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História Little Cake (Camren Intersex) - Surpresa


Escrita por: xiilito

Notas do Autor


Alerta Drama.

Não corrigir o capítulo.

Capítulo 56 - Surpresa


Ainda estava tentando cai a fixa que ela estava grávida. Era demais para raciocinar que uma criança crescia dentro de si. Ok, ainda era um feto, nem forma ele tinha ainda. Mas em imaginar que com o tempo ele começaria a se forma, isso meio que assustava e a deixava aflita.

Só tinha dezesseis anos, ainda estava no segundo ano do Ensino Médio e ainda chorava quando tirava nota baixa em alguma matéria.

Talvez não estivesse preparada para ser mãe, mas teria Camila ao seu lado, e isso era o que a confortava e importava.

Normani a fez comer um sanduíche de presunto quando ela se acalmou. Agora mais que nunca ela precisava se alimentar. Não foi fácil parar de chorar, toda vez que lembrava sobre o fato de está grávida uma nova onda de choro surgia. As 14:30 Lauren resolveu colocar a máscara e fingir que tudo estava bem, se despediu de Normani e pegou um táxi até a escola da Ally. Foi fácil esquecer tudo ao redor quando foi recebida por um largo sorriso da criança e um abraço apertado. Ver a Ally era como se tudo melhorasse, em questões de meses a criança tinha virado o motivo de Lauren não desistir. Se apegou fácil a criança, e séria capaz de mover o mundo por ela.

Foram o caminho a pé. Ally não estava tão agitada, então foi fácil pegar na mão dela e irem caminhando, enquanto a criança contava animadamente sobre a aula de artes, na qual ela pintou um leão de vermelho. Para tentar se distrair, Lauren a escutava e as vezes fazia perguntas do tipo "você comeu seu lanche todo?" Ou "Do que vocês brincaram hoje no intervalo?"

Ao chegarem em casa, de certa forma Lauren se sentia mais leve. Levou a criança pro andar de cima e tomaram um banho juntas, se vestiram e depois Lauren deu um lanche para a criança.

Allyson estava menos elétrica nesse dia, o que só aliviava mais a cabeça de Lauren, que em momentos tinha vontade de chorar quando lembrava.

O problema não se está grávida. O problema era se está grávida com apenas dezesseis anos de idade. Ainda tinha mais um ano na escola e depois entraria na faculdade. Mas então, tudo ficou assustador demais.

Estava se apegando ao fato de que Camila estaria ao seu lado.

A pequena Cabello estava assistindo na sala de tv com a bunda pra cima, uma posição comum entre as crianças. Lauren perto do balcão da cozinha, só se tocou que sua mão alisava a barriga quando escutou passos se aproximar.

Era Camila!

Como ela não escutou o barulho do carro nem a porta da frente se abrir? Talvez estivesse muito perdida em pensamentos para notar algo em comum. Rapidamente tirou a mão da sua barriga e fitou a latina se aproximar de si com um grande sorriso.

— Oi amor. — Camila lhe cumprimentou com um beijo rápido. Não deu tempo de notar a forma estranha com a qual Lauren se retraiu, pois foi surpreendida com um pequeno corpo se chocando com as suas pernas.

— Mommy. — A pequena disse animadamente. Camila pegou ela no colo e encheu de beijos, fazendo a pequena criança gargalhar.

Ao lado estava Lauren as observando, de repente um quase sorriso surgiu na sua face. Camila conseguia ser uma mãe incrível, era atenciosa quando não estava concentrada no trabalho e se certificava da filha está sempre confortável. Então, Lauren não pode deixar de imaginar essa cena, só que no lugar da Ally o bebê na qual ela esperava.

(...)

Camila foi tomar banho. Quando chegou no quarto recebeu a ligação da sua amiga Dinah, falando que ouve um imprevisto e não poderia ir pegar a Ally. Ficou resolvido dela pegar no sábado como costumeiro

Tomou seu banho relatividade rápido, enquanto no andar de baixo Lauren se retrocia de como iria contar pra ela. Criou vários diálogos na cabeça, vários cenários diferentes. Ela não deveria ficar tão nervosa assim, afinal, era Camila, a pessoa mais compreensiva e sensitiva do mundo.

Os pensamentos de Lauren iam longe, tentou os ignorar quando Ally começou a contar uma história aleatória sobre o desenho que estava assistindo. Tentou se distrair mexendo no celular, mas tudo sempre voltava para o que estava crescendo dentro de si.

— Lo? O que acha de irmos jantar fora hoje? — Camila perguntou chegando na sala. Usava um short folgado, uma blusa de alcinha fina e os cabelos estavam molhados do pós banho. Exalava um cheiro doce de flores, de certa forma só em aspirar o perfume de Camila, Lauren já se sentia em paz. Calma.

Lauren a olhou por baixo dos cílios, lentamente piscou. Assim, sem emoção, sem ânimo algum.

Seja lá qual fosse a reação de Camila, descobri uma gravidez na adolescência nunca seria fácil. É uma criança, sem planejamento e sem urgência. Quantas coisas serão poupadas, quantos olhares tortos, possíveis sonhos que deixarão para depois, porque a prioridade agora e um feto que provavelmente nem um mês tem.

— Eu estou sem fome. Acho melhor ficarmos em casa hoje. — Lauren sugeriu com a voz mansa.

Então Camila percebeu, já tinha percebido a um tempo que algo estava errado com ela, mas não sabia exatamente o que. 

— Você está doente, Lauren? — Questionou se aproximando dela e da Ally que estava deitada no sofá ao lado.

Lauren permaneceu estática no lugar, nem o toque suave de Camila na sua mão a fez desacelerar as batidas do coração.

— Podemos conversar? — Perguntou de forma armênia.

— Ally, meu amor. — Camila chamou a atenção da criança para si. — Pega meu celular e vai assistir no quarto da Mommy, sim?

A criança assentiu e pegou o celular de Camila, antes de subir pro andar de cima saltitando. A expressão de Lauren estava muito preocupante para se ter essa conversa perto da criança, e Camila percebeu isso. A voz falha da adolescente demonstrava que algo estava a incomodando.

— Ok, o que está errado? — Camila perguntou com uma voz doce e cordial. Isso servia para manter a mente de Lauren sã e que tudo ia ficar bem.

Calmamente Lauren se levantou do sofá, calada e sobre o olhar atento de Camila, ela se dirigiu até o suporte onde deixava a mochila dela e a de Ally. Voltou pra perto de Camila e abriu a mochila, tirando de lá um dos inúmeros teste de gravidez que havia feito naquele dia.

Camila permaneceu calada, até Lauren lhe entregar em mãos o objeto branco. Camila sabia o que era aquilo, mas mesmo assim franziu o cenho duvidosa sobre o porquê daquilo.

— O que é isso? — Perguntou só pra ter certeza, e acabar com aquele silêncio ouvindo a voz de Lauren.

— Eu fiz um teste de gravidez, Camila. Eu estou grávida! — Assim, rápida e sem muitas voltas. Não queria enrolar, seria direta. Mas a pulsação do seu coração indicava que nervosa não era só o seu estado atual. Se possível, de repente começou a suar frio e o corpo todo esquentar.

A latina analisou aquele objeto em mãos. Duas linhas vermelhas afirmando o que Lauren acabará de dizer. Piscou lentamente duas vezes tentando raciocinar que era a realidade, e não acordaria desse transe.

— O que? — Foi o que saiu da boca dela segundos depois, seus olhos em nenhum momento saindo do objeto para olhar no rosto de Lauren.

— Eu estou grávida, Camila. — Repetiu, mas logo engoliu um nó que se formara na garganta. 

— Você fez um teste. Testes de farmácias não são confiáveis, Lauren. Esse positivo pode ser um engano. — Tentou achar uma justificativa, então Lauren percebeu um gosto estranho na boca quando viu o choque estampando no rosto da latina mais velha.

— A Mani me fez fazer uns dez testes. Não acho que todos eles sejam possíveis dá positivo de uma vez se fosse um engano. — Disse fechando os olhos com muita força para abafar a vontade de chorar. Talvez Camila estivesse em transe.

So então Camila ousou olhar nos olhos de Lauren, mas os desviando logo a segui para o teste em mãos.

Não esperava que Lauren fosse falar isso. Esperava ela dizer que tirou nota baixa, que estava com uma virose ou qualquer outra coisa que a tenha deixado preocupada e isso ocasionou em seu mal está. Mas não que estava grávida.

Só percebeu que estava minutos demais calada quando escutou a voz rouca de Lauren passar pelos seus ouvidos.

— Você não vai falar nada? — A morena questionou ao ver o silêncio endurecedor daquele ambiente.

— Você me pegou de surpresa. — Camila admitiu seriamente desviando os olhos novamente para a garota.

— Eu peguei você de surpresa? Como você acha que eu fiquei quando fiz os testes? — Lauren disse quase chorando, vendo que a reação de Camila não era como a esperada.  

— Eu preciso de algum tempo pra raciocinar. — A mais velha falou, deixando o teste sobre o sofá e colocando o rosto entre as mãos.

— Você não parece feliz. — Lauren observou o modo sério como Camila estava. Imaginou muitas cenas na cabeça: uma delas era a que mais queria que acontecesse, na qual Camila a abraça e diz que tudo vai ficar bem.

Nesse momento, Lauren só queria um abraço dela, mas ao invés disso ela se afastou de si.

— Você não entende. — Proliferou Camila.

— O que eu não entendo, Camila? — Sem querer deixou uma lágrima cair.

— Eu não estava planejando outro filho. A Allyson estava bom.

Um baque, escutar isso foi como uma faca passar pela sua garganta e deixá-las sangrar sem piedade até perder o fôlego e da seu último suspiro. De repente o nó na garganta aumentou e ela só queria gritar.

— O que? — Lauren riu em escânio.  — Você está me dizendo que não quer outro filho?

Perguntou só pra ter certeza do que ouvira.

— Estou te dizendo que outro filho não estava nos meus planos. Eu não quero outro filho, Lauren. — Negou com a cabeça, olhando diretamente para a garota em pé a poucos passos de si.

— Eu não acredito nisso. De todas as cenas que criei na minha cabeça, essa foi a última na qual esperei sua reação. Você acha que eu estava planejando engravidar? Acha que eu estava querendo passar boa parte da minha adolescência se dedicando a um filho quando eu já tinha a Ally pra se preocupar, porque a mãe biológica dela passa maior parte do tempo trabalhando? Eu mal consigo dividir estudos e cuidar da sua filha, Camila. Acha que eu queria engravidar com a porra de dezesseis anos? — Lauren gritou, nessa hora não conseguiu mais segurar as lágrimas. Não sabia se de decepção ou ódio. Não importava se a Allyson estava na porta encolhida com os olhos arregalados as observando. Estava atônica demais para perceber seu pequeno corpo assustado.

— Lauren, você esta gritando!

— Que se dane. — Gritou novamente, ignorando o que Camila falou.

— Que bom. Você não quer, nem eu. — Camila falou se levantando do sofá e se ponto frente a ela.

— Inacreditável, Camila. Você está mostrando logo agora o seu lado insensível na qual eu achei que não existia. — Tentou se manter calma, mas era difícil quando nesse momento só queria gritar. Odiava gritos, mas nessa questão queria mais que ela explodisse.  — É óbvio que eu quero essa criança, e farei qualquer coisa por ela. Se você não quer esse bebê, que se dane você e sua opinião bosta sobre não querer outro filho. Eu não o fiz sozinha. É quer saber? Eu não preciso de você pra isso. Não estou falando só porque agora tenho dinheiro pra cuidar do meu filho porque sou uma Jauregui. Estou falando porque eu sempre me virei sozinha desde a morte da minha mãe. E não vai se você que vai me interferir dessa decisão. Eu achei que você fosse reagir de uma forma compreensiva, iria me apoiar e está ao meu lado, mas me enganei.

— Lauren você está se precipitado. — Camila até tentou.

— E daí? — Gritou novamente, fazendo a criança ainda na porta se encolher mais. Nunca havia visto Lauren gritar, era a primeira vez que presenciava uma discussão das duas. De certa forma estava assustada com isso. Lauren parou para puxar o ar, pensou um pouco e olhou nos olhos de Camila. — Quer saber? Parabéns, agora você fica aí sozinha.

— O que você vai fazer, Lauren Jauregui? — Camila perguntou quando viu a morena pega o teste do sofá e o colocar na bolsa. 

Esse movimento fez a morena perceber a criança no cantinho com parecendo assustada. Precisava manter a calma, precisava se manter sã. Então tomou a melhor decisão que poderia no momento.

— Eu vou pra casa do meu pai, eu preciso pensar. E eu vou levar a Ally comigo. Nem pense em interferir. — Disse ela se afastando e pegado a criança no colo, essa que logo se agarrou a ela e colocou a cabeça no seu pescoço.

— Você não pode levar a minha filha, Lauren. — Disse Camila com raiva. Não por Lauren está levando a criança, mas tudo que acabara de ouvi. Gravidez, e tudo mais.

— Estou levando seus dois filhos, Camila. Cala a boca. — Lauren disse quando pegou a chave do carro na mesinha e abriu a porta.

— Você ainda não tem carteira, garota. Para de ser infantil. — Tentou argumentar, vendo que Lauren não estava para brincadeira quando abriu a porta do carro e colocou a Ally na cadeirinha. Logo abrindo a porta de motorista.

— Para você de ser idiota. — Retrucou ligando o carro e ignorando Camila.

Ela não irá intervir isso, sabia que ela não a pararia e mesmo se tentasse, Lauren passaria com o carro por cima dela.

— A Ally está muito melhor comigo, assim como o bebê que você acabou de negar. Fica em paz, Camila.

Foi a última coisa que Lauren falou antes de dá partida no carro deixando uma Camila para trás, apenas observando o carro ir. Estava com tanto ódio e confusão na cabeça, que só a deixou ir. Sabia que a culpada de tudo era a si próprio. Se não queria outro filho, deveria ter se previnido, deveria ter tido consciência sobre essa questão. Agora sua namorada estava irritada, decepcionada e grávida.

O dia tinha sido tão perfeito.

Enquanto dirigia, os pensamentos da morena voavam, repetindo sempre na sua cabeça o diálogo de alguns minutos.

Decepcionada talvez fosse o que a morena sentia. O desprezo de Camila para com a gravidez era nítido. Lauren só não conseguia entender o porquê dessa reação, Camila sempre foi tão compreensiva, amorosa e companheira. Um filho não era um problema. 


Notas Finais


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Voltou depois. Fiquem em paz.


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