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História Little - "Vadia estupida e iludida"


Escrita por: rarealien

Capítulo 3 - "Vadia estupida e iludida"


Justin Bieber P.O.V.

As portas do elevador se abriram revelando a enorme sala do meu apartamento onde Bárbara limpava usando suas roupas, como sempre, provocantes. Revirei meus olhos com aquela cena e entrei afrouxando a gravata que havia me enforcado a noite toda. Como eu odeio gravatas.

    — Como foi lá no orfanato, Senhor Bieber? — Soou a voz de Barbara, que nesse momento se levantava do móvel o qual se encontrava curvada a limpar quando cheguei, e agora vidrava sua atenção em mim.

Parei no meio da sala me virando pra ela enquanto ainda brigava com a gravata em meu pescoço, fazendo o possível para tirá-la sem desfazer o nó porque eu sempre levava horas para faze-lo, ou tinha que pedir pela ajuda de alguém, e outra coisa que eu sempre odiei por precisar da ajuda de outros. Desisti daquilo e travei meu maxilar respirando fundo numa tentativa falha de me acalmar, maldita mania de me irritar demais com coisas tão insignificantes como aquilo.

   — Tira essa merda de mim antes que eu a corte ou me enforque de uma vez. — Falei sério apontando para a gravata enquanto encarava Barbara.

Pelo menos a garota era rápida pois no mesmo instante deixou o espanador que segurava e veio me livrar da gravata.

   — Como sabe disso? — Indaguei a encarando de perto esperando ela me libertar daquilo.

   — Sua reunião foi aqui, lembra? Além disso o senhor xingou muito ao ouvir a notícia.—  Ela comentou calmamente me fazendo lembrar do surto que dei em casa ocasionando a ela vários cacos de vidro e papeis para pegar pelo caminho em que passei.

Uma vez livre daquela gravata olhei em volta vendo que Barbara realmente havia feito um ótimo trabalho, afinal, eu havia deixado o apartamento um verdadeiro inferno quando sai a menos de dois dias e agora estava parecendo um imóvel novo. Eu nunca conseguiria colocar um apartamento daquele tamanho em ordem após um desastre de tamanha proporção quanto a festa que eu havia dado. Sorri de lado me lembrando do momento e quando dei por mim os botões de minha camisa estavam sendo abertos pelas mãos espertas da garota, estreitei meus olhos encarando o azul dos delas e segurei seus pulsos sem medir minha força.

   — Que porra você tá fazendo? — Indaguei sério soltando seus pulso com força os impulsionando para baixo conforme me afastava dela terminando o que a garota havia começado sem minha permissão, muito menos meu consentimento. Mas ainda assim mantinha meus olhos sobre ela vendo que a mesma agora estava desconcertada e abria varias vezes a boca procurando as palavras para se expressar.

   — Eu queria te ajudar, você esta cansado e sabe que posso te fazer relaxar do jeitinho que você gosta. — Disse ela após alguns minutos, cruzou seus braços abaixo dos seios o que os ressaltava naquele decote vulgar e me lançou um olhar sugestivo, o que arrancou de mim um riso longo e repleto de ironia em seu tom rouco.

Abaixei a cabeça rindo daquela fala e levei uma de minhas mãos ao olhos os esfregando quando erguia outra vez meu rosto deixando minha mão abaixo do meu queixo conforme meu cotovelo se apoiava em meu outro braço que agora se encontrava cruzado em meu peito. Voltei a encara-la com meu sorriso debochado no rosto e meu olhar sobre ela com uma sombra de pena e vergonha alheia.

   — O que te leva a pensar que você sabe o que eu quero parar relaxar? E o que te faz pensar que você tem o que é preciso pra me satisfazer? — Perguntei arqueando uma de minhas sobrancelhas ao fazer a pergunta.

Então algo me ocorreu e estiquei as duas mãos as balançando no ar como se estivesse negando com as mesmas numa ironia sem tamanho, tanto naquele gesto quanto em minha teatral cara de espanto.

   — Não, não. Primeiro me diga o que você acha que eu preciso, estou curioso pra saber o que você supostamente sabe a meu respeito!

Nesse momento ela se aproximou de mim abrindo um sorrisinho pretensioso e suas mãos vieram ao meu peito deslizando as mãos pelo vão aberto de minha camisa, brincando com seus dedos sobre minha tatuagem, não segurei suas mãos dessa vez apenas foquei em seu olhar esperando sua resposta.

   — Eu conheço seus gosto Bieber, acha que vim trabalhar aqui apenas pelo dinheiro? —  Disse Barbara tentando de qualquer maneira me convencer.

Mordi o interior das bochechas para que não caísse na gargalhada antes dela terminar e então seus lábios de aproximaram do meu ouvido a sussurrar.

— Eu posso ser sua baby girl se você quiser, eu vou ser a melhor baby que você já teve a sua vida inteira.

Conforme terminou sua fala ela subiu as mãos até meus ombros aparentemente planejando tirar minha camisa, o que eu obviamente não permiti.

Barbara era atraente, muito atraente, fazia jus ao apelido "barbie" que carregava apesar de eu acha-lo um tanto bizarro.

 Alta, seios fartos, bunda arredonda, cabelos castanhos e os olhos azuis eram hipnóticos, quase tanto quando seu lábios marcantes, bem o tipo de mulher pelo qual me interessaria logo de cara porém... ela não me atraia. Nem eu sabia exatamente o porque, bom, na verdade eu sabia, só que tais motivos não faziam nenhum sentido pra mim. 

O primeiro era uma política que eu havia adquirido após uma experiencia traumática no passado: não me envolver com funcionários, independentemente de qual fosse a função exercida pelos mesmos. E o segundo motivo: não tinha graça. Ela era algo tão fácil de se ter que eu nem me sentia atraído... Sempre gostei da caçada, da conquista, da batalha e com ela seria tudo tão fácil que a única coisa que iria acontecer era uma foda e apenas. Chato. Irrelevante. Desnecessário.

Segurei com força em seu maxilar levantando o rosto da garota para me encarar de melhor forma já que seus olhos azuis estavam grudados em sua mãos que passeavam pelo meu tronco, apertei seu rosto de tal forma que sua boca acabou se tornando um bico, aproximei meu rosto do dela e, apesar seu pequeno desespero contido nos olhos, ela fechou os olhos já trazendo seus lábios para os meus por achar que eu a beijaria.

— Não seja ridícula, Barbara. Se poupe de tamanha humilhação, se poupe de tamanha ilusão! — Exclamei em um tom rude e debochado ao mesmo tempo em que virava o rosto dela a jogando para o lado.

Me afastei deixando a mesma ainda atordoada com tudo aquilo, sua frustração e constrangimento eram quase que palpáveis... O que era cômico para mim.

— Preocupe-se apenas em fazer a porra do teu trabalho, não em cuidar da minha vida. Não te pago para isso. Tente ser um pouco menos inútil! — Conclui entrando no corredor que ligava a sala aos vários quartos da casa, a caminho do meu.

— Um dia você verá que nunca vai ser feliz com outra pessoa, senhor Bieber. Eu sou a única que te entende e te aceita do jeitinho que você é, sou a melhor, eu sou tudo o que você precisa!

Bati a porta do meu quarto deixando a garota falando sozinha e fui me despindo por completo ao entrar em meu banheiro, neguei com a cabeça após ouvir aquela frase e me apoiei na pia do banheiro olhando meu reflexo no espelho.

— Vadia estupida e iludida. — Resmunguei pensando alto e fui para o box afim de tomar um longo e relaxante banho antes de poder me jogar na cama para dormir, este dia havia sido uma merda!

Bati a mão no interruptor cromado da parede que liberava a água do meu chuveiro, com certeza meu lugar preferido entre toda a casa, já que nele a água caia do teto em uma faixa que ia de uma parede do box até a outra, dando espaço para no mínimo quatro pessoas tomarem banho ao mesmo tempo. Testes feitos em minhas "festinhas particulares" já haviam me comprovado isso.

Peguei o sabonete e comecei a me levar tentando me lembrar qual era o nome da garota que havia vindo falar comigo no orfanato. Alexis? Kylie? Chloe? Dei de ombros deixando aquilo de lado e foquei apenas na lembrança dela, apesar de não ter dado a minima para o que ela falou me lembro muito bem de suas curvas delicadas mas que mesmo assim me atraíram, ela devia ter por volta de uns 14, quinze anos no máximo, e já era dona de um corpo maravilhoso.

Uma pena ela falar tanto a ponto de me irritar, caso fosse mais quietinha eu poderia ter ensinado uma coisinha ou duas para ela, começando por ensinar a ela o quão bonita sua pele clarinha ficaria com vários hematomas deixados por minhas mãos e boca... Sorri com a ideia e abri minha mão podendo ouvir o barulho alto do tapa, levei a mão aos cabelos e os lavei para que terminasse logo o banho.

Sai do box e puxei a toalha que havia ali ao lado, passei a mesma pelos cabelos, rosto e corpo antes de vir a enrola-la em minha cintura como de costume, passei a mão por entre os fios do cabelo tirando dali o excesso de água que ainda restava enquanto caminhava até meu closet. Graças a um sensor de movimento ou entrar ali as luzes se acenderam revelando o extenso corredor repleto de roupas, sapatos e acessórios usados por mim no dia a dia. Fui até minha gaveta de cuecas e puxei dela uma de minhas Calvins, vesti a cueca de cor branca e calcei meus chinelos saindo do closet com a toalha molhada em mãos, a mesma foi direcionada ao meu ombro e assim sai do quarto a caminho da lavanderia.

— Fiz macarronada. Receita da senhora Bieber.

Novamente aquela voz... Respirei fundo e neguei com a cabeça sem me importar com o fato de estar de cueca, Barbara já havia visto muito mais do que minhas cuecas em seus dois meses de serviços prestados a mim, o que me incomodava era a incessante busca por atenção.

— Se queria fazer referência à minha mãe... Ela não tem Bieber no nome, e se queria me agradar, perdeu seu tempo. Não estou com fome, pode comer sem mim.

Foi tudo o que disse prosseguindo até a lavanderia, deixei minha toalha lá e voltei, dessa vez indo à cozinha.

— Amanhã virão algumas pessoas da direção orfanato em casa, pode tirar o dia para você. Eles só virão a noite mas você precisa espairecer.

Comentei curvado para dentro da geladeira procurando algo que viesse a me despertar o apetite e ao terminar a frase lancei a ela um olhar dando a entender o que eu que a queria fora ao dizer aquilo. 

Eu sabia que ela estava dormindo na minha casa já há cerca de uma semana devido a sei lá qual problema, mas sua petulância já passava dos limites e estava começando a me dar nos nervos.

 Peguei uma garrafa d'água e a abri virando todo seu conteúdo na boca, tomando tudo em um só gole, amassei a garrafinha e a joguei no lixo indo para meu quarto.

"Boa noite senhor Bieber!"

Bati a porta a ignorando como de costume e pelo ipad, que ficava no criado mudo ao lado de minha cama, liguei o ar condicionado do quarto o estabelecendo de uma forma que me agradasse, peguei de dentro da gaveta meu sonífero, o engoli a seco um dos comprimidos e ajeitei minha cueca entre minhas pernas antes de me jogar de cara na enorme cama, respirei fundo esvaziando a cabeça e fechei meus olhos a espera do delicioso sono sem sonhos que o remédio me proporcionava.


Notas Finais


Espero qeu tenham gostado, vejo vocês semana que vem!


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