly retribuiu o abraço com um sorriso. 
Viollet se aproximou, bagunçando o cabelo do rapaz, apesar de ser mais baixa que ele.
-Parabéns, garoto!
-Onde conseguiram tanta bebida? Isso é vinho? É bebida trouxa. –Percebeu Lilly chocada, enquanto todos sentavam na toalha. 
-Bem... vamos manter isso em segredo. –Tiago deu de ombros. Pela primeira vez, Sirius e Tiago pareceram relaxados, sentados lado a lado, discutindo o jogo de horas antes. –Você não é monitora hoje, Evans.
-Vocês têm muitos segredos... –Resmungou Vi.
-Isso é irônico vindo de você. –Sirius retrucou.
-Isso é verdade. –Lilly deu de ombros. -O que é esse lugar?
-Dizem que é a estufa particular de Helga Hufflepuff. –Respondeu Remo, enquanto servia as fatias de torta e conjurava copos e pratos. –Cada diretor da escola teve um escritório próprio. Acreditamos que aqui fosse o de Helga. O encontramos por acaso. Desde então, tentamos descobrir o que são todas essas plantas, mas acho que só conseguimos a metade. 
-Não seja injusto, Remo. Mal tentamos. –Defendeu-se Tiago. Havia um tom de desafio na sua voz, que Lilly não deixou passar. –Servidas?
Tiago estendeu uma garrafa de líquido vermelho cintilante. 
-O que é isso? Está tentando nos embebedar, Potter? –Vi estreitou os olhos até o azul quase sumir, fazendo Lilly rir.
-Não vai ser forçada a nada, principalmente se acha que não agüenta, Lovelace.
-Não seja tolo, Potter. 
-Talvez seja um pouco forte, Tiago. –Sirius resmungou baixo, mas alto o bastante para que todos ouvissem, chocados.
-Tiago, começo a ficar realmente preocupado com Sirius. –Sussurrou Pedro ao seu lado, fazendo Tiago engasgar, rindo.
-Ele está bem, Pedro. 
Viollet encarou Sirius, agarrou a garrafa da mão de Tiago e deu um gole, com uma careta, antes de tossir metade do líquido.
-Merlim! Calma, Vi! –Tiago riu, ajudando a garota. –É whisky de fogo, é forte. Já bebeu alguma coisa antes?
-Isso é horrível!
-Vou pressupor que isso é um não. Acostuma com o tempo. Tente esse. É vinho trouxa. É doce. –Tiago entregou a garrafa a Viollet e Lilly. As garotas cheiraram o líquido, mas os olhos de Tiago estavam em Sirius. Baixou o tom de voz. –Quando se tornou tão protetor?
-Isso é você tentando ser sutil, Potter? Porque não está funcionando. –Não era fácil tirar o sorriso cínico do rosto de Sirius, mas lá estava o mau humor de antes, sem motivo aparente. Tiago não conteve a surpresa. 
-O que está te irritando, Almofadinhas? 
-Você também não está na sua melhor fase, Pontas. –Sirius baixou a voz e olhou diretamente para Lilly, enquanto Tiago disfarçava mexendo nos óculos.
-Esquece isso.
-É feio não contar as coisas ao melhor amigo, Tiago Potter. 
-Não estou escondendo nada.
-Porque não conseguiu esconder nada de mim durante os últimos 6 anos.
-Não há nada entre a gente.
-Por sua causa ou por causa dela?
Tiago olhou ao redor. Pedro contava algo, enquanto Lilly sorriu e Viollet bebericava o vinho. Remo fazia breves comentários aleatoriamente, mas parecia alegre. Os olhos intensos sob a superfície tranqüila. Céus... Tiago se sentia feliz com eles ali. 
-Sempre me perguntei o motivo da sua fixação pela trouxa, Pontas. Agora parece que temos uma resposta.
-Qual é, Sirius? 
-É exatamente o contrário, Potter... Ela é diferente para você.
-É só uma garota. –Pedro disse algo a Lilly e sua risada preencheu toda a clareira. O garoto estavca certo. Eles precisavam daquilo mais do que Tiago conseguia imaginar. 
-Então, se eu quisesse ficar com ela, tudo bem para você? –Sirius desafiou.
-Claro que sim, Black. Fique a vontade. –Tiago respondeu irritado.
Depois de alguns minutos de um silêncio desconfortável, Sirius suspirou:
-Pode ficar tranqüilo, não quero nada com a Evans.  
-Ok. Não vai me encher por causa disso, não é?
-Claro que vou. Amigos servem para isso. –Sirius sorriu, apoiando o braço nos ombros de Tiago. –O que vai fazer então?
-Preferia não pensar nisso hoje. 
-Cuidado para não ser tarde demais quando decidir.
-Hoje não, Sirius. Não agora com as coisas menos estranhas.
-Sensação de que o mundo está mudando rápido demais, não é? Nada contra, é só que tudo parece tão... imprevisível.
-Não imaginei que você reclamaria. Nem me fala. Nunca pensei que pensaria nisso de uma forma ruim. Às vezes, temo que nada mude, mas, em outras, é assustador como tudo parece que jamais vai voltar a ser o mesmo.
-Muita coisa em jogo. –Os olhos de Sirius automaticamente buscaram Pedro e Remo.
-O mundo, por exemplo?
-Mais ou menos isso. –Sirius sorriu.
-E quanto a você? Onde está Pandora?
-Vocês falam como se eu estar sem ela fosse estranho.
Tiago ponderou:
-De fato. Então acabou?
-Não sei...
-O que está havendo? –Preocupação cobria os olhos do rapaz. 
Por um segundo, Tiago pensou que Sirius responderia, mas ele apenas suspirou e olhou para o céu.
-Sei que hoje não é dia para conversas sérias, só que... eu sei que daria qualquer coisa para largar tudo e sair pelo mundo...
-Não qualquer coisa... –Sirius contrapôs. 
-Não é esse o ponto. Sei também que não faz a menor questão de ter uma família...
-Não acredito que estamos tendo essa conversa, Potter. Você e Evans nem estão namorando e já foi convertido pela idéia de “Feliz para sempre”. 
-Sério, Sirius! Eu conheço você, acha que o casamento é um contrato, que é apenas mais uma instituição falida. E ok.
-Menos o dos seus pais... –Sirius completou com a sombra de um sorriso.
-Exatamente! Eu não acho que você precisa casar, ter filhos, enfim... essas coisas... não acho que haja uma fórmula para ser feliz e sei que você tem a gente. Somos a sua família e você sabe disso. 
-Não preciso de mais do que isso, Tiago. Para a ruína dos Black, vocês são mais do que o bastante. Vou ser o tio ou padrinho legal dos seus filhos, que enche de doces, passa as férias de verão, conta os segredos de Hogwarts, dá a primeira vassoura e ensina sobre garotas.
-Eu sei... o que quero dizer é que, se algum dia quiser mais do que isso, se algum dia mudar, em meio a todas essas coisas que estão mudando, não é um crime... se quiser ficar com alguém.
Tiago não podia ter certeza se Sirius estava ouvindo ou não. Já havia tido aquela conversa inúmeras vezes. Sirius era teimoso e orgulhoso como um hipogrifo. Mas merecia ser feliz. 
O rapaz tirou um embrulho de veludo vermelho do bolso e chamou:
-Rabicho, pega! –Atirou o embrulho para o amigo, que o pegou por puro reflexo, fazendo Tiago se perguntar se havia alguma possibilidade de Pedro se revelar um apanhador. 
Os olhos do garoto brilhavam quando desenrolou. Um círculo de cobre achatado semelhante a um relógio, sem a pulseira, pairava em suas mãos. Dois ponteiros de cores diferentes eram presos ao eixo central, girando sempre em direções opostas.
-O que é isso? –Lilly perguntou.
-É uma bússola encantada. –Viollet respondeu admirada. 
-15 pontos para a Grifinória. –Remo brincou. 
-O que ela faz?
-Mostra a direção do que você mais deseja e do que mais teme. Evita que se perca. –Falou Sirius, sorrindo para Pedro. Mesmo quando se formassem, o garoto ainda estaria lá. Talvez com a bússola, conseguisse encontrar seu lugar enquanto começavam sua vida fora de Hogwarts. Enquanto esperavam por ele. 
Os olhos de Pedro encheram de lágrimas, quando ele atirou-se nos braços de Sirius, derrubando os biscoitos e bolos no caminho.
-Me solta, moleque. Foi só algo que achei indo para Kingcross. Merlim, vai amassar minha roupa! –Gritou, enquanto afastava o garoto. Lilly estendeu a mão para ver mais de perto, junto com Viollet. –É só uma porcaria que achei numa loja de antiguidades bruxas, nem sabemos se funciona. Céus, ninguém respeita os mais velhos!
-Lembre disso antes de atormentar Filch, Sirius. –Falou Remo, tomando mais um gole de whisky de fogo. Sua raiva se dissolvendo pouco a pouco. 
-Eu francamente acho que as pessoas que Filch mais odeia no castelo são vocês. Não sei se Pirraça entra na classificação de “pessoas”. –Comentou Lilly. 
-Damos a ele propósito. –Tiago deu de ombros. –Ele também odiava Gildeão e Fábio. Nós tornamos a vida dele interessante depois que eles saíram e algum dia alguém vai assumir nosso posto.
-Você testou a bússola, Sirius? –Inquiriu Lilly.
-Às vezes acho que você tem sangue de diabretes, garota. Isso explicaria a cor do cabelo. 
-Por que está fugindo de uma pergunta tão simples? –A garota retrucou.
-Céus! Não testei, Evans.
-Medo de descobrir o que mais deseja. –Lilly sentiu os olhos de Vi sobre ela. A garota riu. Vi era curiosa, mesmo que envolvesse Sirius Black. 
-Tenho o que desejo nas mãos, Evans. E se não tivesse, conseguiria. –Sirius respondeu em tom de desafio, gesticulando com a garrafa de whisky de fogo. - Não vai beber?
-Deixa a garota, Black.
-Não preciso que me defenda, Potter. Alguém deveria cuidar de vocês, Sirius.
-Passamos muito bem nos últimos 6 anos, obrigado pela preocupação. 
-Estou vendo.
-Já disse que gosto de você, Evans? –Sirius sorriu.
As orelhas de Tiago se avermelharam furiosamente. Remo riu sem graça. Sirius sempre fora o melhor deles com as mulheres. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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