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História .loser - yeonbin. - "Mom".


Escrita por: caratiny

Notas do Autor


Eita que esse cap. tem um teor mais fofinho (?). Boa leitura, pimpolhos.

Capítulo 8 - "Mom".


Soobin estava inquieto, já havia acordado com a bendita ligação, o chamando naquele hospital, mas não só foi chamado, foi chamado por Yeonjun, que o apresentou como namorado. Sabia que se tratava de algo urgente para usar daquilo, mas estava um tanto bobo pela nomenclatura empregada para se referir a si.


— Vai acabar fazendo um buraco no chão se continuar caminhando de um lado para o outro... Desse jeito. — Kai falava meio sonolento, bebendo refrigerante. — Vai... Visitar ele?


— É claro que eu vou! — O mais velho entre eles respondeu, parando de se mover enquanto mantinha o olhar nos dois amigos, que arregalaram um pouco os olhos vendo a expressão que tomou o rosto do amigo. — E vocês vão comigo!


— O que? — Kamal riu, desacreditado. — Eu não vou a lugar algum! Eu preciso descansar, Bin. A semana foi muito puxada pra mim, preciso de uma folguinha, e ainda tô' morto de sono, já que passamos a madrugada toda assistindo o noticiário e também, conversando. Sem chances. Amanhã já é segunda...


Era domingo, em parte, Soobin o entendia, tinha todo direito de descansar, e deveria, já que novamente, a semana exigiria do amigo, assim como de si e Beomgyu.


— Por favor... — Pediu, juntando as duas mãos para o fazer. — Prometo pagar um lanche pra você, para os dois! Se forem comigo...


— Você é um chantagista safado! — Beomgyu riu de boca cheia, terminando de mastigar o último pedaço sanduíche do qual se alimentava, para então, continuar a se pronunciar. — Mas é uma ótima oferta. Eu vou.


— Te amo, Beom. — Soobin sorriu, genuinamente alegre daquela vez. 


— Eu também, idiota! — Negou com a cabeça. — Nem sei como e o porquê de ainda ser seu amigo, eu deveria te mandar para o quinto dos infernos depois do que fez pra mim e para Yeonjun.


— Eu teria feito isso. — Kai riu, vendo o Choi mais novo fazer o mesmo. — Brincadeira, sem discórdia!


— Ei, vocês! — Soobin chamou a atenção, vendo os dois pararem de rir. — Que isso? Porra. Não falem como se eu não tivesse sentimentos. Eu tenho, e me arrependo do que fiz, ok? 


— Ainda bem, imagina se não se arrependesse! — Beomgyu brincou, vendo Soobin correr para pegar uma das almofadas no sofá para jogar nele. — É BRINCADEIRA, SOOBIN!


Gritou, correndo para desviar do objeto que, acabou acertando a parede onde anteriormente, o de cabelos longos estaria encostado. Agora, os três riam.


— Crianças... — Kai negou com a cabeça, vendo os dois mais velhos semicerrarem os olhos para ele. — Continuem! Estava me divertindo!


— Haha, idiota. — Soobin debochou do mais novo. — Mas não me disse se vai ir conosco! Poxa, por favor, saeng!


— Só aceito se, pagar o lanche e a sobremesa, um sorvete beeem caro. — O loiro sorriu sapeca. — Brincadeira. Eu vou. Que horas pretende ir?


— Hm... Mais tarde? Acho que depois do almoço... Dele. — Pensou alto na última parte. — As três da tarde! 


— Ótimo, e sabe que horas são? — Kai riu, olhando para o relógio na parede. — Dez da manhã! Só você mesmo pra me acordar cedo assim em pleno domingo! 


Nos acordar. — Beomgyu pontuou, corrigindo a frase. — Vou comer mais alguma coisa... E fazer um café! Antes que eu acabe dormindo em pé! 


— Queria ver se fossem vocês na minha situação, teriam surtado mais do que eu! — Soobin revirou os olhos. — Mas obrigado, por toparem ir comigo.


— De nada. 


Os garotos falaram ao mesmo tempo, o que ocasionou em risadas vindas dos três. Aproveitariam a manhã para se alimentar e organizar o apartamento bagunçado na noite anterior para depois, irem ao hospital, e muito provavelmente, depois, passariam o dia fora de casa, como sempre faziam quando estavam juntos.








Yeonjun estaria tomando o café da manhã quando ouviu o barulho da porta se abrindo, a atenção indo para esta ligeiramente, já que tinha medo de ser Youngbae, mas na verdade, era algo diferente; A silhueta feminina e os traços familiares, era Choi Sooyoung, ou como todos e ele mesmo chamava: "A mulher do governador". Largou o copo de suco de laranja sobre a bandeja que tinha no colo, usando do guardanapo que tinha ali para limpar a boca, já que, não queria ser pego com esta suja, e fazer tudo aquilo, tão desajeitadamente, arrancou um riso baixo da mulher.


— Você é realmente idêntico a Youngbae... — A mulher comentava meio perplexa. — Na aparência. Ele provavelmente estaria se portando muito melhor.


— Eu não ligo pra isso, veio aqui só pra me chamar de mau educado? — O garoto perguntou um pouco incrédulo. — Se for isso, já aviso que a senhora pode ir embora!


— Não! — A mulher riu. — Perdão, Yeonjun. — Se aproximou um pouco, sentando na poltrona branca que havia próxima da maca na qual o rapaz estava deitado. — Eu achei adorável. Tem a personalidade forte também, não é?


— É... — Olhou para a morena de cima a baixo, analisando-a. — Hm, você não parece me odiar. Eu tenho algumas perguntas.


— Eu não te odeio. — A mulher ergueu ambas as mãos, mostrando ali que, vinha em paz. — Também tenho algumas perguntas, mas, se quiser, pode começar.


— Aproveitando que já me deu a oportunidade. — Balançou a cabeça de um lado para o outro de modo engraçado, imitando um tom formal o qual fez a mulher rir soprado. — Por que não me odeia? Falaram tantas coisas ruins de mim... Ok, eu fiz algumas, mas tem outras que eu não fiz!


— Eu quero ouvir seu lado. Talvez seja por ser sua mãe, eu posso estar me cegando, mas sinto que devia falar com você antes de te julgar. — A mulher deu de ombros. — Ainda estou digerindo a informação de que... Eram dois meninos, e não um.


— Eu te entendo. Também fiquei chocado quando descobri sobre meu irmão e... Vocês. — O olhar foi para a comida, da qual antes degustava com gosto por estar de estômago vazio, e a fome ainda estava ali, era por isso que logo, apontou para a refeição e o olhar foi para a mais baixa. — Se importa? 


Mesmo que não gostasse e nem ligasse para formalidades, ainda estava diante de uma pessoa desconhecida e importante socialmente, e não se sentia tão confortável para se portar tão livremente. Recebeu um menear negativo de cabeça, o qual lhe fez dar continuidade ao que fazia antes de Sooyoung vir conversar consigo.


— Então... — O Choi continuou. — Voltando às perguntas; Por que está aqui? 


O silêncio fez-se presente, Yeonjun aproveitou desse para voltar a se alimentar, o fazendo tranquilamente e continuaria enquanto ouvia a mulher se pronunciar.


— Bem, é... — Iniciou sem jeito, descendo o olhar para as próprias mãos. — Como te disse, tenho perguntas a fazer. Mas, mais do que isso, tenho minha dívida como mãe. Querendo ou não, você é meu filho. Não sabe como eu fiquei depois de descobrir sua existência... Acho que me tocou mais do que a notícia de que era um criminoso, de fato. Me sinto uma boba, de coração mole, por isso, mas, queria te ver!


E Yeonjun arqueou uma das sobrancelhas, estranhando aquilo. Era estranho, a ideia de que era filho daquela mulher e de seu marido, era completamente estranho. Sabia, de fato, que era filho adotado de sua mãe adotiva, mas, nunca suspeitaria e nem cogitaria dividir o sangue com pessoas... Tão diferentes dele. 


— Você sabe que eu tô' tão perdido quanto você, né'? — Indagou após terminar de mastigar. — Eu já passei dessa fase de choque, de pensar "Oh céus! Eu sou filho do governador e da esposa dele!"... — Atuou a reação, arrancando um sorriso pequeno da mãe. — Mas ainda é difícil... Processar isso.


— Se você, que já passou disso, ainda está assim, imagine eu! — A mulher encolheu os ombros. — Imagino que talvez não goste da ideia, pois parece estar na defensiva, mas eu não quero que se sinta assim, não comigo!


— É impossível não ficar, né'? — Riu soprado, sem humor. — Tentaram me matar, eu não espero mais nada, de ninguém! Só tenho esperado a hora de ir pra cadeia, e então, que alguém me mate lá a pedido de seu querido...- 


Parou a própria frase ao ver o que ia falar, pegando o suco para beber na tentativa de disfarçar. A mulher, tendo as orbes em clara expressão de curiosidade, observava-o atenta.


— Meu querido...? — Fez sinal para que continuasse.


— Seu querido... — Yeonjun pensou um pouco. — Povo! É, sabe, tantas pessoas atrás de mim! Por coisas que eu não fiz...


Mesmo que tivessem se conhecido de fato, agora, a Choi sabia que o rapaz estava mentindo, mas não o questionaria sobre aquilo, não agora.


— Hm, certo. — Fingiu acreditar naquilo. — Tem mais alguma pergunta ou eu já posso perguntar? — Yeonjun pensou por alguns instantes, mas deu de ombros, e a mais velha entendeu como um claro sinal de que, sim, poderia começar. — Quem são seus pais? Digo, os adotivos.


— Eu... Não tenho um pai, não mais... — Sorriu reto, meio receoso. — Promete que essa conversa não vai sair daqui? Se quer mesmo fazer algo como minha mãe, por favor, prometa e cumpra com a sua palavra.


— Certo, tudo bem, eu prometo! — A mulher de olhos felinos, semelhantes aos seus, mostrou as mãos, como se indicasse que não estava cruzando nenhum dos dedos. — Ficará apenas entre nós.


— Certo, obrigada. — Bebeu mais um gole da bebida, no qual esta se findou. — Tenho minha mãe adotiva, Choi Yoorim e uma irmã mais nova, Choi Yerim. Antes também tinha o meu pai, Choi Seunghyun, mas ele faleceu quando eu tinha sete anos. Como pode ver, por sermos dois filhos e ela apenas uma mãe, nos criou sozinha por muito tempo, com bastante dificuldade.


De repente, um flashback da infância do Choi mais novo passou a mente, como um filme; Todos os momentos com a mãe, o falecido pai e a irmã, passavam na mente como se fossem um filme, do qual, definitivamente, sentia saudades.


— Certo... Choi Yoorim. — A mulher pensou alto. — Sabe como chegou até ela? 


— Ela me disse que, me deixaram na porta do hospital onde ela e meu pai trabalhavam. Ela era enfermeira, mas parou de trabalhar por conta de um... Acidente, esse mesmo acidente, levou meu pai. Hoje em dia ela está em uma cadeira de rodas. Aliás, queria aproveitar pra reclamar que, a indenização que o governo oferece a pessoas assim, é muito baixa, mal conseguíamos comer com isso... — Suspirou fundo. — Enfim, ela disse que estava chovendo bastante, e ela estava de plantão. Disse que eu era recém nascido, estava até sujo de sangue quando me acharam naquela caixa...


A Choi mais velha mordeu o inferior, tentando conter o choro. Yeonjun reparou naquilo, era um hábito que ele mesmo tinha.


— Tá'... Tudo bem? — Perguntou confuso. 


— Continua. 


— Ok... Bem, eu não tinha nada junto comigo, só... A tal caixa onde me deixaram. Então, na justiça, ela e meu pai conseguiram minha guarda. E aí veio meu nome, Choi Yeonjun! Yerim nasceu seis anos depois, um pouco antes do meu pai ir embora, então até certa idade, éramos apenas eu e eles. Ele era um bom pai, e ela é uma boa mãe, e eu sinto que decepcionei ela em muitos quesitos, sabe... Mas se entrei nessa vida, foi por ela, por elas... — Riu soprado, sentindo os olhos marejarem um pouco. — Eu sou o único homem na família, tinha que fazer minha parte.


— A culpa é toda minha... — A mulher pôs a mão sobre o rosto, tentando conter o choro acumulado durante o curto período onde o filho encontrado contava sua história, mas que já saía sem sua permissão. — Deveria ter tomado cuidado para que não deixassem te roubar de mim! 


— Roubar? — Perguntou confuso. — Como assim "roubar"?


— Eu sempre soube que tive gêmeos! — Afirmou, fungando baixo. — Mas, depois do parto, quando vimos só um menino, aquilo pareceu só... Loucura da minha cabeça. Mas eu sempre tive certeza, minha barriga estava enorme durante a gravidez, mas não acompanhei com médicos e essas coisas todas, eu morava no interior, não tinha tantas condições. Me envolvi com Jungyoun lá, e ele fugiu... Reapareceu um pouco antes de ganhar vocês, e assim como eu, suspeitava que eram gêmeos. Bem... Ele também ficou surpreso quando viu que era só um. Ele, naquela época, não era tão rico como é atualmente, mas tinha condições boas, uma classe média alta, eu diria, e casou comigo apenas para dar boas condições de vida a Youngbae, que é filho dele, assim como você.


Ok, ali, Yeonjun podia concluir, que aquela família era bastante conturbada. Agradecia mentalmente por ter crescido longe deles.


— Então está querendo dizer, que te fizeram acreditar que teve só um bebê, e que não, não foi você e ele que me abandonaram? — Franziu o cenho, pois acreditava que Youngbae havia mentido quando contou aquela história, ou ao menos, que haviam mentido para ele, mas não, era verdade. — Na minha cabeça, vocês tinham me abandonado, tsc. Fazem isso com tantas crianças ao redor do mundo, eu só era "mais um".


— Não diga isso! — A mulher limpou as lágrimas rapidamente, sorrindo desajeitadamente, o semblante tristonho entregava que aquilo tudo mexia muito consigo. — Sempre esperei pelos dois! Então eu sempre amei os dois. E fico tão, tão feliz por ver que não me enganei, e eram mesmo dois meninos! E, meu Deus! Você é idêntico a ele! Até mesmo a voz.


— É, acho que é defeito de fábrica. — Brincou e riu. — Brincadeiras a parte.


— Bobo. — A mais baixa riu junto. — Me conforta que, a mulher que te criou, seja uma boa pessoa. Sou muito grata a ela, e ao seu falecido... "Pai".


Fez aspas com os dedos, vendo Yeonjun negar com a cabeça.


— Sabe que não vou aceitar bem a ideia de ser da sua família tão cedo, não sabe? — Falava enquanto pegava o sanduíche disposto para si ali, analisando-o; Parecia ser muito sem graça. — Nunca liguei muito para isso de conhecer meus pais biológicos. Ainda é estranho.


— Eu sei, e não quero forçar nada. — Sorriu singela. — Mas quero que saiba, que não sou sua inimiga. Mas, antes de continuar, quero saber, por que está no mundo do crime? 


— Ah, tava' demorando... — Revirou os olhos, rindo soprado enquanto levava a refeição até a boca, mordendo um pedaço e mastigando-o completamente, engolindo-o para então, continuar: — Claramente, me envolvi nisso porque eu precisava! Imagine vir de uma família pobre, onde sua mãe não pode trabalhar e sua irmã também não? Quase não tínhamos o que comer! Minha mãe fazia comida para vender, e eu vendia na rua, ok, isso é meio errado pela questão do trabalho infantil e bla bla bla, mas eu quem me oferecia pra fazer isso! Porque a gente precisava, e ela não podia ficar andando por aí, você sabe o quanto é perigoso pra uma pessoa paraplégica andar por aí? Se eu perdesse ela... Nunca ia me perdoar. 


Pausou o discurso, as lágrimas as quais antes conteve, desciam devagar pelas laterais das bochechas.


— Mas apareceu o tráfico, e o dinheiro vinha tão fácil, então... Eu topei. — Deu de ombros. — Só vendia e pegava o que ganhava para dar pra minha mãe. Isso foi quando eu tinha dezesseis... Mentia que estava trabalhando como babá para sair por aí vendendo essas coisas, mas depois ela descobriu, e ela não me julgou, nem me entregou para as autoridades, obviamente ela deu aquela bronca e aquela lição de moral, mas eu continuei, e continuava tranquilamente até, tudo isso acontecer. 


Mesmo que não devesse explicações a ninguém, a mulher a sua frente parecia não lhe julgar, e se xingava mentalmente por estar sendo tão franco e aberto com esta mesma.


— É, sei lá. Depois, me envolvi com exportação e importação de droga, e por estar ligado a uma gangue, obviamente teriam pessoas que me odeiam, então me distanciei delas, para não ficarem expostas ao perigo. Visito apenas em datas comemorativas, ou as vezes visito quando a saudade está demais. Mas uma coisa eu garanto! — Largou o sanduíche novamente e apontou o dedo para a mulher. — Eu nunca matei alguém na minha vida! Nem mesmo machuquei. Tá', algumas pessoas eu machuquei, mas eram criminosos, "como eu"... — Fez aspas com os dedos. — E fiz por legítima defesa.


— Está dizendo que é inocente dos outros crimes que te acusam? 


— Sim.


Notas Finais


Esclareci MUITA coisa nesse capítulo aqui. Criem as teorias e contem pra' mim, hein.

Espero que tenham gostado, xoxo.


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