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História Longe de Casa - A kind of family


Escrita por: byunirie

Notas do Autor


Mais um capítulo de longe de casa!!
eu to muito feliz em ver que vocês estão gostando da fic, e ver as teorias no tt aaaaaa
fico muito feliz de verdade!

obrigada novamente Helô (@SamHeonGi) pela betagem, carinho e surtos hahah
é isso gente
boa leituraa! (:

Capítulo 4 - A kind of family


Fanfic / Fanfiction Longe de Casa - A kind of family

Longe de Casa

Capítulo 4

 

Baekhyun andava logo atrás de Chanyeol pelos corredores do casarão, o ômega havia acordado consideravelmente cedo, como o alfa havia pedido, deixando os dois amigos, que tinham dormido abraçados, um tanto tímidos pela posição que se encontravam. O Byun estava curioso e um tanto preocupado sobre que trabalho iria ter de fazer em troca do silêncio de Chanyeol, e quando chegaram no grande jardim, que tinha nos fundos da casa, os olhos do ômega começaram a brilhar.

Sempre fora apaixonado por flores e quando chegou em Seul conseguindo o trabalho na floricultura, se sentiu feliz e leve, estava fazendo uma coisa que amava, mas agora, tais momentos felizes possuíam um borrão negro, que causava dor. Se sentia tão culpado pelo que acontecera com Jina, queria poder fazer diferente de alguma forma, mesmo que soubesse que não mudaria em nada os acontecimentos. Baekhyun suspirou e ficou de cabeça baixa, coisa que não passou despercebida pelo alfa.

— Passei a noite pensando em que trabalho te dar, sendo sincero cogitei colocá-lo em uma das boates que gerencio, mas membros de todas as máfias do país são frequentadores. Então não era uma opção. Acredito também que não saiba mexer com armas não é? — Chanyeol encarou o menor que apenas negou com a cabeça. — Então colocar você na equipe de campo também está fora de questão, além do mais, eles não aceitariam bem um ômega entre eles.

— Uma besteira. — Baekhyun disse baixinho, mas o maior ouviu e riu brevemente. — Desculpa.

— Não, você está certo. Acredito que ômegas são capazes de ir a campo, inclusive um dos meus melhores homens de cobrança, é um ômega. — Chanyeol suspirou e apontou pro jardim. — Seu trabalho vai ser cuidar do jardim, isso é o principal. Mas também cuidar da organização de toda a casa, limpeza, comida… — O alfa viu os olhos do menor se arregalarem e prendeu o riso em seguida continuando a falar. — Não se preocupe, não vai lidar com tudo sozinho. Só com o jardim, ele é sua prioridade ok?

— Ok.

— Minseok é um dos ômegas que vai te ajudar. Ele é casado com Jongdae, vai conhecê-los futuramente. O Min gosta de cuidar da casa, ele faz isso praticamente sozinho há muito tempo, então acredito que você será de muita ajuda, mas vou deixar você responsável jardim e pelo meu quarto. — Chanyeol disse colocando uma das mãos na costa do ômega, que tremeu com o toque, seguindo para dentro da casa.

— Ele sempre cuidou de tudo sozinho?

— Temos empregados aqui, eles obedecem ao Minseok, mas ele gosta de fazer as coisas por ele mesmo. Eu sou bem desconfiado, como vai perceber com o tempo, então meu quarto e cozinha, ele fazia, mas agora é com você. E o-

— Jardim. Não se preocupe, vou cuidar muito bem dele. — Baekhyun sorriu um pouquinho e Chanyeol concordou, ainda sério.

— Certo. O que estou esquecendo? — O alfa perguntou mais pra si mesmo. — Kyungsoo pediu para sempre te visitar antes de ir embora, então deixei o acesso dele livre, espero não me arrepender disso. — Murmurou para si mesmo. — Hm, é isso, pode se sentir livre para começar quando quiser… Ah! O escritório, não entre lá, isso é uma ordem. — Baekhyun tremeu com a fala do maior, limitando-se apenas a concordar.

— Tudo bem. Cuidar do jardim, seu quarto e o que Minseok mandar. Nunca entrar no escritório. Consigo fazer isso — Baekhyun sorriu tentando se convencer e ser positivo. Foi destinado a coisas fáceis e parecia que um peso havia saído de seus ombros, afinal estava com medo do que Chanyeol podia mandá-lo fazer.

— Minseok daqui a pouco deve aparecer aqui para ajudá-lo, ele está animado em conhecer você.

— Todos aqui já sabem sobre mim?

— Depende. Sabem que temos mais um integrante no grupo, e bem, eu não expliquei sua situação, eu e Sehun somos os únicos que sabem sobre seu nome verdadeiro também. — Chanyeol caminhava ao lado de Baekhyun até a cozinha. O ômega prestava atenção no caminho e aproveitava para observar cada pedacinho daquela casa para não se perder. — Você não me disse seu sobrenome.

— Eu não tenho um… Meu pai apenas me chamava de Baekhyun.

— Vou fingir que acredito nisso e concordar. — O alfa cruzou os braços se encostando no batente de uma das portas, e fez sinal com a mão para que o menor entrasse. Baekhyun arregalou os olhos em como a cozinha era grande.

— Isso aqui é imenso.

— Gosto de cômodos grandes. E, além disso, somos quatro morando aqui, com você cinco. Fora os seguranças que ficam espalhados por aí, eles têm acesso à cozinha. — Baekhyun encarava o alfa que sorriu fazendo algo dentro do ômega se revirar. O pensamento de que Chanyeol deveria sorrir mais acabou passando por sua cabeça, o alfa tinha um sorriso bonito.

— Quem mora aqui? Além de você e agora eu… — O menor perguntou olhando a cozinha, desviando seus pensamentos para o que realmente importava.

— Jongin, que você já conheceu. Minseok e o marido, Jongdae. Mas volta e meia recebemos a vista do resto do pessoal, eles não moram aqui, mas sempre irá vê-los por aí. Somos como uma família, e agora você faz parte dela. — O alfa disse encarando o menor, deixando-o um pouco constrangido. — Daqui a pouco os esfomeados aparecem e vai poder conhecê-los. Hoje é dia de todos aparecerem por aqui. — Chanyeol disse e sentiu uma mão em seu ombro.

— Quem está chamando de esfomeado Park Chanyeol? — Um homem alto loiro, que pelo cheiro era um alfa, apareceu ao lado de Chanyeol que riu.

— Não disse? Esse é o Yifan, mas pode chamá-lo de Kris, ele trabalha junto ao marido, Tao, nas cobranças. O Tao é o ômega que disse mais cedo — O alfa disse e Kris sorriu para Baekhyun.

— Oh, ele é o tipo do Tao… Chanyeol, não quero ter mais um filho! — Chanyeol gargalhou e bateu as mãos, o que assustou Baekhyun, que apenas tinha uma visão séria do alfa. Encarava ambos os homens confuso com a fala do loiro.

— Zitao é como uma mãe. Ele adora pegar os ômegas pequenos para si e cuidar deles. Pelas contas você deve ser o filho número quatro. — O Park explicou e Kris apenas concordava.

— Isso é algo bom?

— É sim, significa que ele vai cuidar de você feito um leão. Você vai adorar o Tao… Bom, eu vou me retirar e deixar a cozinha em suas mãos, por favor faça algo delicioso, e uma dica, eu amo frango. — Kris disse pegando uma maçã na mesa e saindo da cozinha, fazendo Baekhyun rir brevemente.

— Domingos são sempre tumultuados… Vai perceber que todos são meio loucos aqui, mas são boas pessoas. Pelo menos quando não estão ameaçados — Chanyeol disse observando o menor concordar. Claro que Baekhyun não esperava aquilo, presumia que todos seriam pessoas sérias, frias, mas até agora, estava se surpreendendo, eles apenas eram… Normais. Mas o dia estava apenas começando, então continuaria com o pé atrás. Foi tirado de seus pensamentos pelo alfa. — Não se esqueça, por mais que eu confie em todos que frequentem essa casa, guarde seu nome pra você. Tudo bem? 

— Sim. — Baekhyun respondeu e Chanyeol concordou se preparando para sair da cozinha. — Chanyeol?

— Hm? — O maior voltou com o corpo.

— Obrigado. — O ômega disse abaixando a cabeça, sabia que estavam fazendo uma troca, mas, ainda assim, sua mãe sempre o ensinou a ser educado. Baekhyun não viu, mas o alfa sorriu, ele também não esperava que o menor fosse agradece-lo.

— Não precisa agradecer, apenas dê seu melhor por aqui.

Baekhyun viu o alfa sair da cozinha o deixando sozinho com seus próprios pensamentos. Suspirou se encostando na bancada e passou as mãos pelo rosto, havia dado uma grande sorte em ter sido encontrado por Chanyeol, afinal se não fosse pelo alfa, estaria novamente nas mãos de seu pai e “noivo”. Podia não confiar no líder de Seul, mas, pelo menos, ele estava sendo bom pra si, e isso era o suficiente para gerar o benefício da dúvida.

 

(…)
 

O dia passou voando, Baekhyun conheceu Minseok e pode dizer que havia se dado bem com o menor logo de cara. Ele era engraçado e muito sincero, respondeu todas as perguntas do ômega e ainda fazia fofoca sobre Chanyeol e dos próprios amigos, fazendo o Byun rir durante todo o preparo do almoço. Nem precisou conferir as horas para saber que era hora do almoço, uma algazarra se formava na porta da cozinha, o que fez Baekhyun arregalar os olhos e Minseok olhar feio para os amigos, com as mãos na cintura.

A cena foi muito engraçada, mas a cozinha estava tão cheia que deixava o ômega um pouco assustado, não estava acostumado com isso, sempre fora ele e a mãe quando morava em Gwangju. Segundo o novo amigo, todo domingo era essa farra, mas Baekhyun nunca na sua vida tinha presenciado algo assim, um momento tão descontraído entre todos no cômodo, incluindo Chanyeol, que apareceu apenas de bermuda e regata, ao lado de Sehun, que usava roupas parecidas. 

As palavras do alfa vieram em sua cabeça “Somos como uma família”, o ômega sorriu para esse pensamento, nunca teve nada assim em sua vida, “agora você faz parte dela”, Baekhyun esperava que sim, seria bom ter o que chamar de família novamente, mas antes precisava ter certeza que todos ali dentro eram de confiança. Naquele almoço, Baekhyun foi capaz de conhecer todos os meninos, Jongdae, marido de Minseok. Zitao o marido de Kris, que havia conhecido mais cedo, e conseguiu entender o que disseram sobre o ômega ser como uma mãe. 

O chinês era muito carinhoso e logo se prontificou em cuidar de “Jaejin”, deixando bem claro que não queria gracinha com o menor e Baekhyun se sentiu um tanto agradecido. O ômega também conheceu Junmyeon, que era bem reservado, mas mudava completamente quando estava junto de Sehun, que segundo Minseok ambos eram namorados, junto a um outro cara, Luhan. Os três moravam juntos próximo ao casarão, pois queriam a privacidade deles.

Pode conhecer melhor Jongin e Sehun, já que só havia visto os dois, poucas vezes, queria inclusive agradecer ao Kim, por tê-lo ajudado, junto a Chanyeol, a verdade é que seria eternamente grato pela mira certeira do alfa. O dia passou rápido e quando se deu conta, Baekhyun já estava se jogando em sua cama exausto, estava se sentindo um pouco sozinho, mas era bom, pois dessa forma poderia colocar sua cabeça no lugar e pensar em como sua vida tinha virado de cabeça para baixo, tantas vezes em poucos meses.

Logo faria 18 anos, mais precisamente em três dias, e sabia que o pai estava procurando por si com mais afinco. Afinal esse casamento era um grande acordo e Baekhyun fugiu, o que, com certeza, irritou ambas as máfias. O ômega não queria pensar nas consequências, mas quando pensava, tinha certeza que se fosse encontrado acabaria morto. Seu pai o entregaria para Michan, líder de Busan, e ele trataria de matar Baekhyun, se não no sentido literal da palavra, provavelmente o ômega viveria desejando estar morto.

O loiro voltou a pensar sobre sua criação, sobre o quão sozinho se sentia e comparava com o que viu durante o almoço, como sentiu inveja desse momento, quantas vezes se pegou desejando ter isso em casa? Que sua família fosse unida daquela forma que seu pai não fosse o monstro que era e fosse simplesmente um pai. Baekhyun não conseguia entender como completos estranhos foram tão atenciosos consigo, além de sempre colocarem ele nos assuntos, para que não ficasse de fora.

Seus olhos ardiam, mas não iria chorar, estava cansado de se sentir fraco, suspirou pesado se encolhendo na cama. Queria poder mandar uma mensagem para Kyungsoo, mas tinha perdido seu celular novo em toda a confusão e agora não tinha dinheiro para comprar um novo e nem sabia quando conseguiria algum. Estava trabalhando para Chanyeol, mas sabia que não receberia por isso, afinal era uma troca, ele não entregava o ômega e o Byun trabalhava. 

Fechou os olhos na tentativa de dormir, seria bom conseguir apagar igual à noite anterior, no dia seguinte teria que cuidar do jardim e até que estava bem empolgado para isso. Quando finalmente estava pegando no sono ouviu leves batidas na porta de seu quarto, fez um biquinho preguiçoso antes de se levantar, mesmo com preguiça, e se arrastou até a porta, abrindo-a e vendo Minseok, que sorria para si.

— Posso entrar Jaejin? — Baekhyun sorriu pequeno dando espaço para o menor, que trazia duas canecas consigo. Estendeu uma para o ômega que pegou. — Chocolate quente. Achei que pudesse estar se sentindo sozinho e minha mãe costumava fazer pra mim quando me sentia assim.

— Obrigado. Você acertou em cheio... — Sorriu com a atitude do ômega e se sentou ao lado dele em sua cama. — Achei que a mãe do grupo fosse o Tao. — Minseok riu bebendo um pouco do achocolatado.

— E ele é, mas só quando está por aqui, em sua ausência eu tomo esse posto. — Os ômegas riram baixinho —  E bem, você é novo, deve estar sendo difícil para você estar nessa vida, também me senti assim quando me mudei pra cá. Foi bem difícil no começo.

— Você não nasceu nessa vida? — Baekhyun perguntou surpreso e Minseok sorriu.

— Assim como você. Chanyeol contou que procurou por ele pedindo um emprego para pagar algumas dívidas. — O ômega concordou, então Chanyeol, além de manter o nome Jaejin, também não tinha contado toda a verdade sobre como tinha ido parar ali.

— É... A gente sempre acha que é o único né? — Baekhyun abaixou a cabeça, bebendo um pouco do chocolate.

— Hoje em dia não me arrependo, conheci a família que eu tenho hoje, tenho o Jongdae e… Pode guardar um segredo? Acho que vou explodir se não contar isso pra alguém — Minseok sorriu e Baekhyun concordou, atento ao novo amigo. — Estamos esperando nosso primeiro filhote! — Baekhyun arregalou os olhos e logo sorriu.

— Minseok isso é incrível, meus parabéns!

— Me chame de Min. Somos família agora, e muito obrigado Jae. Eu e Dae não quisemos contar para ninguém da gangue, não ainda. — Sorriu e levou a mão até a barriga. — Acha que está muito evidente?

— Nenhum pouco, eu não diria que está grávido. Porque ainda não contaram?

— Nós vamos contar logo, talvez no próximo domingo, quando teremos todos reunidos novamente. — Minseok sorriu passando a mão pela barriga. — Descobrimos não tem muito tempo e bem, queríamos esperar a fase tensa passar, o médico disse que depois dos três meses não há mais riscos então… —  O ômega deu de ombros e terminou de beber o chocolate, logo olhando para Baekhyun e  estendendo a mão.

— Deixa comigo. Eu posso lavar isso e você vá descansar, fez coisas demais em um único dia. — Baekhyun disse se levantando e pegando a caneca das mãos do ômega, que riu baixinho. — E tenho certeza que todos ficarão muito felizes por vocês. Pelo que vi hoje, vocês são muito unidos, queria ter tido isso alguma vez. —  Segredou.

— Não teve antes, mas tem agora. Seja bem-vindo a família Jae. — Minseok abraçou Baekhyun que sentiu seu coração doer e a culpa tomá-lo. Não podia nem mesmo contar a verdade. Forçou um sorriso ao se soltar do abraço. — Bom, eu vou indo já que vai lavar isso. Se quiser mais, sobrou um pouco na geladeira. Boa noite Jae.

— Boa noite Min. — O ômega disse saindo junto ao menor do cômodo, mas seguindo caminhos diferentes. Baekhyun foi para a cozinha, se sentindo triste por tudo aquilo, claro que havia se sentindo mal quando mentiu para Kyungsoo e Jina, mas parecia tão diferente agora, principalmente depois do que aconteceu com a mulher, que havia se tornado uma mãe para si.

Suspirou enquanto lavava as duas canecas com calma, a casa de noite era bem silenciosa, diferente da zona que fora durante o almoço e o resto da tarde, chegava a ser até um pouco assustador. Colocou as canecas no escorredor e se virou indo em direção as escadas para voltar ao seu quarto, mas passou por uma porta entreaberta, a luz saindo de dentro do cômodo, mordeu o lábio, voltando alguns passos para poder olhar rapidamente. Viu Chanyeol sentado atrás de uma grande mesa, o cotovelo na mesa, e a mão segurando a cabeça, o semblante preocupado enquanto olhava alguns papéis.

Então aquele era o escritório do alfa, ele havia dito que o local era proibido entrar e não que quisesse bisbilhotar, mas pelo relógio na parede, já se passavam da meia-noite. Mordeu os lábios pensativos e voltou para a cozinha, deixou uma das canecas sobre a mesa e pegou o chocolate quente na geladeira, ainda não estava frio, levou a leiteira até o fogão esquentando o conteúdo com calma, para enfim colocá-lo na caneca.

Baekhyun deixou a leiteira de molho e apagou a luz da cozinha indo até onde era o escritório de Chanyeol, olhou novamente e o alfa estava encostado na cadeira, ainda lendo alguma coisa. O ômega olhou para a caneca com chocolate quente em sua mão, sem saber ao certo porque estava fazendo isso, sua mãe costumava fazer isso quando era tarde e ainda estava acordado. Suspirou e tomou coragem, batendo leve na porta, atraindo a atenção do maior para si. — Posso entrar? — Perguntou abrindo um pouquinho da porta, tendo toda a atenção de Chanyeol.

— Aconteceu algo? Precisa de alguma coisa?

— Não, eu só passei e vi as luzes acesas, achei que pudesse estar com fome… O Minseok fez chocolate quente antes de dormir… Então achei que seria legal te trazer um pouco. — O ômega disse se aproximando da mesa do alfa, que não tardou a largar os papéis sobre a mesa. O Byun via, naquele ato, como uma forma de agradecer ao maior por estar sendo bom para si, afinal, ele ainda era um líder e que estava quebrando alguns protocolos apenas para ajudá-lo. 

— Pensei ter sido claro sobre o escritório…

— Eu… Eu não… Desculpa. — Baekhyun disse baixinho, arrependido de ter pensado em agradar o maior, onde estava com a cabeça? Queria apenas ser legal e tornar a convivência um pouco melhor, mas o Park era difícil. Se virou para sair do escritório ainda segurando a caneca.

— Baekhyun?

— Sim — O ômega se virou um pouco, encarando o maior.

— O chocolate quente. — Chanyeol disse estendendo a mão e Baekhyun alternava o olhar entre o líquido e o alfa.

— Ah! Claro, aqui. — Se aproximou da mesa entregando a caneca para Chanyeol que sorriu de lado em agradecimento. — Me desculpa entrar, não vai acontecer de novo, eu-

— Está tudo bem… Não estou de fato irritado ou lhe dando algum esporro, você não quebrou nenhuma regra. — Disse bebendo um pouco do líquido, vendo o ômega relaxar em sua frente. — Quer sentar? O que ainda faz acordado?

— Minseok me levou um pouco do chocolate quente, conversamos e me ofereci para lavar a louça pra ele. — Baekhyun se sentou e olhou para Chanyeol que concordava. — Você sabe não é? Foi por isso que me designou em ajudá-lo nos cuidados da casa.

— Sim — O alfa sorriu e colocou a caneca na mesa. — O cheiro dele está bem diferente, o conheço a muitos anos, sei que ele e Jongdae irão contar na hora certa. Mas como você sabe?

— Ele me contou.

— Contou? — pela primeira vez Baekhyun via Chanyeol surpreso, e isso fez com que o ômega sorrisse um pouco, concordando. — Ele deve ter gostado bastante de você para lhe confiar isso. — Disse voltando para sua postura séria.

— Sim… Me sinto mal em mentir para ele. — Baekhyun suspirou — Não contou toda a verdade sobre mim para os meninos… Porquê?

— Achei que não gostaria de reviver sobre Jina caso fosse questionado, apenas omiti algumas coisas. E sobre mentir, foi como eu disse, existem traidores na máfia. — Chanyeol falou sério.

— Mas são seus amigos, eles-

— Confio nos meus amigos, mas, não sei se percebeu, a casa é repleta de seguranças que são pagos para trabalhar, são leais a mim, mas não coloco minha mão no fogo por eles. — O alfa disse e encarou Baekhyun que apenas concordou. — As máfias sempre dão um jeito de comunicar os nomes de devedores, se seu nome vazar daqui, você se coloca e me coloca em maus lençóis. Como eu disse, não quero ninguém de Gwangju batendo minha porta.

— Certo, tentarei não me sentir tão mal por isso. E me desculpe por colocá-lo nessa situação. 

— Apenas faça seu trabalho corretamente, e não teremos problema. — O alfa disse colocando a caneca sobre a mesa. Baekhyun concordou suspirando cansado.

— Bom, eu vou indo, acabou com o chocolate quente? 

— Pode deixar que antes de subir eu lavo, vá descansar. Amanhã começa a cuidar do jardim e bem, do resto. — Chanyeol sorriu brevemente e voltou a se concentrar nas folhas. Baekhyun concordou se levantando e indo para fora do escritório, virou e observou as expressões que o alfa fazia por estar concentrado.

— Chanyeol? — O maior olhou para si e Baekhyun mordeu os lábios, nem sabia ao certo porque havia chamado pelo alfa. — Obrigado.

— Pelo que exatamente?

— Por me chamar pelo nome. — O ômega disse e sorriu. — É bom ter alguém que não vá me tratar por Jaejin… Digo, além do Kyungsoo. Boa noite — O Byun saiu pela porta, encostando a mesma.

Chanyeol sentiu o coração falhar uma batida, o ômega realmente tinha um sorriso lindo, balançou a cabeça tentando afastar esse pensamento, não deveria se dar ao luxo de reparar no menor e nem nos detalhes dele.  Estava confuso, pois nunca alguém tinha chamado sua atenção dessa forma, inúmeros ômegas e betas passaram por sua cama, mas nunca nenhum prendeu sua atenção com tão pouco.  

— Boa noite Baekhyun. — Disse para si mesmo. Sabia que se deixasse se levar pelas batidas estranhas de seu coração, acabaria em um caminho sem volta, que poderia ser bem perigoso.


Notas Finais


SINTO QUE ALGUÉM FICOU MEXIDO HMMMMMM

o que acharam do capítulo?
vamos falar da fanfic?

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