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História Little Things - Yes to heaven


Escrita por: gwyn-maple

Notas do Autor


Olá gente
Mais um capítulo, muito obrigada pelos comentários e favoritos. Vocês são incríveis.
Lembrem-se de beber água e se alimentar direito. Usem máscara.


Música: Yes to heaven - Lana del Rey

Capítulo 6 - Yes to heaven


Cap 6

Pov Emma

Uma semana tinha se passado desde o dia do cinema com as irmãs Mills. Naquela noite, eu e Regina voltamos para o cinema e encontramos Ruby e Zelena bem descabeladas e dormindo abraçadas uma à outra. O filme já havia acabado e poucas pessoas ainda estavam ali.

- Oh que fofo. – Minha professora exclamou. – Na verdade seria fofo se eu não soubesse que essas duas transaram aí. – Eu ri baixo enquanto Regina subia na picape e acordava as duas com uma bela travesseirada. Aquilo me fez gargalhar. – Acordem suas safadas.

As duas despertaram meio desorientadas e Regina puxou as cobertas, o que claramente não devia ter feito, uma vez que o vestido de Ruby estava levantado até sua cintura e a calça de Zelena estava com o zíper aberto.

- Oh meu deus, vocês realmente... fizeram isso aqui? – Eu perguntei constrangida.

- Elas não têm pudor Emma. – Regina jogou a coberta em cima das duas novamente e nos afastamos um pouco para que elas se vestissem. – Tenho que dar um jeito em Zelena. – Ela parecia nervosa.

- Por quê? Como assim?

- Emma, ela transou com uma menor de idade, sua aluna, em um local público. Pode muito bem ser presa por isso. – Regina me explicou em voz baixa.

- Oh eu não tinha pensado nisso. Bem, ninguém além de nós viu e Ruby não contaria para ninguém, ela não seria capaz de ferir sua irmã dessa forma.

Nós voltamos e as irmãs Mills nos deixaram em minha casa, não conseguimos esconder onde morávamos por muito tempo. Elas insistiram que estava tarde para pegar um uber. As duas riram da ironia do destino, e contaram que aquela era a casa de sua mãe, Cora. Ela estava muito doente, então estavam morando com ela.

A semana foi tão corrida que não consegui ter um tempo com Ruby para contar a ela o que houve naquela noite entre mim e Regina. Mas hoje era finalmente sábado e ela passaria a noite aqui. Ficou falando sobre a operação janela secreta a semana toda. Nós iríamos espiar as irmãs Mills. É eu sei, loucura, mas eu nunca disse que minha amiga era normal, ela até comprou um binóculo.

Voltando ao presente, são 10 e meia da manhã e eu ainda não me levantei. O motivo? Bem, eu acordei com uma dor infernal abaixo do umbigo. Se eu tivesse uma vagina, diria que eram cólicas menstruais. Ao menos o Swan junior está quieto hoje. E que nome ridículo, só Ruby mesmo. Caminhei até o banheiro e liguei o chuveiro. Tomei um banho rápido e fui tomar café tentando não demonstrar a dor que estava sentindo.

- Mãe, nós temos analgésicos? – Meus pais, que levavam as xícaras de café aos lábios pararam no meio do caminho. Eu nunca pedia remédios.

- O que está sentindo filha? – Mary superprotetora em ação.

- Nada demais, é só uma dor cabeça. - Ela assentiu preocupada e me deu uma cartela de dipirona. – Obrigada mamãe.

- Tome café da manhã antes do remédio.

Fiz o que ela disse e voltei para o quarto. Troquei minhas roupas por algo mais confortável, tirei a cueca e o short de compressão e coloquei apenas uma calça de moletom. Deitei na cama massageando abaixo do meu umbigo e esperei até o remédio fazer efeito.

- Emma, Ruby está subindo. – Ouvi minha mãe gritando ao longe, muito longe.

Estava em um sono profundo, até que senti algo pesado caindo em cima de mim.

- Mas o que? Ruby o que está fazendo?? - Ela se jogou em cima de mim. – Saia.

A empurrei para o lado e a doida caiu rindo.

- E então? – Ela foi para a nossa janela secreta. – Preparada para a espionagem? - A dor ainda estava ali, menos intensa, mas ainda presente. – Emma? – ela se levantou e veio até mim. – O que foi patinho?

- Eu só estou com um pouco de dor lobinha. Já tomei remédio, vai passar.

- Onde dói? Eu posso massagear.

- Aqui. – Indiquei o local abaixo do umbigo e ri.

- Eu não vou massagear aí. – Ela deu um tapa na minha mão rindo também e foi se sentar na janela com seu binóculo. – Ahh ela tá dormindo olha que linda.

Me levantei com dificuldade e fui até a janela. Zelena dormia como um anjo até que Regina entrou no quarto e puxou as cobertas da irmã gritando com a mesma. Conseguimos ouvir um “quase 11hrs e a princesa dormindo”. Eu e minha amiga começamos a rir até que o riso multiplicou minha dor ao extremo e eu comecei a tossir. Ruby me ajudou a chegar na cama e eu deitei de barriga para cima.

- Vou chamar seus pais.

- Não. – Segurei seu braço. – Ruby, não.

- Por que não Emma? Eu não sei o que fazer e você claramente precisa de um médico.

- Porque... bem, eu não quero preocupá-los. E se isso for algo relacionado aos meus problemas genéticos? Só vamos ver se vai passar. Por favor. – Ela pareceu e render em parte.

- Ok, com uma condição. – Assenti com a cabeça. – Uma semana sem usar shorts de compressão. E se a dor não passar, vamos ao seu médico.

- O que os shorts tem a ver com isso?

- Emma eles machucam, todo mundo sabe disso.

- Mas a dor é no abdome, não lá.

- Pode ser um reflexo, sei lá. Eu não sou médica ou bióloga, pergunta pra sua professora favorita. – Ela cruzou os braços por fim. – Por falar nisso, quando vai me contar o que aconteceu naquela noite? Acha que não vimos que vocês saíram?

- Nós queríamos dar privacidade a vocês, e ainda bem que saímos né senhorita que faz sexo em local público.

- Olha não tinha ninguém vendo e Zelena, bem, ela é quente. – Ruby solta um suspiro e eu a olho arqueando as sobrancelhas. - Ela tem uma pegada que faz seu corpo entrar em chamas em um segundo. – Continuei encarando minha amiga que estava ficando vermelha. – Ai me desculpa tá, eu sou uma adolescente cheia de hormônios e tinha uma mulher super gostosa passando a mão no meu corpo. Eu não resisti. - Eu comecei a rir alto. Ruby com vergonha era algo inédito. Pegou um travesseiro e me acertou. – Idiota você entenderia se usasse o Swan junior. Vai ver é por isso que está com dor, falta de sexo.

- O que? Isso é possível? – Parei com a brincadeira. Se fosse aquilo eu estaria um pouquinho ferrada.

- Eu não sei, você se masturba ao menos, não é? – Neguei levemente com a cabeça. – Emma, como assim, você precisa descarregar esses hormônios. Como você aguenta?

- Não sei Rubs, eu só bloqueio minha mente para isso.

- Okay. – Ela pareceu sem jeito. – Vamos mudar de assunto, me conte então sobre a noite de vocês.

Contei a Ruby tudo o que aconteceu naquela noite na praia. Desde nossa conversa sobre a lua até o momento em que Regina estava chorando em meus braços. Quando terminei, Ruby me olhava espantada.

- O que foi?

- É que... – Ruby Luccas estava sem palavras? – Emma, isso foi, eu nem sei o que dizer. – Ela se levantou e começou a andar pelo quarto. – Você gosta dela?

- O que? Você ficou maluca? Ela é minha professora, eu só a admiro.

- É eu também só admirava Zelena. Eu não sei Emms, é que os momentos que vocês tiveram, da forma como você contou, eu diria que tem sentimentos nascendo aí. Da sua parte e da dela.

Me levantei a fim de encerrar aquele assunto.

- Nah Rubs, somos amigas, é isso.

- Não sei se ela pensa assim, Zelena disse que Regina é super fechada, que é muito difícil ela confiar em alguém. E se ela te contou tudo isso, ah eu não sei patinho, mas com certeza eu shippo esse casal. Imagina só, nós poderíamos sair sempre juntas e com nossas namoradas. E podemos visitar vários lugares porque elas são ricas e têm carro. E como são mais velhas, nos ensinariam tanta coisa e cuidariam da gente. E ah faríamos muito sexo com as mulheres mais sexys do planeta. Ai nossa seria perfeito.

Minha amiga parou de falar e eu estava a encarando espantada.

- Acabou de sonhar? Tá na hora de acordar baby. – Dei uma risada.

- Como assim?

- Ruby sejamos realistas, Regina nunca ia querer nada comigo. E sei que quer namorar a Zel, mas mesmo sendo muito otimista e supondo que isso aconteça, já pensou nas complicações? – Ruby tinha um olhar triste, eu não queria magoá-la, mas precisava trazê-la para o mundo real. – Nós nunca poderíamos ser vistas com elas, não como namoradas. Nós seríamos um segredo, nós nunca iríamos conhecer os amigos ou família delas. Não poderíamos contar a nossos pais, e elas ainda poderiam ser presas por isso.

- Okay Emma. – Ela se levantou um tanto chateada. – Talvez você não entenda porque ainda não está apaixonada.

Minha amiga voltou para a janela e lá ficou. Liguei a tv e fiquei assistindo, com o tempo, a dor foi passando.

 

Na noite de sábado, o telefone de Ruby começou a tocar e ela atendeu deixando no viva-voz porque estava com as mãos cheias de pipoca. Era Zelena.

- Quer dizer que você está na cama com Emma, é isso mesmo Ruby Luccas? – Nós estávamos deitadas em minha cama, uma ao lado da outra atentas à tv. Minha amiga se apavorou.

- Não, não é o que parece Zel. - Uma risada vinda do telefone.

- Estou brincando amor relaxa. Mas lembre-se, se você consegue me espionar, eu também consigo. E só aceito isso por ser Emma, sei que são quase irmãs.

Fomos até a janela e lá estavam as irmãs Mills nos olhando. Regina deu um breve aceno e eu retribui.

- Vocês querem ir no parque correr amanhã cedo? Regina também vai.

- Eu vou? Okay eu vou.

Nós rimos levemente, ela era tão ah… Por um segundo as insinuações que Ruby havia feito mais cedo me atingiram como uma flecha e eu imaginei tendo Regina para mim, podendo abraçá-la e dar beijos em suas bochechas, dizer a todo momento o quanto ela é linda. Espera Emma, o que…

- Certo, estejam prontas às 8 da manhã. - Eu e Ruby resmungamos.

- Mas é domingo amor…

- Sem mas Ruby. 8 em ponto. Beijos.

- Você fala como se fosse uma pessoa pontual Zel. - Essa era Regina provocando a irmã.

 

POV Regina

Como programado, às 8 eu já estava vestida e terminava minha xícara de café. Zelena ainda tomava banho. Olhei pela janela para o quarto de Emma e pude ver que a menina já estava pronta também, Ruby por outro lado acordava naquele momento e corria para o banho fazendo a amiga rir. Eu ri também com aquela cena.

Uns 10 minutos depois estávamos todas na calçada. Emma estava com uma calça jogger, preta, uma camiseta regata e tênis all star. Ela era tão estilosa, não sei, ela não usava roupas para mostrar seu corpo como as garotas da idade dela faziam. Ela tinha o estilo dela, autêntica. Eu gostava muito disso porque aparência era algo que minha mãe sempre cobrou de mim. Então eu me acostumei com roupas sociais e saltos, mas chegar em casa e poder ficar de moletom, oh era a melhor coisa do mundo. 

Para aquela aventura de domingo, eu estava com um short jeans e uma camiseta, leve e simples, mas ainda no padrão "sou uma mulher adulta e tenho que me portar como tal". Zelena e Ruby estavam com roupas de academia.

Fomos andando até o parque e ao chegarmos, as pombinhas dispararam em uma corrida. Emma se sentou em um banco antes mesmo de eu pensar se iríamos correr com as meninas.

- Não gosta de exercícios senhorita Swan?

- Sinceramente? - Afirmei com a cabeça. - Eu odeio. Mas hoje em particular, estou com umas dores no corpo. - Arqueei uma sobrancelha para ela. 

- Mas você pratica algum, não é?

- Oh claro, levantamento de controle remoto. - Por um momento eu demorei a perceber que era uma piada. E então comecei a rir e ela se juntou a mim.

- Certo, certo, agora me diga, como consegue manter um corpo desses sem exercícios? - Perguntei e Emma ficou extremamente corada. Fui longe demais?

- Bem, genética eu acho… Porque honestamente, eu como igual a um dinossauro.

- Genética boa então. - Talvez eu esteja me atirando demais para ela.

- Oh por falar nisso, quando entraremos na matéria de genética? Estou louca para aprender sobre isso. Eu tentei estudar algumas coisas online, mas parece bem complicado. – Acho que a deixei sem jeito porque foi uma mudança brusca no assunto.

- Bem, temos que ver reprodução humana e então entraremos em genética. – Ela fez uma careta. – O que foi?

- Reprodução humana é chato. Ainda mais com um bando de garotos idiotas na sala. – Suspirei fundo.

- Realmente. Odeio essa parte também. – Pensei por um momento. – Bem Emma, genética é minha especialidade, se quiser, tenho muitos livros em casa sobre o assunto. Se está realmente interessada, posso te emprestar alguns ou podemos fazer meio que um grupo de estudo para aprofundarmos mais, o que acha? – O rosto dela se iluminou.

- Isso seria incrível professora, oh quero dizer, senhorita Mills.

- Só Regina, Emma. – Lá estavam as bochechas coradas de novo. Eu só queria apertá-las.

- Okay... eu adoraria. – Passamos um tempo caladas observando as crianças brincando no parque. – Regina. – Ela chamou.

- Sim?

- Acho que sua irmã e Ruby estão nos usando para se encontrar. – Eu não pude deixar de rir.

- É bem algo que minha irmã faria. Mas não vou reclamar, a companhia é bem agradável. – Eu não conseguia me segurar perto dela. Eu queria que soubesse que gosto dela, que gosto das conversas, da energia, do modo educado como ela me trata.

- Bem, eu, sem sombra de dúvidas, tenho que dizer o mesmo. – Nós nos olhamos com sorrisos discretos. Meu coração batia rápido, muito rápido. Eu poderia ficar olhando para ela o dia todo, tão linda.

- E aí meninas, vamos tomar um sorvete? – Zelena nos tirou da nossa bolha, não sei ao certo por quanto tempo ficamos ali apenas nos olhando.

- Vamos. – Emma se levantou e foi ao encontro de Ruby enquanto Zelena puxou meu braço.

- Sis, o que foi isso?

- Isso o que?

- Vocês estavam se encarando intensamente e sorrindo uma para outra, pareciam duas apaixonadas.

Eu suspirei. Sem dúvidas eu estava sentindo algo. Estar com Emma era libertador, era diferente, era maravilhoso. Ignorei minha irmã e fui pegar meu sorvete.



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