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História Lines - Cap. 28 - Refúgio


Escrita por: yuu-holly

Notas do Autor


Espero que estejam com saudades das lembranças, porque me esforcei um pouco para escrever uma das mais confusas... <3

Boa leitura! ;*

Capítulo 29 - Cap. 28 - Refúgio


Fanfic / Fanfiction Lines - Cap. 28 - Refúgio

Achei, por um momento, que a noite seria desconfortável com aquela saída de Akira. Mas, não foi tão ruim assim. Somente fiquei vendo televisão, o que até era bom, já que fazia eu treinar um pouco o meu inglês. E, por volta das sete da noite, resolvi ver as notificações do meu celular. Era tanta a necessidade de esquecer o Japão que havia o deixado de lado o por inteiro.  

Algumas mensagens do Kai, outras da minha mãe, e só. E não sabia como ainda esperaria mais alguma coisa além disso. 

Suspirei, lendo rapidamente algumas delas. Respondi as de minha mãe e, criando um pouco de coragem, realizei uma vídeo-chamada para meu amigo. Que, como se estivesse esperando por ela, atendeu no mesmo instante. 

Não que eu amasse vídeo-chamadas ou lembrasse que horas eram no Japão, mas resolvi que aquela era a melhor forma de falar com ele - e a mais barata também, já que utilizava a rede de Internet da faculdade. 

- Sobrevivendo sem mim? – Perguntei, sorrindo de leve. 

- Caramba, achei que você tinha morrido! – Ele parecia realmente aliviado ao me ver. – Mas, aí, vi que nenhum avião caiu, e pensei que realmente só devia estar tentando se adaptar... Como é aí? 

Seu olhos brilhavam de uma maneira que demonstravam como ele deveria estar naquele lugar, não eu. 

- Chato sem você. – Comentei, torcendo levemente o rosto, sem que ele percebesse. 

- As aulas são legais? 

 

Então, expliquei brevemente para ele como foi o meu dia, especificamente, as três aulas que tive. Expliquei como me atrasei na primeira aula, da professora que deveria ser a mais chata. E como História da Dança tinha um professor realmente bonito. E, ainda, como a aula de Princípios Básicos não era nada básica e tinha uma professora um pouco estabanada e divertida. 

- Bom, não está tão ruim... – O moreno sorriu, dando de ombros.  

E, apesar de não fazer, assim, tanto tempo que o via, deu uma certa saudade dele. 

- É só você não se concentrar em fazer nenhuma besteira. – Ele aconselhou. – E não se envolver com ninguém por enquanto. Acho que dá certo! 

E meu olhar me denunciou. 

- Bem... – Comecei a me justificar quando ele me lançou um olhar desconfiado. 

- O que foi que você fez, Shiroyama? 

- Bom, tinha uma festa, eu bebi um pouco e... – Fiz uma careta. 

- Shiroyama...? 

Ele queria saber, então eu diria de uma vez. 

- Eu acabei transando com o filho da professora chata, na mesa de sinuca, em frente à algumas câmeras. Ah, mas, não se preocupe! Isso não vai me afetar em nada aqui. 

- Você não tem jeito mesmo, né? – Ele parecia chocado e não ao mesmo tempo. E também preferiu não perguntar como nada daquilo me afetou, talvez não quisesse nem imaginar. 

- E ele ainda é meu colega de quarto. – Completei, querendo deixar meu amigo a par de tudo. – E é bem bonito, aliás. Não, não está aqui. – Acrescentei quando ele pareceu olhar para os cantos da tela, como se quisesse verificar se o mesmo estava ali e pedir que o apresentasse. – Está em um encontro com a “namorada”. É, eu sei, não comenta! 

Ele somente riu, como se somente sentisse falta daquilo. 

E, então, perguntei como ele estava. Parecia bem, dizia o tempo todo que nada havia mudado. Tentava não me preocupar pela minha ausência, ao mesmo tempo que parecia evitar dizer que eu não fazia diferença nenhuma lá. 

 

Quando desligou, senti um vazio estranho. Como se, de repente, me visse sozinho naquele continente. Era possível ouvir o barulho de conversas pelas paredes finas, vinham dos corredores, quartos ou até dos jardins. Mas, ali dentro, naquele quarto, somente me enxergava e mais ninguém. E a distância dos meus amigos e familiares, de repente, se tornou real. E senti um vazio no peito. 

O que eu estava fazendo? Atravessei o mundo para apagar uma pessoa da minha mente. Mas tive que apagar o restante das pessoas importantes ao meu redor. E, ainda assim, a pessoa insistia em aparecer na minha cabeça. 

“Takashima Kouyou”. Digitei o nome dele no sistema de buscas do meu celular, respirando apreensivo. Por que, depois de tanto esforço, eu estava disposto a estragar tudo aquilo? Era só apertar o botão da lupinha para, então saber sobre a atualidade do meu ex... 

Pense em Akira, mandei. 

Qual? Aquele que me largou para ficar com a garota mais mesquinha do ano? 

Pense na dança. 

Aquela que mal conheço e me humilha? 

Pense na comida, em qualquer coisa que tire do pensamento essa vontade de apertar esse botão da lupa!  

Pense em Kai, e em como ele ficaria chateado se você desse para trás nesse momento. 

Então, finalmente apertei aquele botão. 

Mas, não tive tempo para ler as informações na tela, pois alguém bateu na porta. 

Levantei-me, impaciente e aliviado por alguém ter me tirado daquela discussão mental, daquele dilema. Esperava ver Taylor ou Akira, ou até mesmo o diretor, vai saber... Mas, me deparei com um entregador de pizza. 

- Quarto 102, Shiroyama Yuu, certo? – Chegou o entregador de boné branco, verde e vermelho, verificando as anotações na pizza antes de me passar. 

- Certo, é só que... – Tentei avisar, confuso, mas ele logo explicou. 

- Já está paga, só me pediram para entregar. – Assentiu, antes de sorrir e dar as costas. 

Franzi a testa, sentindo aquele cheiro maravilhoso que não saberia identificar antes de abrir a caixa. Então, fechei a porta e voltei para o sofá, antes acendendo a luz do quarto. 

Realmente, na tampa, havia um bilhete, no qual havia o nome “Shiroyama Yuu”. Atrás, percebi, havia uma mensagem, a qual não demorei para ler. 

 

“Pensei em pedir uma pizza pra você... Parecia com fome quando saí. Como não sabia de qual gostava, pedi que fizessem com alguns sabores. 

- O cara da faixa 

 

ps: guarde um pedaço pra mim, gosto da de pepperoni! ” 

 

Não contive o sorriso ao terminar de ler o bilhete, abrindo a caixa de pizza em seguida. E, realmente, ele havia pedido vários sabores. Eram todos diferentes, cada pedaço, um de muçarela, outro frango, ou até brócolis. E ele falava sério sobre o pepperoni, pois haviam dois pedaços daquele sabor. 

 

 

Subia aquelas escadas íngremes que rumavam à entrada do castelo. Como estava acostumado com o outro castelo – o antigo lar do meu amante -, com um chão liso de mármore, aquelas ali pareciam um tanto... ultrapassadas. 

Sentia que estava descendo à uma masmorra, e não subindo até a entrada de um salão imensamente iluminado, brilhante, dourado. Era para parecer um lugar cheio de vida, e não um caminho rumo à morte. 

Não deveria parecer isso. 

E não parecia, na verdade. É que, dessa vez, o sonho era diferente. A lembrança era diferente. Eu sentia algo ali, naquele momento, mas descrevendo, vivendo como uma lembrança, alguns sentimentos se misturavam. 

Eu estava esperançoso rumo àquelas luzes, praticamente, feliz. 

Mas passando por isso como um filme, uma lembrança, um sonho, fazia com que a sensação fosse afogada por uma certeza: eu sabia que, no fim, aquele caminho não daria certo. 

Era como se eu estivesse ciente de acontecimentos que ainda não haviam acontecido. Como se minha consciência atual entrasse em algum pensamento passado. 

Imagina que você, com sua mente atual, se desligasse do mundo. Pudesse voltar no tempo, mas não com seu corpo. Como se pudesse assumir seu corpo de quando era uma criança. E tudo estivesse acontecendo novamente. Você sabendo o que vai ocorrer, mas sem poder mudar o curso dos acontecimentos. Mesmo sendo você, com seu corpo, você não se sentiria como se perdesse o comando das suas ações? Como se fosse um intruso dentro do próprio corpo? 

Pela primeira vez, aquilo estava acontecendo com tanta clareza em meus sonhos. 

E era frustrante não poder evitar aqueles passos, pois eu sabia que não dariam em nada. 

- Parados! - duas lanças foram postas à nossa frente. Os guardas não nos deixariam entrar. 

- Nós precisamos ver o Imperador! - exclamei, exasperado, por um lado esperançoso, por outro, sabia que aquilo seria inútil. 

Então, percebi que, para entender melhor a situação, deveria deixar que aqueles sentimentos me consumissem. Não deveria ser difícil, já que havia acontecido daquela maneira nos sonhos anteriores. 

Eu estava consciente sobre os outros sonhos? 

- Nós precisamos entrar de outra maneira. - explicou Reita. 

Eu estava inconformado, com pura indignação. Naquele beco inundado de escuridão, andava de um lado para o outro das paredes de pedras, com poucos passos, por conta do espaço limitado. Por mais que tentasse passar pelos guardas, explicar a urgência da minha conversa, ou até demonstrar que teria total atenção do Imperador, caso ele me visse, os mesmo nos ignoravam. Como se sequer existíssemos. Tentei até gritar, por mais que fosse um ato sem classe - quem sabe, Uruha não me ouviria? 

- Não deve haver entradas fáceis, precisamos pensar em algo! Não posso ter viajado tanto para chegar aqui e não conseguir nada! - Respirava rápido, tentando acompanhar meus pensamentos confusos. - Ou teremos que esperar ele sair... É! Podemos esperar ele sair! 

Que ideia idiota. 

- Aoi, não podemos esperar ele sair... 

- Claro que podemos! Uma hora ele vai sair, e... - Era a melhor ideia, eu tinha certeza.  

Até que fui puxado para a realidade abruptamente. Senti minhas costas encostarem levemente na parede, quando Reita fez com que eu olhasse para ele. 

- Ele não vai sair tão cedo. - Explicou, paciente, com as mãos sobre meus ombros. - É noite, teríamos que esperar horas. Quem sabe, dias... Uruha não deve sair com frequência, assim como fazia em nosso Império. Por que ele sairia? 

Era verdade. Por que ele sairia? 

Suspirei, baixando o olhar, tentando aceitar a desistência. Qual seria o próximo evento, no qual os imperadores teriam que comparecer? 

Seus dedos encostaram em meu queixo, erguendo meu rosto levemente para que eu o olhasse enquanto dizia baixo. - Apenas me siga. 

Então,  segui seus passos, leves e calmos, em direção ao fim do beco em que estávamos. Não sabia o que ele pensava encontrar no fim daquela bifurcação. Haveriam mais guardas, eu tinha certeza. E se nos encarássemos como perigosos e nos prendessem na masmorra? 

Bom, seria um jeito de entrar naquele castelo... 

Mas, de repente, ele parou, sem avisar. Esbarrei em suas costas, enquanto o ouvia: 

- Espere um momento. 

Somente assenti, diante aquele pedido que saía baixo de seus lábios. 

Sentia-me tão tenso que tinha a sensação de que os guardas poderiam sentir o que emanava de mim, e que apareceriam a qualquer momento para me barrar. 

Mesmo com a quase inexistência de luz daquele lugar, tentei observar atentamente o que ele fazia, sem saber suas intenções. 

Ele bateu em uma pequena porta abaixo de nós, a qual seria a saída de um porão, e eu sequer tinha reparado. E, antes que eu pudesse perguntar se o mais sensato não seria arrombar aquela porta ao invés de bater na mesma, ouvi sua voz em alto e bom som dizer: 

- Suco de uva verde! 

Aquelas palavras não faziam sentido nenhum. 

Para mim. 

- Reita! - A voz exasperada exclamou, enquanto a abertura do porão se abria. 

Só não pude conter uma careta ao ouvir aquela voz que tanto me desagradava. Estava sendo uma noite difícil. Pelo menos, me contive no canto, somente observando. 

- O que está fazendo aqui?! Por que não avisou que viria?! - O guarda parecia surpreso, aliviado, quem sabe, um pouco feliz, embora não admitisse. 

Ele não poderia avisar, o intuito era chegarmos e falar com Uruha, sem empecilhos - e Ruki era um empecilho. 

- Pensei em fazer uma surpresa. - Mentiu. 

E ele tentou sorrir daquele jeito apaixonado, aquele que usava toda vez que pensava no outro. Porém, por algum motivo que eu ainda não imaginava, ele estava se forçando, não estava conseguindo naturalmente. 

Mas o menor não percebeu. Nunca perceberia, era comum ter o loiro o perseguindo, sempre havia sido clara a existência daquela paixão - talvez não tão clara naquele momento, mas a noite escura ajudaria a encobrir tal característica. 

- Entre! - Ele pediu. 

E Reita entrou, deixando que o menor fechasse as portas atrás de si, sem perceber minha presença. 

Franzi a testa, apesar de saber que ele não me apresentaria. Afinal, Ruki nunca me deixaria entrar. E ele entenderia o real motivo de Reita estar ali, fazendo com que sequer o loiro entrasse no castelo. 

Então, esperei. E esperei. Aqueles minutos que pareciam horas. Andei um pouco, em outros momentos, fiquei parado, com medo de que algum guarda pudesse perceber minha movimentação. Tentei passar aquele tempo de espera da forma menos desagradável possível, até que o alívio chegou quando as pequenas portas novamente se abriram como uma janela de oportunidade. 

E estava feliz antes mesmo de ter certeza de que era Reita abrindo-as. 

- Que demora! - Reclamei, sorrindo. 

Tive que distraí-lo para voltar aqui. - Explicou. 

Ele estava sem o pano em seu rosto. Parecia ainda mais lindo sem parecer um forasteiro, mas não tive tempo para perguntas. 

- Entre, antes que ele venha atrás de mim! - sussurrou. 

Desci os baixos degraus íngremes, adentrando o porão escuro do castelo, pouco mais iluminado que o beco, por conta dos poucos castiçais pendurados nas paredes do cômodo. 

- Como sabia que ele estaria aqui? - questionei, ainda com a testa franzida. 

- Foi um palpite. - somente respondeu aquilo e, antes que eu perguntasse como ele teria um palpite daqueles, ele fez sua recomendação. - Deveria subir pela escada lateral da Torre Oeste. É o caminho mais rápido para o corredor do terceiro andar. Tem que ir à norte, em direção ao último quarto. Uruha deve estar lá, se preparando para a ceia. Não estará te esperando, mas também não posso lhe acompanhar, ou Ruki perceberá e isso poderia estragar tudo. 

Assenti, prestando atenção nas coordenadas e tentando decorá-las. Era importante, eu conseguiria. 

E mal percebi seu olhar preocupado enquanto nos encaramos por dois segundos. Não tínhamos tempo para medos, incertezas, dúvidas ou, até mesmo, arrependimentos. 

Conforme meus pés subiam apressados por aquelas escadas, não me preocupava que os guardas me vissem. Parecia que havia deixado a existência dos guardas e meu juízo do lado de fora. Era o gatilho, saber que estava tão próximo do Uruha. 

Subi aqueles três andares, mal percebendo meu cansaço, sequer mesmo enquanto andava em direção ao norte por aquele corredor estreito. As paredes eram cinzas por conta das pedras comuns. E o chão estaria da mesma cor, se não estivesse coberto por um tapete escarlate, com finas linhas de ouro em seus cantos.  

Somente parei quando cheguei à porta lateral. Para minha sorte, ela estava entreaberta, o que facilitaria minha entrada. 

- Eu o esqueci... 

E não entrei. Não poderia entrar após escutar aquilo.  

Estaria falando de mim? 

Poderia ser qualquer assunto a comandar aquela conversa, então respirei fundo, recostando-me, por um momento, na parede atrás de mim e procurando coragem para entrar no quarto, enquanto o escutava. 

- Meu pai não deve se preocupar. Estou muito feliz com Hikari. Não arriscaria meu Império com uma loucura amorosa com o Aoi, uma aventurazinha... 

Eu não entrei pela porta, não bati, não senti minhas sobrancelhas se erguerem e o olhar baixar, enquanto refletia sobre aquilo que ouvia.  

E, como, por Deus, Buda, Alá, Satã - brevemente, voltei a pensar como se visse a história de fora do meu controle, uma reprise - não notei a tristeza em sua voz ao dizer aquelas palavras?!? 

Minha mente só tentava processar o que ouvia, como se aquelas palavras fossem nuas e cruas. A interpretação foi fria. E só voltei à realidade quando a porta ao meu lado se abriu. 

Virei o rosto e percebi que não era Uruha. Era um dos seus servos, usando uma daquelas roupas imperiais esquisitas. Parecia um bobo da corte de algum rei, mesmo que não fosse. E suas roupas eram coloridas, mas pálidas, em verde musgo, branco envelhecido, um pouco de vermelho apagado. 

- Aoi...? - quem me reconheceu foi Uruha. 

Apesar do meu olhar ter encontrado o dele, que estava sentado ao fundo, em uma grande cama, não percebi como estava surpreso, até mesmo, espantado. 

Não respondi nada. Era momento de deixar o navio. Somente me virei apressado, menos ainda preocupado com guardas, e desci correndo aquelas escadas. 

E, a seguir, aconteceu a cena mais incompreensível da minha vida. 

Senti uma mão segurar meu pulso e me puxar ao canto, no final da escada circular, já no térreo. Em pouco tempo, nessa virada que meu corpo fez, pude perceber um Ruki assentindo a alguns metros, com um sorriso nojento no rosto. Um Uruha descendo apressado as escadas atrás de mim, sem que eu percebesse seu desespero em consertar alguma burrada. E um Reita me prendendo contra a parede de pedra, forçando o nosso olhar. 

E, de repente, percebi minha respiração pesada. E ele estava tão perto. E meus sentimentos estavam tão confusos. E ele parecia tentar me transportar para outro lugar com aquele olhar. Um lugar em que eu não me sentiria mal, que eu não perceberia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. 

E... 

E percebi seu conselho. Sem saber o que estava fazendo naqueles segundos eternos de confusão, fechei meus olhos e tentei me transportar para longe dali, suspirando e sabendo que aquilo não era possível. 

- Aoi...? - A voz novamente vinha de Uruha, naquele momento, decepcionada. 

E senti aquela respiração próxima à minha, senti seus lábios nos meus, roçando brevemente. 

 

- Hey! Você precisa acordar!  

O suor percorria minha pele, sob os lençóis, enquanto movimentava na cama. Até que eu sentisse os cutucões em minha clavícula, não podia abrir os olhos e perceber a realidade. 

Aquela voz, que saía dos mesmos lábios antes tão próximos de mim, me trazia para a realidade. Na próxima vez que abri os olhos, encarei Akira na escuridão do meu quarto, enquanto eu arquejava como se acordasse de um terrível pesadelo. 

Os olhos arregalaram, enquanto eu tentava enxergá-lo acima de mim. Estava escuro, mas era possível perceber Akira assustado. Havia acabado de chegar. E era eu quem precisava me acalmar, conseguindo um pouco, enquanto as lembranças daquele breve sonho pareciam se afastar a cada minuto que passava. 

Talvez, eu nunca saberia a verdade sobre aquele beijo. Jamais saberia se rolou ou não. Ou se foi real.


Notas Finais


Saudades de Lines, saudades dos meus lindos leitores, do Spirit....... Ai, mds! Tentando de tudo para segurar essa inspiração que voltou hoje à noite comigo! <3

xo xo ~


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