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História Link - Surpresas


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Espero que gostem e boa leitura.

Capítulo 27 - Surpresas


Fanfic / Fanfiction Link - Surpresas

Acordei com uma sensação estranha e o Taehyung estava agarrado em mim de um jeito que ele nunca ficava. Meus olhos se esforçavam para se fecharem, mas eu não permiti. Minha cabeça doía um pouco e eu sentia muito sono, já que passei boa parte da madrugada cuidando do ômega que passou mal, por ter comido muito durante o jantar dos vencedores dos jogos de basquete.

Olhei no criado mudo e peguei meu celular, vendo que marcavam oito da manhã.

– Ainda posso dormir mais um pouco. – Cochichei para mim mesmo e voltei a abraçar o Tae.

Quando eu estava quase pegando no sono, ele acordou com um susto e se levantou correndo da cama, para vomitar de novo.

Respirei fundo e fui atrás dele, para ajuda-lo, já que o outro insistia em vomitar de cabeça baixa.

– Tae, já deu. – Me dei por vencido. – Já tem quase três dias que você está passando mal. Vamos ter que ir na Dra. Park.

– Não precisa, Kookie. – Respondeu baixinho. – O Jin também comeu demais no jantar e também está passando mal.

– Mas ele está passando mal agora. Você já tem uns dias.

– Deve ser uma virose.

– Que seja. Nós vamos na enfermaria hoje e eu não aceito um “não” como resposta.

– Tá, tudo bem. – Ele se apoiou no vaso e sentou no chão. – Eu não aguento mais fazer força... já não tem mais nada para sair.

– Levanta daí. Vamos tomar um banho e eu vou te levar na Dra. Park.

– Ok... – Kim se levantou com dificuldade e entrou dentro do box do banheiro.

Tomamos um banho bem rápido e enquanto ele vestia uma roupa confortável, eu fui buscar uma pera e uma barrinha de cereal para comer, já que eu não iria no refeitório hoje.

– Tem certeza de que não quer comer nada? – Perguntei, ao morder a fruta.

– Tenho. – Respondeu baixinho. – Estou sem fome.

– Então venha. – Estiquei a mão e ele a segurou sem vontade.

Saímos do quarto e caminhamos a passos lentos até a enfermaria, onde a doutora veio nos receber com aquele sorriso caloroso de sempre.

– Em que posso ajuda-los, meus amores? – Ela sorriu, depois de nos abraçar.

– Doutora, já tem quase uns três dias que o Tae está vomitando. – Falei baixo. – No primeiro dia, ele comeu igual a um esfomeado e depois, passou mal a noite inteira. Ontem, ele mal, mal comeu e passou mal durante o dia. Até achei que era a ansiedade dele atacando. Mas essa madrugada, ele não parou de vomitar. Ontem ele exagerou no jantar, mas...

– Tae? – Ouvimos a voz do Jin. – Você também resolveu vir aqui?

Quando eu encarei o ômega, eu fiquei assustado, ao ver o quão pálido ele estava.

– Nossa, Jin, o que aconteceu com você? – Perguntei.

– Intoxicação alimentar. – A Dra. Park respondeu. – E parece que nosso Taetae também está. Mas antes de tirarmos uma conclusão precipitada, nós vamos fazer alguns exames e depois vamos decidir qual o melhor remédio.

– Tudo bem. – Assenti.

– Venha, querido. Vou coletar seu sangue e se for o caso, podemos fazer um ultrassom para olhar seu estômago.

**

Eu estava do lado de fora da sala, esperando a doutora me chamar, o que não demorou a acontecer.

– Pode entrar, Kookie. Já terminamos com os exames e eles devem ficar prontos dentro de uns 30 minutos. Liguei o Tae no soro, porque ele está muito fraco e não é bom que fique assim.

– Ele está bem? – Perguntei.

– Depois de ele interromper os exames duas vezes, para vomitar... – Ela gargalhou baixo. – Sim, está bem.

– Ah, que bom. – Suspirei, aliviado. – Vou entrar. – Caminhei até a porta e a abri, encontrando meu Bombonzinho deitado na maca, com o soro sendo injetado no seu braço direito.

– Ei, Kookie...

– Ei amor, como você está?

– Meu estômago está doendo muito. – Uma lágrima desceu de seus olhos.

– Eu vou ficar aqui com você. – Acariciei seus cabelos e lhe dei um beijo na testa. – Minha presença te acalma? – Perguntei e ele assentiu. – Que bom.

– Você está com nojo de mim, por ver o tanto que eu estou vomitando?

– Claro que não, seu bobo. – Sorri. – Eu só quero cuidar de você e quero que se sinta bem.

Fiquei um tempinho encarando meu hyung e me abaixei, selando nossos lábios rapidamente, de um jeito doce. Desci minha mão direita para sua barriga e fiquei acariciando ali.

Tae não se levantou para vomitar mais e nós ficamos conversando, esperando a Dra. Park chegar com o resultado dos exames. Suas bochechas já começaram a ficar meio rosadas e eu imaginei que fosse o efeito do soro.

– Meninos? – A médica por fim chegou no quarto, segurando um envelope grande. – Os resultados dos exames saíram e eu já descobri o que está acontecendo.

– Ai, por quanto tempo mais eu vou ficar assim? – Meu ômega perguntou, choroso.

– Huum, é difícil dizer. – Ela deu uma risadinha de lado.

– O que ele tem? – Comecei a ficar preocupado.

– O que vocês, têm... – Ela ficou apontando para nós dois. – É um bebê.

– O QUE? – Falamos em uníssono.

– É isso mesmo. Vocês serão papais, o Taehyung está grávido. – A médica sorriu abertamente e esticou o envelope na minha direção.

Eu fiquei estático. Não sabia se pegava o envelope, se bebia uma água, se abraçava o Tae ou se eu apenas me sentava e tentava digerir essa informação.

– Acorde, gente. – A beta estalou os dedos na minha frente e bagunçou meus cabelos. – Meus parabéns. – Ela me abraçou e foi aí que eu consegui reagir, retribuindo o abraço. – Parabéns, Tae. – Também o abraçou e o ajudou a ficar sentado na maca. – Bem, eu vou deixar vocês sozinhos, um pouco. Acho que precisam conversar... – A médica deixou o envelope em cima da cama e deu as costas.

Caminhei até ele e segurei seu rosto, vendo seus olhos cheios de lágrimas. Quando a ficha caiu, eu sorri alegremente e selei nossos lábios bem rápido, sentindo o gosto salgado da sua lágrima que havia descido.

– Vamos ser papais. – Sussurrei sobre sua boca e deixei escapulir uma risada animada.

– É, vamos sim. – Tae imitou meu gesto e envolveu meu pescoço num abraço apertado. – Eu não acredito nisso. – Sua voz saiu falha por conta do choro e eu não aguentei segurar e deixei que minhas lágrimas também descessem.

– Eu te amo demais. – Falei. – Eu vou dedicar minha vida a vocês dois. Vou cuidar de vocês e protege-los sempre.

– Eu também te amo, Kookie. – O ômega beijou minha bochecha. – Agora nós vamos ter uma miniatura de nós dois, fazendo um monte de cocô e nos deixando loucos. – Nós dois caímos na gargalhada e eu me afastei um pouco, para levantar sua blusa e acariciar sua barriga.

Tae ficou me encarando de um jeito fofo e eu me agachei na sua frente, para dar um beijo perto de seu umbigo.

– Ei meu pequeno... – Sussurrei. – Aqui é o seu papai. – Dei mais um beijo. – Então é você que está fazendo seu outro papai me acordar a madrugada inteira?

– Ah, Jeon... – Tae gargalhou e passou a fazer carinho no meu cabelo.

– Você nem nasceu e já está tirando nossos sonos durante a noite, em... já tenho que me preparar para o que virá. Sinto que será um bebê muito sapeca.

– Será que vai ser sapeca? – Kim sorriu, tímido.

– Eu aposto que sim e estou torcendo para não ser tão marrentinho quanto você, se não, eu estarei ferrado. – Voltei a ficar de pé e acariciei seu rosto. – Eu estou muito feliz com essa notícia.

– Eu também estou. Muitas confusões poderão acontecer, mas nós sempre estaremos juntos, não estaremos?

– Estaremos. – Sussurrei e me aproximei dele. – Sempre. – Lhe dei um beijo apaixonado, mas fomos interrompidos pela Dra. Park, que entrou no quarto.

– Já aceitaram a ideia do bebê? – Ela perguntou.

– Já, sim. – Respondi. – Foi um susto e tanto, mas estamos muito felizes com a notícia.

– Que bom ouvir isso. – A morena sorriu. – Eu fiquei um pouco apreensiva com a reação de vocês, mas eu acho que foi só o choque, não é?

– Foi sim. – Tae sorriu terno e eu pude ver que sua aparência estava bem melhor.

– Então vamos ver pela primeira vez o bebê de vocês? – Ela sorriu, enquanto tirava o soro do braço do Kim.

– Aham. – O ômega já se levantou com ânimo da cama, e mesmo sem demostrar dificuldade em tal ato, eu fiz questão em ajuda-lo.

Caminhamos na direção da sala de ultrassom e a médica preparou a maca para que ele pudesse se deitar. A beta levantou sua camisa e despejou um gel transparente sobre sua barriga, antes de passar o aparelhinho de ultrassom e espalhar o gel.

– Olha, olha quem está aqui. – Ela sorriu de um jeito lindo e nos encarou. – Estão vendo?

– Rm... – Pigarreei. – Então, eu estou com dificuldades de vê-lo.

– Olha ali, Jungkook. – Tae apontou para a tela.

– O feijãozinho? – Brinquei.

– É, Kookie. O feijãozinho. – A Dra. Park gargalhou e eu recebi um olhar mortal do ômega.

– Como ousa chamar nosso filho de feijãozinho? – Kim fez um bico.

– Não reclama. Pelo menos eu o vi.

– Rum. – Ele virou o rosto e o seu bico triplicou de tamanho.

– Aah, não faça esse bicão. – Puxei seu queixo, o fazendo olhar para mim. – Eu estou vendo nosso bebê. Nosso pequenino. – Segurei sua mão e fiquei acariciando o dorso da mesma.

– Ainda é muito cedo para dizer o sexo, para ouvir o coração... mas ele está aqui. – A médica deu zoom e ficou fotografando o ultrassom, para fazer a impressão do mesmo. – Vamos acompanhar essa gravidez, vamos dar todo apoio e cuidado para o Taehyung e para o bebê. Acho que vocês já sabem, mas vale ressaltar que não pode continuar a tomar os remédios, você não poderá treinar pesado e igual treinava e deverá se alimentar bem, mesmo que seu Feijãozinho faça você vomitar tudo. – Ela olhou sugestiva para o Tae, que a encarou com raiva. – Eu estou brincando, amor. – Sorriu, enquanto limpava a barriga do hyung. – Prontinho, podem me esperar lá fora, que eu vou imprimir o exame já entrego a vocês.

Tae se levantou da cama e nós saímos da sala, para esperar o exame, que não demorou nadinha a ficar pronto.

Saímos da enfermaria sorrindo igual a dois doidos.

– Mande uma mensagem para os meninos, e marque uma reunião no quarto dos gêmeos. – Taehyung sussurrou. – Mas antes, vamos contar ao diretor.

– Nossa... eu tinha me esquecido dele. – Fiz uma careta. – Mas se tem que ir, nós iremos, não é?

– É, sim. – Ele mordeu o lábio. – Kookie, como foi que nós deixamos isso acontecer?

– Eu não sei... você tomou todos os remédios, Tae? Todos?

– Eu tenho o costume de tomar à noite e... – Ele parou de andar e me fitou. – No dia em que fizemos amor, nós dormimos direto e eu não tomei... JUNGKOOK, COMO DEIXAMOS ISSO ACONTECER?

– Calma, Bombonzinho. – Sorri. – Pelo menos, nós sabemos que foi por descuido nosso. Eu cheguei a ficar com medo desse bebê ter ultrapassado todas as barreiras protetoras e ter sido criado de forma mágica. – Brinquei.

– Seu bobo. Vamos logo para o diretor.

**

– Gr-grávido? – O diretor tirou os óculos e se apoiou na mesa. – Vocês dois ainda vão me fazer enfartar. O que eu disse sobre os remédios?

– Aconteceu. – Dei de ombros. – Veja pelo lado bom, é um bebê.

– Esse é que é o problema. É um bebê. – Ele insistiu.

– O que você quer dizer com isso? – Tae franziu o cenho. – Meu filho corre perigo?

– Não, claro que não... aliás, sendo gerado por Kim Taehyung, eu digo que será meio difícil, mas fora isso...

– Achei super engraçado esse tom irônico seu. – O ômega cruzou os braços.

– Eu estou brincando. Mas estou nervoso. Vocês dois são irresponsáveis? Gente é um bebê. Choro, fraldas, roupinhas, mamadeira, sapatinhos...

– Cocô. – Falei.

– Cocô. – Ele repetiu.

– Do jeito que vocês falam, parece que cocô é a única coisa que meu filho vai trazer para esse lugar.

– Ah, Taehyung. – O diretor escondeu o rosto. – Ah, Jungkook... – Levantou o rosto e encarou nós dois por um momento. – Ah me dê esse exame. Eu quero ver meu neto.

– Ah, olha. – Tae sorriu e tirou o ultrassom do envelope. – Ele é lindo, não é?

– Parece um feijão.

– AAAH, você também? – Tae cruzou os braços e ficou emburrado.

– Ei, calma, eu estou brincando. – O mais velho sorriu e ficou analisando as fotos do exame. – Me lembrei de quando... – Ele piscou os olhos várias vezes e soltou uma risada soprada. – Me lembrei de quando eu e minha falecida esposa descobrimos que o Namjoon estava a caminho... – Vi seus olhos lacrimejarem e a ponta do seu nariz ficar avermelhada. – Bem meninos, aconteceu, não é?

– É, sim. – Respondemos em uníssono.

– Então, eu não deveria... – Fingiu estar bravo. – Mas eu estou muito feliz por vocês. Sabe, uma criança muda muita coisa na nossa vida e... é incrível, vocês vão ver. Eu fiz a brincadeira do feijão e do cocô, Tae; mas foi só uma brincadeira. Eu vejo o carinho que vocês têm com a Minzy, vejo o carinho que ela tem por vocês e eu sei que serão dois ótimos pais. Você chegou aqui nesse alojamento com medo de tudo, não foi, Kim?

– Foi sim. – O ômega respondeu, envergonhado.

– E desde a primeira vez que você pôs os pés aqui, eu soube que você era uma pessoa incrível. Eu te considero como um filho, e agora, Jungkook, eu posso te considerar como filho também, mas antes de ser meu filho, você é meu genro, então, cuida bem do Tae e do meu neto, por que se não... – Deu um leve puxão nos meus cabelos e eu gargalhei.

– Pode deixar, eu cuidarei. – Sorri de lado e abracei meu ômega. – Eu vou cuidar muito bem deles.

– Que bom. – O alfa sorriu terno. – Vamos esperar mais alguns meses até descobrir o sexo do bebê, aí, nós poderemos montar um quartinho e comprar coisinhas para ele ou ela.

– Mesmo com o bebê, nós continuaremos morando aqui? – Perguntei.

– Vamos ver com os coordenadores gerais do alojamento. – Ele sorriu. – Nunca tivemos um caso de gravidez aqui, então, vai ser novidade para todos nós.

– Mas, você acha que pode acontecer algo de ruim com o bebê? – Tae perguntou, receoso.

– De jeito nenhum. – O mais velho respondeu firme. – Eles nunca machucariam uma criança. Eles não machucam ninguém.

– Que bom saber disso. – Falei calmo. – Porque você sabe que se alguém tentar machucar o meu ômega ou o meu filho, eu mato, não é?

– Não fale esse tipo de coisa, Kookie. Ameaças de morte dão problema. – O alfa respirou fundo. – Agora... eu acho bom vocês irem contar para seus amigos. Aqueles ali são o ciúme em pessoa.

– É, vamos sim. – Tae pegou o ultrassom e guardou no envelope.

– Ah, e meninos? – O diretor chamou e nós o olhamos. – Cuidado por onde andam, tudo bem? Só garanto proteção completa, enquanto estiverem no meu alcance. – Disse por fim e voltou a se sentar na sua poltrona, dando atenção ao jornal que estava sobre a sua mesa.

Taehyung e eu nos entreolhamos e arregalamos os olhos ao mesmo tempo, em que a ficha havia caído: O diretor sabia que a gente fugia do alojamento.

“Como ele sabe?” – Tae pensou.

“Não quero nem saber.” – Sem dar uma resposta ao mais velho, eu segurei o braço do ômega e o levei para fora dali.

**

– Como vamos contar aos meninos, sobre o bebê? – Kim me perguntou, pensativo, quando eu saí do banho.

– Assim: Gente, eu e o Tae vamos ter um bebê. Simples.

– Nossa, e onde entra a criatividade nisso tudo? – Ele fez um bico engraçado.

– Tudo bem, o que você pretende fazer? – Levantei a sobrancelha.

– Vamos fazer um bolo? E aí a gente chama todos eles para o nosso quarto e contamos?

– Eu não sei fazer bolo. – Levantei uma sobrancelha.

– Mas eu sei, e ainda tem a Ji Yoon que pode nos ajudar. Podemos fazer um bolo rosa e azul, já que não sabemos o sexo do bebê.

– Tudo bem, então. Presumo que você quer a presença da Minzy na hora de fazer o bolo e contar sobre o bebê, estou certo?

– Certíssimo. – Ele sorriu. – Vá chama-la, enquanto eu vou até a Ji Yoon e peço ajuda para fazer o bolo.

– Ok.

TAEHYUNG ON

Enquanto Jungkook ia até a ala infantil buscar minha pequena alfa, eu caminhei até a cozinha em busca da minha beta preferida, a qual estava cantando uma música bem animada.

– Ei, Ji. Bom dia. – Sorri para ela e lhe dei um beijo na bochecha.

– Bom dia, Taetae. Como está?

– Estou bem melhor. Obrigado.

– Ah, que boa notícia.

– Ji, eu gostaria de fazer um bolo, você pode me ajudar?

– Claro que posso. – A beta sorriu alegremente. – Eu adoro cozinhar, principalmente se for doce.

– Eu quero um bolo azul e rosa.

– Tem que ser azul e rosa?

– Tem sim. – Mordi o lábio, buscando uma desculpa momentânea para não gerar desconfiança. – É que está fazendo dois meses que eu e Jungkook estamos namorando sério. – Inventei uma data aleatória. – E rosa é minha cor preferida, sendo azul, a dele. – Menti de novo e me senti super mal por ver a carinha de apaixonada que a garota fez.

– Ah, então vamos fazer esse bolo.

– A Minzy virá nos ajudar. – Sorri terno.

Enquanto a pequena não chegava, nós separamos os ingredientes e já deixamos tudo a postos sobre o balcão, onde seria feita a massa.

– Ei, Tae. – Ouvi a voz da garotinha. Quando me virei, vi que a mesma estava no colo do Jungkook, o que me deixou meio enciumado.

– Ei princesa. – Fui até ela e tentei pegá-la, mas Jeon franziu o cenho para mim e negou disfarçadamente com a cabeça.

– Minzy hoje comeu um pedacinho de chumbo. – Ele brincou e na hora eu entendi o que ele queria dizer. – Está pesada...

– Ah que pena... não consigo pegar alguém tão pesado assim. Então desça do colo do Kookie e vamos fazer o bolo.

– Por que vão fazer bolo? – Ela perguntou, enquanto subia com dificuldade em cima da cadeira.

– É surpresa. – Falei rapidinho e vi Ji Yoon sorrir escondida, antes de piscar o olho para mim.

– Eu gostaria de aprender a fazer bolo. – Jeon se aproximou de nós.

– Então vamos fazer. – Respondi.

– Eu vou ensinar vocês a fazer o bolo mais bonito, mais macio e mais gostoso desse mundo. – A beta brincou e separou duas vasilhas, uma para cada cor de massa. – Vamos lá.

De uma forma muito divertida, nós começamos a preparar as massas do bolo. Confesso que mentir para Minzy e para Ji Yoon sobre o bebê, foi difícil, mas estava tudo correndo bem.

Muita farinha de trigo foi parar no meu cabelo e no da Minzy, que fazia a massa com muito ânimo e soltava gargalhadas gostosas, enquanto fazíamos brincadeiras e palhaçadas.

Acho que eu estava enjoando muito, porque meu bebê queria ser descoberto logo, já que depois dos exames, eu não enjoei mais e me sentia muito grato por isso.

Aquele momento na cozinha, foi de pura descontração, e foi muito divertido. Ji Yoon separou um tabuleiro em forma de coração e nós misturamos as massas, para que ficasse um coração listradinho de azul e rosa.

– Onde aprendeu essa técnica de misturar as cores para ficar listradinho? – Jungkook me perguntou.

– Minha mãe que me ensinou. – Sorri e me lembrei que eu deveria contar aos meus pais sobre a gravidez, mas decidi contar, quando cortássemos o bolo e aí, eu mandaria uma foto do mesmo para eles.

Depois de colocarmos a massa para assar, eu, Minzy e Jungkook lavamos tudo e limpamos toda a bagunça, enquanto Ji Yoon preparava um doce de morango para rechear o bolo, assim que o mesmo estivesse pronto.

– Tae e Minzy, vão tomar um banho, enquanto isso, eu termino o bolo aqui. – A beta sorriu terna, ao encarar nós dois cheios de farinha. – Só falta colocar o recheio e a cobertura. Eu sou confeiteira, posso fazer algo bem bonito para vocês, se me permitirem.

– Confio em você. – Kookie afagou os cabelos da garota e caminhou até a mim. – Vamos tomar banho e deixe a Ji tomar conta de tudo.

– Vamos. – Fiz menção de pegar a pequena alfa no colo, mas Jeon me segurou e me lembrou de que eu deveria evitar de pegar peso.

– Deixe que eu levo a Minzy para o banho, você, vá tomar o seu.

– Tudo bem. – Assenti e depositei um beijo na bochecha da pequenina. – Depois que estiver bem limpinha, volte para cá, tudo bem? Esperaremos por você.

– Tá bom. – Ela acenou positivamente com a cabeça e deu os bracinhos para o Kookie pegá-la. – Eu quero experimentar esse bolo. – Sorriu de maneira fofa e saiu da cozinha, sendo levada pelo alfa.

**

Depois de tomar meu banho e tirar toda a farinha de trigo do meu corpo, mandei uma mensagem para o pessoal, pedindo que nos encontrassem em meia hora, dentro do meu quarto.

Jungkook apareceu e disse que o bolo estava pronto, mas que a Ji pediu para fazer surpresa, então, nós só veríamos o mesmo, quando ela viesse para o quarto.

Jeon também foi tomar seu banho e um tempo depois, ele voltou do banheiro, cheiroso e com uma roupa fresquinha.

– Eu estou tão feliz. – Ele se aproximou de mim e acariciou meu rosto. – Eu te amo tanto.

– Eu também amo muito você. – Sussurrei e passei meus braços em volta do seu pescoço. – E finalmente eu me sinto feliz por ter um alfa e esse alfa ser você.

O mais novo sorriu e selou nossos lábios, num beijo apaixonado. Pouco tempo depois, ouvimos o som de alguém batendo na porta e quanto eu corria para esconder o exame debaixo do travesseiro, Kookie foi abrir a porta.

– Oi, aconteceu alguma coisa? – Jin – que aparentemente já estava recuperado – perguntou, com um tom apreensivo em sua voz.

– Calma. – Falei. – Estão todos aí?

– Estamos. – Minzy entrou correndo, sendo seguida por Jinhong. – Estamos aqui. – Ela sorriu abertamente e chegou até a mim, fazendo menção de que queria falar no meu ouvido. Agachei e enquanto os meninos entravam, eu ouvi o que ela tinha para dizer. – Eu contei para o Jin sobre o bolo e ele mandou eu deixar de ser fofoqueira.

– Ah, marmota, era surpresa. – Brinquei e baguncei seus cabelos. – Fique aqui pertinho de mim, que eu vou falar algo para vocês.

Depois que os meninos chegaram, Ji Yoon apareceu com o bolo, coberto de doce e morangos partidos ao meio, por cima. Minha boca salivou ao ver aquilo e eu quis dar uma mordida logo de cara.

– Um bolo? – Yoongi franziu o cenho. – É aniversário de alguém?

– Na verdade não. – Jeon fechou a porta e se posicionou ao meu lado.

– Então... – Comecei a falar. – Ji, primeiramente, eu queria contar que menti para você e que esse bolo não é para comemorar dois meses de namoro com o Kookie, assim como nossas cores favoritas não são rosa e azul.

– Ahn? – Ela arregalou os olhos e fez um “o” com a boca. – O que isso quer dizer?

– Quer dizer, que... – Meu alfa pegou a espátula e cortou um pedacinho do bolo, que ainda se encontrava nas mãos da beta. – Esse bolo rosa e azul, simboliza uma surpresa para todos nós aqui.

– Fala logo. – Hoseok mordeu o lábio, tenso.

– Eu sou curioso. – Jimin imitou o gesto do irmão.

– Rosa e azul... – Enfiei a mão por baixo do travesseiro e puxei o exame, virando o ultrassom para todos. – Significa que ainda não sabemos se é uma menina ou um menino, mas eu estou grávido.

– O QUE? – Jin berrou. – O QUE? – O ômega correu até a mim e me abraçou forte, mas tomando cuidado para não se chocar contra a minha barriga.

– Mas você não disse que não estava grávido? – Yoongi perguntou, confuso.

– Eu achei que não estava, mas hoje bem cedo, fomos na enfermaria para ver o porquê de passar tanto mal e descobrimos que vamos ser papais. – Respondi, animado.

– AAA QUE LEGAL. – Minzy gritou e me abraçou também.

– Me admira a Minzy não saber da existência do bebê. – Jinhong sorriu e veio me abraçar, também.

– Vocês me fizeram de boba e eu nem desconfiei. – Ji Yoon deixou o bolo sobre a cama e veio nos abraçar. – Vocês são umas pestes e eu vou tomar muito cuidado com vocês, agora. Seus mentirosos.

– Já contaram para o meu pai? – Nam perguntou e nós assentimos. – Que bom que estão vivos. – Ele gargalhou. – Estou brincando. Sei o tanto que meu pais gosta de vocês.

Todos fomos cumprimentados de uma maneira calorosa e animada.

Por fim, resolvemos partir o bolo e eu aproveitei para tirar a foto e mandar para minha mãe, contando que ela e meu pai seriam avôs. Ela ficou muito feliz com a notícia e disse que não via a hora de me ver e ver o netinho, ou netinha.

Depois de uma tarde bem descontraída, cheia de conversas sobre o nome do bebê, sobre o sexo, sobre os padrinhos, as roupinhas e sapatos, sobre ser um alfa ou um ômega; os meninos foram para seus devidos quartos e eu fui para a varanda, ficar um pouquinho com a Minzy.

– Sabe, Tae, seu bebê vai ser como um irmãozinho ou irmãzinha para mim. – Ela cochichou, quando nos sentamos na rede.

– Você me ajuda a cuidar dele?

– Aham. – Ela balançou a cabeça alegremente.

– Obrigado por ser tão gentil, pequena. – Deitei na rede e a puxei para se deitar comigo.

– Posso conversar com ele?

– Pode sim.

Minzy se levantou do meu peito e deitou sobre minha barriga, onde ela começou a fazer carinho e a falar com uma voz fininha, contando ao bebê que ela era a Minzy e que iria protege-lo de todo mal do mundo.

Eu fiquei muito feliz por tê-la ali comigo e por saber que mesmo antes de nascer, mesmo sendo um feijãozinho – confesso – meu bebezinho já era querido por todos.

Fiquei acariciando os longos cabelos da alfa até vê-la adormecer em minha barriga. Eu mexia as pernas devagar, dando movimento à rede, mas aquele movimento, fez minhas pálpebras pesarem e eu também acabei dormindo.

JUNGKOOK ON

Depois que todos saíram do quarto, eu quis ficar um pouco sozinho, para pensar se eu contaria em como eu contaria aos meus pais sobre o meu filho. Fiquei longos minutos maquinando aquela ideia, mas resolvi contar apenas para a minha prima, que me desejou os parabéns e ficou muito, mas muito feliz por mim.

Eu não me sentia culpado em não contar nada para eles, mas ao mesmo tempo, meu coração pedia para que eu contasse. Eu estava muito magoado com meus pais pela forma com que me trataram e deixaram que eu fosse trazido para esse lugar sem ao menos se despedirem de forma carinhosa. Mas pensando bem, agora eu devo agradecê-los por isso, já que eu tenho um ômega que eu amo muito e agora, um filho.

Depois de um tempo relendo as mensagens deles que eu não havia respondido, vi que eles se preocupavam comigo, só não sabiam como me dizer isso, já que eu não permitia. Então, resolvi que contaria sobre a gravidez do Taehyung, e para isso, eu o queria perto de mim.

Saí do quarto em busca do mesmo e acabei encontrando ele e a Minzy deitados na rede da varanda. Tae estava deitado, com as mãos no cabelo da alfa, que por sua vez, estava sobre a barriga do ômega, e com a mãozinha esquerda pousada sobre a mesma.

Fiquei um tempo babando naquela cena, imaginando quando eu veria o meu Taehyung com o nosso filho no colo, ou dando carinho a ele, do mesmo jeito que dá à Minzy.

– Vocês três são muito especiais para mim. – Sussurrei quando cheguei mais perto. – E eu os amo. – Depositei um selar sobre a testa do Kim, um sobre a testa da Park e um na barriga, fingindo que eu tinha acertado a testa do meu feijãozinho.

Ops, do meu filho.


Notas Finais


Twitter: @kimiejeon
Beijos.


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