História Linhagem de Sangue - (Hiatus) - Décimo Quarto Ato – Vermelho No Sabaku

 Com a respiração pesada e ofegante, Itachi chutou a primeira coisa que viu pela frente.

Estava em um misto de emoções que poderiam facilmente desestabiliza-lo em questões de segundos. Não conseguia entender Hinata, ontem havia o beijado de forma tão intensa que por um segundo sentiu vontade de largar tudo por ela, mas hoje faz isto.

Bater na própria irmã... grávida!

Quando Karin começou a se explicar noite passada, Itachi esperava qualquer coisa, menos que ela estivesse grávida novamente, mas agora… – Por mil infernos! – Sasuke assistia a cena que seu irmão fazia com os braços cruzados.

– Não acho que se descabelar fará alguma diferença irmão. – Comentou o mais novo revelando-se. – Quer conversar?

Itachi suspirou pesado e sentou-se no chão perto do mesmo. – Eu sei que a culpa é minha. – Confessou tristonho. – Eu deveria ter parado, ou melhor, não podia nem ter começado, mas…

– Você ama ela! – Concluiu Sasuke como se fosse óbvio.

Itachi arregalou os olhos com aquela afirmação, não podia amar Hinata.

Não podia...

–... deve estar neste exato momento brigando internamente consigo mesmo, desejando em seu âmago mais profundo, que isso não seje verdade. – Sasuke irritou-se. – Sejamos sinceros Itachi, você não pode continuar desse jeito, só magoaria mais Hinata e voltaria mil vezes frio até Karin. O fato é, se tu a quer, lute por ela.

Itachi engoliu a seco.

Sasuke estava sendo sincero, dizendo não o que ele queria ouvir, mas sim o que ele precisava. – Karin está grávida Sasuke. – Disse entre dentes. – Não posso deixa-la desta maneira e...

– Oras Itachi, por algum segundo tu já te perguntou do porquê Hinata ter batido nela e ter lhe chamado de estúpido?! Óbvio que alguma coisa aconteceu e não tem nada haver com vocês dois.

– Ela está estranha desde a noite passada. – Disse ele pensativo. – Quando encontramos Karin e Naruto nos corredores.

Sasuke fez uma careta engraçada e segurou o riso. –... Porque estas a sorrir?

– É pior do que eu pensava. – Disse encarando o irmão. – Se eu disser o que acho, provavelmente tu vais me quebrar a cara, então eu sugiro que converse sinceramente com Hinata. – Levantou-se apressado. – Preciso tirar minha dúvida, mas tarde nos falamos.

E saiu deixando o irmão entre pensamentos.

Sasuke seguia pensativo em direção a única pessoa que lhe podia tirar aquela dúvida.

Sakura!

…

Ino tentava a todo custo acalmar o choro insessante de Karin sob seu colo. Ela tinha quase certeza absoluta que Hinata sabia sobre a ruiva e Naruto, mas não perguntou sobre o assunto até que sua irmã tivesse parado de soluçar.

– E então?! – Quebrou finalmente o silêncio.

Karin estava com a voz embargada, mas respondeu firmemente a loira. – Ela sabe! – Declarou arrancando um suspiro pesado de Ino.

– Por mil infernos Karin, o que tu tens na cabeça? – A loira obrigou a irmã a encara-la. – Você e Itachi tem um casamento sólido, que gerou frutos e vem mais um a caminho… – Ino viu a irmã estremecer quando falou do provável segundo filho, e tratou logo de balançar a cabeça em negação. – Não! – Karin abaixou a cabeça voltando a chorar. – Por Deus, tu estás louca?!

– P-por favor Ino, e-eu não estava raciocinando devidamente. E-eu… – Tentava explicar-se a todo custo, mas a loira ficava mais irritada a cada palavra.

– Tu estás a envergonhar nossa família Karin. Não me admiras Hinata ter lhe dado um tapa, pois é exatamente o que eu sinto vontade de fazer agora.

Ino abominava traição, sempre soube que Karin tinha tido um romance passageiro com o Uzumaki, mas nunca imaginou que tivesse ido tão longe.

Seria hipócrita se a odiasse, já que seu marido a traía descaradamente com messalinas e criadas. – Tu vais falar a verdade. – Decretou a loira.

– O-o que?

– Tu vais falar a verdade a Itachi, irá pedir perdão a Hinata e tirar Naruto Uzumaki da cabeça.

– Itachi não me perdoaria nunca. – Karin disse nervosa.

Ino segurou sua mão. – Você está certa, ele provavelmente lhe abominará até seu último suspiro, mas não te deixarás sozinha. – Karin sabia, e por isso chorou mais ainda.

– Eu amo Naruto. – Disse tristemente. – Meu coração se aquece quando ele está perto de mim, me tira o vazio que Itachi me causa.

Ino sentiu complacência pela mais velha. Itachi era totalmente correto, mas frio de uma maneira horrível com a ruiva. Só demonstrava amor mesmo ao filho. – Eu sinto muito Karin, mas tu precisas fazer isto sozinha agora. Estas na hora de colher o que tu plantou. – E por fim se retirou.

Karin se permitiu chorar tudo o que poderia naquele momento, pois o que vinha pela frente lhe assustava verdadeiramente. Sabia que Hinata a odiaria, que Itachi nunca mais a olharia com respeito, e o pior de tudo, que iria ficar sem seu amor novamente.

Mas faria…

Levantou de sua cama e lavou o rosto rapidamente em seu lavatório. Arrumou seu cabelo e se olhou no espelho uma última vez antes de seguir em direção aos aposentos de Hinata.

Deu três batidas acanhadas na porta, e logo ouviu passos em direção a porta.

Engoliu a seco.

– Karin. – A ruiva sentia a voz da irmã fria e arrastada.

Parecia ter chorado.

– Precisamos ter agora! – Disse firmemente.

Não se intimidaria pela frieza nos belos olhos da irmã. – Pois bem, entres. – Lhe deu passagem e respirou fundo após fechar a porta atrás de si.

– Queres a versão curta ou a mais longa? – Perguntou tomando início no diálogo. – Eu espero que tu escutes tudo antes de falar.

Hinata sentou na cadeira em frente a irmã e cruzou os braços esperando que Karin prosseguisse. – Tudo bem, até porque tu também vais escutar o que lhe tenho a dizer.

Karin ascentiu em concordância. – Bem… tudo começou quando papai e eu viajávamos para Espanha junto com Itachi à mando do Rei. Nós dois tínhamos acabado de noivar, e papai achou que seria bom uma viajem para nos enturmamos mais. – Suspirou. – Só que Itachi era muito neutro a tudo, ele não parecia querer aquela união, confesso que eu também não, mas ambos fizemos pela família. – Hinata ouvia atentamente. – Conheci Naruto lá em um jantar que Lady Kushina oferecia a ele por sua chegada, foi naquele dia que minha vida mudou para sempre.

Hinata estava calma por fora, mas por dentro estava um completo caos. –... nós praticamente nos tornamos melhores amigos…

– Praticamente…?

– Nós dois sabíamos que no fundo, aquilo era bem mais que uma bela amizade Hinata. – Respondeu calmamente.

– Não precisa me contar o resto da história, eu posso deduzir certamente o que aconteceu. Provavelmente tu se entregou a ele por "amor" e foi embora no dia seguinte, pois acreditava que seria o melhor para todos e para integridade de nossa família, estou certa? – Karin arregalou levemente os olhos para a outra.

– C-Como deduziu que dormimos juntos? – Perguntou em um fio de voz.

– Um amor assim certamente fora consumido, não sou tola Karin. – Completou a morena sem emoção aparente. – O que me conflita é o fato de Itachi não desconfiar de nada, já que tu não era mais virgem.

– Mamãe me ajudou. – Agora sim Hinata tinha esboçado surpresa. – Contei a ela e a Ino tudo, ela ficou sem falar comigo por semanas, mas no fim me ajudou a concertar a burrada que eu havia feito.

– Isso é completamente insano. Se tu fez isso tudo para "concertar" sua burrada do passado, porque então retomar o erro e agora com ele sendo meu noivo?

– Por saber tão bem decifrar as pessoas, achei que essa resposta seria fácil para que você respondesse Hinata.

– Amor… – Murmurou a outra sorrindo enigmática. – Tenho mais uma pergunta a ti.

– Faça.

– Este filho é de quem? – Karin engoliu a seco.

– Naruto. – Hinata não esboçou surpresa.

– Quando?

– No casamento de Lady Tayuya. – Karin não queria mais mentir. – Em momento algum eu disse que era de Itachi, eu apenas lhe disse que estava grávida.

Hinata sorriu sarcástica. – Claro, como se ele fosse advinhar que sua santíssima esposa o traía com o noivo da irmã. Por Deus Karin!

A ruiva nada disse, apenas abaixou a cabeça envergonhada. – O que fará a respeito de Naruto? – Aquela pergunta estava martelando em sua cabeça.

Hinata levantou. – Se preocupe com o que tu fará a respeito de Itachi, de Naruto cuido eu. Mas já que tu foi sincera comigo, eu te direi a verdade.

– Do que está falando?

Hinata respirou fundo. – De mim e de Itachi.

…

Sakura caminhava completamente aérea em direção a seu quarto. Contudo, seu sorriso meio abobalhado não lhe saía da face corada. Tocou os lábios involuntariamente e sorriu.

– Suponho que Lord Gaara deve beijar divinamente bem minha irmã. – Sakura deu um pulo para trás ao ouvir a voz doce da irmã ao seu lado.

– Céus Ino, ainda vou acabar morrendo do coração de tantos sustos que tomo. – Sorriu em seguida. – Aconteceu algo?

– Não, só vim te convidar para irmos ao castelo a pedido de mamãe, já que Karin e Hinata estão falando neste exato momento. – Sakura arregalou os olhos. – Tu sabes não é?

– Hinata me contou somente o que ela viu. – Ino sorriu fraco.

– Não é da nossa conta mesmo. – Disse visivelmente entristecida.

– Respingará em nós de qualquer maneira. – Sakura sorriu compreensiva.

– Tem algo mais que eu não estou sabendo?

Sakura olhou profundamente para irmã e suspirou. – Isso só Hinata pode lhe dizer.

Ino não questionou sobre tal, sabia que assim como ela e Karin guardavam segredos, Sakura e Hinata também tinham os seus. –... mas sobre irmos ao castelo, o que faremos lá?

Ino mudou a face rapidamente. – Me parece que Naruko irá se mudar definitivamente para cá e mamãe pediu que fôssemos ao seu auxílio, já que ela quer conversar com Karin e Hinata ao mais tardar.

– O castelo é meio distante para irmos sozinhas não achas? – Perguntou incerta a mais nova.

– Por isso Sasori nos acompanhará. – Respondeu sorridente. – Não sei você, mas eu espero realmente que nosso irmão possa vir a amar Naruko algum dia. Ela é uma pessoa incrível.

– Eu também, apesar de ainda sentir por Christinie. – As duas suspiraram tristes. – Mas é como tu disses, Naruko certamente o fará feliz.

Após um sorriso cúmplice, Sakura entrou em seu quarto para arrumar-se, assim como Ino que saltitante seguiu até seus aposentos.

Alguns minutos depois, ambas caminhavam elegantemente até a carruagem dos Dampierre, que as esperava pacientemente. – Lady Ino, Lady Sakura. – O cocheiro as cumprimentou educadamente.

– Bom dia Richard! – Sakura respondeu no mesmo tom, Ino apenas acenou educada.

Sasori já as esperava dentro do transporte. – Minhas queridas, devo dizer que estão belíssimas está manhã. – Sakura sorriu agradecida.

– Obrigada meu doce irmão. – Ino respondeu lhe sorrindo. – Ansioso para buscar vossa noiva?

Sasori revirou os olhos. – Não tem nem duas horas que ela e Lord Gaara saíram daqui Ino, como posso sentir falta em um período tão curto de tempo?

Ino bufou. – Estas a lhe faltar romantismo meu irmão, vê Sakura?! Gaara mal saiu daqui e ela já está ansiosa para revê-lo. – A rosada corou violentamente. – Deve ter sido pelo seu primeiro beijo.

– Ino! – Sakura lhe deu um cutucacão arrancando uma careta da irmã.

– Lord Gaara ousou beijá-la minha irmã? – Sasori parecia indignado com tamanha ousadia do ruivo.

– Err…

– Oras Sasori, não se faças de rogado. – Ino o repreendeu.

O ruivo calou-se aborrecido.

A carruagem ia em seu ritmo, enquanto os irmãos Dampierre conversavam animados sobre assuntos banais lá dentro, Sakura era a única meio avoada.

Depois de Ino dizer com tanta convicção ao irmão que Gaara lhe roubara o primeiro beijo, não pôde deixar de pensar em Sasuke e no beijo que o moreno roubou para si. – Ah Sakura, Sasuke estava a sua procura está manhã. – Sasori chamou sua atenção.

– O que ele queria com ela? – Ino questionou confusa.

– Não me disse, só falou que era uma dúvida que só ela lhe podia tirar, mas eu disse que tu estava na sala privativa com Gaara. – Explicou o ruivo.

Sakura não tinha visto nem rastro do moreno, e por um breve segundo sentiu um estranho aperto no peito com a possibilidade dele ter visto o beijo nada apropriado naquela sala entre ela e Gaara.

– Não o vi. – Disse por fim.

Ino ficou com uma pulguinha atrás da orelha, mas resolveu deixar para lá, pois tinha outra coisa para se preocupar no momento.

O príncipe.

Não entendia os enigmas do nobre Sai Shimura, mas não podia negar que ficava estranha perto do mesmo.

– Estamos a chegar meu senhor. – Comunicou o cocheiro a Sasori, que se limitou a ascenti com a cabeça em concordância.

– Nós podemos vir a demorar caso o Rei solicite nossa presença, está bem? – Sasori dizia pacientemente as irmãs.

– Não se preocupe, Sakura e eu vamos encontrar algo para fazer neste meio tempo. – Ino agarrou o braço da mais nova e lhe sorriu cúmplice.

– Ótimo, vamos!

Os irmãos desceram do veículo rapidamente, e logo na entrada do castelo, Naruto os esperava com a irmã que sorria de orelha a orelha.

– Ino, Sakura. – A loira correu para abraçar as cunhadas queridas.

– Naruko! – Sakura lhe sorriu e Ino abraçou-a.

– Lady Naruko! – Sasori beijou sua mão suavemente.

A loira corou e sorriu docemente ao ruivo. Por um instante Sasori se permitiu perder-se naquele lindo e radiante sorriso. – Meu senhor. – Curvou-se respeitosamente.

Naruto cumprimentou educadamente as moças, mas todos ali sabiam do clima estranho que se formara.

Exceto Sasori e Naruko que estavam neutros sobre o assunto.

– Vamos entrar, o Rei deseja vê-las. – Comunicou o loiro sem emoções alguma.

– O-O Rei? – Sakura questionou nervosa.

– Sim. – Ino sorriu envergonhada e seguida da irmã, seguiram em direção ao salão real.

O Rei organizava planos de batalha juntamente com seus sobrinhos, Gaara e Menma, já que seu general Jiraya e seu filho estavam resolvendo outros assuntos sobre os possíveis ataques ao castelo.

Gaara mantinha-se concentrado em sua tarefa, assim como Menma, mas o barulho das grandes portas do salão se abrindo fora o bastante para chamar-lhes atenção.

– Meu Rei… – Naruto curvou-se em respeito. –... as filhas do Conde Dampierre. – E então Sakura e Ino passaram pelas portas, chamando atenção de todos na sala e até mesmo dos guardas que mal podiam mexer-se.

Danzou sorriu ao notar as belas jovens a sua frente. – Sakura, Ino. – As cumprimentou educadamente.

– Vossa graça. – Ino foi a primeira a curvar-se perante o Rei.

– Majestade. – Sakura seguiu o mesmo gesto. – Lord Uzumaki disse-nos que gostaria de nos falar.

Danzou levantou de seu trono e caminhou com todo o seu porte as duas damas. – Certamente minhas queridas, acho que Naruto exagerou, eu apenas queria vê-las, já que isso está a se tornar cada vez mais raro.

Sakura sorriu doce.

– Quando quiseres nossa presença é só chamar-nos tio Danzou. – O homem sorriu alegre.

– Adoro quando me chama de tio Ino, e você também Sakura. – As duas sorriram animadas. – Bem, não quero lhes tomar seu tempo, só queria vê-las novamente.

Ino segurou a mão do Rei chamando atenção de todos, exceto de Sakura.

– Se o senhor quiser, posso lhe fazer companhia enquanto aqui estiver, já que Lord Gaara com toda certeza irá solicitar a presença de minha irmã para si, então posso lhe entreter para tirar-lhe o extresse que os rebeldes tem causado. – Danzou suspirou aliviado.

– Estava esperando que me chamasse querida. – Segurou o braço da dama e antes de sair, deu ordens a todos na sala, exceto seu sobrinho Gaara que provavelmente teria algo mais interessante à fazer.

Sakura sorriu animada ainda olhando a silhueta do Rei e da irmã desaparecerem entre os corredores.

– Minha senhora? – Gaara chamou-a tirando de seus devaneios.

– Milord. – Sorriu docemente a ele.

– Gostaria de conhecer minha irmã? – Perguntou no tom neutro de sempre.

Sakura lhe estendeu o braço. – Seria uma honra conhecer a Duquesa de Portugal.

Juntos seguiram em diração aos jardins, onde foram informados que a Duquesa e o marido possivelmente estariam.

Em todo o trajeto, Sakura podia sentir Gaara tenso a medida que se aproximavam dos jardins reais, porém não o questionou sobre tal, afinal, não queria ser uma noiva chata.

–... se continuar a sorrir assim, ele começará acha-la chata.

As palavras de Sasuke ecoararam em seus pensamentos, assim como seus belos traços. Sakura sacudiu a cabeça levemente sem chamar atenção do homem ao seu lado, para espantar tais pensamentos.

Quando ambos se deram por si, já estavam caminhando incertos ao belo casal a sua frente.

– Duque, minha irmã. – Gaara os reverenciou brevemente.

– Lord Gaara. – Shikamaru sorriu levemente ao cunhado. – Quem és está bela donzela ao teu lado? – O homem perguntou o que sua esposa também queria saber.

– Está é Sakura Dampierre, minha noiva. – Então a loira alargou mais seu sorriso.

– É uma honra conhecê-los. – E antes que a rosada os reverenciasse, Temari a esmagou em um abraço apertado e agradecido.

– Nossa, quando meu irmão disse que tu eras bela, não imaginei que fosse tanto. – Sakura corou envergonhada. – Tão adorável meu irmão.

– O-Obrigada Milady. – Sakura disse com um fio de voz.

– Não envergonhes a moça Temari. – Shikamaru tocou gentilmente o ombro da esposa para que pudesse beijar educadamente a mão da moça a sua frente. – É bom finalmente conhecê-la Lady Dampierre.

– Obrigada Duque.

Logo de cara Sakura gostou dos dois que futuramente viriam a ser sua família também. Temari era imperativa e alegre como sua irmã Ino, já Shikamaru apesar de parecer preguiçoso, era inteligente e perpicaz como Hinata.

Ficaram por vários minutos conversando sobre assuntos banais, sobre o casamento de Gaara e Sakura, até o casal precisar se retirar, deixando os dois sozinhos.

– Então, como eles se conheceram? – Perguntou curiosa. – Eles são tão diferentes.

Gaara sorriu minimamente lembrando de algo. – Na verdade, é até uma história engraçada e meio suicida. – Sakura arqueou uma das sobrancelhas em confusão.

– Como assim?

– Acredite se quiser mas, Shikamaru e Temari se odiavam. – Sakura arregalou os olhos desacreditada. – Shikamaru vivia a chamando de problemática e ela o chamava de preguiçoso, mas no fim era só amor aprisionado. – Sorriu nostálgico.

– Eles são diferentes, mas claramente se amam e completam. – Disse por fim a rosada, que agora encarava o ruivo.

– Gostaria de caminhar pelo palácio? – Perguntou tentando prolongar a companhia de sua noiva.

– Seria maravilhoso.

Ambos andaram calmamente de volta ao castelo, conversavam banalidades do dia a dia. Os corredores estavam silenciosos, somente o som da passada de ambos sobrepujavam o silêncio calmo do lugar.

Gaara mantinha-se concentrado em cada palavra de sua noiva, mas tinha seu nervosismo presente a todo momento, e ele só aumentou quando viu duas silhuetas bastante conhecidas para si, caminharem destraídos em sua direção.

–... romances vitorianos certamente estão entre meus preferidos... – A moça de cabelos escuros dizia, antes de notar a presença do jovem casal em sua direção.

– Lady Sakura. – Menma sorriu divertido a belíssima dama ao lado de Gaara. – Pensei que estivessem nos jardins.

Sakura notou a face séria do homem à seu lado e respondeu educada. – Estávamos, mas resolvemos caminhar pelo castelo.

Menma sorriu a moça. – Ah! Como sou mal educado, esta é Lady Leah prima do Duque Nara.

Gaara trincou os dentes.

– Mais que furtuito finalmente conhecê-la Lady Dampierre. – Leah disse gentilmente. – Todos estavam comentando sobre a noiva de Gaara, já estava ansiosa para finalmente conhecê-la.

Sakura sentiu-se intimidada pelo tamanho porte e beleza da mulher a sua frente.

Parecia uma rainha, de tão educada, doce e formosa. – O-obrigada Lady Nara. – Agradeceu envergonhada.

– Me chame de Leah apenas. – Sakura sorriu agradecida.

– Certo Leah. – Gaara encarava sem pudor a mulher em belos trajes negros a sua frente, só para constatar obviamente sua beleza genuína.

– Bem, Menma e eu deixaremos o casal em paz, até logo Lady Sakura. – Sorriu doce. – Lord Gaara. – Curvou-se respeitosamente lhe sorrindo.

– Até Leah. – E assim os dois se foram, tão rápidos quanto chegaram. – Ela é belíssima... – Sakura murmurou divertida.

– É, ela é sim… – O ruivo então se deixou tomar por lembranças sem perceber…

As árvores dos jardins pareciam contrastar perfeitamente com os belos cabelos escuros e o simples vestido floral em meio a tanto verde. Gaara sentiu seu coração palpitar em seu peito, a medida que ela corria em divertimento de seus irmãos mais novos.

Ali estava o único motivo pelo qual não sentia vontade de ir embora, sua melhor amiga, a mulher mais bonita para seus olhos.

A dona de seu coração...

– Vais ficar me observando, ou virá até mim? – A voz rouca e suave que mais lhe preenchia os ouvidos o tirou de seus devaneios.

Gaara sorriu. – Suponho que observar seje melhor, não quero ter minha cabeça arrancada por vosso pai. – Leah agarrou sua cintura brincalhona e aproximou o rosto bem próximo ao dele.

– Antes peço que ele me mate. – Gaara pegou seu rosto com ambas as mãos e roçou os lábios levemente aos dela.

– Eu tenho medo de perde-la, mas do que tenho amor a vida, sabes disso, não é?!

Ela sorriu gentilmente o abraçando. – Você não irá me perder nunca Gaara.

Gaara a fez olha-lo novamente em seus olhos. – Prometes?

– Eu prometo! – Então ele a beijou apaixonadamente...

–... Gaara? – Sakura o chamou pela terceira vez. – Estas bem?

Então ele olhou para mulher a seu lado e abraçou-a ternamente. – Você fará com que tudo fiques bem de novo minha doce Sakura.

Ela corou, mas logo tratou de retribuir o gesto com muito afeto.