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História Liquens - Schmosby - Quisera eu


Escrita por: annyxious

Notas do Autor


Aquele trabalho de Geografia que te faz escrever sobre o otp 。゚( ゚^∀^゚)゚。

Boa leitura!

Capítulo 1 - Quisera eu


Fanfic / Fanfiction Liquens - Schmosby - Quisera eu

   Nenhuma orquestra jamais pudera em sinfonia expor os meus gritos. Jamais pôde.
Tínhamos tudo, o tudo, nada nos serviu. Quisera eu, te escrever o que perfurar a areia grossa com os pés significa para nós.

Quisera eu.


A vizinha dona Ana, sempre fora doce com as suas palavras. Bem, até que ela tenha a chance reclamar pelas costas.
Mas digo algo do qual ela adora: os barquinhos de papel, acompanhados com um bombom sem açúcares. 

Dona Ana é diabética e a conheço desde que eu era apenas um sonho ambulante. 


      Ela fora a única a me presentear com a ternura de seu tempo ao me ensinar a fazer barquinhos de papel. Me ensinara também que a correnteza exerce a sua natureza uma vez na qual você anda sobre ela. 

Desde então, todas as quartas eu tenho o prazer de relembrar o quão importante aqueles barcos se tornaram. Elas os mantinham.

A dona Ana é a grande culpada por tanta intensidade. Ela têm o jeito de ganhar sua alma com a ternura em suas palavras. Ela é família.

Quisera eu, a morte não temer. 


          E dona Ana conseguiu o seu maior feito, diz ela. Disse que o amor não deve ser compreendido ou rotulado e que eu devia abraca-lo. Eu nunca entendi, até entender hoje. 

Ela me conhecia e se quisesse, poderia me desmontar e remontar. Ela acertaria cada peça em seu lugar.

       Hoje, 05 de Setembro, dona Ana faleceu. E de tudo o que ela me ensinou, faltou aprender a não quebrar. Só ela tinha como me colocar no lugar.

Quisera eu, a morte, matar. 


    Mas dentre esta dor, me sobrou a infeliz certeza de que as minhas quartas seriam nulas e inexistentes. Talvez eu nunca mais fizesse barquinhos de papel. 


    Ao arrumar as coisas no antigo apartamento de dona Ana, acabei por achar suas palavras.

Quisera eu, escutá-las. 

É uma carta...

Data: 23/10/1994

Olá querido. 

     Muitas vezes eu vim neste papel e tive a certeza de que você merece saber por outra visão, o seu passado.
Se eu tive que falecer para que você tomasse posse disto, desculpe. Desculpe por te deixar. 

    Hoje, numa quarta-feira ensolarada e calma, te ouvi acordar. Um sorriso se apoderou de mim ao me lembrar que hoje, seria o dia em que você me traria o seu amor e seu barquinho de papel.

Fiz café e subi as escadas para te cuidar. Sua mãe, ausente por culpa do trabalho, me implorava para te olhar, mas ela mesma devia ver o quão doce você se tornara mesmo sendo tão jovem. Acordava sozinho às 6h, se arrumava para ir para a escola. O que ela poderia querer mais? 

Servi o teu café, e você sempre olhando torto e dizendo que não era necessário que eu subisse as escadas, tudo para que eu não ficasse exausta.
Costumo pensar que em minha diabetes, você é a única coisa doce da qual nunca me faria mal. 

    Sempre tiveste paciência comigo, até mesmo com as coisas das quais provocara seus gritos. Era um jovem ansiado por sonhos e por querer descobrir a bondade nas pessoas. Você sempre fora assim. 

  Agora você está na escola e mesmo com esta diferença de passado e futuro, eu te amo. Te amo por tudo. 


Nenhuma linha temporal poderá nos afastar.



De sua diabética e

melancólica: Ana. 


          Não me contive e me permitir chorar. Feito uma criança, sabe? Chorei sem me preocupar, chorei expondo toda a dor, toda felicidade e toda nostalgia que pude sentir. Me senti em casa outra vez.

 Isto retira a pressão sobre o meu peito, a agonia em forma de furacão.

1 ano após a morte de dona Ana.
Cemitério

      Hoje completa um ano de verão e a senhora sempre soube como eu odeio o verão. Tudo se encontra assim desde que você se foi. Me encontro sozinho e vagando. Claro! Estou fazendo terapia para evitar a minha autodestruição. 

    Mas o que fazer se o sol aparece até de madrugada? 


2 anos após a morte de ana

             Encontrei a mulher dos meus sonhos... ela é incrível. Preciso te contar sobre tudo o que me aconteceu neste último ano.
Tudo teve início quando sai deste cemitério e a encontrei no túmulo de sua mãe, já falecida há 10 anos. Ela estava chorando sobre a lápide. Decidi me aproximar para tentar consolá-la.

- Sinto muito pela sua perda.

            Foi quando ela levantou a cabeça e olhou em meus olhos. Aconteceu. Os seus olhos estavam tão enchidos de dor que transbordavam o tempo todo.


- Desculpe por isto... este dia completa 10 anos desde que a perdir.   

    Não existia, jamais existirá nenhuma palavra que console esta dor. Escolhi a abraçar e o nosso primeiro abraço durou o que pareceu 1 hora, onde ela desabou em meus braços e expôs a dor que tanto guardava em seu peito. 

    Não me contive, chorei. Ela interrompe o abraço, os nossos rostos colados começaram a se afastar até que pudéssemos encostarmos os nossos olhos e por fim, a nossa boca. 

Foi ali que soube, foi ali.

- Você perdeu alguém?

Ela me pergunta.

- Sim, há 2 anos.

- Sinto muito.

           E ela me abraçou e ficamos o dia inteiro juntos, encostados na árvore rica em sombra do cemitério.
Não sabíamos o que estávamos fazendo, mas estávamos.

- Qual o seu nome?

Num tom calmo ela me perguntou.

- Ted, o seu?

- Robin.

               Então sorrimos um para o outro como se já soubessemos um futuro para estes dois nomes. Um futuro juntos.
              

  Ambos de nós estávamos sentados. Ela estava sentada em minha frente enquanto os meus braços estavam a abraçando por trás. Os carinhos vieram... os beijos na cabeça, na boca... mas a senhora não quer saber disto, quer?

          A noite chegou e tínhamos que sair de lá. O pior, tínhamos que nos despedir.

- Você me dá um momento para que eu possa me despedir de minha mãe?

-Claro. 

Não vou deixá-la sumir... irei chamá-la para ir ao santuário de borborletas para comemorarmos o nosso aniversário de 1 ano desde que nos conhecemos aqui.  Pelo que parece, ela gosta de borboletas. Tirei esta conclusão devido ao fato dela ter usado um brinco, colar e sapatilha com algumas borboletas desenhadas no dia em que a conheci. 

Sempre irei te amar


Ted retira de seu bolso um barquinho de papel e um bombom sem açúcares.

- Jamais irei te esquecer.

Ted sai do cemitério no dia em que se completa 3 anos sem a sua Anna e 1 ano com a sua Robin. 


- Sabe aquele prédio incrível no qual te falei? 


- Eu adoraria ir.

O sorriso da Robin fez com que aquela quarta-feira recuperasse o sentido de todas as outras desde a morte de Ana.







Notas Finais


Perdão pelos erros ortográficos. A fic passará por alguma correção futuramente (sem alterar a história).


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