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História Looking For Jupiter - XXXI - Microcosmos (2).


Escrita por: looking4jupiter

Notas do Autor


oiee! a música do cap se chama promise, e é do ben howard! links nas notas finais!

Capítulo 32 - XXXI - Microcosmos (2).


Park Jimin

As cartas permaneciam chegando, esporadicamente, variadas em emoções descritas.

Algumas, irritadas com meu comportamento – meu ímpeto de me afastar dele, minha teimosia, minha "insistência em preocupá-lo" (como ele mesmo dizia) -, outras, entristecidas e aflitas – angustiando, também, meu coração - e algumas em tom divertido, bem-humorado.

Todas sempre escritas de forma apaixonada, amorosa, gentil, transbordando a doçura e a paciência com que Jungkook sempre me tratara.

Então fez um mês de sua ausência, e era segunda-feira.

Havia acordado de bom-humor, contudo, ao receber a mensagem em meu celular que dizia que sua viagem havia sido bem sucedida até agora, embora ele mal tivesse começado sua jornada.

Ainda assim, aquela notícia apaziguou meu coração.

Não me demorei ao escapar da sala de aula após a sirene tocar, simbolizando-nos que era intervalo. Caminhei calmamente, também, até meus amigos. Seokjin estava na biblioteca, portanto, quando cheguei e me sentei entre apenas os três restantes, não pude falar com ele.

Observei muito bem Namjoon, entretanto, quando comentei com ele, baixinho:

— Jin hyung está na biblioteca, certo? — Uma pergunta retórica, que não necessitava de confirmação. — Será que ele está com fome? — Falso, me questionei em um murmúrio, encarando o prédio da escola como se pudesse receber alguma resposta. Ao meu lado, Nam hyung não tardou em grunhir, antes de replicar-me:

— Bem, ele geralmente tem apetite para lanches... — comentou, consigo mesmo. Não demorou muito até girasse sua cabeça sobre o ombro, direcionando o olhar acastanhado para mim, quando indagou: — Será que devo levá-lo alguma coisa?

— O refeitório ainda está aberto. — Notifiquei. Seus olhos brilharam. Segurei o sorriso que denunciaria minhas intenções. — Se tiver algo que ele goste, quem sabe...

Namjoon se pôs de pé imediatamente.

— Irei lá. Até mais, rapazes. — Despediu-se, sem jeito, sem avisar aos outros aonde iria. Coçando a nuca, ele virou-se para nós antes de começar a correr escola a dentro.

Mordi meu lábio inferior, incapaz de conter meu sorriso. Jungkook que me perdoasse, mas era entediante ver as pessoas perder o tempo de engatarem em um romance por pura vergonha, sem poder ajudá-las.

Pobre Jungkook... perdendo uma vista daquelas, quando Namjoon quase tropeçou ao adentrar o saguão e desapareceu de meu campo de visão.

Um pigarreio soou ao meu lado. Lentamente encarei Hobi, do outro lado, ao lado de Yoongi. Eles conversavam baixinho desde que cheguei, mas não de forma romântica – confirmei isso quando, ao relancear o ruivo, observei seu olhar distraído, preocupado, mas não alegre ou esperançoso.

Quando observei Suga hyung, ao seu lado, entendi o porquê.

Seus pés se revezavam ao bater no chão. Suas mãos tamborilavam contra os joelhos magros, escondidos pelo tecido da calça de moletom preta que vestia, puxados de encontro ao peito. Sua cabeça também se movimentava, como se dentro dela, uma música ressoasse incessantemente.

Tudo isso e o dono das madeixas negras permanecia ali, conosco, presente.

Arqueei a sobrancelha para Hobi, ao voltar a encará-lo.

— Você é um planejador calculista e frio, Park Jimin. — disse o Jung, em tom acusatório, de olhos semicerrados. Semicerrei os meus de volta, e acabamos por cair na risada, os dois. Voltei a encarar Yoongi, ao seu lado, que agora parecia distante, olhando para o céu, sem jamais interromper os movimentos.

Hoseok e eu nos entreolhamos. Ele soltou um suspiro, se desencostando do tronco da árvore para engatinhar até mim e sentar ao meu lado, sem enfrentar qualquer problema ao deixar o interesse romântico mais adiante, sozinho.

Desde que ele fugira para a Collateral Effects, parecia mais calmo, quase que resignado, com sua relação com Yoongi. Sua voz exilava paz de espírito, na mesma noite, ao me ligar para contar sobre a reação de seus pais quando assumiu sua bissexualidade a família - como esperava, eles o aceitaram, sem indagar ou exigir absolutamente nada.

Talvez ao ter este peso tirado de seus ombros, passar as manhãs com Suga tornara-se mais suportável.

Colegas, sentavam juntos – e eu sabia que deveria ser doloroso sentar ao lado do dono de sua afeição, sabendo que há chances de Yoongi gostar de outro cara.

Suponho que Hobi tentava não criar expectativas, esperanças - sequer tentava algo a mais com ele. Talvez só estivesse esperando a resposta definitiva do garoto magro e pálido.

— Ele está assim desde quinta-feira. — Hobi respondeu à pergunta que sequer havia sido verbalizada ainda. Franzi o cenho.

— Sério? Não havia notado.

— Ah, deve ser porque você estava ocupado demais tentando juntar os pombinhos. — respondeu-me, provocativo, sem soar acusatório. Revirei aos olhos antes de rir. Tanto ele quanto eu estávamos cansados de esperar que qualquer um deles tomasse iniciativa própria. Seu tom se tornou mais sério quando continuou, relanceando o outro: — Estou preocupado de verdade, Jiminie. Quando olho para ele... sinto algo... uma intuição que me diz que algo ruim irá acontecer, caso ele não se cuide.

A angústia em seu tom me avisava que era, de fato, muito sério. Que ele não somente estava sentindo essas coisas, como também estava morto de preocupação por dentro.

— Toda vez que ele fica assim, aéreo e distante, ansioso — prosseguiu, mordendo o lábio inferior. —, é um aviso de que o Yoongi obscuro está por vir. E quando ele chega, Jimin... — Suspirou pesado. Seu olhar se perdeu no meu. — é pior que o anterior.

Há muito havia notado as mudanças de humor do Min, mas... não havia imaginado que poderiam ser tão graves assim. Não ao ponto de causar tanta aflição a Hobi, que acho que após Jungkook e Seokjin, era seu amigo mais próximo.

E depois da partida de Jungkook, acho que mesmo que eu e Yoongi hyung tenhamos nos aproximado após ter pintado meu cabelo, não acho que era próximo o suficiente para que ele me confidenciasse seus segredos, seus sentimentos - não acho que ele me permitia vê-los.

Hoseok, no entanto, sabia. E via o que eu não podia enxergar.

Respirei fundo, sentindo algum alerta confuso em minha mente quando coloquei a mão sobre seu ombro e o garanti, certo:

— Vai ficar tudo bem, hyung. Suga hyung está bem.

Entretanto, se há alguma coisa que aprendi em minha curta vida, é que o Universo tem formas irônicas de nos levar a aprendizagem.

X

Meus pés se apressaram pela sala de espera ao adentrá-la rapidamente. Não tardei até avistar o dono dos cabelos prateados recostado contra a parede ao lado do corredor, com o olhar longínquo.

— Hyung! — exclamei a Namjoon, alto o suficiente para atrair sua atenção, conforme caminhava até ele. — Onde ele está? — indaguei, em baixo tom, ciente do olhar atento e enviesado que a recepcionista me dirigia.

Tudo que Namjoon fez fora soltar um suspiro exasperado e repousar o braço esquerdo sobre meu ombro, guiando-me pelo corredor.

— Ele está comigo. — Anunciou ele a mulher, que teve sua expressão suavizada e voltou a encarar a grande tela de computador a sua frente. Ela não me pedira minha identidade, tampouco fitara-me duas vezes, como se a afirmação de Nam hyung fosse o suficiente.

Mas, diabos, não era. Hospitais normais não deixariam qualquer um adentrar seus corredores desta forma.

Por isso, confuso e nervoso, com a mensagem de Hoseok ainda piscando em minha mente, o questionei:

— Por que ela não pediu minha identidade? Ele está bem?

— Porque meus pais são os advogados do hospital. Se você está comigo, não precisa se apresentar. — Sem titubear, replicou-me. Jamais soube que seus pais eram advogados e, consequentemente, tampouco suspeitei que eram tão renomados assim. Esse hospital era um dos maiores de Seul. — E, sim, fisicamente ele está, mas... — Interrompeu-se ao pararmos em frente a uma porta. As duas janelas ao lado dela estavam fechadas, mas era possível ouvir, do corredor espaçoso, a voz trêmula de Hoseok e um murmúrio de Jin.

Um arrepio percorreu minha espinha, resultando em um estremecimento forte. Meu celular vibrou algumas vezes em minha mão, e eu soube que eram mensagens preocupadas de Taehyung, nervoso desde que tive de interromper nossa conversa com a justificativa de que Yoongi havia sofrido um acidente.

É claro que, ao ouvir que nosso amigo e seu interesse romântico havia se acidentado, ele também preocupou-se.

Apressado, sequer me arrumei apropriadamente para vir até o hospital - após desligar a chamada de vídeo com Taehyung, não troquei a calça de moletom que utilizava como pijama e nem ao menos troquei minha camiseta antiga por uma mais apresentável, optando por apenas agarrar o primeiro moletom que visse e o vestisse enquanto descia as escadas, notificando meu padrasto de que precisávamos ver um amigo meu no hospital.

Sem perder tempo, Namjoon hyung bateu duas vezes na porta antes de abri-la, segurando para mim ao adentrar o cômodo. Quis entrar, mas paralisei ali, ao encarar o melhor amigo de meu amor com o ombro e braço enfaixados, cabeça encostada na parede e olhos vagando para cima, inerte a qualquer tentativa dos outros dois ao seu lado de conversar.

Yoongi hyung parecia desolado. E, pior, parecia uma bomba relógio, com os olhos felinos levemente arregalados, lábios finos crispados. Como se estivesse usando qualquer força que lhe restasse para permanecer calado.

Os olhos de Jin foram os primeiros a pousar em mim. Ele respirou fundo, parecendo infimamente aliviado por me ver ali, como se esperasse que minha presença incentivasse o outro a falar.

Mas... não havia porquê. Se Yoongi se recusara a falar com seu melhor amigo e Hobi, seu amigo mais próximo após a partida de Jungkook, então... não havia motivo para ser eu aquele a fazê-lo pronunciar qualquer palavra que fosse.

O Jung estava com as sobrancelhas levemente franzidas, ombros tensos, encarando Yoongi com uma angústia jamais vista antes por meus olhos – nem ao vê-lo fugir para a balada, após descobrir que, provavelmente, o coração de seu amado não o pertenceria.

Porque ele sabia que algo ruim estava prestes a acontecer. Reconheci, naquele instante que, no mundo, sempre haveriam pessoas que nos conheceriam como a palma de suas mãos.

"Talvez seja porque te conheço tão bem quanto a palma de minha mão", eu disse isso a Jungkook, no primeiro dia de aula. Ele repetiu isso para mim, em uma de suas cartas.

Porque, neste vasto universo, Jungkook era essa pessoa, para mim. E, para Yoongi, tenho certeza: Hoseok era aquele que o conhecia melhor no mundo.

Contudo... quem sabe Hoseok não fosse sortudo o suficiente para pertencer a Yoongi, para ter seu coração na palma de sua mão, como eu sabia que o Min possuía.

Unilateral.

Me questionei, então, ao perscrutar Hobi hyung, quantas vezes ele havia presenciado os momentos ruins de Yoongi-ssi – o "Yoongi obscuro", como ele havia dito, esta manhã. E, mesmo assim, a díspar de toda a escuridão que parecia assolar o dono dos cabelos negros, o ruivo permanecia amando-o. De longe, pacientemente, sem esperar ser retribuído.

Como alguém que conheço.

Apenas torci, ali, atônito, para que como Jungkook, a história de amor de Jung Hoseok tivesse um final feliz, também.

Namjoon pigarreou. Engoli em seco antes de entrar. Ele fechou a porta atrás de mim.

Meu celular vibrou outra vez. Dei um passo à frente, e depois outro, e continuei até chegar em frente à maca de Yoongi.

Seu quarto era particular. Aparelhos bonitos e de última geração pairavam ao lado. Sabia que era porque Namjoon provavelmente havia contatado seus pais e exigido que concedessem o melhor quarto para o amigo.

Mas algo estava estranho. Se Yoongi já estava com a tala em seu braço e seu ombro já estava enfaixado, o médico já deveria tê-lo prescrito remédios para a dor e, quem sabe, algum tratamento, mas ele já deveria ter sido liberado.

No entanto, ele ainda estava ali. Esperando. Pelo que, eu não sei.

— Joonie pediu por uma avaliação completa. — Revelou Jin, em frente a janela, lendo minha confusão. Não o provocamos pelo apelido afetuoso dado a Nam, porque não havia resquício algum de senso de humor ali. — Isso inclui exames de sangue e... psicológicos. — Proferiu a última palavra com dificuldade, engolindo em seco em seguida.

Minha mente, alarmada, começou a piscar.

— Por que pediriam isso? Preocupação? — arrisquei. Não podia ser o que estava pensando.

Hesitante, Jin negou fraco com a cabeça. Namjoon se aproximou dele, parando ao seu lado, mas não o tocou. Relanceei Hoseok, que permanecia encarando Min, aflito.

— Porque ele se acidentou ao cair da moto em que usava para fazer delivery. Ele trabalha há algum tempo, e isso nunca aconteceu. Assim como as mudanças de humor que... vêm ficando piores desde o ano passado. — Jin disse, encarando os pés.

Fiz o mesmo. Imaginei que Yoongi estivesse esbravejando por dentro, ao ser o centro das atenções.

Ainda assim, não fora essa a razão por trás de meu desviar de olhar. Não. O motivo fora minha mente, que viajara a segundos por hora, em busca de uma conclusão.

Mudanças de humor – ora ansioso e explosivo, ora calado e apático. Temperamento impulsivo. Problemas em casa, infância difícil.

Não era um psicólogo, mas a conclusão não fora tão árdua.

Yoongi... Yoongi hyung provavelmente tinha...

— Boa noite. — Desejou uma voz feminina. Me virei para trás, encarando a mulher de jaleco e salto baixo, com cabelo castanho preso perfeitamente para trás e sorriso educado no rosto. Abaixo do bolso de seu jaleco branco, estava escrito seu nome: "Oh Yeon-seo". — Senhor Kim. — Cumprimentou Nam com uma reverência mais que formal.

— Senhora Oh. — disse ele, retribuindo o cumprimento. Estendendo o braço, nos indicou. — Estes são meus amigos. E este é Min Yoongi.

— Ah, compreendo. Olá, Yoongi-ssi. — Sorriu pequeno para o rapaz que se recusou a dirigi-la o olhar, o que não pareceu a afetar. Ela deveria ser a psiquiatra, pensei, pela qual eles estavam esperando. A mulher, de olhos igualmente felinos e feições delicadas, encarou Namjoon outra vez. — Visto sua condição física atual, irei realizar minha consulta aqui mesmo. Não será necessário transportá-lo até a ala psiquiátrica.

— Ótimo. — Foi tudo que Nam disse, sério. Conclui que, se algum dia ele escolhesse seguir a profissão dos pais, se daria bem. A formalidade e o talento com as palavras pareciam coexistir em seu ser, embora suspeitasse que ele preferisse as exercitar com a escrita, e não com a defesa penal. — Iremos lhe dar espaço. — Proferiu, nos indicando que deveríamos sair. Hoseok levantou-se e saímos rumo a sala de espera.

Quando sentamos nos bancos, um silêncio mortal se instalou na atmosfera que nos rodeava. E, embora tivesse algumas perguntas em minha mente, não me atrevi a pronunciá-las até que a médica voltasse, longos minutos depois, e caminhasse até nós.

Namjoon e Seokjin foram os únicos a se levantem pois, quando estava prestes a ouvir o mesmo, ouvi a respiração entrecortada de Hobi, ao meu lado. Ao fitá-lo, vi que seus olhos estavam marejados, e me recusei a deixar seu lado naquele segundo. Ele precisava de alguém para quem se apoiar.

Que fosse eu.

Pus a mão sobre seu joelho, lhe forçando um sorriso pequeno que fora reconhecido, mas não retribuído, antes de olhar para a psiquiatra em frente a nós.

— Ele não disse nada. — Revelou, sorrindo contido. Jin bufou, levando as mãos ao rosto em um gesto frustrado. Namjoon, sem notar, deixou com que a mão acariciasse o final das costas do mais velho. — Você me disse que ele anda sofrendo alterações de humor há um tempo que vem piorando, certo? — indagou a Namjoon, que assentiu. — Desde quando ele as tem?

— Desde sempre. — Para a surpresa da médica, não fora o prateado quem dissera, e sim o outro. O olhar dela focou-se nele, atenta. — Eu o conheço há cinco anos, — Minha mente deu pane. — desde que tínhamos quinze. — Nós. Não ele. Nós. — Ele sempre fora desse jeito, mas... desde ano passado, tem piorado e muito. Há dias em que ele explode e nos afasta, e dias em que some, apenas para voltar depois, recuperado. Mas ele não se recupera nunca, porque sempre volta a acontecer.

— Como um padrão. — Concluiu ela, recebendo um concordar de cabeça para Jin. A mulher, com aparência de cerca de trinta anos, relanceou Nam outra vez. — O seu relato me leva a crer que as circunstâncias — A vida, o passado. — de Min Yoongi o levaram a desenvolver transtorno bipolar, senhores. Pode ser Borderline, também, mas confio mais na primeira hipótese.

Prendi o fôlego. Ao meu lado, Hoseok soluçou alto. O abracei, sem desviar o olhar da mulher que dirigiu-nos o olhar, compadecida, antes de encarar os outros dois. Jin parecia se esforçar para manter-se de pé, visto que suas pernas tremiam. A carícia em suas costas parou. Namjoon também estava em choque.

— Não é possível, contudo, fazer um diagnóstico correto deste jeito, baseando-nos nos achismos. — Ela continuou falando. — Preciso falar diretamente com o paciente, para que ele mesmo me conte o que se passa em sua mente, para que possa diagnosticar o transtorno correto e o grau, e receitá-lo um tratamento. Até lá, recomendaria remarcar uma consulta. Até que ele se abra, é a única coisa a ser feita. — Finalizou, profissional.

Nam anuiu e curvou-se desleixadamente, sem, contudo, recolher sua mão de Seokjin.

— Obrigado.

Ela curvou-se de volta e logo se retirou, dando a liberdade que Seokjin precisava de desabar sobre a cadeira, em choque. Namjoon fez o mesmo, mais controlado, conforme minha atenção voltava a Hobi e o mar de lágrimas que escorria em seu rosto.

Cuidadosamente, minha mão encontrou sua nuca, dirigindo sua cabeça até meu ombro. Ele soluçou outra vez, abafando o som com a mão em frente a boca, enquanto eu me esforçava a sussurrá-lo que tudo ficaria bem.

Foram tantas... revelações, para dizer o mínimo. Tantas que cheguei a ficar tonto.

Seokjin e Yoongi tinham a mesma idade, o que não só significava que Yoongi era o mais velho do grupo, como também significava que Yoongi repetiu de ano... duas vezes.

E, quem sabe por isso, ele não tenha se chocado ao repetir novamente este ano. Porque ele já esperava.

Quem sabe, com tudo que se passava em sua mente, era complicado focar-se. Não conseguiria focar-se à tarde, também, pois tinha de trabalhar – algo que eu também não sabia – e, à noite, dedicar-se a sua avó, quando a enfermeira domiciliar que, provavelmente, trabalhava em sua casa – visto sua rotina – ia embora.

— Ele precisa de fisioterapia e atendimento psicológico, Joon, mas com o tempo que ficará de recuperação... afastado do trabalho, como conseguirá pagar a enfermeira para cuidar da avó? — Murmurou Jin, igualmente desesperado. — Como faremos?

— O governo sul-coreano garante salário aos funcionários afastados por doença, até que se recuperem e voltem a trabalhar, por algum tempo. Tempo suficiente até seu corpo sarar. — respondeu, com a experiência que, além de advogados, pessoas que cresceram ouvindo discussões e conversas sobre a área jurídica possuíam. — Duvido que a lanchonete para qual ele trabalha ousaria desrespeitar a lei. E, quanto à fisioterapia, quem sabe...

— Não. — Negou Hoseok, em meio a um soluço.

Eles se entreolharam. Hoseok tentou controlar seu choro. Nam, contudo, continuou, hesitante:

— Quem sabe ele tenha plano de saúde. Não sabemos exatamente como ele divide o dinheiro que ganha.

— Yoongi não tem plano de saúde. — Para nossa surpresa, foi Hobi quem disse, entre uma inspiração profunda e expiração violeta. Forte como eu sei que é, levou as mãos até os olhos, limpando as próprias lágrimas. — O pouco dinheiro que ganha, gasta com a avó e com alimentação, luz e água. Ele mal consegue se sustentar. Com a aposentadoria da avó, ele compra os remédios que faltam, mas duvido que sobre algo para guardar todo mês em caso de emergências.

Os cálculos mentais não eram difíceis e, por isso, não tardei em perceber:

— Não podemos gastar o salário dele com os gastos no hospital. Para isso, teríamos que sacrificar o dinheiro das contas, maioria dos remédios e a enfermagem. — Ninguém assentiu, mas soube que estava certo quando o brilho de esperança no rosto de cada um deles se apagou. 

Desespero me atingiu. Se não pagasse por sua saúde, Yoongi não poderia mais trabalhar como entregador, não recuperado. Assim, sua avó e ele...

Interrompi minha linha de raciocínio e encarei meus amigos, em busca de uma solução. Definitivamente não podíamos deixar isso acontecer.

— Hobi, seus pais... — começou Nam, que foi bruscamente interrompido pelo tom apático do amigo:

— Pediatra e anestesista. Pedir favor a algum colega seria antiético, Nam, e duvido que fariam isso. Mais que isso, duvido que, mesmo que tentem, sejam ajudados.

Namjoon suspirou exasperado.

— Meus pais provavelmente não irão passar por cima da lei para "convencer" os profissionais daqui a ajudá-lo. Já foi um abuso de sua bondade deixar que ele se atendesse aqui de graça. — Deixou com que as costas caíssem contra o encosto do banco de plástico. O ruivo mordeu o lábio inferior. — Não trabalho — prosseguiu Nam. —, não tenho como ajudá-lo, desta vez.

— Eu... tenho algumas economias, como bibliotecário. Não muito, porque o salário é uma merreca, mas pode ser que ajude um pouco... — O Kim mais velho disse. Meu celular vibrou outra vez, e Taehyung que me perdoasse, mas não estava em condições de respondê-lo, então ignorei outra vez. — Com a fisioterapia, quem sabe.

Meu coração se apertou. Ainda faltaria bastante dinheiro para a fisioterapia e tratamento psicológico.

— Posso ver com meus pais se consigo algo. — Proferiu Hobi, em um sussurro. Namjoon concordou, proferindo "eu também".

Todos eles conseguiriam um pouco de dinheiro, e eu...

Tentei dispersar toda a angústia, desespero e preocupação que sentia naquele segundo para encontrar uma forma de ajudar Suga hyung, também.

Um porquinho cor-de-rosa, minha mente revelou, escondido em meu armário. Cheio de moedinhas juntadas de quando eu era criança e, na conta poupança de Dongyul, todos os salários que recebi desde o início do ano ao trabalhar na farmácia.

Dinheiro, este, economizado para uma universidade de artes privada, uma das mais renomadas do país, não muito longe daqui - não muito longe da casa em que eu e Jungkook viveríamos, caso ele ainda me amasse, quando voltasse.

Cinco salários e algumas moedas. Devia bastar, e caso não bastasse, daria um jeito.

Porque um futuro onde eu não estudo na universidade de meus sonhos é suportável, mas um futuro com Yoongi hyung e sua avó infelizes e em situação de risco, era inimaginável.

— Eu... irei ao banheiro. — Anunciei aos rapazes, me colocando de pé. Então, sem esperar por qualquer resposta, cruzei a sala e fui até o banheiro masculino. Ao fechar a porta, disquei o número de Dongyul, que havia voltado para casa ao me levar ao hospital. Ele atendeu após três bipes. Antes que falasse algo, fui mais rápido: — Preciso de um favor seu. É importantíssimo. — Avisei, sério.

— Pode falar. — respondeu ele, atento.

— Na estante mais alta de meu guarda-roupa, atrás dos cobertores, há um porquinho. Preciso que o traga para mim, e no caminho, por favor, saque todo o dinheiro de minha poupança no banco.

— Todo?!

— Sim, todo. É pra ajudar meu amigo. Explico melhor assim que puder. — Ele suspirou exasperado do outro lado da linha. — Por favor, seja o mais rápido possível. — Afastei o celular da orelha delicadamente, prestes a desligar, até que me recordei e acrescentei: — E, ah, não esqueça de trazer um martelo.

X

A sacola de papelão em minhas mãos, com o porquinho de porcelana e juntamente ao envelope com dinheiro, balançou hesitantemente conforme os rapazes e eu adentramos o quarto de Yoongi, nervosos.

Sua postura revelava que ele não havia movido nem um centímetro. Sua expressão, suave e distraída, demonstrava uma apatia jamais vista antes. Os únicos sinais de sua existência, de sua vida, eram a respiração profunda e os orbes que fitavam incessantemente as árvores e bancos entre o prédio em que estávamos e o outro do hospital, por sua vez infantil.

Hoseok, ao meu lado, resfolegou baixinho. Minha mão tomou vida própria ao acariciar seu ombro, em um consolo inútil, mas simpático.

Seokjin foi o primeiro a se aproximar dele, hesitantemente cruzando o quarto até ao lado da janela, admirando a vista como o melhor amigo fazia.

— É uma linda noite, não? — disse ele, dirigindo apenas uma olhadela para as poucas estrelas que decoravam o céu escuro antes de encarar Yoongi com expectativas. Expectativas de resposta ou atenção que, obviamente, foram destroçadas quando o amigo sequer o dirigiu o olhar.

O Min parecia exausto demais para isso, e Jin, perdido, angustiado demais para aguentar seu silêncio.

Havíamos entrado no hospital para avisá-lo que conseguíamos dar um jeito. Juntando as economias de Jin – que, suspeito, foram juntadas para escapar da casa dos pais tão logo quanto possível, pois mesmo que jamais tenha me confirmado sua antipatia pelos pais ausentes, era visível em cada resposta esquiva o quanto ele os detestava – com as minhas, vimos que provavelmente seria o suficiente para pagar duas ou três sessões de fisioterapia.

A par da situação, Taehyung disse que poderia auxiliar-nos, também, com certa quantia. Torci para que, então, pudéssemos pagar mais algumas sessões, se necessárias, de fisioterapia e, com o que sobrar, pagar terapia com o dinheiro de Nam e Hobi.

Falaria com meus pais assim que chegasse em casa. Dongyul poderia oferecer os remédios da avó para Yoongi pela metade do preço, para que ele economizasse alguma quantia a mais para continuar pagando por consultas psicológicas, após Yoongi ter acabado sua fisioterapia.

E mamãe... bem, talvez ela não tivesse condições, de fato, para doar algum dinheiro a ele, mas poderia pesquisar com alguma ex-colega psicóloga, do hospital público em que costumava trabalhar ou algumas ONGs que ofereciam consultas com profissionais – isto é, caso uma de suas colegas conhecesse alguma.

Não havia qualquer confirmação de que tais planos dariam certo, ainda, mas... a esperança deveria ser a estrela mais brilhante do céu de nossas vidas, e naquele instante, era dela que mais precisávamos. Não poderia deixar com se apagasse.

Silêncio. Apenas silêncio nos rodeava enquanto Seokjin fitava o melhor amigo, com o qual partilhou os últimos cinco anos de sua vida, sem qualquer menção de ter sua presença reconhecida. O Kim mais velho o encarava com melancolia, decepcionado, talvez, ao suspirar e levar a mão ao rosto, frustrado.

Mais uma tentativa frustrada de lidar com ele.

Ao meu lado, Namjoon deu um passo na direção do mais velho, prestes a confortá-lo, como vinha fazendo desde o momento em que chegaram ao hospital, provavelmente. Hoseok também o fez, manso, com a experiência de só quem já havia presenciado aquela apatia diversas vezes poderia ter.

Até que o silêncio fora interrompido, fazendo com que todos estancassem no lugar. Não por mim, não por Hobi, Nam ou Jin, mas por Yoongi.

— Eu não tenho dinheiro para pagar nada. — Sem desviar o olhar da janela para nós nem ao menos uma vez, ele pronunciou lentamente, rouco, como se não falasse há semanas.

— Nós sabemos. — Informou Namjoon, tão surpreso quanto o Kim mais velho, que devagar, afastou as mãos do rosto. Engoli em seco antes de proferir, apertando ainda mais a sacola entre meus dedos:

— Nós temos um... plano, para ajudar você. Viemos falar disso. — Nenhuma resposta. Nenhum olhar. Nenhum protesto ou incentivo para que continuasse. Nada. — Nós juntamos um dinheiro para que você faça a fisioterapia, e...

— Não posso ficar afastado do trabalho. — O rapaz pálido como a neve me interrompeu. — E minha avó... — E então, fechou a boca, como se falasse aquilo fosse doloroso demais para si.

Era para nós, também. Era para mim.

E, expressando toda minha dor, o repliquei:

— A gente sabe. Por isso, eu e Jin juntamos dinheiro o suficiente para algumas sessões de fisioterapia, primeiramente. Precisamos falar com a enfermeira, mas... é possível que cinco ou seis sessões bastem, hyung, e você possa voltar ao trabalho em pouco mais de um mês. — Minha boca secou, como se gritasse para que eu ficasse calado, porque era melhor para todos que eu o fizesse. Contudo, gritando ao meu eu tímido, ao pequeno Jimin que ainda coexistia dentro de mim, neguei-me a fazê-lo. Deveria prosseguir. Deveria ser a voz de meus amigos quando eles não podiam se pronunciar. Mais que isso, deveria ser minha própria voz. — Nam disse que seu patrão continuará a pagar, já está na constituição. Tudo dará certo no final, hyung. — Garanti, em tom manso. — E sobre seu atendimento psicológico... — comecei, incerto. E fui interrompido, outra vez, por Yoongi.

Por seu balançar negativo de cabeça.

— Não quero. — Teimou ele, me fazendo respirar fundo.

— Hyung, você precisa. — Insisti. — É para o seu bem.

— Não. Não, não é. — negou, fraco demais para levantar a voz. Parecia que Yoongi estava lentamente se esvaindo na própria escuridão, encolhido contra a cama daquela forma. — A fisioterapia já me ocupará um dia na semana, o que significa que terei que aumentar o salário da enfermeira. Isso... o que está me pedindo... — E mais uma vez, se silenciou, negando com a cabeça.

Ele não tinha condições de pagar por mais. Nós também não tínhamos.

Nos entreolhamos. Respiramos fundo. Éramos cinco – cinco pessoas dispostas a ajudar Yoongi da forma que pudéssemos. Seis, se contássemos Taehyung, que mesmo a distância, daria seu jeito de assegurar seu apoio e auxílio a Yoongi.

Pense, Jimin, pense, pense...

— Podemos cuidar dela por você. — Ofereci, encarando os outros que me encararam, intrigados. — Serão dois dias por semana, hyung. Um para sua consulta a fisioterapia e uma ao terapeuta. Podemos nos revezar para cuidar dela nos finais de semana, quando a enfermeira não está.

Os olhos de Hobi se iluminaram subitamente, relanceando a mim e ao amado. Jin e Namjoon também se entreolharam, assentindo para mim e para Yoongi com firmeza.

Estávamos ali, dispostos. Perdidos, pois não sabíamos exatamente como cuidar de sua avó, mas dispostos a aprender para ajudá-lo.

Mas Yoongi hyung também era adulto, tinha vinte anos. Possuía liberdade de escolha.

Portanto, tudo dependia dele. Bastava um sim.

— Por favor, hyung — supliquei, prestes a cair de joelhos diante dele, caso isso bastasse para convencê-lo. — Por favor.

Nada. Silêncio total. Divagando, Yoongi estava distante demais dali.

Pouco a pouco, fiquei mais impaciente e irritado, frustrado. Grosseiro, tirei o porquinho de dentro da sacola de plástico, me ajoelhando para pousá-lo no chão, sem me importar ao saber que era o centro das atenções de meus amigos.

Nunca gostei de ser notado, de me pronunciar, de agir.

Mas ali... não me importava mais.

Se Yoongi hyung precisava de uma demonstração de nossa real disposição de auxiliá-lo, a teria. E, por Deus, se não quisesse a nossa ajuda depois daquilo... iria aceitá-la, de forma ou de outra. Eu correria até a maldita recepção para entregar o dinheiro da fisioterapia, se precisasse, mas ele não sairia dali sem opção alguma.

Não permitiria isso. Não mesmo.

Minha mão, ao pousar o porquinho sobre o chão gelado, voou para dentro da sacola para agarrar o martelo. Ainda conseguia sentir o olhar de todos atentos sobre mim, ao fazê-lo.

Se Jungkook estivesse aqui, subitamente me dei conta, riria de minha cara e diria que adora essa nova versão de Park Jimin, que contrabandeia objetos agressivos para dentro de um hospital. Se ele estivesse aqui, beijaria o topo de minha cabeça e diria que finalmente comecei a aceitar riscos.

E diria que estava orgulhoso de mim.

Respirei fundo. Meu futuro com Jungkook, na casa de sua falecida avó paterna, com a casinha da árvore no nosso quintal despontou-se em minha mente.

Noites arrastadas e ruidosas, onde faríamos amor preguiçosamente, por todo canto.

Ergui o martelo até em frente ao meu queixo.

Manhãs apressadas. Ele acordaria primeiro, para me cozinhar o café da manhã, e eu o encontraria na cozinha, guiado pelo cheiro delicioso de torradas e café com leite.

Iríamos para a universidade. Talvez estudaríamos no mesmo campus e nos veríamos novamente no meio da manhã.

Um relampejo de uma universidade privada, com o qual o dinheiro estava em meu bolso, passou em minha mente. Prontamente a ignorei.

Acho que, quando eu voltar, esse será o único sonho que me restará: eu e você, deitados na grama verde recém cortada, sorrindo, nos braços um do outro.

Era inteligente o suficiente para passar em uma pública. Era capaz. Sou.

"Estou tão orgulhoso de você", pude ouvir, claramente, a voz doce e rouca, sussurrada em meu ouvido, acalentando meu peito, no mesmo instante em que bati no porquinho. Rachaduras apareceram.

Nos veríamos de novo no almoço ou no jantar. Jantaríamos com nossos amigos semanalmente, como um ritual jamais esquecido. Nossa amizade com eles permaneceria sendo regada, mesmo à distância.

Eu e você, duas almas feitas uma para a outra, em um cantinho do vasto universo feito somente para nós, somente para abrigar a diversidade da vida; feito apenas - acrescento, ambicioso – para que eu construa a minha vida com você.

E seríamos felizes. Quem sabe de jeitos não convencionais, não em todas as áreas, mas... no geral, seríamos felizes.

Porque merecemos isso. Eu mereço isso, depois de tudo que passei para chegar até aqui.

Para que eu viva por você, neste microcosmos que criamos. Nesta história onde somos os protagonistas do amor mais intenso que já existiu.

Minha mão tremeu, mas não o bastante para interromper meu movimento quando levei o martelo até o porquinho outra vez e pedaços voaram pelo chão, assim como algumas notas e várias moedas.

Suspirei. E respirei fundo, antes de levantar o olhar para meus amigos, que me olhavam com expressões de surpresa e aprovação. E ali, no canto da parede, ainda encolhido, mas com a cabeça e os olhos em minha direção, Yoongi me encarava.

Com os olhos marejados.

Marejando algo que não pude compreender. Talvez fossem tantas coisas em sua mente, naquele instante, que não era possível discernir o que era.

Mas era bom, porque quando me levantei, sem desviar o olhar do dele e larguei o martelo dentro da sacola outra vez, ele assentiu para mim uma única vez. Como se o lampejo de dias bons que me acometera também o tivesse atingido.

"Vamos para casa", sussurrou a voz dele outra vez, em um mundo distante demais para ser alcançado.

Respirei fundo e assenti de volta para ele. Comentei, então, no ritmo das batidas descompassadas de meu coração:

— Acho que é hora de voltar para casa, Suga hyung. — É hora de voltar para o microcosmos que criamos, foi o que quis dizer.

Um indício de um sorriso contido, mas genuíno, esticou a ponta de seus lábios para cima.

Para a surpresa de todos nós, ele respondeu:

— É, Jimin. Vamos para casa. 

Encontre-me lá, onde há feixes de flores

Nós esperaremos pelo inverno

Elá irá uivar para as paredes

Derrubando as portas do tempo

Nos abrigaremos enquanto seguimos

E me prometa isso

Você irá esperar apenas por mim

Com medo dos braços solitários

Superfície, está abaixo dessas palavras

E talvez, apenas talvez, eu voltarei para casa

Quem sou eu para você, querida?

Quem sou eu?

Você irá contar histórias sobre mim?

Quem sou eu?

Promise - Ben Howard


Notas Finais


música do cap: https://www.youtube.com/watch?v=cF1-YVSRIHs
playlist da fic: https://www.youtube.com/playlist?list=PLVvQumC2E3MM_RGoLOv1eTfC0FMLE-4xa
obs: esse capítulo não é a continuação do capítulo vinte e nove, apenas possui o mesmo nome, certo?

mais um capítulos com referências a outras fics! dessa vez, coffee. lembram de uma cena parecida?

como foi a semana de vcs? a minha até que foi tranquila! estou bem, e espero que vocês também estejam ^^

de qualquer forma, estamos na reta final de l4j :( mais quatro capítulos e o epílogo pra nos despedirmos dessa fic! não gosto nem de pensar nisso, tamanho meu apego por l4j, mas... é a vida, fazer o quê :( feita de começos, finais e recomeços!

falando em recomeços... hmkkk perguntinha aqui: vocês leriam uma sadfic? ninguém morre, ok? só é meio tristinha mesmo!

e caso eu publicasse, em um futuro próximo, uma outra longfic, normal mesmo, sem muita tristeza (kkkk), leriam?

de qualquer forma, quem não fez suas perguntas no q&a ainda, faça, viu? vou dar só mais uma semaninha, ou seja, no próximo domingo o prazo já acabou!

até a próxima att, meus amores. amo vocês, se cuidem! <3


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