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História Longe de Casa - I will be punished ?


Escrita por: byunirie

Notas do Autor


olha quem está aqui com mais um capítulo do amor hehehe
nem tenho muito o que dizer dessa vez, só agradecer mesmo por todo amor que estão me dando e fazendo Longe de Casa ser uma experiência maravilhosa <3

obrigada Helô (@SamHeonGi) por betar essa história, você é meu cheiro!
boa leitura meus amoresss

Capítulo 7 - I will be punished ?


Fanfic / Fanfiction Longe de Casa - I will be punished ?

Longe de Casa

Capítulo 7

Baekhyun andava de um lado para o outro do seu quarto, as lágrimas continuavam a descer mesmo que tentasse controlá-las. Sua barriga doía de forma ansiosa e seu coração parecia que iria sair do peito a qualquer momento. Estava apavorado demais para tentar se acalmar, queria pensar coisa boas e positivas, mas as únicas coisas que conseguia pensar eram as ruins. Recebia olhares de Chanyeol e Sehun durante o resto do jantar e isso não acalmava em nada seus nervos, nem ao menos conseguiu terminar seu prato, disse que não estava se sentindo muito bem e tratou de desaparecer da cozinha.

Não se orgulhava de deixar toda a limpeza para Minseok, afinal o mesmo já havia lidado com tudo sozinho durante o resto do dia, mas nada podia fazer. Nos poucos minutos que andava pelo quarto mil planos e ideias lhe passaram na cabeça, mas todos também possuíam sua chance de dar errado, poderia tentar fugir, mas não daria essa sorte novamente, até mesmo pensou em tirar a própria vida, mas não era tão corajoso para tal ato. Passou a mão pelos cabelos e se sentou na cama sentindo seu estômago revirar e o pouco que havia comido querer sair.

Correu até o banheiro tratando de colocar tudo para fora, sentindo um calafrio atrás do outro, deixando claro o quão nervoso e amedrontado estava. Amaldiçoava Minseok e sua curiosidade, acreditava que se o amigo tivesse encerrado de vez o assunto seu nome não seria citado e tanto Chanyeol como Sehun não teriam ligado os pontos sobre sua verdadeira identidade. Definitivamente Dahyun estaria decepcionado consigo, até para mentir era um inútil.

Deu descarga e foi até a pia, se encarando no espelho e não se assustando com o quão branco estava. Respirou fundo jogando um pouco de água no rosto para e na boca, a fim de se livrar do gosto incômodo que tinha ficado. Passou a mão molhada na nuca, fechando os olhos para tentar se acalmar, o que poderia ter funcionado se não fosse o barulho da porta de seu quarto abrindo. Se apressou em sair do banheiro, dando de cara com Chanyeol que tinha uma expressão indecifrável no rosto. 

— Eu posso explicar Chanyeol. Por favor, só me deixa explicar e não me machuca... Por favor. — Baekhyun disse desesperado, voltando a chorar de forma copiosa enquanto sentia seu corpo tremer. O alfa apenas cruzou os braços 

— Não vou machucá-lo, mas espero que tenha uma ótima explicação mesmo. 

— Meu pai me odeia por ser ômega ok? Ele ia me obrigar a casar com um outro alfa assim que eu completasse dezoito anos. — Baekhyun dizia entre soluços e lágrimas. — Eu não queria Chanyeol… Não podia. Eu quase fui violado aquela noite… Meu irmão me ajudou a fugir eu não queria… Por favor não me manda de volta — O ômega começou a chorar mais e se aproximou do alfa, segurando-o pelo braço enquanto chorava. — Por favor Chanyeol. 

“Eu sempre fui tratado como inútil, sempre fui desmerecido por minha classe. Ele praticamente me vendeu para um outro alfa apenas para que eu tivesse alguma utilidade para ele... Eu não posso voltar, eu não aguentaria…” 

Chanyeol suspirou e descruzou os braços vendo o ômega se encolher de medo, levou uma das mãos ao ombro dele e o levou até a cama, onde ambos se sentaram. Era visível o pânico de Baekhyun sobre a possibilidade de ser enviado de volta, agora conseguia entender o porquê do garoto ter fugido e ter escondido sobre isso, sabia na pela qual era essa sensação e novamente o ômega o lembrou dele mesmo quando mais jovem. O Park olhou para a cabeceira da cama e sorriu brevemente de lado. 

— Isso significa que já é seu aniversário. Parabéns Baekhyun. — O ômega assumiu uma expressão surpresa, levou as mãos até o resto limpando o mesmo. 

— O que? 

— Sehun e eu conversamos antes que eu viesse aqui. Pesquisamos sobre Byun Baekhyun, então estamos cientes que já é seu aniversário. 

— Não… Quero dizer, vocês… — Olhava o alfa confuso. — Não vou ser castigado? 

— Não vou mentir, deveria sim ser castigado, mas eu já estive em sua pele antes. E bom, todos aqui gostam o suficiente de você, para não se importarem com essa mentira. — Chanyeol disse sério. — Eu entendo o porquê de não ter confiado em mim e porquê preferiu guardar isso. Preciso admitir, você foi bastante corajoso. — Baekhyun ainda olhava o maior confuso, as poucas lágrimas que caíam, agora eram de alívio. 

— Não vai me entregar?

— Eu era mais novo que você quando fugi de casa. — O alfa disse vendo o menor arregalar os os olhos e riu concordando. — Sim, eu já fugi de casa. Eu achava que era o dono do mundo e eu não queria viver às custas do meu pai. Jongin e Sehun até tentaram colocar juízo na minha cabeça, mas eu era rebelde demais. Fiquei dois anos longe de Seul, vivendo em outra gangue, aguentando muita coisa que eu nem precisava, só porque queria provar algo… Idiota. 

— O que aconteceu? — Baekhyun questionou bastante interessado e Chanyeol riu baixinho.

— Me meti em situações bem complicadas e quase fui morto também. Meu pai me tirou de muitas enrascadas, até que eu finalmente entendi as coisas e voltei pra casa. Agora eu herdei tudo isso e sou grato pelos ensinamentos do meu pai. — O alfa disse suspirando e olhou para o ômega, que estava atento a suas palavras. — Por isso eu não vou entregá-lo. Temos algo em comum, mas diferente de mim, você não foi inconsequente, você só queria ser livre. Além disso, você já é da família, e nós protegemos os nossos. 

— Obrigado… Muito obrigado! — O Byun sentiu as lágrimas caírem novamente, e nem ao menos pensou quando se chegou contra o alfa, o abraçando. Mesmo surpreso não pode deixar de achar graça na forma espontânea como o ômega o abraçou, mas não negou o toque e retribuiu o abraço, sentindo seu coração acelerar, como a muito não fazia. 

Parecendo perceber o que fez, Baekhyun foi se soltando do abraço e virou um pouco o rosto no mesmo momento em que Chanyeol. Os corpos estavam colados e os rostos próximos demais, as respirações podiam ser sentidas por ambos e, agora, ambos os corações mais acelerados. Os olhos do alfa caíram sobre os lábios de Baekhyun e só então ele parecia realmente ter reparado no quão bonito o ômega era. 

E o Byun não estava tão diferente assim, os lábios cheinhos do alfa, que já haviam chamado sua atenção, pareciam ainda mais convidativos agora, eram como ímã, o chamando para mais perto. Nenhum dos dois percebia que estavam cada vez mais próximos e não souberam dizer em que momento os lábios se colaram. Era apenas um selar, mas que foi capaz de arrepiar a ambos, deixando os corações batendo em forma frenética e seus pensamentos longe demais dali. 

Chanyeol foi quem pediu passagem, querendo aprofundar um pouco mais aquele contato que logo foi concedido pelo ômega, que levou, com calma, uma das mãos até a nuca do alfa, deixando um carinho sutil. Carinho esse que fez com que o maior, entrelaçasse a cintura do Byun, puxando-o para si, fazendo-o sentar em seu colo, com as pernas em cada lado, enquanto se beijavam sem nenhuma malícia, apenas aproveitando o gosto um do outro. 

Pararam o beijo com selinhos, Baekhyun ofegante sobre o colo de Chanyeol, ambos se olhando tentando entender e controlar suas emoções. O cheiro do ômega estava mais intenso, fazendo com que o alfa fechasse os olhos, levando a cabeça até o pescoço do menor, inspirando mais ainda o ar. Sabia que precisava sair dali, antes que perdesse o controle e fizesse algo que pudesse se arrepender, mesmo que quisesse muito continuar aos beijos com o Byun. 

— Eu preciso ir. — O alfa sussurrou, levantando seu olhar até os olhos do ômega.

— Eu sei… — Baekhyun sussurrou de volta, mas nenhum dos dois parecia querer quebrar o contato. — Você vai agora?

— Vou. — Mas ele não foi, continuou ali sentindo o cheirinho do ômega e se permitindo decorá-lo como podia. Chanyeol suspirou deixando carinhos pela cintura e costas do menor. — Preciso mesmo ir.

Baekhyun concordou e dessa vez saiu do colo do alfa e já sentindo falta do calor que o maior emanava, era confortável e de alguma forma, fazia com que o ômega se sentisse seguro. Chanyeol se levantou, ambos pareciam tímidos demais pelo beijo recém trocado, não falavam nada, apenas se encaravam e agiam no automático. 

— Boa noite Baekhyun.

— Boa noite Chanyeol.

E assim o ômega assistiu o maior sair de seu quarto, seu coração ainda muito acelerado e as imagens do beijo voltando com força em seus pensamentos. O cheiro amadeirado de Chanyeol parecia estar em todos os cantos do quarto, inclusive em suas roupas. Levou uma das mãos aos lábios e se sentou novamente na cama, deixando que um sorriso tímido brincasse em seu rosto, estava aliviado, mas havia mais alguma coisa, uma sensação desconhecida, mas, ao mesmo tempo, gostosa.  

Estava eufórico demais para conseguir dormir, e ter dormido o dia inteiro não ajudava, mas não se importava. Baekhyun ficou deitado abraçado ao travesseiro pensando no beijo e em como o maior havia sido compreensível, era como se um grande peso fosse tirado de seus ombros. “Você já é da família, e nós protegemos os nossos”, a fala de Chanyeol ecoando em seu ouvido, fazendo com que se sentisse mais seguro e feliz. Talvez a partir de agora as coisas começassem a dar certo. 

 

(...)

 

Chanyeol acordou cedo para tomar café, incrivelmente tinha tido uma ótima noite de sono, e talvez fosse por conta do momento um pouco mais íntimo que tivera com Baekhyun no início da madrugada. Não sabia ao certo o que estava sentindo, eram um misto de sensações que o deixavam confuso demais sobre tudo que estava acontecendo.  Estava sentado à mesa, tomando seu café da manhã distraído, pensando, novamente, no beijo que havia trocado com o ômega, e se sentindo um pouco tonto por conta disso. Não era do seu costume agir assim, nem ao menos sabia porque havia o beijado, sua cabeça estava um completo caos. 

Bebia o seu café com calma, quando Jongin adentrou a cozinha junto de Jongdae. Os alfas deram bom dia ao amigo e logo se sentaram próximo ao mesmo, não conversavam, afinal ainda estavam sonolentos, apenas Chanyeol parecia desperto o suficiente. Pensativo o suficiente. Em alguns minutos Minseok entrou na cozinha, seu sorriso sempre muito animado e bem mais falante que os outros na mesa, definitivamente muito mais animado também. 

— Vocês são muito chatos.  

— Ninguém tem a mesma animação que você de manhã Min. — Jongin disse de forma preguiçosa, parecia estar se esforçando para manter os olhos abertos. 

— Bom dia! — Todos viraram a atenção para Baekhyun, que entrava na cozinha com um sorriso no rosto, corando ao ver Chanyeol, que abaixou a cabeça voltando a beber seu café. 

— O Jaejin é animado igualmente. Toma. — Minseok falou mostrando a língua para o alfa, desencadeando uma risada em seu marido, Jongdae. Baekhyun mordeu o lábio ao encarar o amigo, que o chamava pelo nome falso. Passou o resto da noite pensando sobre sua identidade, e que agora, com o Park sabendo sobre si, chegou a conclusão que Minseok também deveria saber. Suspirou pesado, o que chamou a atenção de Chanyeol, parecia que depois na noite anterior, tudo relacionado ao ômega chamava mais sua atenção. 

— Min, nós podemos conversar? 

— Claro Jae. Aconteceu algo? — Minseok olhou o ômega confuso, ele parecia apreensivo. 

— Podem usar meu escritório. — Chanyeol disse, chamando a atenção dos dois ômegas. Baekhyun observava o alfa que tentou dar um sorriso encorajador, o que tirou um sorriso mais sincero do Byun. 

— Chanyeol oferecendo o escritório? Ok… Isso está muito estranho… — Minseok encarou o ômega e o alfa. — Tudo bem… Vamos Jae. — Disse, vendo Baekhyun concordar. Chanyeol suspirou vendo os dois saírem da cozinha. O alfa passou a mão pelos cabelos respirando fundo, o que não passou despercebido pelos amigos, que se olharam e voltaram a atenção ao maior. 

— O que aconteceu? — Jongdae quis saber, deixando sua caneca com café sobre a mesa. 

— Você não deixa ninguém entrar em seu escritório, muito menos usar ele. — Jongin acrescentou desconfiado. Chanyeol olhou para o amigo e concordou. 

— Umas coisas irão precisar mudar a partir de hoje. O que eu vou contar aqui, precisa ficar aqui. Fui claro? — O alfa disse sério, fazendo os outros dois se ajeitarem na cadeira, assumindo uma postura séria. — O Jaejin, na verdade, é o filho de Baekho. Byun Baekhyun. — Chanyeol disse, vendo Jongin e Jongdae se olharem, com os olhos arregalados. 

— Como assim Chanyeol? — Jongin perguntou. 

— Ele fugiu de casa. Tem um motivo para isso, mas não vou entrar nele. Gostaria que mudassem a segurança da casa, quero todos os seguranças do lado de fora a partir de hoje. — O alfa disse voltando a beber seu café. 

— Chanyeol, isso é loucura. Os seguranças precisam estar por perto! — Jongdae disse sério, passando a mão nos cabelos. 

— Ele tem razão Chan. — Jongin pontuou.

— Como eu disse, Baekhyun tem um motivo para ter fugido, e ele agora é um dos nossos. Não quero correr o risco de ter a localização dele descoberta. Vocês sabem muito bem que nem todos são confiáveis. — O alfa disse. — Eu não quero que a estadia dele aqui seja ruim, ele precisa de liberdade, e agora que todos sabemos sobre ele, não seria nada bom que o nome Baekhyun chegasse aos ouvidos de algum traidor. 

— Mesmo assim! Céus… — Jongdae disse nervoso.

— Acho que entendo seu lado Chanyeol. Jae… Digo, Baekhyun é um garoto legal e se ele vai ficar aqui, bem… É bom que ele se sinta em casa… — Jongin disse suspirando. 

— Certo. Talvez não estejam errados… Temos que nos organizar, não podemos deixar a casa sem proteção. — Jongdae concordou. 

— Ligarei para o Sehun depois, e então combinamos isso. — O Park suspirou cansado. — Estou fazendo a coisa certa, não é? 

— Tá pedindo nossa opinião? — O Kim cruzou os braços erguendo uma sobrancelha.

— Tem razão. Não é da conta de vocês. — O alfa disse sério, levantando-se da mesa. Jongin também se levantou segurando no braço do chefe. 

— Sabe que o Dae gosta de provocar. E sim Chanyeol, não tem nada de errado nisso. Você não é uma pessoa ruim. — O alfa sorriu para o Park. — Baekhyun agora é da família, era mesmo antes de sabermos a verdade, vamos protegê-lo. 

Chanyeol concordou, observando os dois amigos, parando os olhos em Jongdae que sorriu em concordância. Não sabia desde quando tinha se tornado tão compreensivo, afinal problemas como o de Baekhyun, o alfa queria distância, mas estava ali, disposto a protegê-lo e tornar sua estadia mais confortável. Mas tentava colocar em sua cabeça que estava sendo apenas caridoso, fazendo sua cota de boa ação, e que não passaria daquilo.

Estava decidido que o beijo trocado entre eles, na madrugada, não seria repetido, que não daria mais brechas para se sentir tão dominado por aquelas sensações estranhas que sentia ao lado do menor. Era um mafioso, um dos mais perigosos e tinha um nome a zelar, não podia se dar ao luxo de ser fraco porque estava com a cabeça onde não deveria, precisava voltar aos seus sentidos e ser o líder que tinha nascido para ser. Voltou a se sentar na mesa, junto dos dois alfas e retomou seu café, tentando ignorar a pulguinha da curiosidade, que o levava a querer saber como estava a conversa entre os dois ômegas em seu escritório. 

O alfa não era o único nervoso e curioso por toda a situação, Baekhyun observava Minseok, que estava em silêncio encarando o chão de forma pensativa. Estavam sentados no sofá que tinha no escritório do alfa, e havia contado toda sua história para o novo amigo, e se o ômega achava que Chanyeol era impenetrável em suas expressões, com o Kim, era ainda pior. Seu olhar estava distante enquanto uma das mãos pousava na barriga, o nervosismo tomava conta do Byun, que encarava o amigo com medo de sua reação, queria chamar pelo menor, mas também queria dar o tempo necessário para que assimilasse toda a circunstância. 

Minseok suspirou alto e virou o rosto na direção do ômega, que possuía os olhos marejados e o coração acelerado. O Kim levou a mão livre até a mão do maior, apertando-a de leve, e esse gesto pareceu ser o suficiente para fazer o Byun desabar. As lágrimas caíam, mas ele não dizia nada, apenas encarava Minseok assumir um semblante preocupado, se aproximando mais do maior, puxando-o para seu abraço, enquanto deixava carinhos nos cabelos loiros do maior. 

— Não chore! Porque está chorando? 

— Não me odeie Min… Eu queria contar antes, mas eu não podia… — Baekhyun sussurrou chorando. 

— Ei… Eu não te odeio! Por que pensou isso? — O ômega disse, puxando o rosto do amigo e limpando suas lágrimas. — Deixa de ser bobo… Eu entendo seus motivos, como eu poderia não entender depois de tudo que me contou? Você é muito corajoso Baek, e eu o admiro demais

— A-Admira? 

— Claro! Você é mais forte do que pensa… — Minseok sorriu abraçando Baekhyun. — Não se preocupe Baek, dê um descanso ao seu coração agora hm? Você passou por muito, vamos cuidar de você, sabe disso não é? 

— Eu nem sei como começar a agradecer. Chanyeol… Você… — O ômega disse baixinho, se ajeitando sentado no sofá. — Eu não quero criar problemas para vocês, estão sendo tão bons para mim, eu não quero colocá-los em perigo. Tenho noção que minha presença aqui é arriscado... 

— Já vivemos em constante perigo Baek, o que seria mais um? Tenho certeza que não sou o único que te considera família… — Minseok disse sorrindo. — Ninguém é obrigado a aguentar tudo que você precisou aguentar até agora… No seu lugar eu faria a mesma coisa. 

Baekhyun sorriu brevemente, abaixando a cabeça tímido. Não podia dizer que estava surpreso em ouvir tais coisas de Minseok, sabia que o menor era alguém confiável e amigo, mas, ainda assim, estava chocado. Pensava tanto que o ômega teria uma reação negativa, que vê-lo sendo tão solícito, o deixava muito agradecido. 

— Eu não podia mais viver aquilo Min… — O Byun disse em um suspiro. — Em dias vocês foram mais família do que a minha própria. Eu só queria que Dahyun e minha mãe pudessem estar aqui… Aí sim eu estaria verdadeiramente feliz. 

— Tudo vai dar certo Baek, tenho certeza que sua mãe e irmão estão bem, posso pedir para Chanyeol averiguar isso. — Minseok disse e o ômega negou.

— Não quero pedir mais do que já estão fazendo.

— Não está pedindo nada, a ideia foi minha. — Deu de ombros com um sorriso. — Bom…  Eu tenho uma pergunta um tanto… Pessoal. 

— Pode perguntar o que quiser Min.

— Chanyeol nunca sede o escritório dele… — O ômega começou semicerrando os olhos. Baekhyun abriu a boca para responder, mas não sabia o que falar. Minseok acabou sorrindo. — Ele sabe sobre você, o que é óbvio… Mas sinto que tem mais coisa. Pode começando a falar! 

— O que? Não… Não tem o que falar, nem eu sei o porque… — O Byun sentiu a alma sair do corpo, a cena do beijo passando em sua cabeça, podia jurar que estava virando um pimentão. 

— Você está corando! — Acusou o amigo rindo. — Quer enganar quem? Aconteceu algo sim! Eu não nasci ontem, Chanyeol é uma boa pessoa, mas nem de longe é alguém tão generoso… Tem caroço nesse angu. — Disse rindo da expressão do ômega. 

— E-Eu… Min! Eu não quero falar sobre isso… 

— Não confia em mim? — O menor disse fazendo um bico.

— Isso é jogar sujo! — O loiro riu escondendo o rosto nas mãos. 

— Eu uso as armas que tenho, anda! 

— Nós… Nós nos beijamos ontem. Quero dizer, hoje, na madrugada. — O ômega disse mordendo os lábios e vendo o outro abrir a boca com os olhos arregalados.

— E tem a cara de pau de dizer que não era nada? Baekhyun! — O Kim levou as mãos a boca, rindo. — Como isso aconteceu? O que achou? Você gostou? Kyungsoo já sabe? 

— Calma! São muitas perguntas de uma vez… — O Byun riu baixinho, ainda vermelho. — O Soo não sabe ainda, eu não tenho como contar, só quando ele vier mais tarde. E realmente não foi nada… Eu nem ao menos sei explicar o que aconteceu, só… Aconteceu. — Disse corando mais ainda. — Não me olha assim Min! 

— Você não gostou?

— Não é isso… Eu gostei, muito. Mas é algo que não pode acontecer de novo Min… Eu não quero continuar nessa vida, eu quero mais… — Baekhyun disse baixinho. — Eu admiro muito você e o Jongdae, mas… Eu não quero ficar preso na máfia. 

— Eu te entendo Baek, mas não se prive de algo por medo de se machucar, ou por medo do futuro, só deixe que a vida te leve, contra o destino a gente não luta. Digo por experiência própria. — O ômega disse, apertando o ombro do Byun, passando um conforto para o amigo. Sabia que o mesmo devia estar muito confuso, ele próprio estivera quando conheceu Jongdae. Minseok se levantou, sendo acompanhado de Baekhyun. — Obrigado por confiar em mim Baek. Saiba que vou estar aqui para você sempre, assim como os meninos  e o Soo. Você não está sozinho tudo bem? 

— Obrigado Mim. De verdade. — O ômega respondeu sorrindo. 

— Não precisa me agradecer Baek. Agora vamos, ainda não tomamos café, e esse serzinho dentro de mim já deve estar incomodado! — Minseok disse rindo e Baekhyun sorriu, levando a mão até a barriga do amigo, deixando um carinho. 

— O tio Baek pede desculpas por fazê-lo esperar tanto! — Disse e os dois riram, enquanto saíam do escritório, indo para a cozinha. Baekhyun definitivamente se sentia mais leve e feliz, estava aliviado e sentia que agora tudo poderia voltar ao lugar, pelo menos uma coisa já estava resolvida, depois pensaria no resto. 
 

(...)

 

Baekhyun estava ajoelhado no jardim, enquanto mexia no canteiro de rosas com um sorriso grande no rosto. Estava se sentindo feliz por finalmente todos da casa saberem a verdade sobre si e não o julgarem, até mesmo Kyungsoo se surpreendeu, como todos estavam sendo bons e tranquilos sobre o assunto. O Do estava claramente, mais aliviado, parecia até mesmo que o problema era com ele e não com o outro ômega. Minseok ao descobrir que era aniversário do Byun, tratou de preparar um almoço diferente, e não demorou para que o resto do pessoal surgisse na casa. 

Todos estavam cientes da verdadeira identidade do ômega, e ele não poderia estar mais grato por agirem normalmente e não fazerem um problema com aquilo, menos Zitao, que o abraçou chorando, dizendo que ninguém mais faria mal a “cria” dele. Havia sido uma tarde bem divertida, fazia alguns minutos que todos haviam ido embora, e bem, estava se sentindo um pouco entediado, então foi direto para o jardim ajeitá-lo, era algo que realmente tinha o prazer de fazer. Com Minseok na sala descansando as pernas, já que havia feito muito e Jongdae o colocou para descansar, não tinha muito o que Byun pudesse fazer. 

Jongin e Kyungsoo haviam saído juntos, Baekhyun jurava que para um encontro, mas só iria saber quando o amigo fosse visitá-lo novamente, já que não tinha mais um celular para entrar em contato com o mais velho. Chanyeol havia sumido uma hora após o almoço, queria poder dizer que não reparou, mas a verdade era que tanto havia reparado como sentido sua falta. Negava a acreditar que estivesse se sentindo um tantinho triste pelo alfa ter saído no dia do seu aniversário, e isso estranhamente lhe causava uma sensação ruim, pois não queria e não podia sentir nada daquilo. 

Suspirou pesado ao se levantar, tirando as luvas que usava, olhando para o canteiro que havia arrumado, se sentindo orgulhoso pelo trabalho bem feito. Cuidar do jardim era uma das únicas coisas que realmente gostava, e o relaxava de uma forma que fazia com que se esquecesse de tudo. Era terapêutico, e agora entendia porque Kyungsoo gostava tanto de cuidar das flores da mãe, mas se tinha uma coisa que gostava mais do que cuidar das plantas, era cuidar de pessoas, sabia disso e bem, ter cuidado de Chanyeol antes o fez relembrar esse outro prazer secreto.

— O jardim está ficando bonito. — Baekhyun soltou um gritinho e pulou ao ouvir uma voz grossa atrás de si, levou a mão até o coração, que estava acelerado, observando Chanyeol que o olhava divertido. — Desculpa, não queria te assustar.

— Não assustou… — O ômega disse baixo, vendo o sorriso do alfa aumentar, causando borboletas em seu estômago. 

— Não? Jurava que ouvi você gritar.

— Não gritei. Não mesmo. 

— Hm. Deve ter sido minha imaginação. — Chanyeol disse divertindo, se aproximando do ômega, que tentava não sorrir. 

— Com certeza, foi sua imaginação. — Disse e acabou rindo, abaixando a cabeça e olhando para os próprios pés, antes de voltar a encarar o maior. — Eu me assusto muito fácil, desculpa. 

— Você estava distraído. — O alfa deu de ombros, observando Baekhyun concordar. 

— Precisa de algo?

— Ah! Sim, quero dizer, não. — Chanyeol se sentia um idiota, por que não conseguia agir como uma pessoa normal? Encarou o nada por um tempo, sério, até tirar as mãos das costas e estender uma sacola mediana para o ômega, que o olhava confuso. — É para você. Hoje é seu aniversário. 

Baekhyun arregalou os olhos, completamente chocado. Chanyeol havia lhe comprado um presente? Abriu a boca para responder, mas nada saía, ficou encarando o alfa, boquiaberto. Precisou ordenar ao seu cérebro, que se movesse e pegasse a sacola, mesmo que estivesse muito envergonhado e surpreso com a ação do Park. Nunca em sua vida, imaginou algo assim acontecendo. 

— Não precisava… — O ômega disse baixinho, se aproximando do maior e pegando a sacola sem jeito. 

— Eu sei, mas… Ainda assim. — Chanyeol disse dando de ombros, observando o menor concordar e abrir a sacola, e ao se deparar com o conteúdo, arregalar novamente os olhos. 

— Chanyeol! Isso… Meu deus. Não posso aceitar, não mesmo. — O ômega disse nervoso, olhando para a caixa de um celular de última geração. O que tinha na cabeça daquele homem em lhe dar algo assim? Lembrava-se mais ou menos dos valores dos eletrônicos mais top de linha, e sabia que não era nem de longe algo barato. 

— Não só pode, como vai. Você precisa de um celular, não é um escravo e nem um prisioneiro. — O alfa disse sério.

— Claro que não… Isso é demais. Chanyeol, deve ter custado o olho da cara. Não posso aceitar, eu-

— Dinheiro não é problema pra mim. Além disso, você não tem nenhum celular, acho que é algo essencial, e precisa de um para qualquer eventualidade. Apenas aceite ok? É um presente, é feio recusar um presente. — Chanyeol disse cruzando os braços, e Baekhyun jurou ver um bico se formando nos lábios dele. — Além do mais já liguei e configurei ele todo… Só aceita. 

Baekhyun olhava o maior desacreditado, negou com a cabeça e uma risada sem graça, olhando do aparelho para o alfa e vice-versa. Abriu a caixa do celular, vendo que o mesmo estava ligado, suspirou e encarou novamente o maior, por fim concordando. 

— Obrigado Chanyeol… Eu amei. — O ômega disse, vendo o mais velho concordar.

— De nada. — O alfa disse, encarando Baekhyun por um tempo. Não souberam dizer quando tempo ficaram ali, se encarando, próximos demais, os corações mais acelerados que o normal. — Então… Nos vemos mais tarde… — Completou, vendo o ômega concordar com um sorriso tímido.

Chanyeol deu dois passos para trás antes de se virar e voltar para dentro da casa, deixando Baekhyun sozinho no jardim. O Byun ainda estava chocado com o presente que havia ganho, primeiro pelo simples fato de ter ganho um presente do alfa, e segundo por ser algo tão caro. Sabia que precisava de um celular e que em algum momento teria que comprar um, mas nada tinha lhe preparado para aquilo. 

Mordeu os lábios enquanto colocava a caixa do aparelho dentro da sacola e desbloqueava o celular com a outra mão, uma foto do próprio aparelho como plano de fundo. Foi abrindo alguns aplicativos que o próprio celular tinha e uns outros que, acreditava, ter sido o alfa que baixou, e acabou não evitando um sorriso, ao abrir a lista de contatos e ver o nome de Chanyeol salvo, era o único contato e isso fez com que seu coração se acelerasse um pouco. Bloqueou o celular e sem perceber, o levou até o peito, enquanto encarava a casa com um sorriso bobo no rosto. Talvez Minseok tivesse razão, não tinha porque ter medo do futuro ou de se machucar, talvez fosse menos cansativo se não nadasse contra a maré.


Notas Finais


e entãaaaaaaaaaaaaaaaaaao, o que estão achando hein?
me deixem saber de tudo por favor HAHAHAH

NOVA FANFIC: https://www.spiritfanfiction.com/historia/tales-of-jekyll-19927347

vamos falar da fanfic?

cc: https://curiouscat.qa/byunirie
twitter: https://twitter.com/byunirie


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