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História Lose your wings - You are my angel


Escrita por: taewonhi

Notas do Autor


Annyeong! Aqui estou eu novamente, agora com uma twoshot de Changhyung assim como disse que faria.
Amem a capa pois eu morri para fazer ela <3
A escrita está um pouco diferente, mas espero que gostem :)

Capítulo 1 - You are my angel


Fanfic / Fanfiction Lose your wings - You are my angel

Encarei os portões abertos do outro lado da rua enquanto me aproximava, observando os alunos entrarem com seus amigos ou sozinhos e, por vezes, aproveitando a companhia de seu celular antes que ficasse proibido de mexer em qualquer aparelho eletrônico pessoal por algumas horas.

Suspirei e atravessei a rua sobre a faixa — mas simplesmente porque a esquina da rua por onde eu vinha dava direto a ela  — e logo então estava no meio dos alunos, me misturando a eles formando um aglomerado infeliz de estudantes do ensino médio. 

Estava me sentindo estranho, mas não sabia dizer exatamente o que era. Olhei para o corredor do prédio escolar, observando os alunos conversando e caminhando para as salas e por um momento tive a impressão de que tudo era cinza. Não, não era possível que eu visse tudo cinza. Não me preocupei com isso, indo direto para minha sala, invisível para o resto da escola como sempre.

Era isso que acontecia quando você nunca falava uma palavra com qualquer alma viva da escola, o que automaticamente te fazia apenas um fantasma, uma alma perambulando para os lados ao que o sinal batia e que ninguém podia ver.

As aulas passaram vagarosas, com o tique-taque incessante do relógio, assim como as vozes monótonas dos professores junto ao meu à tipico colorido cinza e ondulações no som ao que eu me sentia sonolento. Sentia como que dentro do mar, com as ondas deformando minha visão e quase, de uma forma estranha e sem sentido, me fazendo afogar.

Então me peguei caminhando para o banheiro no horário de almoço. Não havia ninguém no local e me encarei no espelho. O cabelo arrumado da mesma forma de sempre, o uniforme um pouco amassado por ter deitado sobre a carteira. Ah... Está ótimo assim mesmo.

Inclinei-o para lavar o rosto na pia, tacando a água fria contra o rosto e logo sentindo algo forte contra meu corpo, me empurrando para o lado. Cambaleei sem saber reagir, ainda não entendendo o que estava acontecendo. Levantei o olhar para as duas figuras na minha frente. Dois garotos, possivelmente do último ano. O maior deles, com o cabelo preto bagunçado, sorriu com a mão se movendo pelo bolso da jaqueta e tirando de lá um canivete.

Aquilo me fez travar por vários motivos. Primeiro, era totalmente proibido portar qualquer tipo de arma na escola, no entanto, este garoto que olhava para mim com um sorriso sádico e que me causava arrepios tinha um em mãos.

O segundo motivo era apenas por eu ser um fantasma invisível a todos estudantes e que não deveria de forma alguma ser notado por algum deles. No entanto, eu parecia ter sido muito bem notado por dois estudantes.

Eu não sabia o que aquele garoto queria, se aproximando de mim passo a passo ao que eu recuava sem nem mesmo perceber, andando em pura defesa e medo. Por que aquilo estava acontecendo? Por que seu sorriso gargalhava em tom grave e ritmo que quase me faziam tremer de medo? A ponta afiada de seu canivete apontada em minha direção, apontada para meu estômago.

Ele estava a apenas um passo de mim, o suficiente para que estendesse seu braço e em um só golpe acertasse meu estômago — mas não foi nada disso que aconteceu.

Eu havia apenas piscado e os dois garotos haviam sumido, o banheiro estava novamente vazio, a água escorrendo pela torneira incessantemente, o único barulho por ali, deixando a sensação de que alguma coisa estava errada misturada ao alívio e preocupação. Lim Changkyun agora havia começado a ter alucinações.

— Então devo ser uma alucinação no mesmo grau que você — a voz era suave e meus olhos pousaram sobre a figura que falara rapidamente. Apenas um garoto. Escorado na porta do banheiro, dando-me um sorriso tranquilizador. — Você não iria gostar de sentir aquela dor.

— Quem é você? — Perguntei, vendo-o se apresentar formalmente.

— Sou Chae, o anjo dos seus devaneios —  franzi as sobrancelhas sem entender, vendo o garoto se aproximar e fechar a torneira. — Venha, Changkyun. Você não vai almoçar?

Segui-o para fora do banheiro, observando a sua postura, as roupas brancas que certamente não eram um uniforme e o cabelo loiro. Quem era aquele ser?

— Como sabe meu nome? — Passei a andar ao seu lado, observando a expressão jovem. Certamente não era um professor.

— Já disse. Sou seu anjo, Changkyun. Como não iria saber?

— Anjos não existem.

— E quem tirou aquele devaneio da sua frente? 

— Aquele garoto realmente estava ali?

Chae sorriu.

— É claro, ou você acha que foi mera ilusão

Sentei na mesma mesa de sempre, distante do resto dos alunos, mas com uma presença peculiar ao meu lado. Chae estava em silêncio, mas me observava.

  — Por que você está aqui? — Questionei-o. Aquilo não fazia nenhum sentido. Por que ninguém havia vindo perguntá-lo sobre estar sem o uniforme?

  — Para te proteger.

— E por que você iria fazer isso?

— O que é precioso precisa ser mantido em segurança — sua expressão demonstra que ele está sério com suas palavras e este é o primeiro sinal que me faz sentir o meu sentimento mais constante: infelicidade. Eu era alguém que sabia que se auras existiam e cada uma tivesse uma cor, a minha seria a mais deprimente e solitária.

Caso eu fosse um compositor, minhas letras seriam melancólicas.

Caso eu fosse um ator, eu seria o depressivo suicida.

Caso fosse pintor, minhas telas estariam cobertas de cinza.

— Desculpe-me, acho que você está enganado. A última coisa que eu sou é precioso  — mantenho o olhar em minha bandeja intocada e sinto um toque leve em meu ombro, me fazendo suspirar. O toque era bom e me fazia sentir estranho de uma forma que não havia sentido antes. Como se minha tela ganhasse um respingo de uma nova cor, mas que nem ao menos havia sido jogada por mim.

— Não minta a si mesmo, Changkyun.

— Não é mentira... Chae — seu toque é quente, mas não é meu ombro que está queimando. É meu coração que voltou a funcionar. O fantasma talvez não seja apenas uma alma perambulante e isto talvez seja apenas por causa de seu nome ser chamado.

— Diga isto ao garoto que lhe olhar como se você fosse uma constelação inteira.

Talvez, por já estarmos pensando em telas, não seja tão mal assim adicionar um obra de Van Gogh em meio a galeria. Tínhamos coisas em comum.

— Você pode me fazer uma promessa? — Hyungwon disse, me fazendo olhar para si quase que imediatamente e encontrando suas orbes escuras nas minhas. Ele havia dito ser um anjo, mas era tão humano. Nem ao menos eu podia ver suas asas ou estas eram apenas parte dos contos?  — Eu quero que você seja o meu anjo.

— Mas você não é o meu anjo?

Hyungwon sorriu, tocando a minha bochecha.

— Eu perdi minhas asas apenas para poder ser cuidado por você, Changkyun.

— Mas você tem que cuidar de mim — Chae estava abdicando seu lugar logo após me revelar que eu tinha um anjo. Era ganhar e perder ao mesmo tempo.

  — Eu sou o anjo de seus devaneios, Changkyun e você será meu devaneio, apenas preciso que também os guarde.

E de repente ele havia começado a afirmar no futuro. Já não o entendia. Encarava seu rosto sem saber o que responder ou ao menos pensar. Como seria eu um devaneio?

— E aí está você, Kyun, em um devaneio — Chae sorriu, fazendo a sensação estranha em mim se intensificar, e minha pele começou a formigar ao que ele tocou meu queixo e aproximou seu rosto do meu, selando nossos lábios levemente. Então não era apenas uma sensação estranha ou um formigar, era toda uma combustão e confusão de borboletas no estômago ao que eu havia fechado meus olhos naquele mero segundo. 

Ele se afastou e manteve os dedos em meu queixo, deixando a pele formigar por mais um tempo, acompanhando o coração batendo forte e soando em meus tímpanos de forma que me deixavam surdo. Eu abri os olhos e lágrimas grossas e únicas escorreram pelo meu rosto. Por que elas estavam ali? Observei o rosto incrivelmente belo a minha frente e principalmente os lábios grossos e avermelhados que haviam encostado nos meus formando um leve sorriso.

  — Apenas cumpra essa promessa, ok? Eu perdi minhas asas para poder ter isso.

A pergunta que me havia sobrado?

Por quê?

Mas já não era hora para respostas. O tempo havia acabado.


Notas Finais


O que acharam? Espero que realmente tenham gostado!
Até o próximo capítulo :)
Annyeong!!


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