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História Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Despedida


Escrita por: Vaahlerinha

Notas do Autor


Hello People...

Cheguei com mais um capítulo pra vocês...
Desculpem a demora pra atualizar... Vida de universitário não é fácil, principal mete em fim de bimestre kkkk

Enfim... Obrigado por todos os favoritos e comentários e tenham uma boa leitura...

Capítulo 68 - Despedida


Fanfic / Fanfiction Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Despedida

Quando cheguei em casa naquele domingo na manhã seguinte estava receosa. Não me conformava de haver decidido aquilo daquela forma, mas também não me arrependia da decisão que havia tomado.

A casa estava silenciosa, então tirei os sapatos de salto. Não queria acordar ninguém, pois isso me daria tempo pra pensar em como dar aquela noticia aos meus familiares. Então cautelosamente fui para meu quarto, peguei uma muda de roupa e fui tomar banho. Talvez um banho clareasse minhas ideias.

Sentei-me no sofá tentando não dar importância ao que estava acontecendo na mídia por minha causa. Jungkook havia me proibido veementemente de entrar em meu Twitter ou procurar na internet qualquer coisa a respeito, a curiosidade era grande, mas mesmo com a curiosidade consegui resistir. Eu sabia que aquilo me faria extremo mal, e no momento eu tinha outras coisas além daquela com as quais me preocupar, então era mais fácil me concentrar em um problema de cada vez.

Como contar a minha família que eu iria pra Coréia com Jungkook no dia seguinte?

Eu precisava escolher com cuidado como abordar aquilo. Tinha certeza que eles iriam pirar, e eu não estava muito diferente. Sentia-me meio pirada, a incerteza do que viria a frente já fazia meu coração disparar e uma onda de medo me tomava. Ir pra Coréia com eles era uma ideia pirada, mas eu já havia perdido todo o meu controle desde o momento em que me separei de Jungkook. Eu sei disso, mas também tenho a consciência dos meus objetivos de vida, e não vou me deixar perdê-los de vista, não iria desistir dos meus projetos. Nunca me imaginei embarcando numa empreitada dessas, mas só de lembrar a expressão satisfeita de Jungkook quando disse sim eu sabia que estava tudo bem, e firmava meu propósito de fazer dar certo.

Eu sou uma mulher moderna, independente e que sabe o que quer da vida, e seja no Brasil ou na Coréia eu iria conseguir. Por isso, apesar de estar inquieta em como dar a noticia e principalmente sobre como seria dali para a frente decidi que não me arrependeria de nada.

Pouco mais de uma hora depois, minha família estava reunida a mesa para tomar café, e eu estava inquieta em minha cadeira, sentia a garganta apertada e mal podia me manter sentada em meu lugar. Por isso me levantei da mesa, fui até o armário, peguei um utensílio qualquer e voltei a me sentar, minha perna balançava de um lado pro outro em baixo da mesa e meu tio notou.

- Que foi? Parece nervosa...

- Hã? – Sorri amarelo. – Não é nada...

Me encolhi na minha cadeira, entrando de repente na defensiva.

- Você também não falou muito... – Minha mãe fixou seus olhos em mim. O faro aguçado, como se estivesse pressentindo que alguma coisa estranha, ou no mínimo diferente esta acontecendo.

- Eu... – Tentei dizer, mas me interrompi tentando tomar coragem.

A atenção de todos estava em mim e eu sabia que não dava mais pra voltar atrás. Durante a última hora havia ensaiado um monte de palavras, e enquanto o café era preparado fiquei repassando-as na minha mente. Eram frases feitas, mas todas elas sumiram como fumaça assim que o medo tomou conta de mim. Estava tremendo e suando frio.

- Eu tenho uma noticia importante a dar.

Meus familiares se entreolharam intrigados. Me olharam. Havia uma ponta de receio nos olhos da minha mãe, como se ela soubesse o que eu tinha a dizer, como se soubesse e se preocupasse.

- O que é, Lé? – perguntou minha vó, me chamando pelo apelido carinhoso que usava desde sempre pra falar comigo. Mais preocupação apareceu no rosto da minha mãe.

Mordi os lábios e apreensiva me levantei. A coragem dilui-se no temor repentino que tomou conta do meu corpo e embaralhou todas as palavras determinadas, frases resolutas e obstinadas que eu carregava na cabeça instantes atrás e que passei mais de uma hora ensaiando.

- E então? – Meu irmão perguntou. Acho que ele também desconfiava.

Respirei fundo. Era um caminho sem volta e eu não tinha alternativa. Precisava falar logo.

- Em primeiro lugar vocês precisam saber que eu já tomei a decisão e não vou mudar de ideia...

- Que decisão? – Meu padrasto foi quem perguntou.

-... Mas vocês precisam saber logo e que quero que me apoiem...

Minha mãe e minha vó se levantaram e a mais velha deu alguns passos em minha direção.

- Do que está falando Valéria?

Meus olhos percorreram os rostos dos presentes no cômodo e encontraram varias emoções. Curiosidade. Surpresa. Expectativa. Minha mãe continuava me observando calada, cheia de medo, nem se movia.

- Se você estiver com algum problema fale logo...

- Não estou com nenhum problema mãe. – Respirei fundo mais uma vez, passei a mão pelos cabelos, os tirando do rosto e colocando as mechas atrás das orelhas. Olhei bem nos dos olhos deles, ignorando meus próprios temores. – Eu vou voltar pra Coréia com os meninos.

As reações foram variadas. Minha mãe quase derrubou o copo que segurava. Minha avó ofegou alto. Meu padrasto parou, sentado a mesa, a xícara de café parada no meio do caminho entre o pires e a boca escancarada de surpresa, assim como a do meu tio. E meu irmão apenas suspirou pesadamente.

- Você vai o quê? – Minha avó perguntou olhando nos meus olhos.

- Eu vou pra Coréia com os meninos... – Minha voz saia fraca, quase um sussurro. Eu havia tomado minha decisão, mas aquilo não tornava mais fácil de colocar em prática.

Confessei. Silêncio. Nenhum deles parecia saber o que dizer ou como lidar com aquela revelação.

- Quando vocês vão? – Minha mãe perguntou.

- Amanhã. – disse em voz baixa.

Mais silencio na cozinha. Minha mãe fechou os olhos assentindo e sentou na cadeira ao lado do meu padrasto, que permanecia na mesma posição. Ela tinha os olhos dardejantes e eu sabia que ela já havia entendido que nem adiantava tentar me fazer mudar de ideia.

[...] Quebra de Tempo [...]

Aquele dia passou voando. Minha família, apesar de relutante entendeu que não havia como me demover da minha decisão. Durante as horas subsequentes, avisei aos amigos mais próximos sobre a viagem, e foi um choque geral, porém foi mais fácil lidar com eles do que com os apelos da minha família.

Por fim consegui arrumar a papelada para transferência da faculdade pela internet e telefone. E os meninos me asseguraram que eu poderia tentar conseguir uma bolsa por desempenho ou mérito, ou qualquer coisa do gênero, e que seria mais fácil no meu caso, pois eu já tinha um histórico na faculdade.

Boa parte de meus parentes vieram se despedir durante a tarde e depois de receber os beijos e abraços de despedida de alguns dos meus amigos eu estava terminando de arrumar  as malas com ajuda do meu irmão, quando ouvi a campainha tocar. Mal abri a porta e Milena entrou correndo, vindo direto ao meu encontro e me abraçando forte.

- Eu vou sentir sua falta, unnie.Retribuí seu abraço da mesma forma.

- Todos nós vamos sentir. – Meu irmão disse, se aproximando e bagunçando meu cabelo.

- Vocês falam como se não fossem me ver nunca mais. – Eu ri. – Me ajudam com as malas?

Eles assentiram, e então fomos até o meu quarto. E então terminamos de preparar as minhas malas de roupas, sapatos, acessórios... Não estava fazendo uma mudança completa. O apartamento dos meninos já era bem mobiliado. Só estava levando alguns objetos aos quais eu era mais apegada em uma pequena mala.

- Tem certeza que vale a pena se mudar por causa dele? – Vinicius perguntou, me olhando nos olhos.

Respirei fundo, pensando em uma resposta, mas não tive tempo de responder, pois a campainha soou novamente.

Felipe estava parado em frente ao portão. Sorriu quando me viu.

- Oi...Ele sorriu assim que abri portão pra ele e beijou minha bochecha.

Entramos e passamos algum tempo conversando sobre coisas aleatórias, rindo como idiotas, era sempre muito divertido quando estávamos juntos, e quando Milena se juntou com Felipe, os dois ficaram impossíveis de aguentar, mas pelo menos era diversão garantida.

-  Eu não posso demorar. – Felipe disse depois de levantar. – Vim apenas te dar um abraço de despedida. – ele disse ao ver minha cara de confusa. Eu havia ligado pra contar minha decisão, mas não esperava que ele viesse se despedir pessoalmente. Eu ri, e então o senti envolvendo-me em um abraço quentinho e gostoso – Eu vou sentir sua falta. – sussurrou em meu ouvido.

- Eu também. – afastei meu rosto para olhá-lo – Mas é como eu te disse, estou fazendo o que acho melhor pra mim.

Felipe assentiu, concordando, e depositou um selar em minha testa.

- Eu sei.

- Que bom que sabe. – eu ri.

- Então boa viagem! – ele disse, me abraçando mais uma vez. Respirei fundo e levei minha mão até sua nuca, dando um beijo em sua bochecha. – Se cuida Vaah!

- Eu vou com você Felipe. – Milena disse também se levantando e vindo me abraçar. – Mas amanhã vou até o aeroporto contigo. Ok?

Apenas concordei com a cabeça e me despedi dela também. Dei um último aceno para eles enquanto eles se afastavam. Já era começo de noite e eu estava prestes a entrar novamente quando vi a van familiar se aproximar e estacionar em frente a minha casa.

Assim que entrei no quarto acompanhada de Jungkook, acabei sendo puxada para mais perto de Jungkook pelo próprio e sentindo os dedos dele subirem e descerem por meu braço, provocando-me arrepios gostosos.

- Tudo em ordem? – ele murmurou a pergunta e eu assenti com a cabeça.

Nós dois nos sentamos em minha cama, e comecei a contar a ele sobre como minha família reagiu à noticia. Contei à ele como foi meu dia, sobre meus parentes se despedindo, os meus amigos que vieram se despedir, de Milena e por fim a última visita, Felipe.

De repente Jungkook começou a rir.

- De que esta rindo? – perguntei sem entender.

- Estou rindo pra não me levantar, e ir socar a cara dele. – ele disse.

Levantei minha cabeça para ele e encontrei seus olhos, o ciúme em seu olhar e o bico em seus lábios o deixava fofo. Não consegui aguentar e ri. Ele me olhou indignado.

- Não é com ele que eu vou embora amanhã. – Murmurei alisando seus cabelos sedosos.

Jungkook sorriu. Seus olhos brilhando docilmente agora. Ele apertou meu nariz de leve rindo e seus lábios encontraram os meus em um beijo calmo e delicado, que aos poucos foi se aprofundando e esquentando.

- Posso dormir com você hoje? – ele perguntou quando nos afastamos, ligeiramente ofegantes.

- Deve. – eu respondi e ele riu antes de voltar a me beijar

[...] Quebra de Tempo [...]

Quando chegamos ao aeroporto, os outros meninos nos esperavam no terminal. Abracei minha mãe emocionada.

- Se cuida minha filha! – Ela estava dizendo. Senti meus olhos formigarem. – Tenha uma boa viagem. Me ligue assim que chegar, ok?

Minha mãe chorou o caminho inteiro até o aeroporto. Eu tentei não desmoronar, mas estava sentindo meu coração bater cada vez mais acelerado e a saudade antecipada se intensificar mais ainda. As lembranças de toda uma vida naquele país me assombravam cada vez mais e aumentavam ainda mais as lágrimas que já haviam molhado por completo meu rosto.

Milena me acompanhou até o guichê para o check-in e depois para o portão de embarque.  Com apenas minha bagagem de mão, olhei para minha mãe e meu irmão e senti a garganta apertar, meu irmão foi o primeiro a me abraçar. Queria poder levá-lo para Seul, ao menos teria um abraço acolhedor para quando precisasse.

- Nos veremos em breve logo. – eu disse entre lágrimas. – Eu não vou para sempre.

- Eu sei, chorona. – ele disse, fazendo piada, pois esse era nosso jeito. 

- Comporte-se, mocinho. – brinquei e ambos rimos pela brincadeira. – Sentirei saudades, Vinny. 

- Eu também, chorona.

- Vaah, está na hora. – Namjoon vinha acompanhado de Jimin, trazia em suas mãos uma passagem para Coréia, somente de ida.

- Você está pronta? – Jungkook perguntou segurando minha mão.

Me levantei, sequei o resto de uma lágrima que insistia em cair. Era a hora da verdade.

- Estou!

Peguei minha mala de mão, estava séria. Abracei minha mãe com força mais uma vez e depois abracei Milena.

- Tem certeza do que está fazendo? – Milena perguntou tristemente me abraçando.

- Nunca estive tão certa na vida. – Disse e depois me virei para ir embora.

[...]

O cinto parecia apertado demais, assim como o ar parecia faltar para que minha respiração se completasse. Eu apertava com força o braço da poltrona. Não por estar nervosa, já estava mais do que acostumada a viajar de avião. Não, eu temia o que encontraria em seu destino final.

Encostei a cabeça na poltrona e fechei os olhos. O avião não demoraria a decolar e, em algumas horas, eu estaria na Coréia novamente. Eu sabia que tudo ficaria bem, mas então por que sentia aquele aperto no coração? Nunca fui muito supersticiosa, mas com o passar do tempo havia aprendido a confiar em sextos sentidos ou intuições, e algo me dizia que eu devia me preparar, eu só não sabia se isso era bom ou ruim, mas me sentia inquieta. Senti o avião começar a se movimentar e suspirei, aliviada, queria chegar logo a Seul, queria voltar logo pra casa.

Jungkook segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Nos entreolhamos e sorrimos como se soubéssemos o pensamento um do outro. Não estava mais nervosa, desta vez, estava ansiosa, aquelas últimas horas foram o bastante para me preparar para fazer a coisa certa e eu estava feliz em poder seguir meu destino.

- Tudo bem?

Ele apertou de leve a mão na minha.

- Tudo ótimo.

Partimos. Estava tudo pronto e só restava eu, Jungkook, e um longo voo direto para Seul, ou como eu gostava de chamar: Um futuro inesperado, incerto, mas cheio de surpresas.

É... Estou mais do que ótima.


Notas Finais


É isso people... Espero que tenham gostado... ❤

Tentarei, TENTAREI MESMO, postar o próximo o mais rápido possível, mas como entrarei em semana de provas não prometo nada muito incrível...

Comentem... Digam o que estão achando e até o próximo!


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