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História Look At Me (Laurinah). - 28: Nervous


Escrita por: misslaurinah

Notas do Autor


Boa noite, meus bolinhos. <3 Fiquei feliz que vocês tenham gostado do capítulo anterior, mas como eu sou dessas morde e assopra, espero que estejam preparadas pra este capítulo que é meio tristinho.

E como faz um tempo que eu não faço videozinho, fiz um para este capítulo. Vou deixar o link nas notas finais, assistam e sofram comigo!!

Capítulo 28 - 28: Nervous


Nervous - Gavin James

"I promise that I'll hold you when it's cold out and we'll lose our winter coats in the spring. 'Cause lately I was thinking I never told you that every time I see you my heart sings. 'Cause we lived at the carnival in summer, scared ourselves to death on a ghost train and just like every ferris wheel stops turning. Oh, I guess we had an expiration date. 

So I won't say I love you, it's too late."

"Eu prometo que irei te abraçar quando estiver frio, e nós vamos perder nossos casacos de inverno na primavera. Ultimamente estive pensando que eu nunca te disse, que toda vez que eu te vejo, meu coração canta. Nós vivíamos no parque de diversões no verão, morrendo de medo no trem fantasma. E assim como toda roda gigante para de girar, acho que tivemos uma data de validade. 

Portando, não direi que te amo. É tarde demais."

Lauren Point of View.

- Ally não responde minhas mensagens. - Normani reclamou pela terceira vez.

- Eu disse que ela ia ficar chateada por não termos chamado-a. - Dinah respondeu tranquilamente, fitando a paisagem verde pela janela do carro.

- Não, você disse que ela estava se divertindo mais do que nós! - Normani insistiu, inclinando um pouco seu corpo para frente e se encaixando entre o meu banco e o de Dinah.

- E estar se divertindo mais do que nós, não significava não ficar chateada. - Dinah respondeu com um tom de deboche em sua voz e eu apenas neguei com a cabeça enquanto disfarçava meu sorriso. Ela podia ser bem irritante quando queria.

- Você é ridícula, Dinah. - Normani deu-se por vencida, cruzando os braços na frente do peito e bufando.

Estávamos voltando para o centro de Los Angeles naquela manhã, e todas estávamos desanimadas porque não queríamos voltar. Com certeza tivemos um dos melhores finais de semana de nossas vidas. Ao menos, desde que toda aquela loucura de sermos famosas começou.

Sem contar que Dinah e eu estávamos muito mais próximas agora. Nós até trocamos alguns carinhos perto das meninas, e ninguém pareceu se importar. Eu sabia que Camila iria me encher de perguntas no dia seguinte, mas tudo bem. Eu receberia muitas perguntas de muitas pessoas, afinal.

Nós também estávamos incomodadas com o fato de que não havia mais nenhum compromisso agendado dali para frente, então seriam apenas as festas comemorativas que sempre fazíamos com toda a equipe e depois fim, iriamos todas para casa, passar o natal com nossas famílias e só nos encontraríamos novamente em Janeiro. Seria uma tortura todo aquele tempo sem Dinah!

Eu teria que agir rápido se eu quisesse vê-la durante os feriados. Eu teria que contar a minha família sobre nós duas, mas como eu faria isso sem saber o que ela queria? Soltei um suspiro frustrado, que não passou despercebido pela loira ao meu lado. Ela deixou de encarar a janela e se virou para mim, chegando o mais perto que o cinto de segurança permitia para deitar sua cabeça em meu ombro e beijar minha bochecha.

Sua mão estava em minha coxa, me fazendo um carinho bem superficial, enquanto eu tentava focar apenas na direção, já que faltava pouco para voltarmos para aquelas rodovias movimentadas de Los Angeles.

- Está tudo bem? - Ela perguntou baixinho, dando-me um segundo beijo na bochecha, então eu me virei para ela rapidamente e selamos nossos lábios, sua boca quente fazendo um pequeno arrepio percorrer meu pescoço, principalmente com a sua respiração ali tão próxima.

- Não quero ficar longe de você. - Apesar de Camila e Normani parecerem distraídas no banco de trás, nós falávamos bem baixinho, apenas para nós duas ouvirmos.

- Eu também não quero, mas vamos ter que lidar com isso. - Dinah beijou meu pescoço. Um sorriso triste apareceu em seu rosto, e ela tirou a mão de minha coxa para levá-la até meu braço e apertar de levinho. - Vai passar rápido.

- Dinah, eu não quero. - Acabei falando um pouco alto demais, e Dinah deu um apertão em meu braço, fazendo-me suspirar frustada mais uma vez. - Por que a gente não pode acabar com isso de uma vez? Que saco.

- Lauren, a gente já conversou sobre isso. - Ela soltou o meu braço e se afastou, endireitando-se em seu lugar e fitando a janela durante todo o caminho de volta.

Passei primeiro para deixar Camila no hotel com seus pais, todas estávamos hospedadas em lugares diferentes, já que aquela festa não fazia parte de nenhum evento oficial da turnê, e teríamos aquela semana para curtir com nossas famílias. Normani ficaria na casa de seus tios, e assim que eu a deixei ali, dirigi até uma rua mais discreta e não tão movimentada e encostei o carro, fazendo Dinah me olhar curiosa.

- Por que você parou? - Ela não precisou dizer nada além daquilo para que eu notasse em seu tom de voz que ela estava chateada.

- Amor. - Dinah me olhou novamente, seus olhos estavam inexpressivos e aquilo me machucava. - Eu sei que não é simples, mas a gente não pode ter medo, se quisermos realmente manter isso. - Ela umedeceu os lábios, mas não disse nada, apenas abaixou seu olhar e ficou em silêncio por um tempo, o que pareceu ser uma eternidade.

- Lauren, é claro que você não precisa ter medo. Você vai ter medo de quê? Sua família lida com a sua diferença desde que você nasceu. Eles já sabiam que você seria uma garota especial, eles já sabiam que seria natural você se interessar por outras garotas e eles te amam e te aceitam dessa forma. - Ela despejou aquelas palavras, levando as mãos nos cabelos louros e jogando-os para trás. Ela sempre fazia aquilo quando estava nervosa.

- Dinah, mas a sua família também te ama. Eles te apoiariam em tudo, eu tenho cert...

- Ah, você tem certeza? - Ela me interrompeu antes que eu pudesse terminar de falar. - Engraçado, porque a única coisa da qual eu tenho certeza é que minha avó nunca mais vai olhar na minha cara quando eu contar a ela que me envolvi outra vez com uma mulher.

- Mas você acabou de dizer que eu sou diferente! - Minha voz saiu num tom mais alto do que eu havia planejado, mas eu estava nervosa e não conseguia controlar aquele sentimento de angústia preso em minha garganta, que me fazia gritar. - O que é que preocupa sua avó, afinal? O fato de que duas mulheres não podem se casar e construir uma família, ter filhos? Olha só, que surpresa! Eu posso te dar quantos filhos você quiser e eu já te mostrei isso!

- Lauren, não seja ridícula! Você está me ofendendo! - Sua voz saiu bem mais baixa que a minha e seus olhos estavam vermelhos, denunciando o choro que estava por vir. - Não fale desse jeito comigo, eu não tenho culpa! Eu não tenho culpa do que e de como minha avó pensa! Eu não tenho culpa de ter sido criada dessa forma enquanto você tem uma família de mente aberta e liberal que vai te apoiar em tudo. Eu não tenho culpa, tá legal?

Dessa vez Dinah gritou, muito mais alto que eu. E logo seu choro veio, bruscamente, molhando toda a sua face e fazendo-a tremer e soluçar na minha frente. Eu queria abraçá-la e fazê-la se acalmar, mas como? Eu fui a causa daquele choro. Eu era uma idiota!

- Amor, me desculpa... - Soltei-me do cinto de segurança e coloquei minha mão em seu ombro para puxá-la para mim, mas ela se afastou, debatendo-se para que eu não a tocasse. - Dinah, por favor.

- Chega, Lauren! - Ela disse, levando as mãos no rosto para enxugar as lágrimas que não paravam de cair, deslizando por suas bochechas e molhando toda sua camiseta. - Será que você não percebe que eu passei por cima de tudo o que eu tive que superar sozinha, calada, durante esses quatro últimos anos, só pra ficar com você?

Eu abri a boca para responder, mas Dinah não me deixou falar. - Será que você não percebe o quanto eu estou me esforçando pra me entregar? Pra agir da forma que qualquer outra garota sem traumas agiria? Pra te deixar feliz, pra satisfazer suas vontades, pra ser a garota ideal pra você! Sempre você, sempre pensando em você! Mas isso não é o suficiente, não é mesmo?

- Dinah, calma! Eu não disse isso!

- E você também não disse que iria me fazer mal, quando insistiu para ficarmos juntas. Você não disse que ia me pressionar e me fazer ultrapassar todas essas barreiras sem respeitar o meu tempo. Aliás, foi isso que você disse! Que ia respeitar o meu tempo, Lauren! - A cada segundo e a cada palavra que saia da boca de Dinah, eu começava a ficar mais desesperada.

- Mas eu estou respeitando, Dinah!

- Não está! Eu já te falei várias vezes o quanto isso é difícil pra mim, e você quer simplesmente que eu chegue na minha família, conte a eles que estou há três meses apaixonada por outra mulher e que tudo bem, eles podem continuar com a festa de natal como se nada tivesse acontecido.

- Não é bem assim. - Tentei novamente em vão tocar sua mão, que ela afastou.

- É claro que é, Lauren. Eu te contei tudo o que minha avó disse e fez para me ver longe de Hanna, não contei? Por que você acha que seria diferente agora? Eu não posso enfrentar tudo isso sem estar preparada, simplesmente pra satisfazer um capricho seu. - Dinah soltou-se do cinto de segurança e eu respirei fundo, me contendo para não dizer o que estava prestes a sair de minha boca.

- Você não dá a mínima por ficar todo esse tempo sem me ver, não é mesmo? - Ela me olhou de uma forma incrédula.

- Você está brincando comigo? - Minhas mãos tremiam e minha visão começou a ficar embaçada, revelando que eu também iria chorar. - Lauren, você não ouviu nada do que eu disse?

- Eu ouvi, Dinah. Mas para mim é tão difícil ficar longe de você, como você pode ficar tão tranquila em relação a isso?

- Meu Deus... - Ela fez uma pausa, negando com a cabeça. - Como você pode ser tão egoísta?

- É egoísmo não querer ficar longe da pessoa que eu amo? - Em um momento de impulso, levei minhas mãos até o seu rosto e contra sua vontade eu a trouxe para mais perto, fitando os olhos castanhos marejados na minha frente. - Eu te amo, Dinah. Eu só quero ficar com você. - Ela respirou fundo e mais uma lágrima rolou por seu rosto.

- É egoísmo não pensar no que vai acontecer comigo se minha família me der as costas. - Ela levou suas mãos até os meus pulsos e me segurou com certa força, fazendo-me afastar as palmas de seu rosto. - É egoísmo passar por cima de tudo o que eu estou sentindo só para você ficar feliz, Lauren. É completamente egoísta a forma que você diz que me ama.

Ouvir aquelas palavras acabaram comigo. Como Dinah era capaz de duvidar do que eu sentia, depois de tudo o que fiz para ficarmos juntas? Eu não era egoísta, ela só estava pensando em si mesma!

- Então tá bom, vou pensar no que é melhor para você. - Eu disse, me afastando e voltando a passar o cinto de segurança por meu corpo, pronta para ligar o carro.

- Abre essa porta. - Dinah pediu, fazendo meu coração bater de uma forma incômoda.

- O quê?

- Abre essa porta, Lauren. Eu quero ir embora, sozinha! 

"'Cause every time I saw you I got nervous, shivering and shaking at the knees and just like every song I haven't heard yet. No, I didn't know the words in front of me. Oh, but I don't wanna know ho will take you home? Who will take you home if I let you go?"

"Porque toda vez que eu te vejo, fico nervoso, tremendo e balançando os joelhos. E assim como toda música que eu ainda não ouvi, eu não conhecia aquelas palavras na minha frente. Oh, mas eu não quero saber. Quem vai te levar para casa? Quem vai te levar para casa se eu te deixar?" 


Notas Finais


Mimimi, chorinho. Quero saber quem vocês acham que está errada, e quem foi realmente egoísta... Beijos de luz e até o próximo. <3

Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=jhUN0UhUGCg&feature=youtu.be


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