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História Little Changes - Nove.


Escrita por: DWRPerlman-

Notas do Autor


Rellow meus amores <3

Um pouco atrasada, era pra eu ter postado no sábado, mas a vida é foda e complicada e não rolou auauaua desculpem

Pra compensar essa semana tem 2 capítulos ok? E acho que dependendo vou manter 2 caps por semana.

Sorry mesmo o atrasinho guys, mas espero que gostem e tenham uma boa leitura <3 amo todos vocês

Capítulo 9 - Nove.



— Oi

— Oi

Brendon estava sentado no quintal dessa vez. Acho que não me lembrava dessa parte da casa, mas era legal. Tinha grama, uma piscina, e era simples e pequeno, mas era tudo de muito bom gosto.

Eu achava estiloso demais. Adorava essa otimização de espaço com design de interiores.

Ele parecia bem até, talvez bem até demais, e vai entender. Mais um coisa pra sustentar a minha hipótese de que não dava pra entender ele muito bem porque ele acaba sendo volátil demais. 

— Seu pai está por aqui? Não vi ele no caminho nem em nenhum outro lugar. Achei que estaria aqui.

— Nah, ele saiu. Tinha uma reunião e aproveitou pra ir visitar um amigo. Deixar as mulheres fazerem coisa de mulheres, certo? Provavelmente minha mãe teve parte nisso. 

— Você não foi com ele?

— Você não ficou em casa? — ele me olhou confuso, quase como se por algum motivo idiota eu tivesse o ofendido — E  não é como se desse com nossas mães com toda essa coisa de “por papo em dia”. Elas tem que envolver a gente não é? Vai entender. Parece que ainda não temos personalidade ou vontade própria.

— Pois é. 

— Que foi? Senta ai.

— Hm? Nada ué… só… huh, você parece bem dessa vez pelo menos

— É, eu estou bem. Eu sempre estou bem. E você tá parecendo um chato analítico como sempre.

— É, acho que também não está tão longe assim da realidade — dou de ombros — tanto faz.

— Desde quando você é assim?

— Desde sempre poha. Esqueceu da sua infância? Eu não mudei tanto assim.

— Eu acho que eu não saberia.

Falando a real e sendo honesto comigo mesmo, eu estava constrangido. O porquê? Eu não faço ideia! Só sei que eu estava lá, sentado do lado dele, ele parecendo super confortável e bem e animado, com um shorts e um chinelo e sem camisa, e eu encolhido, procurando algo pra focar meu olhar no nada porque não queria olhar  na direção dele. Eu ia sentir mais vergonha ainda se fizesse isso.

Brendon começou a mexer no celular quase concentrado demais e às vezes segurando uma risada enquanto digitava (o que era bom porque ele não perceberia o quanto eu estava desconfortável) e antes de eu conseguir pensar em algo aleatório pra falar, ele perguntou:

— Você arranjou uma namorada?

— Que?! Não.

— Os caras falaram que você arranjou uma namorada.

— Você ficou longe da escola 2 dias… como isso ia acontecer? — pergunto confuso.

— Sei lá, eu não faço as regras do mundo — ele ri e continua digitando.

— O que você estava fazendo antes de eu chegar? — Isso, boa. Até que foi rápido dessa vez e de quebra desviei o assunto. Perfeito.

— Muitas coisas na verdade. Enquanto ouvia música. E de manhã fiquei na piscina e-s- fazendo nada. Quer ouvir música? Eu parei porque tava ouvindo um áudio, tive que dar um pause.

— Pode ser, dependendo do que você ouve. — Mas antes de eu terminar de falar ele já tinha dado o play no que ouvia antes

— Legal, não é?

— Que merda é essa?

— Música. Nunca ouviu trap? Roses é perfeito.

— Pelo que eu me lembre pelo menos você gostava de música boa.

— É música boa!

— Huh, sua banda favorita não era Queen e Abba? Meio que uma grande diferença de ir de música dos anos 80 pra trap adolescente revoltadamente inútil de 2019.

— Ouvi dois álbuns completos do Queen antes de colocar nessa playlist.

— Menos mal.

— Eu não vou trocar, você que lute por um tempo. Depois eu coloco, sei lá, David Bowie ou coisa parecida. Ainda gosta também, não é?

— Claro.

— Ah, espera ai. Tem alguém me ligando. — ele atende o celular — Jenny! como você está sua rainha maravilhosa?... Bem também… Nossa, é sério gata? Que legal… sua casa?... mas não daria ruim?... droga, parece incrível! Eu to preso em casa, nem vai dar, mas divirta-se por mim… vir aqui? acho sem problemas mas hoje não vai colar, minha mãe vai encher o saco, que tal amanhã cedo?... Não dá? E se eu fosse ai?... Então fechou!... Claro, claro que eu quero… Não esquenta boba — ele riu super amigável, e como era possível alguém parecer que não tinha problema nenhum no mundo assim? — Fica assim então… Não, ai não vai dar… mas é legal mesmo assim não é?... certo, certo, isso! Até mais então. Beijo amore. até mais.

Eu não sabia se ficava mais enojado ou confuso, mas acho que confuso se sobressaiu. Até eu podia sentir meu olhar de “??” pra ele

— Era a Jenny.

— Quem é Jenny? Sua namorada?

— Não, a garota loira do terceiro ano. Que gosta de andar comigo.

— Ah. Bem, ela… parece legal eu acho. Parabéns

— A gente não está namorando.

— Não?

— Não. Pelo menos não por enquanto e não que eu saiba. 

— Bom, ela parece gostar muito de você.

— E eu gosto dela, ela é demais. A última vez que ela dormiu aqui a gente assistiu todos os filmes do-

— …?

— Ah, eu não lembro mais o diretor. — Era óbvio que era mentira, mas fazer o que. Não consegui pensar em uma forma de pressioná-lo rápido. — Não! — ele olha e digita chocado pro celular — Você está de graça com a Liz do outro primeiro ano? Não acredito!

— Você tá fofocando sobre mim na minha frente, pelo celular?

— Não estou fofocando e não é fofoca, só estou lendo um dos grupos que eu tenho. E fala sério, eu fico cinco segundos fora da escola e do nada você conhece a escola inteira e tá de gracinha com várias meninas?

— Eu não to de gracinha com ninguém, pelo amor de deus!

— A Liz diz que vocês passaram a manhã inteira fora das aulas juntos. Ela e as meninas e você.

— Yeah, talvez, Liz a garota de cabelo preto, olhos bonitos? Meio baixinha mas super fofa?

— É, ela mesma. Não sabe nem de quem eu tava falando?

— Não sabia o sobrenome dela, e vai que são várias Liz na escola. E não imaginei que você conhecesse o pessoal normal da escola.

— Na verdade, não conheço. — ele ri — Tinha o contato da Liz do ano passado. A gente fez a sétima e oitava série juntos.

— Então tá…

Já que parecia pelo menos uma opção, peguei o celular também. Não esperava ter nada ou fazer nada dele, mas era uma boa forma de se distrair pelo menos.

Quase dei um pulo quando entrei no whatsapp. Liz tinha me mandado mensagem a uns dois dias e eu nem vi!

Era só um bom dia fofo e um tudo bem clássico, mas mesmo assim. Rude.

Pelo menos por algum motivo me pareceu rude e quis ter respondido aquela mensagem ou ter puxado assunto com ela antes de vir pra cá.

Brendon parecia tão feliz falando com sei lá quem (provavelmente a Jenny ou aqueles garotos babacas) que eu quase quis poder fazer o mesmo.

Eu já era patético, e não me ajudava assim, não é?

— Ah droga… bem, enfim. — Não é que ele deixou o celular de lado — quer entrar e fazer alguma coisa ou sei lá? Também posso te emprestar um shorts se quiser entrar na piscina. A água é aquecida, é super legal.

— Eu to bem...

— O que você quer fazer então? Ir lá ficar na cozinha? — ele me olha parecendo afrontado — Parece coisa de velho. Eu entenderia mas ia ser meio ofensivo. Sou menos legal que uma criança e duas mulheres de meia idade? Horrível. Mas né, se for o que você quer então eu não ligaria. Acho que daria pra entender.

— Você percebe que tem algo muito errado nisso tudo?

Era só eu que parecia ver? Sério? Não podia ser, eu não era tão louco assim era?

— Como assim? Tá falando do que?

— Dá última vez você estava ranzinza e não me queria por perto. Parecia, sei lá. Diferente. Agora você parece mais animado que pinto no lixo e está puxando assunto e se importando em pensar em algo pra gente fazer.

— Ah, entendi.

— Entendeu o que?

— Você tá meio apreensivo, não sabe como agir ou como eu vou agir ou como as coisas estão entre a gente.

— Você sabe?

— Não importa, pra que ligar pra isso. E tá tudo bem Ryan, mesmo. Eu não mordo. Pelo menos não mais. Eu… fui criança e idiota mesmo, e você faz o que você quiser da sua vida, eu entendo, e eu não tenho nada a ver com isso… — ele pareceu sério do nada, quase pensativo e super sem jeito, e ele foi tão legal e parecia tão honesto que fiquei sem reação.

Eu literalmente travei feito um idiota, olhando pro Brendon parado de pé na minha frente sem saber o que fazer.

— M-esmo? — Foi o melhor que eu consegui fazer depois que voltei a funcionar — E acho que eu quem devia dizer isso.

— Mesmo. E tá tudo bem, aliás, se isso parecer idiota ou a gente não der certo, tá tudo bem. Eu tenho um monte de coisa pra fazer mesmo, não vou ficar ofendido se quiser ficar com o resto do pessoal. Meu dia está ótimo hoje, acho que ainda não existe algo que vá estragar isso. 

— Mas o que você acha e o que quer fazer?

— Em que sentido?

— Não sei, todos eles?

— Sei lá Ryan, eu posso mudar mas estou realmente de bom humor hoje. Quero tentar ser seu amigo de novo, se você quiser. Parece legal, é divertido, e eu gosto de conversar e fazer amizades. Seria bem quase começar do zero de novo e quem sabe. Não sei se dá certo e somos diferentes, eu entendo, mas é algo que pelo menos é legal de fazer. Se não der certo não deu mas pelo menos descobrir foi bacana.

— Você sabe que eu nunca quis deixar de ser seu amigo… você quem me ignorou.

— E você não me procurou.

— Quando eu procurei você não pareceu interessado.

— Porque eu estava chateado! Mas enfim, não quero ficar nessa discussão agora. Não vai ter fim, concorda? Não tem certo ou errado, vai ser só chato e meu tempo é feito pra coisas divertidas.

— O que você tem que fazer?

— Várias coisas, na verdade nem sei se estou preocupado. Penso em algo daqui a pouco. Não precisa se preocupar, tá tudo bem e vai continuar tudo bem entre a gente… não vou mudar e ser chato e babaca com você de novo. Talvez se a gente realmente for muito diferente não conversemos muito, mas prometo que no mínimo sempre vou procurar ser gentil e legal com você.

— Eu sou bem pior e mais babaca com você.

— Então não seja… eu estava triste com você, você comigo, fomos idiotas. Normal. Você sabe que era uma das minhas pessoas favoritas no mundo, não faz sentido eu te achar chato ou estúpido, você sabe disso. Ainda é o mesmo Ryan de antes, não é?

— Uhum.

— Então eu sou o mesmo Brendon de antes também. Apaga os últimos 5 anos e tá tudo certo.

— Eu acho que eu gosto de você quando está de bom humor.

— Eu fico legal otimista né? Eu sei disso. É um dos meus dons.

— Tem certeza que não vai se chatear comigo de novo? Eu não quero ser um amigo ruim Brendon, e também não quero ficar me sentindo mal por isso. Você foi o único melhor amigo que eu tive... Isso importa pra mim e se não rolar tudo bem, eu só não quero passar minha vida inteira me sentindo culpado por isso. Não faz sentido. Não vai voltar a rancor? Mesmo?

— Mesmo… e eu sei que você se sente mal, eu sempre soube e você sempre foi assim de ficar se culpando pelas coisas alheias… mas tá tudo bem agora, mesmo. Foi coisa de criança, não se preocupa. São águas passadas há muito tempo.

— Se você está dizendo, então tudo bem.

— Eu estou feliz por você ter voltado. Senti sua falta. — ele sorri — E não estou mentindo.

— Eu também… você sabe que no fundo eu nunca queria ir, ai quando voltei eu não sabia o que tinha acontecido e todas as coisas aconteceram e…-

— [...] eu fiquei magoado, realmente fiquei, mas passou agora. De verdade. Você tentou pelo menos terminar as coisas da forma certa e eu fui um crianção idiota, e deus, foi totalmente e completamente desnecessário. Desculpa por isso.

— Eu acho que eu não faria diferente. Não sei. — Nós rimos — E tá tudo bem cara, o que importa é que agora está tudo resolvido de verdade e estamos de volta. — sorrio pequeno.

— É disso que eu estou falando minha gente! — ele estende a mão pra mim e me ajudar a levantar — Quer ir pro quarto jogar um pouco? Bateu uma vontade jogar. Nostalgia.

— Você ainda tem Mario Kart?

— Claro que eu tenho! O que você pensa de mim? É o melhor jogo do mundo. A gente jogava por horas quando éramos novos, lembra?

— Óbvio que eu lembro.

Quando eu dei por mim, realmente parecia que nada tinha acontecido. Era como se os anos que eu estive fora nunca tivessem existido e como se Brendon e eu nunca tivéssemos deixado de ser amigos.

Como isso aconteceu do nada? Mas aparentemente a teoria de que por mais que pudéssemos ter mudado ainda tínhamos quem nós éramos em algum lugar era a que era verdadeira.

— Droga, esqueci a caixinha de som lá embaixo. Precisamos de música pra criar a vibe de jogar. Eu já venho.

Brendon voltou rápido, e colocamos música pra tocar e ficamos jogando feito dois amiguinhos de 6 anos felizes. 

Parecia até que eu era criança de novo.

Era… incrível.

— Eu ainda sou melhor que você nisso — digo.

— Talvez. 

— Você nunca presta atenção no carrinho que está escolhendo, tem que pegar e ver qual tem os atributos certo pra cada circuito… 

— Eu clico no primeiro que parece legal

— Por isso que sofre — aperto os botões passando na frente dele.

— Isso de novo?! Não é justo!

E nós dois caímos na risada.

— E ganhei.

— Droga.

— Admite vai, mas até que perder pra mim é legal.

— Pior que é mesmo! — ele ri — É tipo um desafio, é divertido pra caralho. Eu adoro.

Já tínhamos jogado várias partidas, então acho que instintivamente paramos pra dar um tempo e esticar os braços.

— As músicas estão ficando melhores agora.

— Eu disse… e hey, Ryan, porque você não dorme aqui hoje? Quer passar a noite aqui?

— Não sei se posso… acho que não tem problema mas, tem certeza?

— Claro! Como nos velhos tempos. Até parece que nunca dormiu na minha casa antes. A diferença é que agora tem mais coisas legais, tipo poder ficar na piscina de madrugada porque a água é quente, e ter muito mais coisa pra conversar por causa do tempo que ficamos longe. E tem muito mais séries pra assistir. E filmes de terror baratos.

— Por mim tudo bem… falo com a minha mãe quando a gente descer mas, acho que ela vai ficar até feliz

— Quer pedir um ifood ou ir na padaria do fim da rua comprar umas porcarias pra gente comer na água? Acho que quero ir pra piscina e tomar um sol de novo.

— Alguém está realmente animado.

— O dia hoje está bonito, o que posso fazer. Estou feliz.

— Ter ido viajar te fez bem?

— Ah, talvez, mas acho que não exatamente.

— Qual o motivo do bom humor então?

— Não sei, tem que ter motivo? Pra mim não tem motivo. Não sempre. Igual ficar de mal humor. As vezes só acontece. Mas eu sou uma pessoa que precisa ser ela mesma e ter seu próprio tempo pra isso pra recarregar Ryan. E eu tive ontem tarde e a manhã toda hoje pra isso. Acho que só consegui desestressar de verdade.

Parecia verdade. — Então tá.

— Você parece bem também.

— Eu estou, só acho que tive uma semana cansativa. Nada demais. Voltar pra cá foi ótimo pra mim.

— Ah, que bom! Isso é ótimo, me deixa feliz por você.

— Aliás você tem que me contar as novidades! As coisas que mudaram quando estive fora.

— Eu te conto tudo que eu conseguir lembrar, prometo. Mas de noite. Estou agitado agora.

— Vamos jogar mais uma partida ai a gente pede alguma junk food e vai pra piscina.

— Você vai entrar na agua, isso é sério?! Wow, isso é uma mudança? Achei que não tinha mudado!

— Eu eventualmente gosto de piscina.

— Acho que bota eventualmente nisso, mas eu topo. Podemos pegar a bola de vôlei e os trecos que espirram água.

— Você tem 8 anos? 

— A gente pode ter a idade que quiser, agora vamos apertar o play porque eu vou ganhar de você. A última vez da sorte, e pelo menos uma partida por cada bloco eu tenho que ganhar.

— É o que a gente vai ver.

No meio da coisa minha mãe e a Susan entraram no quarto pra chamar a gente pra comer, e acho que não era só pra mim ou só na minha cabeça que por um segundo a matrix pareceu travar e era como se o tempo tivesse congelado e pulado 5 anos em um segundo.

Estávamos nos divertindo exatamente como fazíamos quando éramos crianças. A bagunça de travesseiros pelo chão do quarto, as risadas e a gritaria e a TV alta.

Susan e minha mãe ficaram com aquele mesmo olhar de “feliz que meu filho está feliz e se sentindo bem”.

— Vamos terminar essa e a gente já desce. O que vocês fizeram mãe? — Brendon pergunta.

— Lasanha, carne assada, torta de morango pra sobremesa… você quer um churrasco mais tarde?

— Ai mãe, você sabe que eu amo churrasco!

— Vou falar pro seu pai assar a carne.

— Eu faço isso com o Ryan, não precisa dar trabalho pro pai não.

— Esse é meu menino.

— Ryan, você tá jogando errado. — Ali diz, sentando do meu lado. Ela coloca a cabeça entre os meus braços, me fazendo não ver o controle só pra me encher o saco — quem joga com esse personagem, ele é chato!

— Ali, sai! Tá me fazendo perder. E ele é tão chato que vou ganhar do Brendon com ele.

— Quer ficar jogando com os meninos filha? Desce quando eles forem.

— Tá bom. Ryan, posso jogar com você depois? Eu quero mostrar pra você como joga.

— O videogame é do Brendon.

— Oi menininha — O Brendon diz concentrado no jogo, mas meio bobão e engraçado acenando pra ela com uma mão.

— Eu posso mostrar pro meu irmão como joga depois?

— Claro. Dá pra jogar de 3 também, tenho um outro controle perdido por ai em algum lugar.

— Legal! Tá vendo Ryan, por que você não vende o seu e compra um desse?

— Porque eu gosto do meu videogame.

— Você só tem joguinho chato. Esses joguinhos meio antigos são todos chatos.

— Ryan, você não ensinou cultura pra sua irmã?

— Eu não pude fazer muita coisa, ela já nasceu com defeito de fábrica.

— Por isso eu sou maravilhosa. Você não tem irmão ou irmã Brendon?

— Não

— Mas você é legal.

— Obrigado florzinha. E tem mais um monte de jogos por ai, depois se quiser acha um que seja legal pra jogar. Não tem problema não, pode jogar mesmo se eu não tiver por perto.

— Tem um que chama FallOut?

— Tem.

— Desde quando você conhece jogos pelo nome, Alison Ross? — pergunto

— Não sei, desde sempre. É que o Colin joga esse e você é um careta que não tem jogos novos.

— Ah, agora faz sentido.

— Me contem o babado. — Brendon diz.

— O garotinho que ela acha bonito dela joga FallOut Brendon.

— Não brinca! Quem é? 

— Não é ninguém e não é assim, não somos namoradinhos tá? 

— Mas você é fofo você querer jogar por causa dele. Tem certeza? — Eu digo

Brendon e eu só estávamos enchendo o saco dela e ela sabia, e não aguentamos e acabamos rindo um pouco.

— Só quero entender quando ele falar sobre.

— Tá apaixonada, tá apaixonada…

— Ryan, você é uma criança irritante e chata mesmo viu

— E você é uma velha bagunceira

— Eu te amo

— Eu também te amo.

— Quantos anos você tá agora Alison? Acho que você nem lembra de mim, né? Você era bebezinha demais eu acho.

— Eu tenho onze… eu lembrei de você mas ao mesmo tempo não lembrei Brendon. Acho que eu era muito nova. Mas também não é como se parecesse que eu não te conheci antes.

— Acho que faz sentido e wow, eu achei que você tinha uns 8!

— Pois é, eu sou conservada. É a genética.

— Depois que ela ouve minha mãe falando essas coisas ela fica parecendo uma bobona doida falando também.

— Mas eu falo por que é verdade.

— Você é uma  m e t i d a  convencida Alison. Nem parece minha irmã.

— Na verdade, ela parecesse sim Ryan

— Ala, tá vendo!

Nós rimos.

— Deus, eu to frito.

— Vocês me lembram meus primos, a Hayley e o Jake. — Brendon comenta.

— Eles são legais?

— São demais!

— Então tá tudo certo.

— Gosta de música e vôlei de piscina Alison?

— Eu adoro! O Ryan é um velho chato que não gosta de se mexer, mas eu adoro!

— Quer ficar com a gente depois que comermos?

— Talvez mais tarde, é que sua mãe vai fazer mechas no meu cabelo!

— É pra você?! Eu tive que ir com ela comprar uns trecos de cabelo e ela disse que ia fazer algo parecido, e então era pra você… 

— Pois é!

— Você vai fazer mecha no cabelo hoje? — pergunto.

— Quer também Ry?

— Depende da cor.

— Vermelho.

— Eu gosto de verde. E a mamãe deixou mesmo? 

— Ela deixou. 

— Certeza que é só por que ela sabe que você quer ficar bonita pro Colin Fofinho Da Silva.

— Chato! E se é assim então pra quem você quer ficar bonito?

— Pra quem mais? Pra mim mesmo oras.

— Quem faz mecha verde Ryan, é cafona.

— Eu gosto de verdade e… merda! No último segundo!

— Ganhei, haha!

— Isso é injusto.

E era mesmo. Eu me distraí, não foi culpa minha, eu devia ter outra chance!

— Eu aceito uma revanche de tarde

Ouvimos chamarem a gente de novo, e nós três descemos pra comer.

Novidade? É, parece que eu ia dormir no Brendon essa noite mesmo.

Quem diria.



Notas Finais


E é isto!!
Espero que tenham gostado, de verdade, e que esteja valendo a pena a leitura pra vocês <3 falem comigooo! Comentem aí, por que vocês sabem que eu amo amo amo amo ler os comentários e responder e fala rcom vocês todos a <3
Atena próxima viu gente? Vocês são tudo. (E não esqueçam de me contar os babados.)

Love always
~dwrperlman


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