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História Linhagem de Sangue - (Hiatus) - Terceiro Ato – Antipatia Mútua


Escrita por: AnjoFaux

Notas do Autor


Boa Leitura e desculpem se ficou meio pequeno. ♡

Música : Save My Heart – Jason Reeves

Capítulo 4 - Terceiro Ato – Antipatia Mútua


Fanfic / Fanfiction Linhagem de Sangue - (Hiatus) - Terceiro Ato – Antipatia Mútua

– Pálacio Real –

O sol adentrou fortemente o quarto do sobrinho mais novo do Rei.

Naruto espreguiça-se lentamente enquanto tenta inutilmente deixar os olhos abertos. Ele força mais um pouco as vistas, para por fim se por de pé.

Era cedo ainda, nem oito da manhã, mas tinha coisas a fazer, papéis para carimbar, conversas a ter, enfim... Coisas que certamente lhe atormentariam a manhã inteira, e se tivesse o mínimo de sorte, nem seu irmão, nem o primo o perturbariam durante o dia.

Mas, como era um ser provido de azar, quem aparece em suas vistas assim que abri as portas do quarto, foi seu querido irmão Menma.

– Está atrasado!

Naruto revira os olhos. – Bom dia para você também meu honroso irmão.

Menma lhe olha apático.

– Vamos, o Rei está a nossa espera no salão real.

E sai à frente do irmão, enquanto Naruto arrastava-se atrás.

Menma andava como um perfeito diplomata a mando da coroa Espanhola, ele certamente tinha puxado o pai. Já Naruto, era mais sua linhagem Escocesa, astuto e alegre, por mais que lhe faltasse bons modos as vezes, ele ainda sim era um perfeito cavalheiro como o irmão mais velho.

– Onde está Gaara? – Pergunta bocejando.

– Diferente de você, ele é pontual, e já está junto ao Rei.

Menma era extremamente sério e talvez por isso nunca houvesse se casado.

– Eu estava cansado meu irmão, e ainda é bem cedo pra você se irritar. – Ele não diz mais nada, segui o resto do trajeto em pleno silêncio.

Chegaram em frente aos guardas do Rei que logo lhe concederam passagem para entrar.

A figura pálida do príncipe Sai é a primeira coisa que Naruto vê, e logo atrás dele sentado no trono estava o Rei, conversando animadamente com Gaara e um homem de cabelos brancos e máscara na face.

– Vossa Graça.

Menma é o primeiro a se pronunciar curvando-se em respeito.

– Menma, Naruto...

O homem sorri ao ver os tão amados sobrinhos.

– Meu Rei...

Naruto curva-se antes de seguir o mesmo trajeto do irmão rente ao Rei.

– Naruto eu quero que você conheça alguém. – O Rei olha para o homem mascarado a seu lado, que parecia sorrir amigavelmente sob o tecido. – Este é o Conde Kakashi Dampierre, meu conselheiro e amigo pessoal.

Naruto curva-se em respeito.

– Muito prazer, Lord Dampierre. – Estende-lhe a mão.

Kakashi sorri amigavelmente, puxando o loiro para um abraço apertado.

– Ora meu jovem, não precisa de toda esta formalidade, vamos ser família em breve!

Naruto ergue a sobrancelha em plena confusão.

– Desculpe Milord, mas não estou a entender.

O Rei toma partido da pequena explicação ao loiro.

– Meu querido sobrinho, eu e Kakashi estávamos terminando de tratar o seu casamento com uma de suas filhas. Na verdade, você e Gaara são rapazes de sorte, suas noivas são de uma beleza surpreendente.

Naruto engasga com a própria saliva.

– N-noiva? – Então arregala os olhos.

Gaara bufa entediado. – Sim Naruto, noiva. – Respira fundo. – O Conde nos deu tamanha honra de nos escolher para desposarmos suas tão honradas filhas.

Naruto havia entendido, só não sabia que nem a mulher com quem gostaria de casar, pudesse ser escolhida por ele.

– Me desculpem. Mas, não esperava tamanha honra, mal cheguei.

Somente Gaara e Menma sentiram sua pitada de sarcasmo na fala, mas não fizeram alarde algum. – Posso pelo menos saber o nome da senhorita sua filha?

– Sua futura esposa será minha bela Hinata. – Kakashi sorri orgulhoso. – Quando começar a corteja-la oficialmente, terás noção do que falo.

Naruto sorri forçado, mas logo entusiasma-se com a ideia de casar-se, afinal o quão errado poderia dar?

O sol que perdurava-se sobre a cabeça de Itachi, era de torrar as ideias de qualquer um, especialmente quando tratava-se dos filhos do Chanceler Kakuzu.

– Diga-me jovem Itachi, como vai sua adorável esposa?

Itachi simplesmente não entendia do porque aquele homem gostava tanto de mudar o rumo da conversa, e pior ainda, falar de sua esposa.

– Por favor sua graça, gostaria de manter o foco principal nesta conversa, odeio ter que perder meu tempo com assuntos desnecessários e que certamente não lhe interessam.

Kakuzu sorri presunçoso.

– Está de mau humor jovem Itachi. – Ele arruma preguiçosamente seu brasão que estampava orgulhosamente em seu pesado cordão de ouro. – Mas, gosto de sua diretriz.

– Então vamos ao que realmente interessa. – Sua voz era seca e sem emoção. – O Duque meu pai, gostaria de um privativo com vossa senhoria daqui a dois dias em nossas terras, ele exige sigilo de vossa parte. – Termina já se pondo de pé. – Alias, Vossa graça pediu que avisasse que o casamento de sua filha será adiantado, pois como bem sabe, o filho de um nobre tem deveres maior do que cortejar uma mulher.

Kakuzu sorri satisfeito.

– Comunicarei minha Tayuya ainda hoje, e também gostaria de enviar um convite formal ao Conde Dampierre por você se me permite, seria uma honra tê-lo neste dia gracioso a minha filha.

Itachi passa a mão em seu cavanhaque irritadiço.

– Se era isso, eu acho que esta reunião está acabada.

Ele aperta a mão do homem fortemente e retira-se do recinto a passos firmes.

Odiava diplomacia e ainda mais os nobres de quem era encarregado.

Itachi adentra em sua carruagem e segui direto as terras de seu sogro. Não precisava ir de encontro as cunhadas, já que Hinata deixou bem claro sua irritação perante ele. Sakura por outro lado, não gostou muito da ideia de ambas voltarem somente com o cavalariço, Itachi não concordou mas, sua cunhada era extremamente arrogante e orgulhosa quando queria.

– Meu senhor?!

Ele chega em frente à casa maior do Conde e logo um de seus homens veio lhe falar.

– Minhas cunhadas já chegaram?

Ele apressa suas passadas com imponência.

– Chegaram bem antes de vossa senhoria.

Por fim, ele suspira aliviado.

– Ótimo, mas alguma coisa?

– Vossa senhora deseja falar com o senhor, pediu que eu lhe avisasse assim que chegasse.

Itachi adentra a casa maior com uma cara péssima, e odiaria ter que falar com a mulher naquele momento.

Ele escuta risos vindo da cozinha, provavelmente eram as senhoras da casa. Sobe os degraus vagarosamente em direção ao seu quarto.

Não queria falar com Karin, mas quanto mais rápido acabasse, mas rápido descansaria.

Sua mulher estava de braços cruzados olhando alguma coisa lá fora de modo fixo.

– O que deseja minha senhora? – Fala com sua pouca paciência, e Karin nota.

Ela suspira baixo e caminha até o marido. – Gostaria de lhe fazer um pedido meu marido. – Itachi avalia ligeiramente as feições da esposa, só para constatar o óbvio, sua beleza exótica. – Sei que andas ocupado demais ultimamente e eu realmente me desculpo por estar sendo inconveniente mas, eu queria lhe pedir para que me deixasse ficar aqui na casa de meus pais por mais algum tempo, quero ficar mais um pouco com minha família.

– Estas insinuando que eu não lhe dou a devida atenção?

Ela segura suas mãos rapidamente.

– Não quis colocar desta forma querido, me perdoe. – Toca gentilmente as longas madeixas do homem. – Eu sou feliz! Mas, me sinto um pouco solitária, só quero passar mais algum tempo com elas antes de irem embora de novo.

Itachi vê a sinceridade de sua mulher em seus belos olhos castanhos.

– Ficaremos por quanto tempo desejar minha querida. – Karin sorri animada e lhe dá um breve selinho, mas antes de se pôr a andar, Itachi segura firmemente sua fina cintura sobre as várias camadas de seu vestido verde musgo.

– Desejo que me recompense adequadamente por isso.

A puxa pelos cabelos, e a beija com pura luxúria e desejo.

Toc Toc!

Suas carícias foram interrompidos por batidas ocas na porta.

– Infernos. – Murmura arrancando uma leve risada de sua mulher. – Quem é?

Hinata suspira pesado do outro lado da porta.

– Meu pai deseja vê-lo Milord.

Itachi sorri minimamente ao constatar tamanha força de vontade que Hinata fazia ao vir chama-lo.

Karin foi a primeira a tentar arrumar-se enquanto Itachi abria a porta sem pudor algum.

– Estarei lá em instantes, mas como vê tenho assuntos inacabados com minha mulher.

A morena revira os olhos em ódio explícito.

– Que seja!

E sai levando as várias saias de seu belo vestido negro. 

Hinata descia as escadas como um cavalo com raiva.

Sakura toma um susto quando percebe a aura negra da irmã. – Está tudo bem? – Pergunta baixo para que sua mãe não perguntasse a respeito.

– Como aquele homenzinho atrevido ousa mandar em mim? – Hinata murmurava indignada, e não da recado algum a seu pai que já estava impaciente com a demora do genro que sempre fora pontual quando chamado.

– Hinata? – Sakura tenta novamente, mas sem sucesso.

Sua irmã parecia estar em seu mundo particular de ódio.

– Sakura querida. – Sua mãe a chama carinhosamente.

– Sim, minha mãe?

– Seu pai pediu para lhe dizer que seu cavalo está nas terras dadas a Ino e o marido.

Sakura se martiriza mentalmente por ter esquecido completamente de seu tão amado, Rob Stuart.

– Ora, mas porque ele não está aqui? – Pergunta sentando ao lado da mãe.

– Ele estava infeliz aqui, e seu cunhado Sasuke tem verdadeira devoção por cavalos, então seu pai pediu para que ele tomasse conta dele enquanto você estivesse longe.

Sakura jamais imaginou que aquele acéfalo ao qual chamava de cunhado, pudesse gostar de cavalos.

– Quem diria... – Murmura rindo.

– Quem diria o que?

Ela nega brevemente voltando a noção.

– Para que lado fica as terras de minha irmã?

– Ao sul, não muito longe daqui, sabe que seu pai não quer que vocês fiquem muito longe dele. – Sua mãe sorri amavelmente lembrado de Kakashi. – Mas, porque quer saber?

– Gostaria de ir visita-lo, se possível amanhã mesmo. – Catherine sabia que logo sua filha pediria aquilo. – E também, posso ficar alguns dias com minha irmã.

– Três dias e nada mais, não quero ficar muito tempo longe da minha filha novamente.

Concordam silenciosas, pois seu pai e Itachi passam sérios em direção aos aposentos do mesmo. – O que houve Hinata?

Sua irmã tinha um sorriso vitorioso na face, mas logo tentou disfarçar. – Digamos que papai encontrou sua filha e genro em um ato libertinoso.

Cat coloca sua xícara sobre a mesa chocada com a naturalidade que sua filha dizia tal coisa.

– O que fez minha irmã?

Sakura estava tão chocada quanto a mãe.

– Ora, não fiz nada.

Ela fingi estar chocada e sai do recinto, sendo seguida por Sakura.

Karin desce minutos depois completamente vermelha de vergonha.

Sakura sorria toda vez que lembrava da antipatia da irmã pelo cunhado.

– Ora, pare de rir Sakura. – Hinata enlaça seu braço ao da irmã e juntas seguem caminhando os jardins da casa. – Sente saudades de lá?

Sakura para e encara a irmã. – Estamos em casa Hinata, isso é o mais importante. – Uma significativa troca de olhares foi o suficiente para que ambas voltassem a andar caladas. – Sente falta dele, não é?

Hinata enrijece rapidamente.

– Não quero que fale desse assunto aqui.

Sakura via no fundo dos olhos da irmã, a dor que aquilo ainda lhe causava.

– Me perdoe. – Hinata não diz mais nada. – Vou para casa de Ino, por alguns dias.

– O quê? – Sakura não entende o porque de Hinata ter ficado tão irritada. – Vai me deixar aqui sozinha com o casal maravilha e o papai falando de meu futuro noivo?

Sakura suspira. – Serão três dias apenas, você não vai morrer por isso, Hinata.

– Depois da vergonha que eu o fiz passar, você acha mesmo que ele deixará barato? – Sakura gargalha alto. – Pare de rir!

– Ninguém mandou você ser assim, tão impulsiva.

E volta a rir, enquanto a outra lamenta.

  

Já era noite, e todos estavam conversando animadamente na mesa de jantar, menos Hinata que deixou a cabeça baixa durante todo o tempo, pois sabia que havia duas ônix a encarando mortalmente, ela sentia como se ele pudesse queimar sua pele só com um olhar e ela não gostou nem um pouco daquilo.

– Você está realmente apavorada. – Sakura comenta a seu lado rindo abafado da desgraça de sua irmã.

– Sakura eu juro por Deus, que se não parar de rir, eu conto pra todo mundo o que você fez noite passada.

Sakura arregala os olhos de maneira sobre-humana encarando o sorriso faceiro que surgia nos lábios rubros da irmã mais velha.

– Como você...? – Coloca ambas as mãos na boca.

– Fique tranquila, ninguém além de mim presenciou seu descaramento com nosso cunhado.

Sakura bate em sua mão nervosamente irritada.

– Ele mereceu!

Hinata limpa a boca elegantemente com o guardanapo.

– Eu sei, eu também vi quando ele chegou. – Ela toca sua mão seriamente. – Mas, não faça mais aquilo, por mais que ele mereça.

Sakura sorri em concordância.

– Não farei.

Ambas terminam o resto da refeição silenciosas, mesmo Hinata ainda podendo sentir os olhos de outra pessoa sobre si.

Os corredores da casa maior estavam escuros, apesar de ser bem cedo ainda. Sakura adormeceu logo cedo pois viajaria de manhã, Sasori passaria a noite na casa do Duque pois tinham assuntos a tratar logo cedo. Karin acabou adormecendo, enquanto colocava o filho para dormir e Itachi não fez questão de acorda-la. Kakashi e a mulher se retiraram cedo também, e pelo sorrisinho que ambos carregavam nos lábios, eles certamente não iriam dormir.

Hinata ainda estava em seu vestido azul escuro com fios de ouro branco, dado por sua mãe.

Ela achava que todos já haviam se retirado, então sai para pegar um ar fresco nos jardins da casa, mal sabia que estava sendo seguida. Ela para, para admirar a magnitude da lua, quando sua boca foi tampada para abafar o provável grito que sairia dela, e senti suas costas irem de encontro com algo duro e frio, parecendo uma parede.

– Fique quieta.

Aquela voz fez com que seus pelos erissarem por completo.

– Ora seu energúmeno, tire suas mãos de mim. – Fala baixo o suficiente para não serem ouvidos e alto o suficiente para que ele entendesse sua raiva.

– Minha vontade nesse momento era de torcer esse seu lindo pescocinho arrogante, mas eu quero saber primeiro do porquê diabos você fez aquilo mais cedo.

Hinata sorri debochada.

– Ora meu cunhado, eu realmente não sei do que tanto falas.

Itachi odiava o modo como ela usava o sarcasmo a seu favor.

– Não gosto de criancices senhorita Dampierre, acho bom parar com isso e crescer mentalmente. – Ele segura seu queixo que tinha uma bela ondulação abaixo como se fossem partidos, e chega bem próximo de seu rosto corado de raiva e vergonha pela proximidade.

– Odeio garotas mimadas, e antes de fazer aquilo outra vez lembre-se de que eu e sua irmã somos casados. – Chega próximo a seu ouvido. – Eu posso fazer o que eu quiser com ela...

Hinata senti uma ardência abaixo de seu ventre e o empurra em alto defesa.

– Se tocar em mim novamente, eu juro por Deus que acabo com você.

Itachi sorri debochado.

– Não sei como um homem em sã consciência cometeria a loucura de desposa-la. – Ela arregala os olhos. – À conheço a menos de dois dias e nunca a vi tentando ser simpática com ninguém, sempre com o queixo em pé, possuída pela própria arrogância e orgulhosa ao nível jamais aceitável para uma dama.

Após engolir a seco e com lágrimas em formação nos cantos dos olhos, Itachi percebe que tinha ido longe demais.

– Obrigada pelos elogios.

Mesmo com a voz falha, ela fala e corre de volta para casa, de volta a seu quarto com uma enorme vontade de nunca mais sair de lá.


Notas Finais


O próximo terá mais introsamento SasuSaku ♡


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