História Link - Ômega

Corri como se minha vida dependesse disso, e talvez ela dependeria. O cheiro do ômega ia ficando cada vez mais forte e meu instinto de alfa já estava começando a ser afetado por isso.

Cheguei na casa e encontrei Taehyung caído no chão, encolhido e gemendo baixinho.

– Tae? – Chamei alto. – Tae, você está bem?

– Jungkook, eu preciso de você. – Ele encostou em mim, o que fez um arrepio percorrer meu corpo inteiro.

– Você consegue se levantar? – Me afastei um pouco para esperar a resposta.

– Agora que você chegou, sim. A dor diminuiu. – Mais uma vez, ele segurou em mim e sentou no chão, me encarando profundamente. – Fica comigo? – Ele pediu manhoso.

– Vem cá. – Me levantei do chão e o puxei junto a mim. – Você entrou no cio. Eu vou te deixar aqui no quarto e vou chamar uma enfermeira, tudo bem? – Falei enquanto caminhávamos na direção do nosso dormitório.

– Não, eu não quero uma enfermeira, eu quero você. – Antes que eu pudesse abrir a porta do quarto, o ômega me agarrou e começou a me beijar desesperadamente.

– Para, Tae, por favor, não faça isso. – Eu estava sentindo algo muito estranho, era como se eu sentisse a vontade que ele sentia e seu cheiro ainda me deixasse tentado, mas eu tinha medo de continuar com isso e machucá-lo. – Tae?

– Fica comigo, Jungkook? – O mais velho fitou meus olhos e ficou me encarando profundamente.

TAEHYUNG ON

– Bombonzinho, o que você está fazendo?

– Por quê? – Perguntei, confuso.

– Seu cheiro está muito mais forte e você está vermelho de novo. – Jungkook fechou os olhos de uma vez e fez uma careta, levando a mão direita para o topo da cabeça. – Para com isso, Tae.

– Mas eu não estou fazendo nada.

– Tenta controlar isso. Por favor. Seu cheiro... está tão... – O moreno parou a frase na metade e abriu os olhos, revelando aquele tom vermelho vivo.

– Jungkook... seus olhos...

– Eu vou chamar a enfermeira. – Ele disse com um tom de medo e se afastou um pouco de mim.

Eu não podia ficar com medo dele para sempre, ele já disse que era o meu alfa, ele já fez de tudo para me defender, eu precisava demonstrar algo positivo para ele, sem contar que eu queria mais do que tudo, que ele ficasse comigo.

– Se você sair daqui eu vou atrás de outro alfa. – Provoquei.

– Não, você não vai. – Ele disse sério e se aproximou de novo.

– Eu não vou passar meu cio delirando de dor ou com um tanto de agulhas espetadas em mim, me injetando soro, enquanto eu fico sedado.

– Você não vai ficar assim.

– Não vou mesmo. Vou chamar o primeiro alfa que eu ver por aí. – Tentei demonstrar que não estava nem ligando, mas quanto mais raiva eu fazia nele, mais medo e mais desejo eu sentia, o que aumentava a minha vontade de pular em cima dele. – Tomara que seja o Hoseok. Ele é alfa de verdade. – Tentei me afastar do Jungkook, mas ele me puxou com força e me jogou contra a porta do quarto.

– Você não vai atrás dele. – O mais novo se aproximou de mim e segurou meu queixo com sua mão direita.

– Por quê?

– Porque você é meu, Taehyung. – Kookie falava aos sussurros e eu podia sentir sua presença forte de alfa ali.

– Me prove isso, então.

Jungkook levou suas duas mãos para o meu rosto e me beijou, beijou como se eu fosse uma fonte de energia para ele, como se, sem mim, ele não fosse capaz de viver. Suas mãos foram descendo até pararem na minha cintura, onde ele ficou apertando forte, toda vez que enfiava a língua dentro da minha boca.

Estava tudo tão intenso, que eu nem reparei que minhas mãos estavam imóveis, apenas repousadas sobre os braços do outro, então eu tratei de agarrar os fios negros do Jungkook e puxar com toda a minha força, para mostrar que eu precisava muito dele.

Jeon tirou a mão direita da minha cintura e abriu a porta, me empurrando para dentro do quarto e trancando-a de volta.

– Tem certeza que você quer isso? – Ele perguntou, enquanto me agarrava de volta e cheirava meu pescoço.

– Tenho. – Sussurrei. – Fica comigo?

Mais uma vez, meus lábios foram tomados da forma mais desejosa possível. Jungkook se aproximou mais ainda me prensou na parede, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo até chegar nas coxas, onde ele apertou com força e me levantou do chão, fazendo-me entrelaçar as pernas em volta da sua cintura.

Agora eu entendo o porquê que tantos ômegas praticamente imploram para ter um alfa durante os cios e vice-versa. Eu sentia uma necessidade enorme de estar com o Jeon, ele estava ali, mas é como se ainda não fosse o suficiente, eu precisava dele dentro de mim, me fazendo sentir cada toque seu, cada beijo, me fazendo ouvir cada gemido.

Tais pensamentos me fizeram ficar com mais e mais vontade. Nosso beijo ainda era louco, intenso, mas não era nada desajeitado. Sentir aquela língua do mais novo, brincando com a minha, me fazia sentir muito mais tesão.

Jungkook nos afastou um pouco da parede e puxou a minha camisa de uma vez, jogando-a em qualquer canto.

– Você é muito gostoso. – Ele ficou me encarando e lambendo os lábios de forma bem erótica. – Sempre tive vontade de te pegar de jeito. – Sorriu perverso e mordeu meu lábio.

– E eu sempre quis que você me pegasse de jeito. – Confessei, ao me inclinar para perto do seu ouvido. – Olha como eu fico por você. – Passei meus braços em volta do pescoço alheio – afim de me apoiar nele – e comecei a rebolar, pressionando minha ereção sobre a dele, enquanto soltava gemidos baixos bem no seu ouvido e lambia o lóbulo da sua orelha.

Jungkook me levou até a cama, e me deitou sobre ela, deixando minhas pernas um pouco abertas para se ajoelhar entre elas, enquanto tratava de tirar sua camisa e bermuda.

– Bombonzinho? – Ele me chamou enquanto se abaixava em cima de mim. – Se eu fizer algo que você não goste... – Dessa vez, seus lábios se direcionaram para meu pescoço, onde ele começou a beijar carinhosamente. – Me avise, que eu paro, tudo bem?

– Tudo bem. – Sussurrei, agarrando seus cabelos de volta, enquanto sentia esses beijos molhados sobre minha pele. Dobrei meus joelhos para que ele pudesse se encaixar direito entre minhas pernas e foi aí que eu percebi o quão bem nossos corpos se encaixavam.

Seus beijos foram subindo do meu pescoço até meus lábios de volta, tal momento em que Jeon enfiou a língua na minha boca sem nenhum pudor e começou a se movimentar entre minhas pernas. Eu ainda estava de cueca e bermuda, mas podia sentir muito bem nossas ereções sendo estimuladas uma pela outra. Passei a deixar leves arranhões pelas suas costas, até chegar na bunda, onde eu enfiei minhas mãos por baixo da cueca e dei um aperto de leve.

Comecei a sentir a falta de ar e diminuí a velocidade do beijo. Jungkook levou uma de suas mãos até o botão da minha bermuda e o abriu com muita facilidade, começando a me estimular por cima da cueca.

– Tem muita roupa aqui ainda. – Ele sussurrou, enquanto dava uma pausa no beijo, para que eu pudesse recuperar o fôlego. Decidi fazer o mesmo que ele, levando as mãos para o seu membro coberto e dando um aperto forte.

– Concordo. – Falei simples, o que foi o bastante para ele voltar a me beijar e enfiar a mão por baixo da minha cueca, tirando meu membro para fora e me masturbando com vontade.

Da última vez, ele me fez gozar sozinho, mas agora, eu não vou deixar isso acontecer. Abaixei um pouco a cueca dele, para que eu pudesse ter acesso fácil a sua ereção, e assim, eu passei a mover minha mão num sobe e desce, no mesmo ritmo que ele fazia em mim.

O calor que eu sentia já era inexplicável, o tesão que eu sentia triplicou depois que eu passei a ser estimulado por Jungkook. Dessa vez, nos beijávamos mais lentamente do que antes, enquanto gemidos saíam de nossas bocas, juntamente com nossas línguas.

– Ah, Tae... – Jeon gemeu sobre meus lábios, enquanto se desfazia em minha mão.

Ao sentir o líquido quente do outro escorrendo sobre minha barriga, eu não aguantei segurar e acabei gozando também, soltando um gemido mais arrastado.

Jungkook se abaixou de novo e começou a lamber meu pescoço, clavícula, peito, mamilos – onde ele deu uma atenção maior – e quanto mais ele descia, mais ele puxava minha bermuda e cueca para baixo.

Era o cio, eu devia ter sossegado um pouco depois de gozar, mas não, eu comecei a sentir aquele calor de novo e toda vez que sentia o músculo úmido do outro passando pelo meu corpo, me dava uma vontade enorme de voltar a me masturbar.

Jeon chegou na minha virilha e ficou dando chupadas fortes e estaladas por ali, o que estava me deixando muito excitado de novo. Seus lábios percorriam um caminho invisível pela parte interna da minha coxa, até chegar pertinho do meu membro, onde ele contornava e começava a lamber do outro lado.

– Ah, Kookie... – Reclamei com toda essa tortura. Meu corpo já tremia por conta do prazer e eu ansiava pelo contato do outro.

Sem pressa, senti a língua do moreno percorrer um caminho dos meus testículos até a glande, onde ele começou a despejar selares delicados.

– Você... – Dessa vez, ele chupou a cabeça bem, mas bem forte. – É.. – Outra chupada do mesmo nível. – Muito... – Mais uma. – Gostoso.

– Ah, então me chupa logo e para com isso. – Eu já estava começando a ficar com raiva, por que ele estava fazendo isso? Ele achava que eu ia desistir? Nunca, eu nunca desistiria.

– Aah, Tae... – Agora ele passou a lamber tudo. Seu lado lobo estava bem aflorado e ele usava essa língua com muita sabedoria, o que estava fazendo minha respiração ficar muito mais acelerada, só pelas lambidas. – Relaxe e sinta. – Ele sussurrou com a boca sobre minha glande.

Senti meu membro ser abocanhado aos poucos. Cada centímetro entrando na boca quente e macia do Jungkook e depois saindo, enquanto era sugado com vontade. Os movimentos de sobe e desce começaram bem devagar e foram aumentando gradativamente, até eu começar a gemer mais alto. Jeon deu uma chupada estalada na cabeça e olhou para mim:

– Meu bem, abre a perninha direito, preciso te preparar para não machucar você. – Ele sussurrou enquanto passava os dedos de leve sobre minha entrada e me masturbava.

Fiz o que ele pediu e deitei direito, abrindo mais as pernas e deixando minha entrada bem exposta. Kookie começou a introduzir um dos dedos bem devagar e eu senti uma leve ardência.

– Está doendo?

– Não. – Falei simples. Então ele continuou a enfiar até o final.

Rapidamente, ele passou a movimentá-lo lentamente dentro de mim.

– Você já está bem lubrificado, Bombonzinho. – Ele sorriu e voltou a me chupar.

Pouco tempo depois, ele introduziu mais um dedo, esse sim doeu e eu arfei.

– Relaxa. – Jeon sussurrou e continuou a movimentá-los. – Acho que já está bom.

– Sim, está. – Cochichei.

– Tae? – Ele me chamou assustado. – Nós não temos camisinha aqui.

– Não tem problema.

– Tem sim Bombonzinho, você não quer ter um filhotinho meu, quer?

– Quero. – Sussurrei e ele me encarou mais assustado ainda, o que me fez sorrir. – Estou brincando, depois eu vou na enfermaria e tomo remédio. Deixa isso para lá? – Pedi e ele assentiu.

O alfa se levantou um pouco e tirou sua cueca, logo engatinhando para cima de mim e dobrando bem os meus joelhos.

– Você já sabe. – Ele sussurrou e me deu um selinho. – Se eu te machucar, você manda parar.

Senti a cabeça do seu pênis ser pressionada na minha entrada e eu mordi o lábio em expectativa. Aos poucos, ele foi me penetrando e aquela sensação de dor foi aumentando, mas eu não queria que ele parasse de jeito nenhum, doía, mas estava bom.

– Está doendo muito? – Ele parou e me encarou.

– Não. – Respondi em quase um gemido.

– Mentira sua.

– Por favor, Kookie, isso dói, mas não pare. Eu preciso de você. – Sussurrei e o puxei para mais um beijo.

Percebi Jungkook cedendo ao meu pedido, quando ele aceitou o meu beijo de bom grado e voltou a me penetrar, bem devagar. Aos pouquinhos, ele já tinha conseguido se colocar por inteiro, então eu mexi o quadril, permitindo que ele começasse com os movimentos.

Seus lábios se soltaram dos meus, e se direcionaram para meu pescoço, voltando a depositar beijos e chupadas carinhosas por ele todo. Jeon começou a se retirar de mim, com a mesma calma que ele entrou, mas logo, ele me penetrou de novo.

– Pode ir mais rápido, Kookie. – Sussurrei.

– Tudo bem, então relaxa. – Ele sussurrou e voltou a me beijar, aumentando gradativamente a velocidade e força das estocadas.

Demorei pouquíssimo tempo para me acostumar com tudo isso. Com poucas estocadas, o moreno acertou meu ponto sensível, então prazer já tomava conta de mim e eu só conseguia gemer entre o beijo, juntamente com o meu alfa. As mãos de Jungkook faziam um trabalho incrível, passando pelo meu corpo e estimulando meu pênis às vezes, o que me levava ao delírio.

Chegou num momento, que eu sabia que não conseguiria fazer Jungkook parar e também não teria coragem para isso.

Eu estava quase chegando ao meu ápice, quando o celular do moreno recebeu uma mensagem, e tal barulhinho fez eu perder totalmente a concentração.

– Grr – Jeon rosnou e pegou o aparelho, jogando-o longe, isso tudo sem parar os movimentos. – Preste atenção só em mim. – Ele mandou e eu obedeci, fitando profundamente seus olhos vermelhos. A mesma mão que ele usara para atirar longe o celular, agora ele acariciava minha cabeça. – Você é lindo. – Sussurrou e me deu um selinho.

Já estávamos completamente suados, ofegantes e tomados pelo prazer. No quarto apenas se ouvia o som dos nossos corpos se chocando e nossos gemidos sôfregos.

Ousei desviar o olhar uma vez, mas ele não deixou, pegando meu queixo e fazendo encará-lo de novo.

– Olha para mim. – Ele disse com a voz falha, enquanto diminuía a velocidade das estocadas.

– Estou olhando... – Mordi o lábio. – Ah Kookie, não pare...

– Eu estou quase, Bombonzinho.

– Eu também. – Levei minhas mãos para o seu cabelo e emaranhei meus dedos lá.

– Você quer ser meu, de verdade? – Ele perguntou sério e parou de me estocar.

– Quero. – Respondi simples.

– Então eu posso fazer isso? – Jeon insistiu.

– Pode, Kookie.

– Tudo bem. – Jungkook sorriu e me beijou mais uma vez e agora eu posso dar certeza, esse foi um beijo apaixonado.

Voltei a sentir as estocadas dentro de mim e aquela sensação voltou, me fazendo gemer mais alto.

– Ah, Kookie... – Puxei seus cabelos e virei a cabeça para trás. – Kookie, eu vou...

Rapidamente, o moreno virou minha cabeça para o lado direito e lambeu meu pescoço, tal atitude me fez arrepiar. Com mais algumas lambidas e algumas estocadas eu cheguei no meu limite, aparentemente junto com ele, pois eu senti o nó se formar ao mesmo tempo em que o alfa abaixava a cabeça e deixava uma mordida no meu pescoço.