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História Livros, Flores e Café - SuperCorp - Meus erros, meu passado, minha confissão


Escrita por: CoveiroSensei e BGJunq20

Notas do Autor


Oi, eu sou o Ale
Eu sei que demorei, me desculpem. è que aconteceu tanta coisa, postei fic nova, parceria com a Bia, meus divertidamente atacaram nos meus 12 anos de fanfiqueiro e enfim, sei que to em falta, mas finalmente postei.
Obrigadoooo a todos que comentam, favoritam e leem essa fic. Obrigado por todo carinho comigo e com a fic
Eu espero que gostem desse. Eu espero que gostem desse capitulo
E finalmente a verdade sobre Adam vem a tona.

Capítulo 76 - Meus erros, meu passado, minha confissão


Assim que entrou na cafeteria vazia, Alex percebeu pela expressão de Sam que a conversa que iria enfrentar era séria. Não haviam clientes e a placa de fechado indicava que Sam a esperava. 

A mensagem de que precisavam conversar agora claramente dizia que o assunto era muito sério. Sam não costumava fechar a cafeteria no meio do dia sem motivo.

― Oi ― Disse a ruiva cumprimentando a namorada com um selinho ― Tudo bem? 

Sam se atirou nos braços de Alex, sem ligar para mais nada. Estar acolhida pelos braços de sua namorada trazia o conforto que ela tanto precisava naquele momento.

― Sam, o que houve? ― Perguntou Alex um pouco nervosa. A castanha chorava em seus braços, soluçando intensamente.

― Adam ― Respondeu Sam simplesmente, se entregando ainda mais ao choro. Alex não estava entendendo nada, mas apertou Sam com mais força em seus braços.

― Amor, por favor, me explica o que está havendo. ― Pediu a ruiva fazendo um carinho nos cabelos da namorada. 

Sam ainda chorou por mais alguns momentos nos braços da ruiva, quando finalmente conseguiu se acalmar o suficiente para olhar nos olhos de Alex.

― Quem é Adam? ― Perguntou a ruiva fazendo um carinho no rosto da castanha, limpando suas lágrimas.

― Um fantasma do meu passado, Alex ― Respondeu a castanha, mas isso só deixou a ruiva ainda mais curiosa.

Alex pegou Sam pelas mãos e a levou para o sofá. O mesmo sofá que elas haviam sentado em frente a lareira da cafeteria para tomar um vinho em seu primeiro encontro.

― Sam, eu estou aqui, me conta o que aconteceu, por favor ― Pediu a ruiva falando baixinho e segurando as mãos da namorada para lhe dar força.

― Estou com medo de te perder. De te ver levantar e passar por aquela para nunca mais voltar ― Confessou Sam assustada, enquanto Alex a olhou confusa, esperando ela explicar. ― Adam quer voltar agora, disse precisa fazer as pazes com o passado, comigo e com Ruby… 

― É o pai da Ruby? ― Perguntou a ruiva com medo, pela primeira vez nesta conversa. 

― Não, ele é o tio da Ruby ― Disse Sam olhando para a namorada. Ali estava o ponto que sempre deixou a médica curiosa, a família do pai de Ruby.

― Então, por que isso te assusta? ― Perguntou Alex sem entender.

― Por favor, me deixa falar tudo, contar tudo antes de me deixar ― Pediu Sam chorando novamente.

― Eu não vou te deixar, eu prom... ― Alex tentou prometer, mas os dedos de Sam tocaram os lábios de Alex, a silenciando.

― Não prometa nada que não sabe se poderá cumprir ― Pediu Sam a olhando ― Eu quase cometi um erro imperdoável, Alexandra. 

Aquele tom sério e a forma que Sam a chamou assustou Alex. Pela primeira vez, ela temeu a conversa.

― Sam, por favor, me conte tudo o que aconteceu ― Pediu Alex mais uma vez, segurando ainda mais forte as mãos da mulher a sua frente ― Eu te amor e não vou te deixar.

― Quando eu tinha meus dezesseis anos, eu me apaixonei por um rapaz incrível, o Ryan. Ele foi meu primeiro amor, meu primeiro amante. ― Contou Sam olhando para Alex, sentindo toda a força de suas mãos unidas. ― Eu e ele nos apaixonamos, mas os pais dele não aceitavam. Eles queriam que Ryan ficasse com alguém à altura deles, uma menina rica, de família influente. Não uma garota da classe média. Eu tinha uma bolsa no colégio que estudamos e foi lá que conheci Ryan. Na época, eu já era amiga de Lena e Andy. 

Sam tomou fôlego por alguns instantes. Era difícil falar sobre aquilo.

― Ryan tinha um irmão mais novo, Adam. Quando engravidei da Ruby, ele me ouviu contando para a Lena sobre isso e correu para contar aos pais deles. Adam tinha uns quinze anos e ryan dezessete. Eu fiz o teste no colégio e deu positivo.  ― Contou Sam finalmente dizendo quem era o pai de Ruby. Alex esperou com medo de interromper a mulher a sua frente e ela se fechar. ― Naquela noite, teve a festa do time de futebol, e Ryan jogava de quarterback. Os rapazes estavam jogando ping pong de cerveja e não havia como eu contar a ele, não naquela noite. Mas os pais de Ryan tinham outros planos também, planos para o futuro dele. Depois da festa, eles pretendiam mandá-lo para o exterior, para estudar para assumir as empresas da família. Eles não queriam que ele soubesse da minha gravidez e todo futuro que tinham planejado fosse atrapalhado. Mas Adam ouviu os pais falando disso e contou ao Ryan, ele chegou a festa procurando o irmão e dizendo que por minha culpa, ele ia ser mandado embora. Ryan estava muito bêbado para entender, simplesmente pegou o carro enfurecido, querendo tirar satisfação com os pais, mas ele nunca chegou em casa. Ele capotou o carro. ― As lágrimas caiam intensamente dos olhos de Sam naquele momento. 

Alex puxou a namorada para um novo abraço. Imaginou a dor que a castanha havia sentido quando perdeu o amado, grávida…

― Adam então foi a minha casa, me procurar. Eu não estava lá e ele contou tudo pra minha mãe. Minha mãe adotiva me expulsou de casa naquela noite, quando descobriu que eu estava grávida ― Continuou Sam soltando-se de Alex e chorando ainda mais. ― Eu fui pedir abrigo na casa do Adam, pois não tinha para onde ir. Eu não tinha ninguém, Alex. Eu havia sido adotada quando era só um bebê. Eu não queria ir para o abrigo e não tinha família para me abrigar. Adam estava lá e os pais do Ryan me deram dinheiro para sumir. Me deram dinheiro para abortar a Ruby. ― O choro tomou conta da castanha com intensidade. Ela estava sofrendo muito, mas precisava confessar tudo aquilo. ― Eu peguei o dinheiro, Alexandra, eu peguei o dinheiro pensando que abortando aquela gravidez, minha mãe adotiva me aceitaria de volta. ― As palavras saiam tremidas e foi então que Alex entendeu porque Sam estava com medo de ser abandonada. 

― Você era só uma menina, meu amor. ― Alex falou calma, deixando sua emoção se mostrar nas lágrimas que ela derramava. ― Você estava sozinha e assustada. 

― Alex… ― Chamou Sam, mas sua frase morreu em sua garganta ao sentir a namorada tomando sua boca em um beijo apaixonado. Alex a beijou com o amor que tinha contido em seu peito. Ela queria fazer Sam sentir que sempre estariam juntas.

― Sam, eu amo você ― Disse a médica após o beijo ― E quem sou eu para julgar uma menina de dezesseis anos que havia perdido tudo, estava desamparada e sozinha contra esse mundo cruel? 

― Eu amo tanto você ― Trêmula, Sam voltou a enlaçar Alex. Sam sempre soube que aquela hora chegaria. Que ela precisava contar a Alex e não sabia como a médica reagiria. ― Eu estava com tanto medo de te contar, eu estava com medo de te perder. Eu devia ter contado antes, mas…

― Sam, calma ― Pediu Alex a chamando. ― Eu entendo, por favor, se acalme. Eu entendo.

Consolando a namorada, Alex a abraçou apertado. As duas ficaram algum tempo em silêncio. Naquele abraço, o calor que elas estavam dividindo com aquele contato tranquilo as deixava seguras.

― Eu soube naquela noite que Ryan havia morrido ― Continuo Sam após aqueles momentos de silêncio e aconchego. ― Adam quem me contou. Ele veio falar comigo, que o irmão dele estava morto por minha culpa. Que era minha culpa que a família dele estava arruinada. Adam me disse muita coisa naquela noite e eu sai dali com o dinheiro para fazer o aborto. E eu ia fazer, mas Andy e Lena me encontraram. Lena me levou para a casa dela naquela noite e contou à tia Lilian e ao tio Lionel o que havia acontecido. Os dois conversaram comigo e a tia Lilian se recusou a me deixar abortar, se recusou a me deixar ir embora da casa dela. Ela me acolheu como uma parte da família deles. Ela pegou aquele dinheiro e me disse que a decisão sobre o que fazer era minha, mas que eu deveria esperar pelo menos alguns dias, quando estivesse com a cabeça no lugar para fazer qualquer coisa. ― Lembrou Sam emocionada do quanto a família de Lena havia cuidado dela. ― Eu conversei alguns dias depois com ela novamente e contei que sentia amor por Ruby. Que era a única parte do Adam que me restou e que eu não conseguia abrir mão disso. Eu pensei que nunca mais iria amar de novo, Alex. Mas aí você apareceu e eu te amo tanto ― Aquela confissão tocou Alex, aquele amor desmedido, não contido e sincero estava explícito no olhar de Sam. A ruiva não se conteve e a beijou com todo seu coração. 

― Eu te amo, Sam ― Disse Alex ― Eu te amo e quero estar com você e com Ruby enquanto você me quiser aqui.

― Eu te quero para sempre, Alex ― Confessou a morena a beijando intensamente. Elas deixaram seus lábios se explorarem, decorando cada detalhe, cada textura e com movimentos já conhecidos, as duas suspiraram com o prazer de estarem juntas.

Separando-se, as duas deixaram as testas unidas, respirando fundo. Os cabelos estavam um pouco bagunçados e as roupas também. Elas haviam se perdido no desespero do contato tão necessário. A ânsia de estarem juntas. A respiração pesada de quem havia tido seu ar tirado as fizeram sorrir. 

Alex ainda dava pequenos beijinhos na mulher em seus braços, selinhos suaves para acalmar as batidas aceleradas de seus corações.

― Amor, e depois… ― Alex não precisava falar mais do que isso, era um pedido para que a castanha continuasse.

― Adam foi para o exterior logo depois, Alex ― Voltou a contar Sam, sabendo que precisava ir até o final ― E eu não procurei mais os pais deles. Tia Lilian foi para devolver o dinheiro do aborto, mas pelo que soube, eles brigaram. Então, ela simplesmente guardou o dinheiro em um fundo para Ruby. Aquele dinheiro que para mim parecia tão sujo, foi o que usei para depois da faculdade começar isso aqui, para dar uma vida digna a Ruby. Tia Lilian e tio Lionel me ajudaram com tudo. Eles me deram estrutura para fazer a faculdade e criar Ruby e Alex, eu até hoje não acredito que quase fiz uma atrocidade. 

― Sam, você precisa se perdoar por isso ― Pediu Alex consolando a mulher que tanto amava 

― Me perdoe, Alex ― Sam pediu desesperada.

― Amor, eu não tenho o que perdoar. Eu não tenho como te julgar. Você era só uma menina desesperada, precisando de amparo e carinho. Não vou julgar, nem te amar menos. ― Disse Alex ― E também não vou embora, não vou te deixar. Mas você precisa se perdoar por isso.

― Eu sei ― Concordou Sam emocionada

― Só que algo mais aconteceu, não foi? ― Concluiu Alex sabendo que aquela conversa não havia vindo do nada.

― Sim, Adam me ligou e disse que precisa se reconciliar com passado, quer conhecer Ruby ― Contou Sam preocupada.

― Tem medo do que ele pode dizer? ― Perguntou a ruiva curiosa.

― Muito, muito medo ― Admitiu Sam ― Não quero que Ruby pense que foi rejeitada ou menos amada por isso. Ruby é minha vida, minha força…

― Sam, vamos conversar juntas com Ruby se você quiser ― Apoiou Alex trazendo a castanha novamente para seu abraço e apoiando seu queixo na cabeça de Sam.

A castanha respirou fundo, se aconchegando mais.

― Vou falar com ele primeiro, quero saber o que ele quer ― Contou Sam ― Combinei de o encontrar. Ele não é o tipo que desiste quando quer algo.

― Posso ir com você? ― Perguntou à ruiva.

― Preciso enfrentar meu passado, Alex ― Sam estava firme nessa decisão. ― Mesmo que seja difícil, assustador, preciso enfrentar meu passado.

― Tudo bem, mas Sam, não precisa fazer nada mais sozinha. Eu estou aqui, assim como Lena, Andy e Kara. Somos sua família e estaremos aqui para você. ― Alex ainda a mantinha em seus braços e ouviu quando a castanha voltou a soluçar.

Aquela fala da namorada era tão especial e Sam teve ainda mais certeza que seu coração havia escolhido certo. Ele estava seguro com Alex.

― Amo você ― disse a castanha a beijando novamente. 

Continua...


Notas Finais


E então, alguem suspeitou que o pai de Ruby era o Ryan? Alguem esperava Adam ser o irmão mais novo dele?
O que acharam? Se puderem me contar nos comentarios, agradecerei muito. To curioso


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