História Look At Me (Laurinah). - 6: Forever With You

Forever With You - Nathan Roberts 

"No one knows what tomorrow's gonna bring, but if tomorrow keeps on coming for eternity I know what I wanna do be forever with you."

- E ai, como foi ontem? – Camila me perguntou, assustando-me quando se sentou ao meu lado na mesa do café.

- Okay, vamos combinar uma coisa. Você precisa parar de surgir desse jeito como um fantasma todas as vezes do meu lado. – A latina gargalhou, dando-me um tapinha no ombro.

- O fantasma mais bonito que você respeita. – Ela disse, me fazendo revirar os olhos e rir.

- Não aconteceu nada demais ontem. – Dei de ombros, recebendo outro tapa de Camila, dessa vez mais forte.

- Como assim nada? Eu fiquei a noite inteira assistindo aqueles filmes chatos com a Mani por NADA? – Ela aumentou o tom da voz quando disse a última palavra e eu a fuzilei com meus olhos. Dinah estava logo ali com Normani se servindo para o café, e Ally também estava para chegar.

- Não grita, Camila! – Bufei ao ver que ela se divertia com aquela situação.

- Anda, me conta tudo o que aconteceu.

Depois de contar a ela sobre o meu choque ao ver Dinah seminua, deixei-me levar pelas lembranças da noite anterior enquanto lhe dava os detalhes. Se Camila queria saber, então ela teria de arcar com as consequências de ter se tornado minha nova confidente.

Flashback on.

Assim que Dinah saiu do banho, peguei uma toalha e fui para o meu. Demorei um tempo ali debaixo da água quente, sentindo meu corpo relaxar e começar a doer um pouco. Nós havíamos ensaiado praticamente a tarde toda, e o show havia sido bem exaustivo. Enxuguei-me e vesti uma roupa confortável. Um short larguinho de um dos meus pijamas e uma blusa de moletom sem nada por baixo. Eu não tinha peitos muito grandes, então nem seria notado o fato de que eu não usava sutiã.

Quando voltei para o quarto, Dinah estava deitada na cama, gravando mais um snapchat para os fãs. Ela adorava fazer aquilo. Quando notou minha presença, fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse e então eu me deitei ao seu lado. Fizemos uma selfie, que Dinah postou em sua conta e que provavelmente iria bombar o twitter aquela noite, mas eu não me importava muito com aquilo. Tudo o que importava era que eu estava ali, deitada com Dinah ao meu lado, sem mais nada que precisássemos nos preocupar.

Depois de alguns minutos conversando sobre coisas banais e assistindo alguns vídeos engraçados de nossos fãs, Dinah se deitou de bruços na cama e me pediu pela massagem. Nós tínhamos intimidade o suficiente para aquilo, então me sentei sobre suas coxas, com minhas pernas ao redor de seu quadril e me inclinei um pouco para frente. Seu cheiro estava absurdamente delicioso naquela noite. Sua pele tão macia e quentinha me deixava em êxtase.

Peguei meu celular e coloquei uma música gostosa para tocar, sabendo que aquilo ajudaria Dinah a relaxar. Comecei a massageá-la pelos ombros, mas Dinah reclamou que o tecido da blusa xadrez que ela usava por cima de sua camisola estava atrapalhando, e então, fez o que eu mais temia. Ela arqueou um pouco seu corpo na cama e me pediu que puxasse sua blusa. Quando eu o fiz, ela passou os braços pelas alças da camisola, deitando-se de novo e escorregando o tecido até a base de sua coluna, deixando toda a parte de cima de seu corpo livre. Seu rosto estava apoiado no travesseiro, de lado, e ela já tinha os olhos fechados mais uma vez, permitindo-me apreciá-la sem ser notada.

Como ela estava deitada, seus seios estavam pressionados contra a cama e longe de minha visão. Mas todas as vezes que meus dedos deslizavam pela lateral de seu corpo, eu podia sentir uma leve curva entrar em contato com eles e aquilo estava me deixando louca. Dinah soltava pequenos gemidos quando eu fazia um movimento mais forte, e aquilo não ajudava em nada. Dinah gemendo era o mesmo que alguém me masturbando fortemente.

E foi aí que tudo aconteceu.

Eu estava dura. Completamente ereta, com meu quadril a poucos centímetros de sua bunda coberta apenas por aquela camisola e provavelmente mais uma daquelas calcinhas minúsculas que Dinah usava. Pensar nisso estava me deixando cada vez mais quente. Eu estava perdida! Eu precisava sair dali urgentemente. Mas Dinah não me deixou afastar. Quando fiz menção de me levantar, senti suas mãos segurando-me pelo pulso e ela me puxar para mais perto de seu corpo.

Quando notei, uma lágrima solitária escorria por sua bochecha, mas ela não disse nada, apenas me puxou com firmeza, fazendo meu tronco deitar sobre o seu, e eu a abracei. Eu não sabia o que estava acontecendo ali, mas abracei a cintura de Dinah e ficamos assim por um bom tempo. Meu rosto deitado em seu ombro, meu nariz em contato direto com o seu cheiro e minha bochecha aquecida pelo calor de sua pele. Aquilo parecia um sonho.

Mas Dinah estava chorando. Por que ela estava chorando? Eu queria saber, queria perguntar, mas não queria estragar aquele momento. Sim, eu era egoísta a esse ponto. Eu não queria mover nem um pedaço do meu corpo para longe do dela.

Toda a excitação que passava por meu corpo anteriormente desapareceu e tudo o que eu queria era poder abraça-la assim para sempre, protegendo-a do que quer que estivesse fazendo-a chorar.

Ficamos assim por mais um bom tempo, até que eu pudesse ouvir o som de sua respiração tranquila e compassada, indicando que ela havia adormecido. Então eu me levantei, cobri Dinah com o lençol e sai bem devagar para não fazer nenhum barulho enquanto voltava para o meu quarto.

Flashback of.

- Eu não acredito que você a deixou dormindo sozinha, meu Deus, Lauren, você é muito burra! – Outra vez eu estava beliscando o braço de Camila para que ela falasse mais baixo.

- O que você queria que eu fizesse, Camila? Ela não estava bem, ela estava frágil, chorando. – A latina revirou os olhos.

- Não passou pela sua cabeça que talvez ela só precisasse de alguém que ainda estivesse lá quando ela acordasse na manhã seguinte? – Aquilo me causou um aperto no peito. Será que Camila estava certa? Eu deveria ter ficado e dormido com Dinah?

- Bom dia. – Ally disse, juntando-se a nós na mesa. Não demorou muito para que Dinah e Normani chegassem, com dois pratos e montanhas de pães, biscoitos, frutas, cereais e o que mais pudesse caber ali.

- O café da manhã é a refeição mais importante, não se esqueçam. – Mani disse em sua defesa, fazendo todas rirem, inclusive Dinah. Quando nossos olhares se cruzaram, ela não parecia sentir nenhum ressentimento pela noite anterior. Ao contrário, ela parecia me dizer um “obrigada” silenciosamente com os olhos. Nesse momento, senti-me agradecida por pensar como eu mesma e não como Camila. As coisas estavam bem entre nós, e eu continuava apaixonada.

Apaixonada por Dinah Jane indecifrável Hansen.