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História Listen to your heart - Burning Desire...


Escrita por: lovernelle

Notas do Autor


Oi gente, capítulo grande e com vários povs prestem atenção. Tenho uma notícia pra dar, minhas aulas voltaram e infelizmente não sei se vou atualizar as fics rápido, mas tá tudo nos esquemas..
Enfim é isso, obrigado pelo engajamento!! 💫

Capítulo 6 - Burning Desire...


Fanfic / Fanfiction Listen to your heart - Burning Desire...






P.O.V. Elena



O que está fazendo aqui? – Perguntei com voz baixa, enquanto ele se aproximava de mim lentamente. Ok, acho que ele terá que comprar várias calcinhas novas pra mim, porque né... Contando com essa, já foram duas!

Ok, respire, respire…


Eu falava pra mim mesma, mas não funcionava. De onde vem esse homem? Céus, o jeito que ele está me olhando era algo muito intenso! Como se me pegasse com os olhos, como

visse minha alma, visse profundamente dentro de mim, no meu interior.

Sem levar para o lado malicioso, claro!


- Você  achou mesmo que eu sairia daquele jeito e não te procuraria mais? Andei por aí conhecendo a cidade e parece que te achei.-Falou com aquela voz, oh... Me afetando

novamente. Ele deve saber o possível impacto que tem sobre as pessoas, certo? Acho que ele derreteria qualquer uma, inclusive eu, apenas por falar. Lançou um sorriso lindo e simpático para mim.


- Eu já estou quase em casa, então... Hã, ér...Gaguejei quase não conseguindo caminhar.


- Bom, eu vou com você até lá então, se me permite. Um completo cavalheiro.Abriu passagem pra mim ir na sua frente primeiro. Ok, ele não existe, só pode ser uma ilusão…



- Então, o que fazia aquele dia no shopping?



-Apenas andando, sabe...Comprando, olhando...Mas.. e você?-Disfarçando,perguntei dele como quem não quer nada. Eu só queria saber um pouco mais dele, algo mais que a voz incrível, o corpo aparentemente incrível, o rosto incrível... Basta saber se por dentro ele era tão incrível quanto por fora, quanto o lado externo que estava tão claro de ver... Já o lado interior, precisava descobrir e conhecer. OH MEU DEUS, ELE É TÃO MARAVILHOSO!


- Ah, eu estava andando também,conhecendo a cidade... Já que me mudei pra cá recentemente. Disse tranquilo, andando ao meu lado em uma distância que, pra mim, era terrivelmente perigosa considerando que eu queria chegar mais perto ainda para inalar o perfume que vinha dele. Cheiroso! Ele tem algum defeito será? Quando vai aparecer o cavalo branco que provavelmente deve ter?


– Aé? Tem família aqui, algum irmão? Ou irmã? Sou curiosa. Pronto, agora ele vai achar que eu sou uma intrometida, embora minhas amigas digam que sou mesmo, mas ok! Vamos deixar assim.


– Hã, não... Na verdade, não.-Pareceu nervoso. Não entendi a mudança repentina. Ele parecia olhar para todos os lados enquanto caminhávamos. Parecia estar atento e na defensiva pronto pra atacar. Podia atacar a mim, né... Será que a Eve tinha razão, ele era um serial killer ou algo assim? Ri com meu pensamento.


– Do que está rindo?


– Oh, Nada. Balancei a cabeça.Chegamos, aqui é minha casa.



– Parece que já sei onde te buscar para sairmos, agora só falta eu saber seu telefone...-Ele disse galanteador, flertando comigo! Tentei não surtar ao ver que ele estava praticamente me convidando pra sair! Não tinha como resistir, né? Quer dizer, eu não queria resistir. 


Trocamos telefone nos despedimos com um beijo no rosto, o qual foi um completo desastre! Virei o rosto para o lado errado e acabei dando um selinho nele! Acho que nunca fiquei tão vermelha e com tanta vergonha na vida, ele apenas riu, uma risada linda, óbvio... Afinal, o que não era lindo nele? Ri também, mas mais de nervosismo e entrei em casa, colocando a mão sobre a boca.




Eu simplesmente me apaixono rápido demais.






(...)








Cinco dias depois…







P.O.V. Eve



E aqui estava eu, sentada no meio-fio da calçada, tomando um ar fresco, o que definitivamente precisava nos últimos dias.Estava olhando pra onde? Para a casa da frente, casa da loira russa, para ser mais específica.

Encarando como se esperasse que um milagre acontecesse e ela saísse de lá, viesse até mim,conversasse humildemente comigo, deixando de ser ridícula e se importando com alguém de verdade. 

 Depois da ligação de Gemma, o que não sai da minha cabeça, no outro dia ela me procurou e conversamos...Juro que tentamos não brigar, porém foi quase impossível. Sempre era impossível.







FLASHBACK ON



– O que está fazendo aqui, Astankova?-Falei com tédio. Estava jogada no sofá em completa depressão e não pretendia e nem queria sair dali tão cedo!



– A senhora Lee me deixou entrar, já que você não abriu a porta hoje mais cedo. Nossa, Polastri, que estado horrível se encontra! Tentou fazer gracinha, mas não ri, apenas fiquei olhando para a televisão. Já estava cansada e não seria agora que iria me dar o trabalho de retrucar suas gracinhas... Não estava no clima. Ela soltou um longo suspiro e veio até mim, sentando ao meu lado. – Ok, sem piadas, vim aqui conversar sério…



– Você quer conversar sério? Você? HA HA HA, essa é boa, você mesma disse sem piadas! Não vale! Eu também sabia ser irritante ao nível Villanelle Astankova quando queria.



– É sério, baby. – Me olhou com aqueles olhos verdes profundamente, os mais bonitos que já vira, porém os que menos prestam, e vi que ela estava mesmo falando sério apenas por me chamar de baby. Quando não vinha com insultos ou apelidos, a coisa era séria e requeria atenção.Entretanto, ela não era o centro das atenções. Ao menos, não para todo mundo. Eu não iria encher mais ainda sua bolinha sendo todos ouvidos e cooperativa a ela.



– Ok, pode falar. Falei, virando meu olhar para televisão novamente, como se não me importasse, mas na verdade, me importava sim. Queria saber o que ela tinha de tão sério pra falar.



– Primeiro,olha pra mim,né! Falou sarcástica, bufei e a olhei, me arrependendo, pois minhas pernas enfraqueceram como sempre acontecia quando ficava muito tempo olhando para aqueles olhos... Um dia seriam minha ruína.



– Quero dizer que isso tem que parar, essa nossa... Sei lá como você quer chamar... Isso que vem acontecendo recentemente conosco,sabe…



– Quer dizer as nossas quase transas? Minha voz saiu completamente tranqüila, como se fosse a coisa mais natural do mundo e, por isso, me olhou assustada.




– Eu disse que você não era santa,garota. Mas, bom, voltando ao assunto... Sim,isso mesmo. Não sei porque isso vem acontecendo sendo que não suporto você e nem você me suporta, então... Não vejo motivo para isso acontecer de novo.



– Olha só, Villanelle, achei que você fosse burra, mas até que você sabe falar direito e tem um cérebro! Ao falar isso,ganhei um olhar de reprovação. - Por mim,tudo bem.




Ela piscou várias vezes, me olhando atentamente como se fosse algo novo de se ouvir. Estava atordoada e não acreditando no que acabara de escutar. O que? Era tão anormal uma pessoa não querer transar com ela? Era normal quando se trata de uma que a odeia.




– Sério? Não vai dar nenhum chilique ou algo assim? Não pude evitar de rir. É claro! Está explicado espanto.Ela estava acostumada em dar o fora nas meninas e elas implorarem, rastejarem aos seus pés para não largá-las. Achava que eu fosse fazer o mesmo!



HA HA HA!



– Claro que não, não sou essas meninas que você costuma pegar, em seguida jogar fora e que depois ficam atrás de você... Tenho consciência de que foi algo do momento, nada sério. – Não olhei mais pra ela, a ignorei e deixei pra lá.



– Claro que não, você só fica aí, sentada e se derretendo por aquele bigode que te deixou...Você é uma idiota, mas também uma vadia que pega o primeiro que der em cima de você.- Jogou as palavras em mim como se fossem navalhas. Meu olhos ficaram marejados, mas segurei as lágrimas. Jura que eu iria chorar na frente dela! Como ela conseguia me afetar tanto! Odiava parecer fraca ou vulnerável, especialmente, pra ela. Não queria que Villanelle conhecesse meus pontos fracos e soubesse exatamente com que armas jogar e em que lugar me atingir. Me ferir como uma profissional.



– Sai da minha casa.-Falei baixinho,com a voz fraca.



- Com prazer.





FLASHBACK OFF







Fiquei nada feliz depois disso. Apesar de querer distância, eu também não gostava de ficar brigada com ela, não sei o porquê exatamente... Não conseguia ser sua amiga, e também, não conseguia ficar longe. Como diabos ficaríamos então? A resposta era simples... Não ficaríamos.




Não havia jeito ou solução.Desde aquele dia lá não nos falamos, faz uns quatro dias, não me olhava na escola, passava reto por mim assim como eu fazia... As duas totalmente orgulhosas e cabeças duras. Não estava satisfeita, mas não daria o braço a torcer, se quisesse voltar a falar comigo... Que viesse até mim! Eu não mexeria um pauzinho ou faria qualquer esforço para ter uma relação civilizada com ela. Era muito teimosa e orgulhosa... Isso ninguém poderia me contrariar.






– Olha quem eu achei! Era uma VOZ conhecida. Era Hugo, o carinha que eu havia conhecido na festa.



– Hey! Cumprimentei ele dando tapinhas no chão, convidando-o para sentar-se ao meu lado. - Como está, meu ficante?-Perguntei rindo e ele me acompanhou, soltando um riso um tanto bobo.



Uau, ele era muito bonito! Deus! Apesar de estar um pouco bêbada e de coração quebrado na noite, ainda soube escolher o melhor partido e quebra galho.



– Oi, minha ficante, estou bem e você? O que faz sentada aqui na rua?



– Ah, apenas pensando... Eu disse,tentando prestar atenção nele e não na porta da casa da russa que, nesse momento, havia acabado de abrir. Ela saiu de dentro,impecável é claro... eu admirava seus looks pois ela sabia muito bem causar com qualquer roupa que colocasse.. 


Seu olhar vindo em minha direção e desviei o meu na hora.


Quer dizer que eu não era a única a sair de casa e olhar primeiramente e diretamente para a casa da frente?


Interessante…




– Sei. Hey, sabia que me mudei pra cá agora? Aqui para a vizinhança.



– Que ótimo! Falei, chegando mais perto dele, quase me escorando de propósito,pois sabia que Villanelle devia estar assistindo. Se ela podia ser provocativa na minha frente…


Porque eu não poderia ficar perto de um simples conhecido/quase amigo?


 Infantilidade, eu sei.



– Sua amiga, aquela que vi na festa,Elena, não é? Ela me convidou para a festa que terá na casa dela hoje. Você vai, não é?Passou as mãos por cima de meus ombros.



Que intimidade! Sorri simpática, mas não admiti que eu, honestamente, nem lembrava que era hoje a festa na casa de Elena. Ela iria me matar, pois passou os últimos dias só falando nisso e agora eu nem sequer lembrava!



– Claro. – Sorri largo pra ele.



Ouvi um pigarro, olhei para cima e lá estava ela.  A loira estava parada na nossa frente com uma cara nada boa. Fuzilava Hugo com o olhar como se estivesse praticando algum crime ou violação.


Olhava para a cena como uma namorada enciumada olha para a namorada flertando com outro.



Até parece!




– Posso ajudar? Hugo a olhou do mesmo jeito.



Ah, droga isso não vai prestar…



– Na verdade não, quero falar com a Eve... A sós. a loira respondeu e Hugo se levantou.



  Oh merda!



  Levantei também.



– Mas eu estou falando com ela agora, então, sugiro que tente mais tarde! – Retrucou fazendo  Villanelle bufar e olhar pra mim.



– Dá pra acreditar? Quem esse cara pensa que é? O Batman? Estava irônica e meu novo ficante parecia não aprovar muito o seu comportamento e jeito de ser.



- Não seja ridícula, Villanelle. – A repreendi.



– Eu que sou ridícula? Aé, Park, você que é uma…



– Hey, não fale assim com ela! – Hugo disse ficando na minha frente.



Que mania que os homens tem de ficar na frente como se mulheres não fossem capazes de se auto-defender.




– Ou o quê? Vai me capturar, me colocar dentro de seu Batmóvel e me aprisionar em sua Batcaverna? – Villanelle disse com uma voz grossa fingindo medo e segurei para não rir. 



Que palhaça!



– Não, mas eu... Começou, mas interrompi, cheguei perto de seu ouvido e falei baixinho.


Não vale a pena. Não discuta com ela, vá para sua casa, á noite me busque e vamos juntos pra festa. Sussurrei o mais baixo possível. Ele soltou um riso malicioso, deu um beijo estalado em minha bochecha e saiu.




– O que falou pra ele? – A loira perguntou.Me olhava com curiosidade, ódio nos olhos e o semblante enfurecido. Me cobrando como se eu devesse satisfação a ela!



– Não te interessa.-Dei de ombros despreocupada.



– Você é uma vadia mesmo.-Foi a gota d'água! Ela acha que tem o direito de me chamar disso e daquilo a hora que bem entende? Minha mão foi com toda a força em seu rosto, dando um tapa forte no local, fazendo o que desejava faz horas, deixando uma marca vermelha e com todos meus dedos na sua face. O que, a propósito, já devia ter feito há um bom tempo! Ela massageou o local me olhou assustada... Realmente não esperava por isso.Achava que eu seria uma ameba toda a vida e aceitaria seus insultos, xingamentos de cabeça baixa?




– Eu não sou uma vadia. – Uma risada escapou por minha garganta, deixando-a para trás sem reação e surpresa por minha mais nova atitude.



Ela não era nada minha.Não tinha o porquê bancar a estúpida e querer ter alguma posse sobre mim. Não tinha e não teria enquanto eu tivesse controle sobre a situação. Enquanto ainda tivesse um pouquinho juízo... O usaria para me manter afastada e pensar de forma coerente.







(...)







Alguém bateu na porta e logo fui correndo atender. Eu estava pronta. Usava um vestido preto, curto e colado ao corpo, um salto, meus cabelos estavam cacheados nas pontas, um batom vermelho e alguns acessórios. Elena iria amar e aprovar com certeza! Se não aprovasse... Acho que eu não entraria na festa.



Abri a porta e me deparei com Hugo. Ele estava tão gostoso com uma jaqueta de couro e todo estilo bad boy.Deus, que pecado!



– Oh, você está impecável, Eve! Me elogiou com um sorriso encantador. Peguei minha bolsa e entrelacei meu braço ao seu.



– Você está gostoso, hein! Sussurrei em seu ouvido e ele riu, me lançando um olhar diabólico. – Vamos.





(...)





Ao chegar na casa de Elena, havia muitas pessoas, algumas já se pegando...Outras se divertindo pra caramba. Bebidas e muita música.




Comecei a procurá-la pelos cantos do jardim e adivinha quem eu achei? 

Ela esbarrou em Hugo "sem querer" e deu uma gargalhada ao ver que o mesmo quase caiu no chão.



– Oops. Fez uma careta e logo depois levantou as mãos como se fosse inocente.



– Villanelle? – Perguntei incrédula.. 





(...)




P.O.V. Villanelle



Exatamente como uma pirralha mimada,Eve saiu bufando, batendo os pés quando quase derrubei o bundao que chama Hugo.Não fazia idéia do porque ela andar com ele. O cara é um idiota, não gosto nem um pouco do jeito que a olha, como se fosse algo dele, algo comestível... Chega dar medo! A festa estava bombando, várias mulheres maravilhosas,até mesmo que já ficaram comigo, estavam aqui, mas, infelizmente, eu estava de olho em uma em especial.


Minha vizinha. Eve estava estupidamente impecável  naquele vestido.

Desde que a conheci, vi o quanto ela era linda.É claro, qualquer um que tivesse uma visão perfeita e sã consciência veria a beleza natural da mulher, natural e excessiva. Era bem perceptível. Entretanto, não a suporto, ela mexe comigo de uma forma que me tira do sério e desperta o pior lado em mim. O ódio que sinto por ela me afetar tanto era maior do que qualquer outra coisa, não deixava e não me permitia sentir nada mais além disso. Quando eu a vejo... PAH, eu já falei alguma merda pra ela,por mais inocente que minha intenção seja. Simplesmente não me controlo quando o assunto era aquela coreana e isso, ainda, era algo que não conseguia entender.Por mais que Nadia não pôde vir e eu iria tentar não ficar com ninguém... Só tentar, até porque é impossível resistir a mim.



Vi que Elena me chamava até uma mesa perto do centro da festa, ela fazia gestos exagerados com as mãos e gritava algo que eu não conseguia ouvir por conta da barulheira da festa, música alta e muita gente conversando.


Ao chegar lá, se encontrava Anna,Izzy, Eve, um cara que não conheço, Elena, é claro e... O desnecessário, mais conhecido como Hugo, o ficante da minha vizinha. Bufei e sentei ao lado de Anna e de frente pra Eve. Acenei pra ela e o que ela fez? Me ignorou e virou, abraçando o mais novo amorzinho e pé no saco. Ahhhh, ela não sabe o que tá fazendo! Não sabe com quem está mexendo!



– Bom, chamei vocês aqui, porque vocês são minhas pessoas, minhas melhores amigas então... Queria apresentar Kenny. Kenny, esses são, Izzy, Anna, Eve e Hugo e V. Vocês, conheçam Kenny. Nos apresentou muito rápido, gesticulando as mãos entre nós. Todos nos cumprimentamos e pra mim, para falar a verdade, ele parecia um pouco sinistro…



– Bem que você falou que ele era lindo! – Eve disse um comentário totalmente malicioso e desnecessário. Ele corou e Elena confirmou. Revirei os olhos. Eu não podia perder a oportunidade!



– Viu? Falando isso na frente de seu namorado substituto, que feio, Polastri!-Provoquei com um falso tom de reprovação apenas para irritá-la e receber aquele olhar furioso. Pelo menos, ela me olharia de algum jeito, já que, até agora, só fingia que eu não existia ou que não tivesse vindo. Deu certo. Ela olhou raivosa com seus olhos queimando de fúria e aquele nariz empinadinho, que quando ficava com ódio e prestes a explodir ou pular no meu pescoço, ele ficava vermelhinho na ponta.... Eu odiava quando ela me olhava daquele jeito…



Era provocador e uma graça ao mesmo tempo, me atiçava e parecia me chamar para…


Ok, ok, nada disso!



Me repreendi mentalmente, tentando não pensar daquele jeito e ainda por cima envolver a garota que eu mais odeio no meio.



– Villanelle, vai se…



– Okay! – Izzy interrompeu, pegando Anna pela mão e a tirando da mesa. – Agora que fomos todos apresentados ao namorado da Elena, vamos dançar e nos divertir! Sem brigas! – Ela falou como se dissesse à todos,mas, na realidade, se referia à Eve e eu. Afinal,nós parecíamos duas crianças quando estávamos juntas. 



Era uma retrucando a outra,uma não suportando a outra e agindo como se tivéssemos apenas cinco anos de idade.

Todos concordamos e saímos. Observei Eve levando Hugo como um cachorrinho pela coleira até a pista de dança.



Céus, ela estava realmente linda…




– Ele não é meu namorado!-Elena  gritou – Ainda, eu acho…



(..) 



Fiquei sentada ali, no tédio, apenas observando. Não estava no clima para festa hoje, apenas vim pra incomodar Eve, o que eu amava e fazia de melhor... E porque Nadia não estava aqui na cidade, estava na casa de seus pais. Ela queria me levar, mas não quis ir junto, eu sabia que se aceitasse, iria  me apresentar à eles... Na verdade, nosso “namoro” foi algo surpreso e uma ideia minha repentina e tomada pela auto estima duvidosa no momento. No dia em que confirmei, ela nem sabia, mas, como eu imaginava, concordou.


Falei por qual razão? Por causa da Eve, óbvio!Porque mais eu tomaria uma atitude tão estúpida se não fosse por ela? Para ver se conseguia fazer com que ela admitisse que sentia ou tinha algo por mim. Eu sabia que tinha, mas eu não tenho nada por ela, e, nunca vou ter na realidade. Mais um motivo pra começar um namoro. Para provar pra mim mesma que eu não sentia nada pela minha vizinha. Pelo ódio que sentia por ela, por tentar afetá-la de alguma maneira. A reação dela foi algo que não esperei e é isso que me intriga nela, ela não age como as outras garotas fúteis que já conheci, ou melhor, ela não é como Nadia. Quando falei que era melhor nos afastarmos, ela concordou facilmente, o que por sinal, me deixou um pouco confusa e... Sei lá, acho que não sei de mais nada, não entendo mais sobre mim ou não tenho mais o mesmo efeito  que antes tinha por mulheres .Eve era uma exceção para tudo, me afetava como nenhuma outra fazia, me fazia odiá-la por tantos motivos e agia diferente das demais. Não chorava implorava para mim não me afastar como todas faziam na hora do pé na bunda e humilhação que levavam. Ela parecia concordar e levar numa boa, como se realmente quisesse distância... Ou apenas fingia…





Eu estava pronta para ir embora, mas foi quando olhei para dentro da casa e vi Eve e Hugo no maior agarramento, eles dançavam e ao mesmo tempo quase se comiam. Uma raiva incontrolável me tomou, sai de onde estava e fui até lá. Era disso que eu falava! Não conseguia medir ou controlar as atitudes quando estava perto dessa garota ou quando era sobre a mesma. Eu sabia que não tinha o direito e nem o porquê de tirar satisfações, mas eu tinha que fazer alguma coisa.




– Agora eu vou dançar com ela. – Falei grossa, tirando ele com força pela jaqueta e puxando Eve pela cintura, soltando um sorriso sarcástico na direção dela que me olhava sem entender. Senti alguém me puxar para trás e... Era o idiota.



– Não, não vai. Ele falou como se estivesse me concedendo uma ordem que devia ser cumprida. Soltei uma gargalhada. Vi que todos já haviam parado de dançar e agora olhavam para nós.



– Sério? Porque? Vai me impedir? Arqueei as sobrancelhas. Eu ouvia alguns murmúrios como: Ihhh, eu não deixava assim!As pessoas pouco me importavam.


– Parem Vocês! – Eve disse brava,querendo ficar entre mim e ele, mas não deixei. A coloquei para trás.



– Se precisar vou sim. -Respondeu,querendo se mostrar grandão e superior.



– Como se você tivesse bolas para fazer isso, jura né? . Ri alto e ouvi um coro de “Bahhhhh!!!da platéia aglomerada ao nosso redor apenas para presenciar a briga prestes à acontecer. Bando de pessoas curiosas, sem nada pra fazer a não ser cuidar da vida dos outros! Então, lhe dei um empurrão. Na tentativa de provocá-lo! Ele levantou furioso e antes que pudesse tentar algo contra mim eu acabei por lhe dar um soco naquela cara de palerma. Ele me olhava com raiva, assim como eu o devia olhar. Eve se interferiu ficando no meio. Senti alguém me segurar.



– Me larga, Anna, não tá vendo que é ele que tá pedindo por isso?Ele ia me bater – Tentei soltar meus braços.



– Chega. Vamos para o quarto se resolver. – Anna disse autoritária com aquele jeito mandona como se fosse minha irmã mais velha. E era mesmo, eu a considerava como. Eve já na frente com Hugo e massageava o rosto dele, perguntando se estava tudo bem. Ah, que coisa idiota! Ela é  uma idiota. Os dois são!





Ao chegarmos lá, ouvimos lição de moral de Elena.– O que vocês tem na cabeça! Eu não quero briga dentro da minha casa, ok? Chega! Vocês querem conhecer meu amigão aqui? – Ela ameaçou apontando para o famoso salto alto.


Todos que se atreviam a aprontar com  Elena conheciam ele. Ri baixinho, sentindo dor no punho por conta do soco, mas pelo menos o palerma  estava bem pior. Minhas aulas de Auto defesa finalmente serviram pra alguma coisa! 

Balancei a cabeça negativamente para Elena assim como Hugo.



- Acho bom!-Elena saiu do quarto, marchando e desfilando dando a entender que ela mandava no território. Continuei com a bolsa de gelo perto do punho, enquanto Eve cuidava do queridinho. Eu estava olhando a cena com nojo, parecia um bebê chorão fazendo careta cada vez que ela colocava o curativo.



– Não consegue aguentar é? Foi muito forte? Provoquei mesmo ele estando quieto, soltando uma risada maldosa. Ele levantou os olhos bufando de raiva. – Nossa, minhas pernas tremeram agora, boi bravo! Ironizei.



– Não ligue pra ela. Vá indo na frente,pois eu preciso ter uma conversinha com Villanelle.-Eve falou, fechando os curativos e dando um beijo no canto da boca dele. Eca! Juro que me deu uma ânsia de vômito ao presenciar essa cena.




- Mas…



– Não discuta, apenas vá, Hugo. Por favor. Pediu ela impaciente. Ele assentiu e saiu do quarto.





Minutos entediantes, minutos em silêncio passaram e ela arrumava o kit de primeiros socorros, logo foi lavar as mãos soltando um suspiro de irritação em seguida.




- Pode falar. – Comecei mexendo com a fera. Incentivando a briga que viria a seguir.– Diga o quanto me odeia, Polastri.



– Não, não vou dizer... Você já deve saber muito bem. Você é uma idiota, uma verdadeira otária. Qual é o seu problema? Disse que era para nos afastarmos e olha aí, parece que me persegue nos lugares! Ela ainda estava calma, mas eu sabia que o tom tranquilo de sua voz não iria durar muito tempo.



– Eu não persigo ninguém! Foi coincidência nós virmos na mesma festa, quer dizer... Na verdade não foi, porque Elena não é só sua amiga, ela também é minha e me convidou, então... Não tenho culpa. – Fiquei na defensiva e falei normalmente dando de ombros.



– Eu não sei porque eu ainda discuto com você! Jogou as mãos para cima. – Foi você quem começou indo até lá e tirando Hugo de perto de mim... Que merda foi aquela? Porque se importa? Porque está empatando eu e ele? Ciúmes? – Eve estava debochando da minha cara, olhando atentamente pra mim. Ata,ciúmes! Essa era boa!




– Eu com ciúmes de você? Não me faça rir, Park. O único motivo é porque eu quero livrar Hugo dessa encrenca de ficar com você. Ele não sabe no que está se metendo! Afinal, parece que o mustache também não sabia, pois ele te largou. Você não foi boa o suficiente para levá-lo para cama ou segurá-lo... Na boa, você não consegue levar ninguém pra cama, aposto!— Eu sempre tive a vontade enlouquecedora de irritá-la o tempo inteiro, e como dá pra perceber,às vezes acabo passando dos limites e falando um pouquinho a mais do necessário.



Ela parou por um segundo, digerindo as minhas palavras e então, um sorriso malicioso brotou em seu rosto. Achei que iria me encher de tapas ou me xingar e ignorar como sempre faz, mas, mais uma vez, surpreendeu e reagiu ao contrário de como achei que faria. 




Ela andou lentamente até mim.





Deus, era uma tortura ela caminhando desse jeito com esse vestido... Parecia que iria me atacar a qualquer hora apenas pelo jeito que seus olhos castanhos estavam sobre mim. Eu realmente me senti pequena e indefesa nesse momento.



Ela andou mais, a cada passo que ela dava, eu dava um para trás, apavorada já,querendo urgentemente saber que se passava pela mente dela. Senti a parede bater em minhas costas e fiquei encurralada. Grudou seu corpo no meu, me fazendo ficar com a respiração irregular. Eu podia sentir o calor entre os nossos corpos mesmo por cima das roupas. Podia sentir as curvas dela naquele vestido. Céus,porque nesse exato momento eu pensava que ela era bem mais sexy do que a minha própria "namorada"? 




– Então... Eu não consigo levar ninguém pra cama, né?Acho que você não sabe nada sobre isso.. – Engoli seco por ouvir sua voz.Era sexy e provocante. Ousadamente, ela levantou minha blusa para cima, passando a mão por minha barriga e arranhando em seguida.Depois ela abriu o zíper da minha calça e ficou depositando beijos em minha barriga e um gemido escapou por minha garganta. Ah qual é, eu não sou de ferro! Tentei sair, mas ela não deixou, apenas pressionou mais meu corpo contra a parede,depois se levantou e colou nossos corpos.. 



Droga! Essa garota! O que deu nela?Nossos sexos estavam praticamente pressionados um no outro e se não fosse as roupas... Deus! Olhei fixamente para os lábios dela, totalmente vermelhos pelo batom e convidativos, e a vontade de beijá-los já era incontrolável.




O-oquê e-está fazendo-o,Eve-Perguntei gaguejando, minha voz saiu em um sussurro quase inaudível. Ela riu, depositando um chupão forte em meu pescoço. Ah, sério, o que ela quer de mim? Me enlouquecer? Gemi sentindo seus lábios, sua língua naquela parte tão sensível e chupando ainda por cima! Me arrepiando por inteiro, e, involuntariamente, me encolhi pelo prazer.

Onde estava a Eve que eu conheço? A irritante, a pé no saco e nada sexy pela manhã quando acordava? Quem era essa?




– Apenas estou te mostrando que sim, darling,eu consigo, se eu quiser, levar quem eu quiser pra cama! – Ao dizer isso, desceu a mão entre meus seios indo até minha calça, que estava aberta e onde agora ela me massageava com dois dedos por cima do  tecido fino.


Eu estava completamente excitada. Mas o que eu posso fazer se ela não me deixou nem respirar ainda, e, por céus, eu iria gozar ali mesmo! Quem não ficaria tão excitada com uma mulher tão sexy  falando daquele jeito e tocando logo sua parte pulsante? Ela colocou a mão por dentro do tecido dessa vez, o que me fez gemer mais alto ainda..



Minha excitação apertou e ela continuou movimentando sua mão, fazendo movimentos leves de cima pra baixo, me fazendo contorcer por inteiro…




– Oh Evee... Ah, hmmm... Gemi delirando, fechando meus olhos e aproveitando aquela sensação. Céus, eu a queria tanto naquele instante…




De repente, ela riu, tirou a mão e a olhei frustrada. Ela simplesmente saiu, virou as costas e foi andando!




– Hey, onde você vai? – Ofeguei.



– Eu só queria deixar você assim, me chamando, provando como fica em relação a mim. Isso é pra aprender a não me subestimar de novo. Tchau, Astankova!



– Não, olha o jeito que você me deixou,Eve! – Falei totalmente frustrada e irritada apontando para minha calça.




– Eu vi! Provei o que eu queria, agora se vira, amorzinho! Ou chama sua namoradinha para te ajudar... Oh, espera, ela saiu da cidade, né? – Garota má! O que foi isso tudo? Eu sabia que Eve não era tão santa, mas isso já foi até demais!



Era maldade me provocar, me atiçar desse jeito e depois deixar o resto por minha conta.



Observei ela sair lentamente do quarto,olhei descaradamente para seu corpo . Que deixa qualquer um babando,por sinal inclusive eu. Bufei frustrada, sentindo o quanto eu estava molhada..Levantei o zíper   e fui ao banheiro. Ficando lá algum tempo.. 



Quando finalmente saí do banheiro, estava brava e com muito ódio atrás da minha querida vizinha. Ela com certeza já deve ter ido embora! Mas iria ter troco! Arghhh!




– Onde ela está? – Perguntei firme para Anna que estava sentando em um dos sofás.


– Quem, V.?


– A Eve! Corri meus olhos pelo lugar sem sucesso em achá-la.


– Ela já foi.


– Ah ela me paga! – Esbravejei sentando junto à ela e tomando uma dose forte de tequila.


– Porque? O que ela fez?


– Me irritar, como sempre!


– Ah loirinha, só admite logo... Você é apaixonada por ela, isso sim! – Ela disse sugestiva, levantando as sobrancelhas de um jeito cínico e óbvio. Gargalhei com a ideia e a olhei como se dissesse "Tá brincando comigo,né?".


– Eu? Apaixonada pela Eve? Até parece! Nunca. Neguei tomando mais uma  dose. É claro que a ideia era absurda! Isso não aconteceria comigo!



Ou já aconteceu?, me perguntei mentalmente. Não, com certeza não! Não dá nem pra considerar isso!



– Aham, sei. Só espero que você admita um dia. E ela também. E que esse "um dia" não seja tarde demais.



Ok, agora fiquei confusa. Ela apaixonada por mim? Isso já era burrice da parte de Anna, eu sabia que ela queria eu e ela juntas, mas não... Apaixonada não!Talvez fosse só um desejo ardente. ..Mas mesmo assim eu a odiava! Era a pior vizinha que eu já tive.


E a mais linda e provocadora também…


Completei em minha mente. Ok, eu estava realmente ficando louca, deve ser o efeito do Álcool…



Amanhã já passa!





(...) 




P.O.V. Kenny Martens


– Você gosta desse filme? Sério, eu amo! Elena disse animada. A festa passava e eu apenas estava conversando com ela. Ela era encantadora, tão linda. Os cabelos loiros e seu jeito diferente e alegre de ver as coisas tinha me deixado boquiaberto por ela. Eu sabia que meu objetivo aqui na cidade era outra coisa e não me apaixonar, mas... Com Elena comigo nesses últimos dias era quase impossível.



Olhei rapidamente e o canto de sua boca estava com uma leve mancha de catchup. Eu já estava me segurando para não tirar com minha própria língua.


– Me permita. – Permaneci educado, me aproximando e passando meu dedo levemente ali, depois levando a gota para minha boca e chupando. Ela me olhava, parecia hipnotizada, assim como eu estava por ela. Então, em um pulo, ela veio até mim, grudando os lábios.



A beijei lentamente,aproveitando o carinho que ela fazia em minha nuca. Nossas línguas entraram em uma batalha e eu já estava embriagado de tão bom que era o perfume dela.



Então, meu celular tocou! Droga! Ela bufou e eu ri. Atendi depressa vendo que era meu irmão.



– Alô, tudo bem por aí, mano? – Soltei a pergunta preocupado, me afastando de Elena para ela não ouvir.



Sim, eu apenas quero saber se tem alguma notícia da nossa irmã.


– Não, eu não tenho, mas estou a procura!



Ok, e hã... E ela? Como está?-Ele perguntou envergonhado. Eu sabia de quem ele estava falando. Não conseguia evitar, apesar de tentar manter distância, ele acabava falhando e perguntando como ela estava... Seus sentimentos venciam.




– A vi hoje e aparentemente está bem,mas... Mano, eu sei que quer voltar pra ela, mas não dá, ok? Não ainda.



– Ok, desculpe, Bro! Tchau.Desliguei, preocupado com ele. Ele devia estar aflito, assim como eu. Mas isso logo iria acabar. O pesadelo iria ter fim de uma vez por todas!





(...)


Notas Finais


OLHA A BOIOLA COM CIÚMES, PI PIPI
VILLANELLE ESMURRA UM HOMEM QUEM AMOU??
Eve anda bem safadinha, né? Sei…
Esse kenny misterioso todo...
O próximo capítulo vai ser a revenge da Villanelle 🤰🏻🤰🏻🍧🥵🥵

Até breve!


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