1. Spirit Fanfics >
  2. Linha Tênue >
  3. À Flor da Pele

História Linha Tênue - À Flor da Pele


Escrita por: SihMyFavs

Notas do Autor


Olá pessoal!

Primeiramente eu gostaria de pedir desculpas pela demora em postar este capítulo, mas é que devido à faculdade as coisas ficam mais corridas e falta tempo.

Mas espero recompensá-los, porque esse cap está o arraso!!!

Espero que vocês gostem ;)
Ótima leitura!! ♥

Capítulo 4 - À Flor da Pele


  - Meu Deus! Essa roupa parece que nasceu pra mim. – Ruby comentou experimentando uma blusa.

  - Eu adorei esse shorts. – Annie desfilava no quarto.

  - Eu estou aqui só imaginando de onde veio tudo isso. – Beth comentou deitada na cama de casal com o pé sob o travesseiro.

  - Não são novas, porque não tem etiqueta. – Ruby falou e continuou procurando mais coisas no saco.

  - Separem pra mim também. – Beth pediu.

  - Olha esse! – Annie mostrou uma camisola de seda – Garanto que o Rio pegou pensando em você.

  - Não me faça levantar daqui e dar na sua cara. – a irmã a ameaçou.

  Annie morria de rir.

  - E essa blusa azul? – mostrou pra ela – O que acha?

  - Ótimo! Pode reservar pra mim.

  - Gente, nesse saco tem roupas íntimas! – Ruby falou toda animada e jogou tudo em cima da cama.

  - Hey! – Beth tirou um sutiã de seu rosto.

  - Esse deve servir em mim. – Annie pegou da mão dela.

  - Grossa. – comentou se sentando na cama – Vamos escolher então.

  As três separaram as roupas que seriam de cada uma e logo depois ouviram um barulho de tiro vindo do galpão.

  Deram um grito e se abraçaram.

  - Gente, será que alguém morreu? – Ruby perguntou tremendo.

  - Eu não sei. – Annie respondeu apertando a mão da irmã.

  Logo depois mais tiros.

  - Ai gente! Será que a polícia está aqui? – Beth perguntou preocupada.

  - Eu vou espiar. – Annie foi em direção da janela.

  - Cuidado! – Beth pediu desesperada.

  Annie chegou perto da janela e não viu nenhum carro de polícia. Muito pelo contrário, estava tudo tranquilo e ainda tinha uns caras conversando e rindo.

  Houve mais tiros dentro do galpão e ela não se assustou.

  - Annie vem pra cá! – Beth pediu abraçada com Ruby.

  - Não suas loucas! Está tudo ok. – Annie explicou pra elas – Deve ser algum treinamento que estão fazendo lá dentro, mas está tudo normal lá embaixo.

  - O quê? – Beth foi mancando até a janela.

  Ruby a acompanhou depressa.

  Logo viram um cara descendo do carro e levando um painel de papelão com um homem desenhado.

  - Eu não disse? – Annie falou – Estão fazendo tiro ao alvo.

  - E estão treinando para matar quem? – Ruby perguntou assustada.

  Eles continuaram pegando mais painéis da caminhonete e levando pra dentro.

  - Muita gente. – Beth concluiu.

  - Bom! – Annie fechou a cortina – Pelo menos não são três bonecos de mulheres, o que poderia significar que seríamos nós, mas como são homens e um monte então significa que é uma gangue.

  Beth revirou os olhos.

  - Acho que eles não precisariam de treino para nos matar. – Ruby comentou como óbvio.

  - Gente, chega de achar que eles vão nos matar. – Beth as interrompeu – Se fossem fazer isso já teriam feito, como o próprio Rio disse, estamos no mesmo barco.

  - Sim. – Annie concordou – Precisava ver a cara de preocupado que ele fez quando viu o seu pé sangrando. Nem sequer quis saber do vaso que tinha quebrado.

  - Eu vi a cara que ele fez, eu estava lá. – Beth comentou sarcástica.

  - Depois do ponto ele beijou o seu pé? – Annie a provocou.

  - Ai meu Deus! – Ruby olhou pra cima já esperando a briga.

  - Sim, ele beijou. – Beth respondeu o que ela queria ouvir – Ele beijou o meu pé e foi subindo pela a minha perna, passando pela a minha virilha, apertando a minha coxa, lambendo do meu umbigo até chegar nos meus seios e por fim ele me beijou.

  As duas ficaram paradas olhando com os olhos arregalados.

  - Gente, acho que eu me molhei aqui. – Annie comentou fechando as pernas.

  - Idiota! – Beth falou nervosa e saiu dali – Eu vou tomar um banho, alguém pode ir preparando a janta, por favor?

  - Sim. – Ruby comentou ainda intacta.

  Depois que Beth fechou a porta, Annie olhou para a amiga.

  - Ainda está imaginando a cena? – perguntou rindo.

  - Gente... Seria uma cena e tanto. – comentou admirada jogando os cabelos para trás e indo para a cozinha.

  Beth estava no banho lavando os cabelos e fechou os olhos.

  Por um momento parecia que estava no banheiro de sua casa.

  Imaginou uma música sexy tocando e começou a passar o sabonete pelo o seu corpo, ensaboando-o todo.

  Até que sentiu duas mãos segurando os seus braços.

  Beth abriu os olhos na hora, levando um susto, tampando os seios.

  - Está tudo bem. – ouviu aquela voz grave em seu ouvido, que ela conhecia muito bem – Eu só acho que alguém devia te ajudar com o banho. – e passou o dedo indicador em suas costas.

  Beth sentiu seu corpo se arrepiar por inteiro e deu um passo pra trás encostando o seu corpo ao dele, onde ela percebeu que ele estava sem camisa, mas ainda não sabia ao certo se estava sem cueca. Ela conseguia sentir seu membro rígido, mas logo parou todo o seu raciocínio quando ele começou a beijar o seu ombro.

  As mãos que tampavam os seios logo os deixaram amostra, e Rio ao ver aquela cena a virou imediatamente de frente pra ele, tomando-os para si em sua boca. Beth segurou na cabeça dele e soltou um gemido abafado.

  - Beth! – alguém bateu na porta.

  Quando ela abriu os olhos, percebeu que estava sozinha no banheiro.

  - Está viva aí? – era a voz de Annie – Eu preciso usar o banheiro, é urgente!

  Beth encostou a cabeça na parede, bufando de raiva e desligou o chuveiro.

  Enrolou-se na toalha e abriu a porta.

  - Mas que saco Annie! Não posso nem tomar banho em paz!

  - Já faz quinze minutos que você está aqui. – falou entrando e abaixando as calças – Eu não tava aguentando mais segurar.

  - Ai Deus me livre! – ela pegou sua roupa e saiu correndo dali.

  Entrou no quarto e trancou a porta.

  Por um momento ficou se lembrando de seu pensamento erótico com o Rio.

  “Será que ele é tudo isso mesmo?” se questionou sorrindo e mordendo os lábios.

  Depois que se trocou, como não tinha secador, ficou com os cabelos molhados mesmo.

  Desceu até a cozinha, onde estava Ruby.

  - Precisa de ajuda amiga?

  - Não, sai daqui! – falou concentrada com as panelas.

  - Nossa que grossa. – Beth a estranhou.

  - Ô amiga, foi mal aí! – falou indo até ela e tocou em seu braço – É que eu estou preocupada com o seu pé, não acho que seja seguro ficar aqui, está voando gordura pra todo lado. – e voltou para o fogão.

  - Ok, então eu vou dar uma volta. – e saiu dali.

  Beth foi para fora da casa e percebeu que estava bem movimentado de homens entrando e saindo do galpão.

  Ela, ainda mancando um pouco, decidiu ir até lá.

  Cisco que estava guardando umas caixas a viu se aproximando.

  - O que está fazendo aqui pequeno Nietzsche? – ele perguntou – O seu pé ainda não está totalmente bom.

  - Quem te contou esse apelido? – Beth ficou surpresa.

  - Quem você acha? – ele falou rindo.

  Ela virou a cara. Queria matar sua irmã.

  - Eu estou cansada de ficar deitada, desde ontem naquela cama, preciso andar um pouco. – se explicou.

  - Ok. O patrão está lá dentro nos fundos. – apontou – Você vai ver uma porta verde, é só entrar.

  Beth não tinha comentado nada que queria falar com o Rio, mas como estava curiosa para ver o que tinha lá dentro, decidiu entrar.

  Era um galpão com muitas caixas escritas: “Cuidado, produto inflamável”.

  Ela foi caminhando até o final do corredor e avistou a porta verde que ele tinha falado.

  Ouviu o barulho dos tiros, porém dessa vez não sei intimidou. Já suspeitava o que tinha lá dentro.

  Abriu a porta com cuidado e viu o homem que agora não temia mais.

  Rio percebeu que alguém abriu a porta e parou de atirar, olhou para o lado e se surpreendeu.

  - Eu veio em paz. – ela brincou, levantando as duas mãos timidamente.

  Ele tirou o protetor auricular, deixando-o no pescoço, e olhou pra ela de cima a baixo.

  - O que está fazendo aqui? – perguntou com um sorriso de lado.

  - Eu pensei que estava matando alguém com vários tiros, então decidi vir ajudar. – falou se aproximando devagar com as mãos no bolso da calça jeans.

  Rio olhou para aquela mulher em sua frente, forte, corajosa, cabelos molhados, de moletom e calça jeans. Ela não imaginava o quanto estava sexy na visão dele.

  - Veio ajudar a enterrar o corpo? – ele perguntou, entrando na conversa dela.

  - Talvez.

  Rio a encarou por um tempo, mas logo deu risada e balançou a cabeça.

  - Você é mesmo louca. – e olhou para baixo – E como está o seu pé?

  - Essa tem sido a pergunta do momento. – falou se aproximando da janela e olhou para o homem desenhado no alvo com vários tiros na cabeça – E então é por isso que você treina? Pra sempre acertar na cabeça?

  - Não. – ele falou voltando para sua posição – Eu treino pra sempre acertar.

  Ela olhou pra ele com um sorriso.

  - Quer tentar? – entregou a arma pra ela – Mas vai precisar disso. – e encaixou o protetor auricular em sua cabeça.

  - O conhecimento nunca é demais. – falou apontando a arma para o boneco.

  - Segure com as duas mãos. – ele foi atrás dela – Mantenha os braços esticados. – e os segurou.

  Beth soltou um sorriso malicioso, não achando nada ruim aquela aula.

  - Nunca mire na cabeça, sempre um pouco acima. – ele encostou o rosto no dela para ter a mesma visão e posicionou os seus braços. – Acha que está bom?

  - Eu acho que está ótimo. – respondeu sentindo o corpo dele no seu, assim como no banho.

  - Então atire. – e ele se afastou.

  Ela atirou e foi para fora do alvo.

  - Você está totalmente errado! – virou-se indignada pra ele – Eu mirei pra cima e adivinha o que aconteceu? O tiro foi pra cima da cabeça.

  - É porque existe um ponto certo. – ele explicou rindo – Só vai pegar o jeito com o tempo. – e foi para o lado dela – Tente de novo.

  - Ok! Mas dessa vez eu vou mirar na cabeça. – falou determinada.

  - Ok, vamos lá. – ele olhou para o alvo esperando o erro.

  Ela atirou e acertou para fora do homem, acima dos ombros.

  - O quê? – ficou sem entender.

  - É por causa da distância. – ele falou – Não estudou geometria não?

  Beth olhou pra ele, agora mais determinada ainda.

  - Eu vou acertar aquela cabeça.

  - Ok. – ele falou indo para trás e encostou-se à parede do fundo com as mãos no bolso do casaco. – Tente o quanto quiser, eu vou ficar aqui só apreciando... – e não terminou a frase.

  Beth se concentrou no desenho e começou a dar vários tiros até acertar na cabeça.

  - Consegui! – falou pulando, tirando o protetor e guardando a arma na janela – Você viu? Eu consegui!

  Rio estava morrendo de rir.

  - Sim, parabéns. – comentou irônico – Depois de dar trinta tiros no cara você o matou por acertar na cabeça dele.

  - Ah vai! Já é alguma coisa. – falou toda feliz – Pelo menos ele morreu.

  - E o que ele fez pra merecer isso? – ele perguntou mordendo os lábios.

  Beth ficou sem saber o que dizer. Percebeu que estavam perto um do outro numa sala minúscula, fechada, apenas com uma fresta de luz que vinha de uma janela acima do padrão.

  Rio se desencostou da parede e se aproximou dela.

  Ela ficou onde estava e o encarou nos olhos, sentindo o seu corpo inteiro tremer por dentro, com a respiração acelerada e aquela vontade louca de pular em seu pescoço e saciar o seu desejo.

  Rio parecia que ia falar alguma coisa, mas quando percebeu que ela queria o mesmo tanto que ele, decidiu não enrolar mais. Foi com a mão firme na nuca dela e a puxou para si, num beijo quente e caloroso, envolvendo-a em seus braços e trazendo-a pela cintura mais perto de seu corpo. Ele queria senti-la, estava desesperado para tocar em todo aquele corpo.

  Os dois andaram até o outro lado, encostando Beth contra a parede e colocou sua mão por dentro da blusa dela até tocar em seu seio. Começou a beijar seu pescoço, enquanto a segurava pelos cabelos.

  Beth estava gostando de todo aquele momento no começo, mas agora que tinha percebido que estava indo longe demais. Ela nem sabia ao certo quais eram as verdadeiras intenções dele, talvez fosse só uma aventura pra depois sair contando para os homens sobre ela, e era repugnante isso.

  Ela sentiu medo de pedir pra ele parar e ele não der ouvido e tomá-la a força mesmo assim. Ele era um gangster e tinha uma arma, podia fazer o que quisesse com ela. Mas apesar do medo, se tinha uma coisa que ela não suportava, eram homens que não sabiam parar.

  Ela decidiu tentar a sorte.

  - Rio... – falou ouvindo-o gemer em seu ouvido.

  Por mais que ela o quisesse, se não estava se sentindo segura, não era o momento.

  - Rio, pare, por favor. – colocou a mão em seu peito e o afastou devagar.

  Ele parou, tirou a mão de dentro da sua blusa e a olhou.

  - O que foi? Está tudo bem? – perguntou ofegante e com um semblante preocupado.

  Beth ao mesmo tempo em que queria confiar naquele olhar, também tinha receio do que ele poderia fazer depois.

  - Sim, eu estou bem... Mas acho que talvez não seja o momento. – falou com medo da reação dele.

  Rio ficou olhando pra ela sem entender.

  - Eu sei que parece besteira, mas, eu sou casada há 20 anos e nunca fiquei com outro homem desde então. – explicou com calma – Me desculpe, mas acho que ainda não estou preparada.

  Ela estava esperando ele ficar irado e começar a gritar ou pegá-la a força, porém foi surpreendida.

  - Tudo bem. – ele falou dando um passo pra trás – Se não está preparada então podemos esperar.

  Beth nunca imaginou que ouviria isso.

  - Só me avise quando estiver pronta. – ele acrescentou e sorriu pra ela – Eu garanto que não vai se arrepender.


Notas Finais


AAAAAAAAAAAA

Esperei muito por esse momento ♥

Eu sei que talvez vc tenham ficado com raiva porque não rolou, mas eu acho interessante ressaltar a importância dos homens saberem a hora de parar. Às vezes não estamos preparadas mesmo, às vezes até mesmo com namorado, marido, não estamos afim, e os homens precisam entender isso.

Então eu achei interessante mostrar o Rio com esse lado compreensivo, porque já que ele é o crush da maioria, ele tem que ser um VERDADEIRO homem. Concordam??

Próximo cap tem mais!!!
Vamos ver o que vai rolar, já estou ansiosa para escrever =D

Beijoooos ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...