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História Little Cake (Camren Intersex) - Eu não aguento mais


Escrita por: xiilito

Capítulo 34 - Eu não aguento mais


Narrador P.O.V

A primeira casa que Lauren pensou em correr foi a de sua amiga, era pra lá que ela ia sempre que as coisas não estavam bem.

Ao chegar lá, sua amiga estranhou o fato dela está com os olhos vermelhos e uma cara de choro. Não pensou duas vezes antes de acolher ela nos seus braços em forma de proteção. Lauren lhe contou tudo que tinha acontecido, e o concelho da sua amiga foi tratar Camila profissionalmente e não se envolver emocionante, nem com Camila nem com Ally, mesmo que já fosse tarde demais.

Lauren já estava ajeitando uma forma de sair da casa de Camila, mas não poderia ser assim tão de repente.

As coisas não estavam tão fáceis para si, ignorava os choros da Ally, os chamados dela quando estava em seu quarto.

Durante aquela semana, aquela casa virou uma zona de guerra, foi como entrar naquela casa pela primeira vez quando Ally gritava que queria sorvete.

Na quinta-feira daquela mesma semana, Ally chegou da escola chorando porque queria ir brincar no parquinho que viu. Camila que foi buscar ela, pois Lauren tinha acordado com cólica e não foi pra escola.

- Meu Deus, Allyson Brooke. Deixa de ser chata. A gente não vai para aquela porcaria de parquinho, deixa disso. - Falou Camila abrindo a porta, encontrando Lauren sentada no sofá mexendo no celular.

- Maisi eu teria ir.

- Você quer tudo também, não pode ver nada. - Reclamou com raiva.

Lauren tinha razão quando disse que Ally era mimada.

Foi questão de segundos até Camila e Lauren presenciarem mais um dos inúmeros choros daquela semana. O que veio a seguir foi uma sequência de choro por querer ir ao parquinho e uma Camila irritada.

Lauren queria muito falar alguma coisa, o que sempre fazia, explicar pra criança de uma forma que ela podesse enteder que não iria ao parquinho. Mas ao invés disso, mordeu o lábio com força e observou mais um dos surtos. Seu instinto se aflorando, querendo pegar Ally no colo e fazer ela se calar para conversar com ela e explicar que aquilo era errado.

Sem as outras perceberem, Lauren se levantou e subiu pro seu quarto, onde se encostou na porta e começou a chorar, tampando os ouvidos para não ouvir o choro que vinha do andar de baixo.

- Chega, eu não aguento mais viver assim. - Escutou a voz de Camila soar alto do corredor, a próxima coisa que viu foi Camila abrir a porta de seu quarto bastante nervosa e chorando silenciosamente. Ela se aproximou de si e parou bem em sua frente, fazendo Lauren limpar as lágrimas rapidamente. - A casa está uma bagunça, essa criança vive chorando, parece mais mimada do que nunca e eu não sei o que fazer. Você quer que eu me ajoelhe aos seus pés e peça desculpas? Eu faço o que você quiser, peço perdão pelo que fiz, por ter gritando com você ou por alguma outra atitude que não tenha gostado. Mas por favor, volta a ser a Lauren de sempre, nesses dias eu percebi que eu não funciono sem você. Eu consigo dirigir uma empresa de tamanho porte, mas não sei controlar minha própria casa. Essa casa parece um chiqueiro, porque minha filha só sabe bagunçar. Lo, me perdoa por ter sido uma filha da mãe e babaca com você, eu não queria ter feito aquilo, eu já tinha acreditado que você não machucou a Ally, você não faria isso e eu sei porque uma mãe de verdade não faria. É quer saber? você é sim mãe dela, bem mais do eu. Acho que nessa história eu entro apenas com fato do dinheiro, mas é você quem alimenta ela, cuida dela, controla ela e age como uma mãe deve agir. Eu não consigo educar ela sem que eu acabe gritando junto dela. E quer saber mais? Eu preciso de você para me ensinar a ser uma boa mãe.

Camila chorava enquanto falava, olhando bem no fundo dos olhos de Lauren que também já chorava novamente.

- Não Camila, tá tudo errado. Você me fez acreditar que gostava de mim, me fazendo obter sentimentos a mais por você. Mas na primeira oportunidade você me trata com descaso na frente de várias pessoas e ainda se refere a mim como a simples babá da sua filha. - Lauren jogou em sua cara. - Eu não sou a mãe dela. Eu amo ela como se fosse? Sim! Mas ela não é minha filha, e sua secretária deixou isso bem claro. Meu erro foi se apegar demais a ela e a você. Agora irei agir como a babá que você se referiu aquela mulher, quando disse com superioridade que eu era a babá. Quer ajuda pra criar sua filha? Casa com a vagabunda da sua secretária, e você verá o inferno que e ter uma Ally gritando por todos os lados! - Quase gritou aquelas palavras, fazendo Camila franzi o cenho com sua última afirmação.

- Onde você quer chegar com isso?

- Você nunca notou a maneira que sua filha age perto de sua secretária, né? - Lauren perguntou duvidosa.

- Já, ela não gosta de está perto da Hailee. - Camila disse e Lauren soltou uma risada meio indignada.

- Ela tem pavor da Hailee, Camila. Eu achei que fosse só mais uma das birras da Ally, mas não é. Ela nunca chorou da forma que chorou naquela lanchonete, não a ponto de se debater como se alguém tivesse a espancando. Eu não quero acusar ninguém sem provas, mas quando se trata da Ally, eu não posso deixar que a machuquem, porque querendo ou não, mesmo sabendo que ela não é, eu a vejo como se fosse minha filha. E eu não posso saber que aquela mulher maltrata a Ally e eu não fazer nada.

- Do que você está falando?

- Sabe os machucados que você me disse pra ter cuidado quando a Ally aparecesse com alguns? Que ela se machucava fácil. Não é porquê ela é desastrada a ponto de sair batendo nos móveis, porque desde que eu trabalho aqui, isso nunca aconteceu. Eu perguntei porque ela não gosta da Hailee, e sabe o que ela respondeu? "Ela me machuta mamãe, ela aperta minha mãozinha e bate tuando Ally chora." - Imitou a voz da Allyson e limpou uma lágrima. - Eu conheço a Ally suficiente pra saber quando ela gosta de alguém ou não, e ela não mentiria sobre uma coisa dessas.

- Isso é uma acusação muito séria.

- Não é acusação, é os fatos. Eu realmente apertei o braço dela naquele dia, mas eu tenho certeza que não machuquei ela. Eu só queria que ela parasse de me bater e se espernear, e eu teria conseguido se não fosse sua secretária. Agora me põem dentro de uma sala junto dela e pede pra Ally correr pra pessoa que ela mais gosta e ver ela correr em minha direção me chamando de mamãe. As crianças sentem quando é tratada com carinho, e a Ally sabe o quanto eu a amo.

- Ela sabe, e eu sei o quanto você ama ela. Sabe por quê? Porque eu tenho que admitir que você é a mãe dela, eu não quero te dá essa responsabilidade de mãe para com ela, mas se colocar na balança quem mais é mãe dela, você ganha. E eu não tenho problema de dividir essa tarefa com você, porque eu te amo, Lauren. Me desculpa ter tratado você daquela forma ou ter gritado com você. Eu acredito quando você diz que não machucaria ela, eu vou conversar com a Hailee sobre o que você falou em relação a Ally. Eu fui muito idiota de não perceber que as marcas dela sumiram após você começar a trabalhar aqui. E se eu dei a entender que me referir a você como só uma babá na nossa vida, eu peço desculpas, você é muito mais que isso, você é a Lolo da Ally e a minha Lolo. Eu preciso de você. - Camila falou sincera, indo se sentar na cama. Após se sentar, colocou sua cabeça sobre as mãos e ficou assim alguns segundos, com Lauren lhe encarando a sua frente.

- Você só sabe gritar, Camila. - Lauren começou a falar. - Quando a Ally começa a gritar e a fazer birra, ao invés de tentar acalmá-la você grita de volta. É explosiva e sempre acaba fazendo o que ela quer, eu não retiro o que disse sobre ela ser mimada, porque ela sempre chora quando quer alguma coisa e isso é negado a ela, como agora. Ao invés de você tentar acalmar ela e explicar que não podia ir ao parquinho, você simplesmente gritou. Ela é só uma criança, não consegue se expressar direito. Eu tento dá forma que eu consigo ser compreensiva, mas chega uma hora que não dá, não dá para ver tudo isso e se manter calada. Eu nunca tive um filho, mas eu sei que não é gritando que se resolve as coisas.

- Eu não consigo controlar isso, quando eu vejo, eu já estou gritando. E essa sua indiferença esses dias só me fez perceber que eu não funciono sem você. Não só em questão de cuidar da Ally, mas pra me ajudar a ser menos explosiva. Eu preciso de você. Eu não quero te dá essa responsabilidade tão grande de uma maternidade, mas você é tão calma que me assusta, eu só preciso que você esteja comigo nessa, pois eu estou cansada de está sozinha.

Lauren lhe escutou atentamente, sabia que Camila falava sinceramente e que estava arrependida das suas atitudes. Então se aproximou da mais velha e pegou na sua mão delicadamente, mas foi surpreendida quando Camila lhe puxou e a fez sentar no seu colo, lhe olhando de frente com uma perna de casa lado.

Lauren não pode deixar de sorrir, ao sentir novamente o cheiro de Camila tão perto.

- Camz. - Disse a morena olhando nos olhos de Camila. - Só me promete uma coisa?

- O que?

- Tenta se controlar mais. Eu te perdoou por ter gritando comigo mesmo sem razão, eu achei que não tivesse acreditando em mim.

- Eu acreditei, Lo. - Disse Camila colocando uma mecha de cabelo de Lauren atrás de sua orelha. - Eu gritei porque queria que você parasse de discutir com a Hailee, meu erro foi fazer isso gritando. Vou começar a fazer atividades relaxantes para me ajudar quanto a esse meu problema. Você tem razão, gritar com a Ally só piora mais as coisas.

- Você deveria conversar mais com a Dinah, ela é psicológia não é?

- É, foi ela quem me ajudou a superar a morte da Ellie. - Camila explicou olhando pra um ponto qualquer no quarto, mas logo voltou a olhar pra Lauren. - Eu vou marcar algumas sessões com ela pra mim e... Pra você, dona Lauren.

- Pra mim? - A adolescente juntou as sobrancelhas confusa, colocando suas mãos nos ombros de Camila.

- Sim! O seu medo de tempestade não é normal, e também tem o que você passou com seu pai e essa mudança repetina na sua vida. Isso pode acarretar a mais traumas.

- Camila, não é nescessário!

- É sim, já está decidido e não adianta discutir. - Falou seriamente.

- Ok. - Disse, sabia que realmente não adiantaria discutir com ela sobre isso. - Camz? - Notou a ausência de mais uma pessoa ali com elas e um silêncio incomum.

- Oi.

- Você deixou a Ally sozinha na sala? - Perguntou e ela arregalou os olhos.

- Merda! - Lauren sem pensar duas vezes, se levantou do colo de Camila e saiu correndo em disparado, sendo seguida pela mais velha - Tá vendo? Eu sou uma péssima mãe. - Camila Choramingou correndo logo atrás.

- Você não é uma péssima mãe.

Desceram as escadas rapidamente e chegaram na sala ofegantes, mas pararam ao ver a criança sentada no sofá com o tablet na mão, na qual ela mesmo colocou em um desenho qualquer.

Lauren respirou fundo para controlar o coração acelerado e sentou no sofá quase deitada.

- Aí, se eu continuar tento esses sustos eu vou ter um infarto! - Ela reclamou colocando a mão no peito esquerdo.

Camila colocou a mão no sofá e se inclinou um pouco, tentando controlar a respiração.

- Eu tô tom fome. - Ally falou tirando a atenção da tela e olhando de Lauren, que estava ainda de qualquer jeito no sofá tentando controlar a respiração, e para Camila em pé.

- Eu vou preparar alguma coisa pra vocês comerem. - Camila falou. - Lo, se importa de tirar o uniforme da Ally?

- Pode ser depois que eu voltar ao normal? Acho que tô tendo um colapso. - Disse e Camila riu, negando com a cabeça.

- Pode, Lo. - Disse suavemente e já ia saindo, quando se voltou a ela novamente. - Aliás, você melhorou da cólica?

- Melhorei! Eu tomei o remédio que você deixou em cima do balcão com o bilhete, obrigada. - Agradeceu sorrindo, pois mesmo que tivessem se falado pouco durante essa semana e o clima tenso entre elas, Camila ainda teve a preocupação de lhe deixar remédio.

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